segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Claudio Fontana, de Macbeth a Rimbaud

Ator e produtor teatral extremamente cuidadoso com seu corpo e mente, o ator e ex-atleta Claudio Fontana exibe plena forma aos seus 51 anos.
Claudio Fontana, de Macbeth a Rimbaud

“Os personagens de TV obviamente repercutem mais junto ao grande público, mas o poder transformador do teatro é único.”


Ator e produtor teatral extremamente cuidadoso com seu corpo e mente, o ator e ex-atleta Claudio Fontana exibe plena forma aos seus 51 anos, revelando como segredo de sua vitalidade a manutenção do rigor nas atividades físicas que pratica regularmente. No bate-papo desta semana do Momen, o profissional nos conta, ainda, um pouco sobre suas fantásticas experiências de trabalho com estrelas comoLaura Cardoso e Paulo Autran, além de todo o aprendizado que as inúmeras peças e novelas têm lhe proporcionado no decorrer de sua vida promissora.

Em sua primeira peça “Vem buscar-me que ainda sou teu” você contracenou com Laura Cardoso, depois teve parceira com Beatriz Segall, Renata Sorrah e tantas outras admiráveis atrizes. O que mais te marcou nesta época?
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“Vem Buscar-me…” foi o início de minha trajetória no teatro profissional depois de seis anos de teatro amador no Esporte Clube Pinheiros. Entrar no teatro profissional foi o que determinou minha opção pela carreira de ator. O palco e o sucesso da temporada do espetáculo e a convivência com Laura, Xuxa Lopes, Lucinha Lins e os demais integrantes do elenco contribuíram muito para que abandonasse minha carreira como gerente de marketing de uma multinacional química britânica. Conviver com tantas admiráveis atrizes e atores durante o início de minha carreira foi realmente inspirador e até hoje guardo as boas lembranças de cada teatro, cada elenco e cada profissional com quem trabalhei.

Em 1996 você fez o espetáculo “Adivinhe quem vem para rezar” com o inesquecível Paulo Autran. Qual sua lembrança dele?
Paulo era um homem de teatro, como eu sempre sonhei em ser. Sua maneira de encarar o ofício do ator era admirável. Produzia, atuava e dirigia. Conviver com ele foi uma aula de teatro. Ele contava sobre as companhias de teatro que formou, os diretores com os quais trabalhou, como produziu dezenas de espetáculos. Paulo era incansável. Em “Adivinhe quem vem para rezar”, minha maior lembrança são as conversas que tínhamos todos os dias após a sessão sobre o que fazer em cada cena, em cada fala para conquistar ainda mais o espectador.

Com os inúmeros personagens que já viveu, a qual você atribui uma melhor repercussão?
Os personagens de TV obviamente repercutem mais junto ao grande público, mas o poder transformador do teatro é único. Interpretar Lady Macbeth, em “Macbeth”, de Shakespeare, em 2012 ao lado de Marcello Antony, sob a direção de Gabriel Villela foi um marco em minha carreira, além do poeta Rimbaud de “Pólvora e Poesia”, texto de Alcides Nogueira. Na TV, o Jônatas, de “Rei Davi” e Jayme Penteado, de “Um Só Coração”, foram personagens deliciosos.

Atualmente você usa algo que absorveu com a formação em Administração de Empresas ou não? Teria feito outra coisa?
Produzir teatro exige organização e planejamento. Lançar um espetáculo pode ser encarado como lançar um produto no mercado. Logo, todas as ferramentas de marketing que aprendi durante minha carreira como administrador, podem ser usadas na produção teatral. Não seria um bom produtor se não fosse administrador. E não seria um bom ator se não fosse um bom produtor.

Devido aos compromissos em diferentes lugares, há algum produto que você sempre tem à mão para cuidar da aparência antes de uma boa foto?
Cuidar da aparência é fundamental para o ator, faz parte do trabalho. Mas todo homem tem de se cuidar independentemente da profissão. Uso cremes espuma à base de vitaminas A, C e E (Melora) e creme revitalizante (Shiseido Men) diariamente, além de produtos para o cabelo e barba. E para uma boa foto, uma leve maquiagem é indispensável.
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Com a carreira de ator, você acaba viajando muito. Como é sua disciplina com as horas de sono?
Fui corredor durante minha juventude (campeão brasileiro juvenil de 400m rasos) e mantenho ainda o costume de correr com frequência. A atividade física contribui para a qualidade das horas de sono, logo, durmo bem, cerca de 8 horas diárias. Tento manter os mesmo horários de descanso, então, por causa do teatro, durmo tarde e acordo tarde.

Qual foi sua reação quando descobriu o primeiro fio de cabelo branco? Já pensou em tingir ou já precisou?
Meus primeiros caReprodução Facebookbelos brancos estão aparecendo agora quase aos 52 anos, mas a barba já está bem branca. Dependendo do personagem não vejo problema em tingir a barba ou bigode em casa mesmo. Com os cabelos, ainda não tive essa necessidade, mas quando tingir, vou procurar um profissional para que não fique muito falso. O resultado deve parecer natural. Envelhecer é bonito e faz parte de nossa existência, logo, devemos aceitar os fios brancos e grisalhos com naturalidade.

Aos 51 anos, quais os cuidados diferentes que você tem em relação à saúde ?
Corro quase que diariamente 40 minutos e faço musculação e alongamento 3 vezes por semana. Aliado a uma boa dieta rica em fibras, verduras e legumes, procuro manter a forma e a saúde.
 http://www.momen.com.br/we-were-driving-to-the-best-roadtrip/
Se você pudesse mudar algo em relação ao seus hábitos, o que teria feito no passado?
Sempre nos arrependemos de uma cervejinha a mais ou alguns meses de relaxamento no treinamento, o que sempre gera uns quilinho adicionais aos 52 anos. Mas sempre fui muito saudável e minha carreira como atleta contribuiu muito para minha forma física de hoje. Teria praticado mais esporte se pudesse voltar no tempo. Gostaria de ter jogado tênis profissionalmente, mas os treinamentos para os 400m eram muito rigorosos.

Viu só? Sucesso na vida e no trabalho só conquista quem põe a mão na massa e se mantém ativo. Claudio Fontana é exemplo disso. E você, também sabe agarrar oportunidades? Queremos saber, comente aí.



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