quinta-feira, 17 de agosto de 2017

quinta-feira, 17 de agosto de 2017
BOCA DE OURO


Foto de João Caldas Filho

        Costumo escrever a matéria de um espetáculo um ou dois dias após a ele ter assistido, mas quando o deslumbramento é muito grande procuro dar um tempo, esperar a poeira baixar e então voltar a ele, com menor perigo de adjetivar demais. Já faz uma semana a que assisti Boca de Ouro e ainda me sinto tocado pela beleza e perfeição da leitura de Gabriel Villela para o texto de Nelson Rodrigues, que, assim como A Falecida, tem sólida estrutura dramatúrgica, seja na determinação dos personagens, no desenvolvimento da trama ou no final surpreendente. Tudo funciona no texto que faz perfeito retrato do subúrbio carioca e a encenação de Villela, sem abandonar a estética do encenador, tem ar e ambiente que condizem com o original de Nelson Rodrigues. Ao contrário de outras montagens do diretor, são poucos os elementos em cena: várias mesas, cadeiras e copos simulando cabaré da Lapa e uma poltrona no meio da cena que terá diferentes funções durante a apresentação. O toque barroco, característico de Villela, fica por conta dos figurinos coloridos e esplendorosos (cenário e figurinos são assinados pelo diretor).
        Nesse cenário, sob a luz inventiva de Wagner Freire e ao som de músicas de diversas épocas do cancioneiro popular brasileiro interpretadas por Mariana Elisabetsky desfilam e agem as personagens criadas por Nelson Rodrigues.
        Lavínia Pannunzio, dona de imenso talento já comprovado em inúmeros trabalhos, merece destaque especial como Guigui, a personagem que conduz a trama contando três versões do assassinato de Leléco (Claudio Fontana, ótimo, lembrando vocal e corporalmente de Luís Mello em Paraíso Zona Norte (1989). Mel Lisboa cresce a cada nova interpretação, sua Celeste tem ao mesmo tempo a sensualidade e a agressividade pedida pelo autor, além da voz de poderoso alcance. Chico Carvalho empresta sua irreverência ao repórter Caveirinha e diverte na pele da granfina Maria Luísa. Leonardo Ventura tem ótima máscara como o velho corcunda Agenor, marido de Guigui, mas parece menos à vontade no concurso de seios do que suas “companheiras” Cacá Toledo e Guilherme Bueno. Malvino Salvador, buscando novos caminhos, se sai bem como o protagonista. Mariana Elisabetsky tem bela voz apesar de indesejável trinado nos momentos mais agudos. Jonatan Harold se incumbe do piano e de algumas figurações. Louvem-se a coesão e o espírito de conjunto do elenco, além da perfeita emissão de voz que torna o todo audível na complicada acústica do Tucarena.
        Na trilha sonora cabem tanto clássicos (Cidade Maravilhosa) como canções contemporâneas (De Frente Pro Crime) e até Bang Bang (My Baby Shot Me Down) todas elas adequando-se e comentando a ação.
        Boca de Ouro é espetáculo que beira a perfeição. Villela conseguiu, de maneira criativa e talentosa, transformar a tragédia carioca de Nelson Rodrigues em impactante melodrama expressionista, sem trair a intenção do autor.
        E não se pode deixar de comentar sobre o inventivo uso dos dedais que exercem várias funções durante a peça.

https://palcopaulistano.blogspot.com.br/2017/08/boca-de-ouro.html

        BOCA DE OURO está em cartaz no Tucarena às sextas e sábados às 21h e domingos às 18h30.
        ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!

17/08/2017


Postado por José Cetra às 09:54
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Marcadores: BOCA DE OURO

Boca de Ouro: tragicomédia de Nelson Rodrigues por Gabriel Villela

De  em agosto 17, 2017
Peça: Boca de Ouro, foto 1
Elenco: Cacá Toledo, Jonatan Harold, Mariana Elisabetsky, Malvino Salvador, Leonardo Ventura, Cláudio Fontana, Chico Carvalho, Lavínia Pannunzio e Mel Lisboa
A tragicomédia carioca de Nelson Rodrigues, Boca de Ouro, sobre a vida do temido bicheiro da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, ganhou ares de uma grande gafieira pelas mãos do diretor mineiro Gabriel Villela, que assina ainda a criativa cenografia e os belos figurinos do espetáculo, que acabou de estrear no Tucarena.
Villela que já havia encenado outras duas peças de Nelson Rodrigues — A Falecida/1994 e Vestido de Noiva/2010 —, desta vez utiliza canções dos anos 1950 (muitas do repertório de Dalva de Oliveira) para ajudar na narrativa sobre a trajetória do famoso bicheiro carioca que obrigou o dentista a trocar sua arcada dentária por dentes de ouro. Malvino Salvador, que vive o contraventor, divide o palco com mais nove atores, entre eles Lavínia Pannunzio, Mel Lisboa, Cláudio Fontana e Chico Carvalho.
Peça: Boca de Ouro, foto 2
Boca (Malvino) e duas de suas amantes (Mel e Chico)
O clima de gafieira é instaurado desde a primeira cena, quando o elenco entra cantando, como num cordão carnavalesco, e em seguida todos sentam ao redor das pequenas mesas do salão. O marco na vida do bicheiro é logo encenado: no consultório dentário, ele obriga o dentista a trocar seus dentes por outros de ouro.
A trama gira em torno da trajetória do bicheiro, mas parte de sua morte. O repórter Caveirinha, vivido por Chico Carvalho, é convocado a fazer uma grande reportagem sobre ele e revolve procurar Dona Guigui, interpretada por Lavínia Pannunzio, amante do Boca. Sem saber que o ex já estava morto, ela começa a contar um dos crimes atribuídos a ele, o assassinato do casal Celeste e Leleco (Mel Lisboa e Cláudio Fontana). No entanto, Guigui relata três diferentes versões sobre o ex-amante, a última depois de saber que ele havia morrido.
“Boca de Ouro é um personagem forjado pela perspectiva de Guigui, sua ex-amante. À medida que ela narra diferentes versões de um suposto crime cometido por ele, as características do bicheiro se transformam. Ele pode ser um Drácula de Madureira ou um Imperador Asteca. Nosso trabalho foi deixar o jogo teatral se instalar nessa gafieira mítica, onde Boca foi parido numa pia de banheiro”, explica Gabriel Villela.

Com um figurino que vai se transformando no decorrer da narrativa — de tons escuros no início para um glamouroso painel de cores nos trajes dos personagens no decorrer da trama— e com recursos cenográficos de extrema criatividade (por exemplo, o elenco usa dedal metálico nos dedos que tem várias funções, inclusive a de imitar antigas máquinas de escrever das redações de jornal), o diretor encanta e envolve a plateia do início ao fim do espetáculo.
Um dos grandes trunfos da montagem é, sem dúvida, o uso de músicas, que complementam e elucidam passagens da vida do bicheiro; é o caso das românticas Lencinho branco (Juan dos Filberto e Gabino Penaloza) e Noite do meu bem (Dolores Duran), além da canção de Aldir Blanc e João Bosco, De frente pro crime, que é uma verdadeira crônica policial. Com o pianista e arranjador Jonatan Harold em cena e de Mariana Elisabetsky como crooner, os números musicais ganham ainda mais força. A sintonia em cena dos 10 atores, entretanto, é o que destaca da linda montagem de Villela. Ressalto ainda a caracterização de Lavínia para glamourosa Guigi e a composição de Chico Carvalho para a grã-fina Maria Luísa (a plateia vai ao delírio em algumas de suas intervenções). Mesmo retratando um personagem datado da obra rodriguiana (um bicheiro dos anos 1950), Villela criou um espetáculo envolvente e que conversa com o momento atual. Sem dúvida um dos grandes destaques da produção teatral deste ano.
Peça: Boca de Ouro, foto 3
Figurino e cenário são assinados pelo diretor
Roteiro:
Boca de Ouro
. Texto: Nelson Rodrigues. Direção, cenografia e figurinos: Gabriel Villela. Elenco: Malvino Salvador, Lavínia Pannunzio, Mel Lisboa, Claudio Fontana, Chico Carvalho, Leonardo Ventura, Cacá Toledo, Mariana Elisabetsky, Jonatan Harold e Guilherme Bueno. Iluminação: Wagner Freire. Direção musical e preparação vocal: Babaya. Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Monica. Pianista: Jonatan Harold. Fotografia: João Caldas Fº. Produção executiva: Luiz Alex Tasso. Direção de produção: Claudio Fontana.
Serviço:Teatro Tucarena (300 lugares), Rua Monte Alegre, 1024, tel. 11 3670-8453. Horários: sexta e sábado às 21h e domingo às 18h30. Ingressos: R$ 50 (sex), R$ 50 e R$ 70 (sáb e dom). Duração: 100 min. Classificação: 14 anos. Temporada: até 29 de outubro.

http://favodomellone.com.br/boca-de-ouro-tragicomedia-de-nelson-rodrigues-por-gabriel-villela/

quarta-feira, 16 de agosto de 2017



Já VISITARAM O MEU SITE DE OLHO NA CENA?

www.deolhonacena.com.br?


Página no Face:

https://www.facebook.com/sitedeolhonacena/

E sempre indico também o Restaurante Pimenta Romã, apoiador precioso.

Um oásis de tranqüilidade nos Jardins, além da excelente comida, claro!



Endereço: Alameda Lorena, 521 - Jardins
pimentaroma.com.br
Buffet do Pimenta Romã de 2a a 6af!
No almoço executivo, vale dizer, você tem direito ao Buffet de pratos frios e quentes
e sobremesa.
#pimentaromã
Tem pizza à noite, entre outras opções:
O sorvete de jabuticaba com calda quente de cocada é único e divino!


Indicarei sempre: BOCA DE OURO, direção Gabriel Villela

Além da COMUNIDADE GABRIEL VILLELA notícias na  Fan Page da peça:
https://www.facebook.com/bocadeouromalvinosalvador/




A Visita da Velha Senhora no Sesi



É de graça. Não dá para perder!

O elenco é excelente e o diretor Luiz Villaça deixa o foco da encenação na força da interpretação dos atores. 

Elenco: Além de Denise, Tuca Andrade, Ary França, Eduardo Estrela, Romis Ferreira, Fábio Herford, Daniel Warren, Maristela Chelala, Renato Caldas, Beto Matos, Luiz Ramalho e Rafael Faustino

O clima é festivo, com música e contato com a plateia em vários momentos, olhar direto para o espectador, desde a entrada, visto que os atores recebem o público na porta do teatro.

Denise Fraga dá um show como a senhora Claire Zahanassian, bilionária que vai até a sua cidade natal, Güllen, após ter saído de lá grávida e abandonada pelo namorado, Alfred Krank (Tuca Andrada).

Famosa e depois de inúmeros casamentos, ela decide voltar para se vingar. Oferece uma quantia estrondosa para a cidade matar o seu antigo amor.

Denise tem trabalhos de qualidade, mas nesse espetáculo é incrível o quanto ela se entrega. O misto de loucura, excentricidade e mágoa da sua personagem é mostrado com louvor.

Para mostrar o quanto uma mulher humilhada pode chegar até o fundo do poço da falta de brios, ela aparenbtemente encara a provável morte do hoemm que amou com naturalidade. Para ressaltar o seu temperamento exagerado, o seu figurino traz exagero nas cores e textura.

Ela perdeu uma perna e a mão em acidente e têm dificuldade para locomoção, mas isso não é grande impecilho para ela armar o terreno para que matem Krank.

Num primeiro momento os habitantes se negam a cometer o crime, mas a ganância pode falar mais alto. O dinheiro salvará a cidade que está falida e os moradores poderão ter um cotidiano com luxo.

Texto extremamente atual, já que mostra que o ser humano pode ser comprado por dinheiro. Nem todas as pessoas estãoà venda, mas os moradores dessa cidade provavelmente estão! Para saber se realmente estão á venda, só assistindo ao espetáculo!

Com Denise Fraga, Tuca Andrada e grande elenco, "A Visita da Velha Senhora" estreia no Teatro do Sesi-SP para temporada gratuita de 18 de agosto a 26 de novembro.

Reserve seu ingresso: www.sesisp.org.br/meu-sesi

Teatro do Sesi-SP
De 18 de agosto a 26 de novembro de 2017
Quinta-feira a domingo, às 20h

As reservas antecipadas online para as sessões tem inicio a partir do dia 25 do mês anterior pelo sistema MEU SESI, e para as sessões entre os dias 16 e 31 têm início no dia 10 do mesmo mês, a partir das 8h.

Os ingressos remanescentes são distribuídos nos dias do espetáculo, conforme horário de funcionamento da bilheteria.Autor: Friedrich Dürrenmatt | Stage rights: Diogenes Verlag AG Zürich | Tradução: Christine Röhrig | Adaptação: Christine Röhrig, Denise Fraga e Maristela Chelala | Direção geral: Luiz Villaça | Direção de produção: José Maria | Direção de arte: Ronaldo Fraga | Direção musical e trilha original: Dimi Kireeff | Desenho de luz: Nadja Naira | Direção de movimento: Keila Bueno | Direção vocal: Lucia Gayotto | Visagismo: Simone Batata | Assistente de direção: André Dib | Assistente de produção musical: Nara Guimarães | Engenheiro de mixagem: Fernando Gressler | Produção executiva: Marita Prado | Assistente de produção: Cristiane Ferreira | Camareira: Maria da Guia | Assistente de iluminação: Robson Lima | Design de som: Carlos Henrique | Cenotécnicos: Jeferson Batista de Santana, Edmilson Ferreira da Silva, Douglas Caldas | Assessoria financeira: Valkíria Góes | Fotografia: Cacá Bernardes | Assessoria de imprensa: Morente Forte Comunicações | Produção: NIA Teatro
Comédia trágica, Adulto, 120 min.
Não recomendada para menores de 14 anos


Programa Pentesiléia - Treinamento para a Batalha Final, de Lina Prosa


Estreia em 04 de agosto, sexta-feira, no Sesc Belenzinho

Direção: Maria Thaís

Realização: Cia Teatro Balagan e Caseiras Produções

Programa Pentesiléia - Treinamento para a Batalha Final é a primeira montagem no Brasil de obra da dramaturga italiana Lina Prosa.

A estreia marca os 80 anos da atriz Maria Esmeralda Forte, que contracena com Antonio Salvador em narrativa inspirada no mito das amazonas atualizando questões do feminino.

A peça mostra o hipotético encontro final entre a rainha Pentesiléia,“aquela que sofre por seu povo”, e o herói grego Aquiles, que assassinou a rainha durante a Guerra de Troia.

Na obra de Lina, Pentesiléia é uma amazona nascida no Pará, no seio da Floresta Amazônica, e é uma . guerreira anciã que vive num lugar imaginário e narrando batalhas de amor e guerra.

Maria Esmeralda comenta sobre esse trabalho: “Está sendo um processo surpreendente. A Maria Thaís se tornou uma amiga da vida, acompanho sempre a trajetória dela pelo mundo, na Rússia, na França. Agora me reencontro com este teatro que mexe com todos os elementos. Mas sobre ser aos 80 anos, confesso que ainda não ‘me apresentei’ aos 80 anos. Meu corpo não sabe disso ainda”, conta sorrindo.

A peça estreou no Rio de Janeiro no mês de junho, no Sesc Copacabana, e fez duas apresentações no FIT - Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto.

Sinopse

Na narrativa, Pentesiléia se prepara para um hipotético encontro com o herói Aquiles. Ainda que reclusa, a rainha guerreira surge plena de potência e de sabedoria. Em seu delírio lúcido Aquiles não é mais que a projeção de uma luta interior, dilacerante, entre o masculino e o feminino, no qual o plano da realidade da obra muitas vezes se confunde com a da história mítica.


Ficha Técnica:
Programa Pentesiléia – Treinamento para a Batalha Final
Atuação Maria Esmeralda Forte e Antonio Salvador
Texto Lina Prosa
Tradução Laymert Garcia dos Santos
Direção Maria Thaís
Cenografia e Figurino Márcio Medina
Iluminação Aline Santini
Trilha Sonora Dr Morris
Assistente de Direção Kátia Daher
Assistente de Iluminação Paula Hemsi
Operação de Luz Bruno Garcia
Operação de Som Vitor Vieira
Direção de Produção Ana Luisa Lima
Produção Executiva Bia Lima e Kátia Daher
Produtor Técnico Igor Biond
Estagiário de Produção Roy Peres
Design Gráfico Bruno Dante e Fernando Nicolau
Mídias Sociais Bia Lima e Gustavo Xella
Fotografia Alexandre Catan
Assistente de Fotografia Renan Martins
Fotografia de Cena Silvana Marques
Filmagens Bia Lima e Tetsuya Maruyama
Pintura Artística (piso) Fernando Monteiro de Barros
Assistente de Pintura (piso) Kátia Santos
Construção do Piso Rogério Santos
Construção da Parede Rogério Santos e Marcelo Andrade
Cenotécnica (estrutura parede e cama) Wanderley Wagner da Silva
Costura Judith Lima
Alfaiataria Maison de Lello
Adereços Inês Sacay (guirlanda), Nilton Katayama Braga (rosas)
Serigrafia Serigrafarte
Introdução ao Arco e Flecha Carú Lima
Pesquisa mitologia grega e introdução ao Tai Chi Chuan Francisco Laurindsen-Ribeiro
Consultoria (mitos femininos no universo ameríndio) Rafaela Vargas e Marcelo Fortaleza Flores
Realização Cia Teatro Balagan e Caseiras Produções Culturais

Serviço:
Programa Pentesiléia- Treinamento para a Batalha Final
Texto: Lina Prosa
Direção: Maria Thaís
Elenco: Maria Esmeralda Forte, Antonio Salvador
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
De 04 de agosto a 10 de setembro, de sexta a domingo, sextas e sábados, às 21h30 horas e domingos, às 18h30
Excepcionalmente, no dia 07 de setembro, quinta-feira, às 18h30.
Ingressos: Ingressos: R$ 6,00 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$10,00 (credenciado*/usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 20,00 (inteira).
Tempo de Duração: 80 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Sala de espetáculos 1 – 100 lugares – terceiro andar
www.sescsp.org.br/belenzinho
Estacionamento
R$ 12,00 (não matriculado – por hora); R$ 5,50 (credencial plena no SESC - trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/ usuário – por hora).



O FILHO DA MÃE fala de um amor exagerado entre a mãe e seu filho ( vivido por Guilherme Chelucci). Um amor que sufoca, que faz a mãe não perceber que o menino cresceu e precisa tomar conta da sua vida.


Com direção de Eduardo Martini e texto de Regiana Antonini,

Valentina é uma publicitária bem sucedida profissionalmente, mas quando o seu filho, Fernando, recém-formado roteirista, agenda viagem para Nova York, para estudar cinema, ela não aceita de jeito nenhum!

Com cenas que mostram o passado e o presente da relação entre os personagens.

O sucesso voltou dia 11/08 no Teatro Italia. sexta feira as 21.30h e sabado em novo horario ; 19 horas.

Av ipiranga 344 com valet na porta, um delicioso cafe

Eduardo Martini e Guilherme Chelucci esperando por voce.. ingressos ja estão a venda.

O patrocinio é da Oribá - Soluções Criativas e parceiros como a Breton Santa Mônica Tapetes e Carpetes DietKal Brasil Espaço Open Arts Alpha FM foto Celina Germer

Para saber mais:
http://teatroitalia.com.br/



A Mulher que Digita encerra a terceira edição da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos


Texto de Carla Kinzo e direção de Isabel Teixeira,

Sinopse: as atrizes Andrea Tedesco e Sabrina Greve dão vida a duas mulheres, uma que tenta terminar um texto a curto prazo, e outra que é contratada para ajudá-la, digitando, sendo a primeira pessoa que ouve a narrativa sendo formulada. Aos poucos, a urgência dessa história é revelada, bem como o enfrentamento entre elas.

Uma curiosidade: No cenário, um cronômetro marca 1h11 minutos a partir do momento que a plateia começa a entrar no teatro, em contagem decrescente para o fim da peça

Segundo Carla Kinzo, que começou a escrever A Mulher que Digita quando participou do Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council , o texto é uma obra que tenta falar sobre um mundo cada vez mais violento e opressor, dentro do qual as palavras parecem ter perdido a força de ação. “Cabe a essas duas mulheres escutar o que grita esse mundo do lado de fora, do qual parecem apartadas, e responder a isso – seja pelo verbo, seja pela ação”, conta ela.

Para roteiro:

MOSTRA DE DRAMATURGIA EM PEQUENOS FORMATOS CÊNICOS DO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO apresenta A Mulher que Digita – Estreia dia 4 de agosto, sexta-feira, às 21 horas, na Sala Jardel Filho. Dramaturgia – Carla Kinzo. Direção – Isabel Teixeira. Elenco – Andrea Tedesco e Sabrina Greve. Codireção – Lucas Brandão. Iluminação – Aline Santini. Trilha Sonora – Aline Meyer. Cenografia – Equipe + Michel Castro. Figurino – Equipe + Marcelo Leão. Operação de Som – Lucas Brandão. Operação de Luz – Mayara Silva. Imagens – Roberto Setton e Paulo F. Camacho. Design Gráfico – Ateliê Fora do Esquadro. Teasers – Paulo F. Camaho, Lucas Brandão, Roberto Setton e Isabel Teixeira. Produção – Anayan Moretto. Assistência de Produção – Verônica Jesus. Realização – Centro Cultural São Paulo. Recomendação etária – 12 anos. Duração – 1h11 minutos. Temporada – Até 27 de agosto. Sexta-feira e sábado às 21 horas e domingo às 20 horas. Ingressos – R$ 10,00 – vendidos online pela www.ingressorapido.com.br ou pelo telefone 4003-1212.

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO – Sala Jardel Filho – Rua Vergueiro, 1000 –Estação de metrô Vergueiro. Telefone (11) 3397-4002. Bilheteria – de terça a sábado, das 13h às 21h30; e domingos, das 13h às 20h30. Capacidade – 321 lugares. Acesso para deficientes físicos. www.centrocultural.sp.gov.br



No Rio:



TEMPORADA DE COMEMORAÇÃO – RIO DE JANEIRO | GALPÃO 35 ANOS

TIO VÂNIA – AOS QUE VIEREM DEPOIS DE NÓS
Direção: Yara de Novaes
17 a 20 de agosto (quinta, 20h, sexta e sábado, 19h e domingo, 18h)
SESC GINÁSTICO
Av. Graça Aranha, 187 – Centro
+Info.: (21) 2279.4027
Ingressos: R$25,00 (inteira) | R$12,00 (meia-entrada)
Horário de funcionamento da bilheteria: de terça a domingo, das 13:00 às 20:00
Classificação 12 anos

DE TEMPOS SOMOS – UM SARAU DO GRUPO GALPÃO*
22 de agosto – terça, 19h
CENTRO CULTURAL MUNICIPAL PARQUE DAS RUÍNAS
Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa, Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2215-0621
Acesso Gratuito
*LANÇAMENTO DO DISCO DO ESPETÁCULO

24 de agosto – quinta, 19h
SESC NITERÓI
Padre Anchieta, 56 – São Domingos, Niterói
Telefone: (21) 2719-9119
Entrada: R$20,00 (inteira) | R$10,00 (meia-entrada)

25 de agosto – sexta, 20h
SESC SÃO GONÇALO
Avenida Presidente Kennedy, 755 – Estrela do Norte, São Gonçalo
Telefone: (21) 2712-2342
Entrada: R$20,00 (inteira) | R$10,00 (meia-entrada)
Classificação livre

OS GIGANTES DA MONTANHA
26 de agosto – Sábado, 19h
BOULEVARD OLÍMPICO
Endereço: PRAÇA MAUÁ, s/ n – Próximo ao MAR (Museu de Arte do Rio)
Acesso Gratuito
Classificação livre

TILL, A SAGA DE UM HERÓI TORTO
27 de agosto – domingo, 18h30
BOULEVARD OLÍMPICO
Endereço: Praça Mauá, s/ n – Próximo ao MAR (Museu de Arte do Rio)
Acesso Gratuito
Classificação livre


O Abacaxi anuncia NOVA TEMPORADA! Teatro O Tablado de 12 a 27 de agosto.



A peça fala sobre a nova geração e a busca por um amor livre, em contraposição aos relacionamentos conservadores e monogâmicos tradicionais.

Direção da Debora Lamm!


Agosto marca 40 anos de carreira da atriz Guida Vianna


É a primeira montagem brasileira da Peça de Tracy Letts. Direção de André Paes Leme e protagonizado por Guida Vianna e Letícia Isnard

A trama, que inspirou em 2013 o filme “Álbum de família”, com Meryl Streep e Julia Roberts , fala sobre conflitos familiares.

Uma família desestruturada se reúne para acerto de contas após o desaparecimento do pai. A mãe tem câncer e as irmãs guardam segredos.

Completam o elenco Alexandre Dantas, Claudia Ventura, Claudio Mendes, Eliane Costa, Guilherme Siman, Isaac Bernat, Julia Schaeffer, Lorena Comparato e Marianna Mac Niven.

O diretor ambienta a história nos cômodos da casa em que se passa a história, em uma “múltipla espacialidade” que vai exigir uma visão ativa do espectador, avisa Paes Leme. “A ação passeia por todos os cômodos e a proposta do autor é que o espectador possa ver simultaneamente todos os ambientes”, diz Paes Leme. “Na nossa concepção, as cenas serão sobrepostas: a personagem que está num determinado ambiente estará exatamente ao lado de outra que ocupa outra área da casa. Gradativamente, as diferentes cenas vão convivendo no palco”.


Ficha técnica
Texto: Tracy Letts
Tradução: Guilherme Siman
Direção e Adaptação: André Paes Leme
Direção de Produção: Andrea Alves e Maria Siman
Idealização e Coordenação Geral: Maria Siman
Elenco: Guida Vianna (Violet Weston), Letícia Isnard (Barbara Fordhan), Alexandre Dantas (Steve Heidebrecht), Claudia Ventura (Karen Weston), Claudio Mendes (Charlie Aiken), Eliane Costa (Mattie Fae Aiken), Guilherme Siman (Charlie Júnior), Isaac Bernat (Beverly Weston/Bill Fordham), Julia Schaeffer (Johnna Monevata), Lorena Comparato (Jean Fordham) e Marianna Mac Niven (Ivy Weston).
Diretor Assistente: Anderson Aragón
Cenografia: Carlos Alberto Nunes
Figurino: Patrícia Muniz
Iluminação: Renato Machado
Música: Ricco Viana
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Fotografia: Silvana Marques
Patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Oi
Copatrocínio: Multiterminais
Co-realização: Oi Futuro
Realização: Primeira Página Produções, Sarau Agência de Cultura Brasileira, Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil Ordem e Progresso.

Serviço
Oi Futuro - Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro (tel. 21 3131-3060)
Lotação do teatro: 63 pessoas
Temporada: 3 de agosto a 17 de setembro, quinta a domingo, às 20h
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Venda na bilheteria de 3ª feira a domingo, das 14h às 20h ou pelo site ticketplanet.com.br
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 120 minutos
Gênero: Drama

 
SHOWS EM SÃO PAULO
SESC 24 de maio, São Paulo



A abertura será dia 19 de agosto

Com cerca de 28 mil m², unidade terá teatro, espaços para comedoria, exposição, biblioteca convivência, clínica odontológica, além de piscina com vista panorâmica para a cidade, no 13º andar

Localizado nas esquinas da Rua 24 de Maio com a Dom José de Barros, o novo centro cultural, esportivo e de convivência da cidade é formado por dois edifícios que passaram por completa reestruturação em projeto de Paulo Mendes da Rocha.

Teatro
Localizado no subsolo da unidade, com palco italiano, tem capacidade para 245 pessoas, incluindo acomodação para portadores de necessidades especiais.


SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sábado, das 9h às 21h.
Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Facebook: Sesc 24 de Maio
Portal: sescsp.org.br/24demaio


Exclusivo na internet: Gilberto Gil Apresenta o Sesc 24 de Maio




Dia 17 tem bate-papo informal com o diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, que acontecerá exclusivamente pela web
A transmissão ao vivo começa às 17h
https://www.facebook.com/sescsp


Martinho Rap Samba Rock



Para encerrar a grade de programação da inauguração do Sesc 24 de maio, o espaço recebe Martinho da Vila. O atrista contará em seu show com a presença de Tereza Gama e Marco Mattoli, integrantes do Clube do Balanço, e o rapper Rashid. dDreção geral de Elifas Andreato.

Local: Esquina das ruas 24 de Maio e Dom José de Barros
Ingressos: Grátis
Duração: 90 minutos
Classificação etária: Livre
Obs: repertório sujeito a alterações
SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
Fone: (11) 3350-6300
Horário de funcionamento da unidade: (a partir de 22/8)
Terça a sábado, das 9h às 21h.
Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Facebook: facebook.com/sesc24demaio
Instagram: instagram.com/sesc24demaio
Portal: sescsp.org.br/24demaio





18/08 - show de lançamento Sesc Pinheiros, SP

Para o álbum Laila Garin e A ROda reuniram canções de compositores como Caetano Veloso, Dani Black, Alceu Valença, Roberto e Erasmo e Chico Buarque, entre outros.
Rua Paes Leme, 195
São Paulo
@sescpinheiros
Ligar (11) 3095-9400
http://www.sescsp.org.br


Não sou eu que gosto de nascer
Stela do Patrocínio



Não sou eu que gosto de nascer
Eles é que me botam para nascer todo dia
E sempre que eu morro me ressuscitam
Me encarnam me desencarnam me reencarnam
Me formam em menos de um segundo
Se eu sumir desaparecer eles me procuram onde eu estiver
Pra estar olhando pro gás pras paredes pro teto
Ou pra cabeça deles e pro corpo deles
(Stela do Patrocínio, em diagramação de sua fala por Viviane Mosé)

STELA DO PATROCÍNIO, nascida em 1941, impressionou profundamente a artista plástica Neli Gutmacher e suas estagiárias, quando esta foi convidada, na década de 80, a montar um ateliê na Colônia Psiquiátrica Juliano Moreira. Interna desde 1962, Stela se destacava dos outros pacientes por sua fala peculiar, com alto teor poético. Algumas de suas falas foram gravadas em fitas cassetes e, quase quinze anos depois, foram transcritas, organizadas em forma de poesia e reunidas em livro pela escritora Viviane Mosé. "Reino dos bichos e dos animais é o meu nome" atingiu tal repercussão que, em 2002, tornou-se finalista do Prêmio Jabuti e, em 2005, levou a fala de Stela a ser transformada em ópera pelo compositor Lincoln Antonio. Totalmente abandonada pela família, Stela permaneceu por quase 30 anos interna da colônia psiquiátrica, sem nunca ter saído de lá; veio a morrer em 1997, vítima de uma infecção generalizada.http://www.confrariadovento.com/revista/numero11/phantascopia.htm


FALATÓRIO DE STELA DO PATROCÍNIO
É dito: pelo chão você não pode ficar
Porque lugar da cabeça é na cabeça
Lugar de corpo é no corpo
Pelas paredes você também não pode
Pelas camas também você não vai poder ficar
Pelo espaço vazio você também não vai poder ficar
Porque lugar da cabeça é na cabeça
Lugar de corpo é no corpo

§

Meu nome verdadeiro é caixão enterro
Cemitério defunto cadáver
Esqueleto humano asilo de velhos
Hospital de tudo quanto é doença
Hospício
Mundo dos bichos e dos animais
Os animais: dinossauro camelo onça
Tigre leão dinossauro
Macacos girafas tartarugas
Reino dos bichos e dos animais é o meu nome
Jardim Zoológico Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista

§

Eu sei que você é uma olho
Uma espiã que faz espionagem
É um fiscal um vigia também
É uma criança prodígio precoce poderes
Milagre mistério
É uma cientista
Já nasce rica e milionária

§

Só depois de relação sexual é que eu posso
carregar tudo pela língua e pela boca

§

Tinha terra preta no chão
Um homem foi lá e disse
Deita aí no chão pra mim te foder
Eu disse não
Vou me embora daqui
Aí eu saí de lá vim andando
Ainda não tinha esse prédio
Não tinha essa portaria
Não tinha esse prédio
Não tinha essa portaria
Não via tinta azul pelas paredes
A parede ainda não era pintada de tinta azul

§

Nasci louca
Meus pais queriam que eu fosse louca
Os normais tinham inveja de mim
Que era louca 


Só para lembrar:

Cleide Queiroz dá vida à poetisa Stela do Patrocínio


A atriz completa 50 anos de carreira e é dirigida por Elias Andreato

http://www.deolhonacena.com.br/index.php?pg=3a3b&sub=248#linha



Festa da Achiropita no Bixiga, padroeira do tradicional bairro paulistano


Festa italiana

Não deixe de entrar na linda igreja

Destaque para a fogazza

Dica: se não quiser enfrentar tumulto, chegue lá pelas 18h00, que a festa está começando e as filas ainda estão pequenas!

5 de agosto a 3 de setembro

Sábados e domingos
https://www.facebook.com/FestadaAchiropita/

PARTE EXTERNA
NAS RUAS 13 MAIO, SÃO VICENTE E DR. LUIZ BARRETO.
SÁBADOS : DAS 18 ÀS 24 HORAS
DOMINGOS: 17:30 ÀS 22:30 HORAS
São instaladas 30 barracas: FOGAZZAS, FRICAZZAS, POLENTAS, ANTEPASTI, PEPERONI, MELANZANAS AO FORNO, MACARRÃO, PIZZAS, CALABREZAS.

Diversos tipos de doces, inclusive os típicos italianos.
Além dessas, tem ainda barraca de brinquedos para as crianças.
VINHO, CHOPP e REFRIGERANTES.
PARTE INTERNA
CANTINA - sábados (das 20 às 24 horas) e domingos (das 19 às 23horas)


Blog em Homenagem ao diretor, figurinista e cenógrafo GABRIEL VILLELA


https://www.facebook.com/groups/133795370015657/?fref=ts
#gabrielvillela
Só pedir que adiciono!









segunda-feira, 14 de agosto de 2017

http://www.teatroiguatemicampinas.com.br/boca-de-ouro/

BOCA DE OURO
Categoria: Adulto
Boca de Ouro é um lendário bicheiro carioca, figura temida e megalomaníaca, que tem esse apelido porque trocou todos os dentes por uma dentadura de ouro. Também é conhecido como o Drácula de Madureira. Quando Boca é assassinado, seu passado é vasculhado por um repórter. Sua fonte é dona Guigui, a volúvel ex-amante do contraventor, uma mulher que, ao longo da peça, revela diferentes versões do bicheiro.
Malvino Salvador é Boca de Ouro, Mel Lisboa e Claudio Fontana fazem o casal Celeste e Leleco, e Lavínia Pannunzio vive a transtornada Guigui, ao lado de Leonardo Ventura, que faz seu fiel e apaixonado marido, Agenor. Chico Carvalho é Caveirinha, o repórter rodriguiano, que carrega em si o olhar afiado e crítico do dramaturgo-jornalista, que durante anos trabalhou em Redações e conheceu ele próprio os vícios e contradições da imprensa. Chico também interpreta a grã-fina Maria Luisa. Cacá Toledo e Guilherme Bueno completam o elenco.
Jonatan Harold assume o piano desta gafieira carioca oferecendo a ambiência musical para Mariana Elisabetsky interpretar as canções imortalizadas por Dalva de Oliveira (1917-1972).
Como toda a ação proposta por Nelson Rodrigues parte da mente contraditória de Dona Guigui, as diferentes narrativas da personagem são exploradas pelo encenador de forma muito diversa. A cada versão de Guigui, a arena de Villela circula, ressaltando o espaço arquetípico convergente, assim como o salão circular de uma gafieira, ou um ciclo de vida que se encerra.
Dentro das iconografias do subúrbio carioca, Gabriel se utiliza da simbologia do Candomblé e das mascaradas astecas no espetáculo. A casa de Celeste e Leleco traz muitas representações de Orixás sincretizados. A figura de Iansã, (Guilherme Bueno) aparece toda vez que uma cena de morte acontece. Iansã faz a contrarregragem das mortes da estória.
O Brasil cabe todo nesta arena: a política, as narrativas contraditórias, a libido, a festa da gafieira, o jogo do bicho, a fé e a música. Retratos de uma época que nos mostram que o Brasil pouco mudou, e que nosso dramaturgo nascido em Pernambuco em 1912 e radicado no Rio de Janeiro, nunca foi tão atual.
Além da direção, Gabriel Villela assina os figurinos e a cenografia. A iluminação é de Wagner Freire, a direção musical e preparação vocal são assinadas por Babaya e a espacialização e antropologia da voz por Francesca Della Monica. Os diretores assistentes Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo completam a equipe criativa.
As diferentes narrativas para um mesmo fato, impulsionadas pelos amplos aspectos psicológicos dos personagens, cerne da dramaturgia de Boca de Ouro, já foi anteriormente explorada em Rashomon, de Kurosawa, filme que descreve um estupro e assassinato por meio dos relatos amplamente divergentes de quatro testemunhas, e também em Assim É Se Lhe Parece, de Pirandello, na qual os depoimentos conflitantes da sogra e do genro sobre suas situações familiares geram curiosidade doentia nos moradores da cidade no interior da Sicília.
Esta é a terceira montagem de Nelson Rodrigues feita por Gabriel Villela. Em 1994 ele montou A Falecida, com Maria Padilha no papel título, depois foi a vez de Vestido de Noiva, em 2009, protagonizado por Leandra leal, Marcello Antony e Vera Zimmerman.
Ficha Técnica
Texto: Nelson Rodrigues.
Direção, Cenografia e Figurinos: Gabriel Villela.
Elenco: Malvino Salvador, Lavínia Pannunzio, Mel Lisboa, Claudio Fontana, Chico Carvalho, Leonardo Ventura, Cacá Toledo, Mariana Elisabetsky, Jonatan Harold e Guilherme Bueno.
Iluminação: Wagner Freire.
Direção Musical e preparação Vocal: Babaya.
Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Monica.
Pianista: Jonatan Harold.
Diretores assistentes: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo.
Foto: João Caldas Fº.
Produção executiva: Luiz Alex Tasso.
Direção de produção: Claudio Fontana.
Duração: 100min.
Classificação: 14 anos.
Acessibilidade: gratuidade a portadores de deficiência
Serviço:
Campinas:
Data: de 03 a 12 de novembro, sempre de sexta a domingo.
Horário: sextas às 21h; sábados às 21h30 e domingos às 19h.
Local: Teatro Iguatemi 3º piso do Iguatemi Campinas
End: Av Iguatemi, 777 – Vila Brandina
Telefone: (19) 3294-3166 – www.teatrogt.com.br
Valores:
Primeiro lote: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)
Segundo lote: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada).
Vendas:
Bilheteria do Teatro: 3294-3166 (segunda a sábado das 10h às 22h | domingo das 12h às 20h)
Pela internet: www.ingressorapido.com.br
Regras para Meia-Entrada:
Estudantes (Com Cartão da Instituição Educacional com data de validade ou Boleto – Atestado de Matricula do mês vigente)
Idosos e Terceira Idade (Cartão de Aposentado ou RG para maiores de 60 anos)
Professores Rede Pública (Holerite ou Documento que comprove)
Regras Promocionais:
CLUBE GT – Os sócios do Clube GT tem 50% de desconto mediante cartão.
Clientes Oba Hortifrúti – 50% de desconto nos ingressos. Para garantir esse benefício, é necessária a apresentação do cupom fiscal com o valor mínimo de R$ 30,00, que deve ter sido emitido no máximo 30 dias antes da data do espetáculo escolhido. As compras deverão ser realizadas nas lojas Oba Hortifrúti de Campinashttp://www.teatroiguatemicampinas.com.br/boca-de-ouro/

Há vestígios de Pirandello e 'Rashomon' em 'Boca de Ouro'

Assistentes de direção mostram traços das obras do autor italiano e do filme de Kurosawa no texto de Nelson Rodrigues

Ubiratan Brasil, O Estado de S.Paulo
07 Agosto 2017 | 06h00
Durante os ensaios, Gabriel Villela era sempre seguido de perto por dois fiéis escudeiros, Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo, seus diretores assistentes.
Carinhosamente chamados de “meninos da USP” pelo encenador, eles auxiliaram ao fornecer indicações a Villela tanto em relação ao planejamento como um todo do projeto como apontar os meandros do texto de Nelson Rodrigues.
Há vestígios de Pirandello e
Nelson. A realidade tem efeito direto na opinião variável do personagem Foto: Silvestre Silva
“Li a tese do Sábato (Magaldi, grande crítico e um profundo conhecedor da obra do dramaturgo) e, como ele, o que me chamou atenção foi a forma como o texto do Nelson é construído”, comenta Mazzarolo. “O público só tem conhecimento do personagem do Boca de Ouro por meio do olhar de Dona Guigui.”
Ele também acredita que Nelson tinha conhecimento do filme Rashomon (1950), em que Akira Kurosawa descreve um estupro e um assassinato por meio dos diferentes relatos de quatro testemunhas. “Mas, em Boca de Ouro, tudo é visto por meio do relato parcial e subjetivo de Guigui”, continua. “E tudo muda de acordo com seu estado de humor.”
“A personagem deixa de ser pobre, primária, identificável por um traço, para conter uma infinidade de características, mesmo aparentemente contraditórias”, comenta Magaldi na introdução de Boca de Ouro, em seu trabalho de consolidação da dramaturgia de Nelson Rodrigues. Segundo ele, atingido pela realidade, a imagem subjetiva do personagem atingia um radicalismo absoluto.
Isso aproxima a obra do escritor carioca à de outro autor igualmente clássico, o italiano Pirandello, para quem o indivíduo não é uno, mas a soma da imagem que cada um tem de si com a visão dos outros.
“Isso permite várias possibilidades na criação da encenação”, comenta Ivan Andrade, que auxilia Villela na organização. “O planejamento do dia a dia é importante porque, ao se entender melhor a concepção, há mais liberdade para se improvisar”, afirma.
Trecho da peça
“Boca de Ouro: Agora vou me sentar, outra vez,...
...porque eu queria um servicinho seu, caprichado, doutor!
Dentista: Na boca?
Boca de Ouro: Na boca.
Dentista: Meu amigo, é um crime mexer na sua boca!
Boca: Mas o senhor vai mexer, vai tirar tudo. Tudo, doutor!
Dentista (no seu assombro): Tirar os dentes?
Boca: Meus dentes. Os 32 – são 32? – pois é: os 32 dentes!
Dentista: E o senhor quer que eu tire?
Boca: Eu pago, doutor! Meu chapa, eu pago!
Dentista: Nunca!
Boca (sempre rindo): O senhor vai tirar, sim, vai tirar doutor! Vai arrancar tudo!
Dentista: Mas por quê? A troco de quê?
(O dentista faz com a mão um gesto de despedida e, em seguida, mostra a porta)
Dentista: Meu amigo, passar bem.
Boca: O senhor vai arrancar todos os dentes porque eu quero uma boca de ouro!”http://cultura.estadao.com.br/noticias/teatro-e-danca,ha-vestigios-de-pirandello-e-rashomon-em-boca-de-ouro,70001926335
As informações e opinões formadas neste blog são de responsabilidade única do autor.

Em adaptação de Gabriel Villela, ator Malvino Salvador dá vida a Boca de Ouro

Júlia Corrêa
10 Agosto 2017 | 13h01
Em mais uma adaptação de obra de Nelson Rodrigues, Gabriel Villela estreia, agora, Boca de Ouro. Em 1994, ele já havia dirigido ‘A Falecida’, com Maria Padilha no elenco. E, em 2009, ‘Vestido de Noiva’, com Leandra leal, Marcello Antony e Vera Zimmerman.
Nesta nova montagem, o palco é transformado em uma gafieira carioca dos anos 1950, na qual se revelam detalhes da morte do bicheiro Boca de Ouro, vivido por Malvino Salvador.
Foto: João Caldas
Investigando o caso, um repórter (Chico Carvalho) ouve diferentes versões do passado dele, contadas, com diversas contradições, pela ex-amante Dona Guigui (Lavínia Pannunzio). A cada relato da personagem, a arena da encenação gira – simbolizando o fim de um ciclo de vida.

Ao longo da peça, ícones do candomblé, na cenografia, e canções de Dalva de Oliveira, na trilha sonora, aparecem para salientar a atmosfera de subúrbio carioca.
O elenco do espetáculo traz ainda nomes como Mel Lisboa, Claudio Fontana e Leonardo Ventura.
100 min. 14 anos. ONDE: Tucarena (300 lug.). R. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, 3670-8455. QUANDO: Estreia 6ª (11). 6ª e sáb., 21h; dom., 18h30. Até 29/10. QUANTO: R$ 50/R$ 70. http://cultura.estadao.com.br/blogs/divirta-se/com-direcao-de-gabriel-vilella-boca-de-ouro-traz-malvino-salvador-como-protagonista/