terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Um Réquiem Para Antonio De Nanda Rovere Arte Essência da Vida; Arte e Reflexão O texto inédito de Dib Carneiro Neto é inspirado na lendária inveja de Antônio Salieri por Wolfgang Amadeus Mozart. A direção é de Gabriel Villela. No elenco estão: Elias Andreato (no papel de Salieri) e Claudio Fontana (Mozart), Nábia Vilela e Mariana Elisabetsky. O pianista Fernando Esteves executa a trilha. A estreia acontece dia 17 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Tucarena. A ideia de levar para os palcos a história dos compositores foi do ator Elias Andreato, que sugeriu o tema para Dib Carneiro Neto. O objetivo do ator era a criação de um texto que possibilitasse o seu reencontro com o amigo Claudio Fontana. Amigos de longa data, já trabalharam juntos no teatro diversas vezes. O compositor italiano Antonio Salieri é menos conhecido do que Mozart, mas teve uma carreira produtiva na música clássica do século XIX. Foi professor de compositores famosos como Ludwig Van Beethoven, Carl Czerny e Franz Liszt, além do filho de Mozart. Na trama, Salieri está no leito de morte, delira e começa a acertar as contas com Mozart, de quem sentia inveja e, segundo a lenda, sempre tentou prejudicar as criações no período em que conviveram na Áustria. A encenação de Gabriel Villela usa a linguagem circense para destacar o lado mítico da inveja. Um pequeno picadeiro florido recebe o embate entre os dois compositores. Como fonte de pesquisa o diretor usou o livro de Elias Norbert, “Mozart - sociologia de um gênio”, que traz uma profunda análise sobre o artista e sobre o seu talento para criar obras-primas ao mesmo tempo em que apresentava um comportamento debochado e ações infantis. Vale ressaltar que o título da peça é baseado na composição Requiem, a missa fúnebre de Mozart, de 1791. A relação invejosa entre os artistas ficou mundialmente conhecida através da peça de teatro de Peter Shaffer, adaptada para o cinema como Amadeus, de 1984, ganhador de Oscar e com ampla divulgação na mídia. Na montagem de Villela. Salieri é sombrio, confuso e frágil, enquanto Mozart é gozador, confiante e ágil. Características presentes nos figurinos elaborados por Villela e José Rosa, que chamam a atenção pela beleza, assim como os adereços, confeccionados pelo artista plástico Shicó do Mamulengo, do Rio Grande do Norte. A trilha tem papel fundamental e tem função dramatúrgica na medida em que conduz as suas neuroses e lembranças. As músicas são interpretadas pelas atrizes e cantoras Nábia Villela e Mariana Elisabetsky, que também vivem personagens que passaram pela vida dos compositores. São 5 as composições de Mozart escolhidas para entrar peça: Sinfonia em Sol Menor, Marcha Turca, Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e Lacrimosa (ária do seu último réquiem). As fotos que já foram publicadas na mídia em geral, de divulgação, dão uma ideia do quanto os figurinos são belos e adequados ao universo circense e poético da montagem. Além disso, trecho do texto publicados na Folha de São Paulo , revelam que o autor traz em sua criação muita poesia e encanta pela maneira que descreve os sentimentos de Salieri. Uma obra que traz muitos subsídios para Gabriel Villela colocar mais uma vez em prática a sua criatividade para transformar as peças teatrais em ¨magias cênicas¨. O processo de escrita do texto: Por Dib Carneiro Neto ”A relação entre Mozart e Salieri é bastante rica e intrigante, a ponto de ter atingido o estágio mítico. Extrapolou a realidade e virou prato cheio para a ficção. A genialidade de Mozart chegou ao ponto máximo em muito pouco tempo, pois ele morreu jovem. Salieri, por sua vez, também era muito conhecido e respeitado em seu tempo – e, ainda assim, segundo diz o mito ou reza a lenda, ele perseguia com obsessão a fama do outro. Sendo assim, fui misturando o que li e vi durante minha fase de pesquisa, principalmente: as peças teatrais de Pushkin e de Peter Shaffer, o filme de Milos Forman, as biografias de Harold Schonberg e Peter Gay e as cartas de Leopold (pai de Mozart). O resultado é este ‘Um Réquiem para Antonio’, que defino como um ‘sonho-delírio-desconcerto’ de Antonio Salieri, à beira da morte.” O autor afirma que foi muito prazeroso escrever sabendo que seria para Elias e Claudio atuarem. “Os dois, na vida, têm uma relação muito próxima de amizade e uma dinâmica de interação baseada em muita brincadeira, algo que eu chamaria de um ‘bullying' afetivo. Isso me inspirou no desenvolvimento da dinâmica também entre os personagens, ou seja, Mozart tratando Salieri do mesmo jeito que Claudio trata Elias: com um humor inteligente, com um carinho e uma admiração disfarçados de muita provocação. E Elias respondendo a isso como um Salieri rabugento, irritadiço, impaciente.“ Primeira parceria entre Elias e Villela Sobre este trabalho o ator comenta: “Tenho um prazer imenso em estar aqui. Eu e Cláudio temos um encontro de muito tempo, tenho muita admiração por ele, além de uma amizade de muitos anos. E o Gabriel mostra um lado poético que me proporciona um entendimento maior sobre o meu ofício, o nosso ofício. Ele propõe novos caminhos, o que para mim, com 35 anos de carreira, é maravilhoso. Ele vem e diz - abre mais um pouco, vai por outro caminho -, e eu vou. Nunca me vi tão disponível como agora”. Villela completa, “O Elias é um ator raro, quando chego para o ensaio, por exemplo, ele já está presente e trocando informações sobre a direção artística do espetáculo com os profissionais do nosso ateliê, que fica dentro da sala de ensaio, é um ator que se aprofunda em todas as camadas do espetáculo, da manufatura do figurino até a hora da cena.” Claudio Fontana acrescenta: “O Gabriel propõe uma rica linguagem metafórica para os atores, trabalhar desta forma é um desafio constante”. Ficha técnica: Texto: Dib Carneiro Neto. Direção: Gabriel Villela. Elenco: Elias Andreato, Claudio Fontana, Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky. Figurino: Gabriel Villela e José Rosa. Cenário: Márcio Vinícius. Adereços: Shicó do Mamulengo. Iluminação: Wagner Freire. Preparação vocal: Babaya. Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Mônica. Direção musical e arranjos: Miguel Briamonte. Pianista: Fernando Esteves. Assistência de direção: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Produção executiva: Clíssia Morais e Francisco Marques. Direção de produção: Claudio Fontana. Serviço: UM RÉQUIEM PARA ANTONIO, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Duração 70min. Teatro Tucarena. Sex e Sáb 22h, Dom 19h. R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom). Classificação 14 anos. Estreia 17/01. Vendas online - www.ingressorapido.com.br

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Dezessete peças que você vai ver em São Paulo em 2014 Elias Andreato e Claudio fontana em "Um Réquiem para Antonio" (Foto: João Caldas) Janeiro: Elias Andreato e Claudio Fontana em “Um Réquiem para Antonio” (Foto: João Caldas) Com 2013 na reta final, o teatro começa a abrir a cortina de 2014. Conversei com alguns produtores e descobri o que está prometido para os palcos paulistanos no ano em que todo mundo só pretende pensar e falar de Copa do Mundo. Preparem-se! A Vida Sexual da Mulher Feia: Otávio Müller abre o ano como diretor e e protagonista da adaptação para os palcos do livro de Claudia Tajes. A estreia está prometida para 10 de janeiro no Teatro Folha. A Arte da Comédia: Sergio Módena dirige Ricardo Blat e Thelmo Fernandes no texto do autor italiano Eduardo de Filippo que poderá ser visto a partir de 11 de janeiro no Sesc Santana. Um Réquiem para Antonio: sob a direção de Gabriel Villela, Claudio Fontana e Elias Andreato interpretam os compositores Mozart e Salieri em drama que ganha a cena no Tucarena em 17 de janeiro. A Última Sessão: Laura Cardoso, Nívea Maria, Etty Fraser, Sônia Guedes e Miriam Mehler fazem parte do elenco da comédia dramática escrita e dirigida por Odilon Wagner. Entra em cartaz no Teatro Shopping Frei Caneca em 16 de janeiro. O elenco da comédia dramática "A Última Sessão" (Foto: Rodrigo Wagner) Estreia em 17 de janeiro: o elenco de “A Última Sessão” (Foto: Rodrigo Wagner) Tríptico Samuel Beckett: Nathalia Timberg sobe ao palco ao lado de Juliana Galdino e Paula Spinelli no novo espetáculo dirigido por Roberto Alvim. A estreia está marcada para 31 de janeiro no Centro Cultural Banco do Brasil. Jesus Cristo Superstar: Jorge Takla dirige versão brasileira do musical criado por Andrew Lloyd Webber e Tim Rice que estreia no Teatro do Complexo Ohtake Cultural em 12 de março. Elis, A Musical: indicada ao Prêmio Shell carioca, Laila Garin interpreta a cantora no espetáculo escrito por Nelson Motta e dirigido por Dennis Carvalho. Estreia no Teatro Alfa em 20 de março. http://vejasp.abril.com.br/blogs/dirceu-alves-jr/2013/12/12/dezessete-pecas-que-voce-vai-ver-em-sao-paulo-em-2014/ Meu Deus: sob a direção de Elias Andreato, Irene Ravache e Dan Stulbach protagonizam comédia dramática da israelense Anat Gov que entra em cartaz no Teatro Faap em 21 de março. Vênus em Visom: Bárbara Paz e Pierre Baitelli são dirigidos por Hector Babenco na comédia ácida que estreia no Teatro Vivo em 22 de março. Quem Tem Medo de Virginia Woolf?: os atores Zezé Polessa, Daniel Dantas, Erom Cordeiro e Ana Kutner protagonizam o mais famoso texto escrito por Edward Albee no Teatro Raul Cortez em abril. Também Queria te Dizer – Cartas Masculinas: Emilio Orciollo Netto estreia o monólogo cômico dirigido por Victor Garcia Peralta no Teatro Jaraguá em abril. Emílio Dantas é o protagonista de Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz (Foto: Leo Aversa) Vida, louca vida: Emílio Dantas é o protagonista de “Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz” (Foto: Leo Aversa) Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz: musical dirigido por João Fonseca sobre a vida e a obra de Cazuza estreia em julho no Teatro Procópio Ferreira. Emílio Dantas lidera o elenco. Sucesso a Qualquer Preço: Thiago Fragoso e Norival Rizzo protagonizam comédia de David Mamet dirigida por Alexandre Reinecke que estreia em agosto em teatro a definir. Cada Dois Com Seu Pobrema: Marcelo Médici e Ricardo Rathsam dividem o palco do Teatro Shopping Frei Caneca em uma espécie de sequencia do espetáculo que consagrou Médici. A direção é de Paula Cohen e deve entrar em cartaz em agosto. Master Class: Christiane Torloni interpreta a cantora lírica Maria Callas no espetáculo dirigido por José Possi Neto que estreia em agosto no Teatro Faap. Incêndios: sucesso da temporada carioca, o drama protagonizado por Marieta Severo e dirigido por Aderbal Freire-Filho deve chegar ao Teatro Raul Cortez em setembro. Cássia Eller, o Musical: sob a direção cênica de João Fonseca e musical de Lan Lan, o espetáculo vai repassar a trajetória artística de uma das principais cantoras do pop rock nacional. A estreia está prometida para 3 de outubro no Centro Cultural Banco do Brasil. Marieta Severo em "Incêndios" (Foto: Leo Aversa) Marieta Severo: “Incêndios” está prometido para setembro (Foto: Leo Aversa)
Postado em 13/11/2013 por Dirceu Alves Jr | 1 comentário Elias Andreato, Claudio Fontana e Gabriel Villela unem forças em “Um Réquiem para Antonio” Elias Andreato: o ator volta à cena no drama Um Réquiem para Antonio (Foto: João Caldas) Elias Andreato: o ator ensaia o drama “Um Réquiem para Antonio” (Foto: João Caldas) O ano de 2014 já começa a ser anunciado nos palcos. Em fase acelerada de ensaios, o drama Um Réquiem para Antonio, escrito por Dib Carneiro Neto e dirigido por Gabriel Villela, estreia no dia 17 de janeiro no Tucarena, em Perdizes. Os atores Elias Andreato e Claudio Fontana protagonizam a trama de inveja que envolveu dois grandes compositores da música clássica, o italiano Antonio Salieri (1750-1825) e o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Levada ao cinema pelo diretor Milos Forman em 1984, a história real já teve uma versão teatral brasileira dois anos antes, com Raul Cortez e Edwin Luisi comandados por Flávio Rangel. O texto criado por Dib Carneiro Neto, no entanto, é totalmente original, e a assinatura de Gabriel Villela deve garantir uma encenação de muita personalidade. Agonizante no leito, Salieri mergulha em um delírio crescente e acerta as contas com Mozart, que, morto aos 34 anos, foi seu grande rival artístico. O personagem interpretado por Andreato expõe o rancor e a mágoa de ter visto Mozart acumular um prestígio internacional que ele sonhava ter só para si.http://vejasp.abril.com.br/blogs/dirceu-alves-jr/2013/11/13/elias-andreato-claudio-fontana-e-gabriel-villela-se-unem-em-um-requiem-para-antonio/
Um Réquiem Para Antônio, direção de Gabriel Villela, estreia dia 17/01 amadeus-1984-21-g Antonio Salieri (F. Murray Abrham) em Amadeus, no cinema. Gabriel Villela estreia em janeiro novo espetáculo, “Um Réquiem Para Antonio”, inspirado na lendária inveja de Antônio Salieri por Wolfgang Amadeus Mozart. Texto inédito de Dib Carneiro Neto tem direção de Gabriel Villela, com Elias Andreato (no papel de Salieri) e Claudio Fontana (no papel de Mozart). Completam o elenco Nábia Vilela e Mariana Elisabetsky. O pianista Fernando Esteves também está em cena. No ano em que completa 25 anos de trajetória artística, Gabriel Villela lança novo trabalho, “Um Réquiem Para Antônio”. A estreia acontece dia 17 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Tucarena. A ideia de fazer um espetáculo sobre a inveja do compositor italiano Antônio Salieri (1750 – 1825) pela vida e da obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) foi do ator Elias Andreato, que sugeriu o tema para Dib Carneiro Neto escrever uma peça em que ele e Claudio Fontana atuassem juntos. Dib e Claudio se envolveram com a proposta e um ano e meio depois a peça estreia regida pelas mãos do encenador Gabriel Villela. “Aqui temos uma reunião de artistas que se admiram e se complementam” comenta o produtor e ator Claudio Fontana. No texto de Dib, Salieri, trancafiado em seu quarto, de forma delirante, acerta contas, no leito de morte, com aquele que, morto 34 anos antes dele e precocemente (perto de completar 35 anos de vida), foi alvo de muita inveja: Mozart. Diz a lenda do mundo da música clássica, reforçada pela ficção, que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e procurando impedir sua criação, pois queria ser ele a personalidade musical mais notória de seu tempo, com vistas a deixar uma obra eterna, a ser cultuada por todas as gerações futuras. Não conseguiu. Mozart fracassou na vida, mas triunfou na música. O autor afirma que foi muito prazeroso escrever sabendo que seria para Elias e Claudio atuarem. “Os dois, na vida, têm uma relação muito próxima de amizade e uma dinâmica de interação baseada em muita brincadeira, algo que eu chamaria de um ‘bullying’ afetivo. Isso me inspirou no desenvolvimento da dinâmica também entre os personagens, ou seja, Mozart tratando Salieri do mesmo jeito que Claudio trata Elias: com um humor inteligente, com um carinho e uma admiração disfarçados de muita provocação. E Elias respondendo a isso como um Salieri rabugento, irritadiço, impaciente.“ A encenação de Gabriel Villela aponta o lado mítico da inveja, trazendo um Salieri sombrio, confuso e frágil em contraponto a um Mozart gozador, confiante e ágil. Um pequeno picadeiro florido criado por Gabriel em parceria com o cenógrafo Márcio Vinícius recebe o embate entre esses dois compositores com narizes de clown e figurinos que imprimem o arquétipo dos personagens antes mesmo das palavras aparecerem no espetáculo. Os figurinos são assinados pelo diretor em parceria com José Rosa. Os adereços foram todos confeccionados pelo artista plástico Shicó do Mamulengo, do Rio Grande do Norte. Cláudio veste cores leves como o verde claro e o laranja em estampas e caimentos diversos, tudo com muito movimento, como se o figurino flutuasse. Elias, com cores mais sombrias como o roxo e o preto sobressaindo diante de outros inúmeros tons, também está coberto por tecidos delicados e de impactantes estamparias. As atrizes e cantoras Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky preenchem as alucinações de Salieri com figurinos femininos e sofisticados, aliados a máscaras e acessórios que trazem estranhamento a essas figuras que, ora cantam músicas que vão do erudito ao popular, ora representam mulheres que fizeram parte das vidas de Mozart e Salieri. A música no espetáculo tem sua própria dramaturgia, entra e sai das alucinações da Salieri como um fio condutor de suas neuroses e lembranças. As músicas de Mozart escolhidas para entrar peça são: Sinfonia em Sol Menor, Marcha Turca, Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e Lacrimosa (ária do seu último réquiem). Para a elaboração da parte musical Gabriel convidou uma importante e frequente parceira artística de seus trabalhos mais recentes, a italiana Francesca Della Monica, antropóloga da voz, pesquisadora de voz da Universidade de Firenze, Itália, e também responsável pela pedagogia na Fondazione Pontedera Teatro, onde o diretor teatral polonês Jerzy Grotowski viveu seus últimos anos. “Minha relação artística e humana com Gabriel é o encontro entre duas almas gêmeas que tem um sentido comum da arte, do teatro entendido como lugar da poesia e terra de cruzamento das experiências estéticas mais importantes”, relata Francesca. Uma das preocupações da montagem foi moldar a voz para o Tucarena. “Cada espaço cênico e dramatúrgico pede uma configuraçao específica da dinâmica da voz. A arena exige uma espacializaçao esférica e uma relação cosmogônica com a plateia. Tudo isso combina perfeitamente com a ideia do circo e tambem da orquestra cênica, onde trágico e cômico se fundem e o espetáculo teatral se torna um concerto de vozes cantadas e faladas” descreve Francesca. Francesca trabalhou a espacialização da voz. A voz falada e a partitura de cada ator foram trabalhadas por outra antiga parceira de Gabriel Villela: a fonoaudióloga e preparadora vocal mineira Babaya, enquanto a direção musical e arranjos couberam ao maestro Miguel Briamonte, que juntamente com o pianista Fernando Esteves desenvolveram um trabalho técnico minucioso trazendo parte da magia das inesquecíveis composições de Mozart. Completam a equipe criativa do espetáculo o iluminador Wagner Freire e os assistentes de direção Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Gabriel Villela escolheu a linguagem circense, alegórica e popular para falar desses dois personagens que fizeram parte da história da música clássica.” É no popular que está o meu coração”, diz o diretor. Dos atores ele exige precisão para que alcancem a linguagem clownesca proposta. “Se o ator não triangular com os três pontos igualmente, a fábula fica estática”. Esta é a primeira vez que Elias Andreato é dirigido por Gabriel. Sobre este trabalho o ator comenta: “Tenho um prazer imenso em estar aqui. Eu e Cláudio temos um encontro de muito tempo, tenho muita admiração por ele, além de uma amizade de muitos anos. E o Gabriel mostra um lado poético que me proporciona um entendimento maior sobre o meu ofício, o nosso ofício. Ele propõe novos caminhos, o que para mim, com 35 anos de carreira, é maravilhoso. Ele vem e diz – abre mais um pouco, vai por outro caminho -, e eu vou. Nunca me vi tão disponível como agora”. Villela completa, “O Elias é um ator raro, quando chego para o ensaio, por exemplo, ele já está presente e trocando informações sobre a direção artística do espetáculo com os profissionais do nosso ateliê, que fica dentro da sala de ensaio, é um ator que se aprofunda em todas as camadas do espetáculo, da manufatura do figurino até a hora da cena.” Claudio Fontana acrescenta: “O Gabriel propõe uma rica linguagem metafórica para os atores, trabalhar desta forma é um desafio constante”. Uma das diretrizes escolhida pelo diretor para começar os estudos que deram início aos ensaios foi o livro de Elias Norbert, “Mozart – sociologia de um gênio”, no qual o sociólogo alemão faz uma profunda análise sobre o gênio. O autor reflete sobre como uma música considerada sublime poderia ter sido criada por um ser debochado, infantil, que adorava escrever cartas com vocabulário chulo, que se divertia com referências claras à escatologia. O autor não dissocia a “pessoa” do “criador”, e que talvez seja exatamente por essa razão que a obra de Mozart seja dotada de tanto vigor, beleza e verdade. Sobre o processo de escrita de seu novo texto, Dib conta, ”A relação entre Mozart e Salieri é bastante rica e intrigante, a ponto de ter atingido o estágio mítico. Extrapolou a realidade e virou prato cheio para a ficção. A genialidade de Mozart chegou ao ponto máximo em muito pouco tempo, pois ele morreu jovem. Salieri, por sua vez, também era muito conhecido e respeitado em seu tempo – e, ainda assim, segundo diz o mito ou reza a lenda, ele perseguia com obsessão a fama do outro. Sendo assim, fui misturando o que li e vi durante minha fase de pesquisa, principalmente: as peças teatrais de Pushkin e de Peter Shaffer, o filme de Milos Forman, as biografias de Harold Schonberg e Peter Gay e as cartas de Leopold (pai de Mozart). O resultado é este ‘Um Réquiem para Antonio’, que defino como um ‘sonho-delírio-desconcerto’ de Antonio Salieri, à beira da morte.” UM RÉQUIEM PARA ANTONIO, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Duração 70min. Teatro Tucarena. Temporada: Sex e Sáb 22h, Dom 19h. R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom). Classificação 14 anos. Estreia 17/01. Telefone: 36708453. UM RÉQUIEM PARA ANTONIO, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Duração 70min. Teatro Tucarena. Temporada: Sex e Sáb 22h, Dom 19h. R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom). Classificação 14 anos. Estreia 17/01. Telefone: 36708453
Um Réquiem para Antonio Tragicomédia Sinopse Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Mais Informações Censura: 14 anos http://www.maisteatro.com/espetaculo/um-requiem-para-antonio  Clique nos botões abaixo para avaliar a peça. Querem ver: 0 Querem rever: 0 Já viram: 0 0 0 avaliações Próximas Apresentações PreviousNext 17 JANEIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 18 JANEIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 19 JANEIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 24 JANEIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 25 JANEIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 26 JANEIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 31 JANEIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 01 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 02 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 07 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 08 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 09 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 14 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 15 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 16 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 21 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 22 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 23 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 28 FEVEREIRO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 01 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 02 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 07 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 08 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 09 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 14 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 15 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 16 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 21 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 22 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 23 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 28 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sexta às 22:00hs Inteira: 40,00 / Meia: 20,00 29 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Sábado às 22:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 30 MARÇO Teatro Tuca + São Paulo - SP Domingo às 19:00hs Inteira: 50,00 / Meia: 25,00 Agenda
No ensaio de Um Réquiem para Antônio:a volta como ator em janeiro (Foto: João Caldas)
06/11/2013 12h37 - Atualizado em 06/11/2013 16h36 Elias Andreato se prepara para interpretar o compositor Salieri Com direção de Gabriel Villela, 'Requiem para Salieri' estreia em 2104 imprimir Elias Andreato será o compositor italiano Salieri em "Requiem para Salieri" (Foto: Divulgação) Elias Andreato será o compositor italiano Salieri em "Requiem para Salieri" (Foto: Divulgação) O compositor italiano Antonio Salieri desempenhou um papel importante na música clássica do século XIX e foi mentor de compositores famosos como Ludwig Van Beethoven, Carl Czerny, Franz Liszt e também do filho mais novo de Mozart, Franz Xaver. O ator e diretor teatral Elias Andreato dará vida ao compositor no novo espetáculo de Dib Carneiro, “Requiem para Salieri”, com estreia prevista para 15 de janeiro de 2014. Com direção de Gabriel Villela, Andreato divide o palco com Cláudio Fontana no papel do compositor austríaco Mozart, no Teatro Tucarena, em São Paulo. O espetáculo conta ainda com duas cantoras e um pianista. Requiem, título da peça, é o nome dado a uma missa fúnebre de Mozart, de 1791. Considerada sua última composição e talvez uma de suas melhores e mais famosas, a obra gerou debates em torno de até qual parte da obra foi preparada por ele antes de sua morte. Outro debate que serviu de inspiração para o novo espetáculo teatral é a inveja entre os dois compositores: Salieri e Mozart. As lendas a respeito do relacionamento entre eles foram criadas pela peça de teatro de Peter Shaffer, adaptada para o cinema com o título “Amadeus”. O filme, vencedor de oito estatuetas do Oscar, em 1984, retrata um Salieri invejoso do gênio de Mozart, ao mesmo tempo admirador de sua obra. saiba mais Leia entrevista de Elias Andreato sobre 'Jocasta', estrelado por Débora Duboc - Existe uma história que o Salieri inveja intensamente o Mozart e a peça fala desse conflito. Da inveja do Salieri em relação ao sucesso do outro. Eu faço o Salieri, que já está no leito de morte, e começa a reviver sua história com o Mozart. É um texto bem bonito, que fala dessa relação artística e musical – explica Andreato, que atualmente dirige Débora Duboc no espetáculo "Jocasta" O ator e diretor diz estar focado nos ensaios e fala um pouco de sua parceria com o renomado diretor Gabriel Villela: - O Gabriel é um artista muito inquieto, exuberante e criativo. Então, a gente tem que ficar à disposição dele para os ensaios, porque ele merece. O espetáculo está exigindo bastante de mim, estamos ensaiando muito. http://redeglobo.globo.com/globoteatro/noticia/2013/11/elias-andreato-se-prepara-para-interpretar-o-compositor-salieri.html