domingo, 20 de janeiro de 2013

O futebol, o teatro e a arte de contar histórias seg, 21/05/12 por marcelo barreto | categoria Cultura, Futebol | tags chelsea, Futebol, teatro •digg • • 179 EmailShare •Sharebar •digg • • 179EmailShare Na noite fria de domingo, à beira do Tâmisa, eu gritei “Brasil!” com os olhos cheios d´água. E escrevendo na segunda de manhã, esperando o trem para Manchester na estação de Euston, me deu um bolo na garganta de novo, só de lembrar. Não foi a emoção do esporte que me levou, foi a da arte. Tinha acabado de assistir a Romeu e Julieta no Globe, o teatro reformado no lugar onde Shakespeare encenava suas peças. A plateia, com Dame Judi Dench entre os espectadores, aplaudiu de pé a performance em português do Grupo Galpão, de Belo Horizonte. Teatro com acrobacia, um ou outro toque moderno e muita mineirice nas músicas e no figurino. A felicidade de fazer um programa adulto com Simone depois de tanto tempo dedicado às crianças, a opressão de uma primavera que não chega, a saudade de casa, o orgulho dos conterrâneos… Saiu tudo naquele grito. Desci as escadas do Globe pensando em como é lindo o teatro. Viver uma experiência como essa torna fácil entender por que essa arte milenar resiste ao tempo. Desde a época das cavernas, o ser humano gosta de se reunir para contar histórias. E algumas – como a dos amantes de Verona – se eternizam porque são, de alguma maneira, as histórias de todos nós. Não tenho a menor condição de me meter a crítico teatral, mas o que me fascina em Romeu e Julieta é a construção das personagens. A forma como cada imprevisto, pequeno ou grande, vai transformando um rapaz impetuoso e uma moça sonhadora em amantes trágicos. Pela mão de Shakespeare, o destino os tira de suas vidas banais e os transforma em símbolos de algo muito maior. Tudo isso ainda girava na minha cabeça quando, numa mesa do Pizza Express do outro lado da rua, o domo da catedral de St Paul ao fundo, meu amigo Dedé me surpreendeu com uma pergunta: “E o jogo de ontem, hein?” A final da Liga dos Campeões da Europa era o assunto do dia em Londres, claro. Pegamos o trem para Waterloo com os torcedores do Chelsea, vimos os ônibus que levavam os campeões para o CT dobrar a nossa rua com destino a Cobham. Mas de todos os habitantes da cidade, talvez o que eu menos esperasse tocar no assunto naquela hora fosse o Dedé – publicitário de sucesso, autor do livro “A paixão de Amâncio Amaro”, torcedor do Náutico mas nem de longe o estereótipo do boleiro. “Tecnicamente, foi fraco”, respondeu o jornalista esportivo em mim. “Eu não ligo para isso”, ele replicou logo. Não estávamos falando de futebol. E nem necessariamente de teatro, mas da arte de contar histórias e da forma como as vemos ser contadas. Trocamos as nossas. Letícia, a mulher do Dedé, é gaúcha, e só conseguiu enxergar um Grenal na Allianz Arena. Azuis contra vermelhos, como o mundo se divide no Rio Grande do Sul. Helena, a outra amiga na mesa, se espantou com o silêncio da vizinhança durante o jogo. Nem um foguete, nem um grito na janela. Simone me fotografou com Pedro no colo, pai e filho vendo futebol juntos, ele me perguntando coisas como “Quem é o goleiro?” enquanto Nina fazia o dever de casa. Dedé se encantou com a construção das personagens. Goleiro frustrado – a história de sua tentativa de aprender a agarrar lendo livros está contada neste delicioso texto -, primeiro ele achou que seria Neuer, que defendeu um pênalti e converteu outro, o herói da noite. Depois, Cech (“Por que ele usa aquele capacete?”, perguntou), que de tanto raspar os dedos na bola acabou evitando que ela entrasse uma vez. Contei a história do treino de terça-feira, aberto à imprensa, que cairia como uma luva (com o perdão da redundância) caso a bola do título parasse nas mãos dele. Um jornalista alemão perguntou: “O que um goleiro tem de fazer numa disputa de pênaltis?” E ele respondeu: “Defender mais cobranças do que o adversário.” O futebol parece óbvio, mas não é. Os protagonistas guardaram o drama para a última cena. Didier Drogba, o vilão do início da temporada, foi o herói da final. “Ele é marrento!”, decretou a Helena na nossa mesa. E assim pensaram os torcedores do Chelsea, qualquer que seja o equivalente em inglês para essa expressão, quando o gigante africano declarou à imprensa, durante a janela de transferências: “Vou para onde me pagarem mais.” Ficou. Aos 34 anos, não cedeu, como se esperava, seu lugar no time titular a Fernando Torres, a badalada contratação de 50 milhões de libras. Fez gol em quase tudo quanto é jogo da Liga, inclusive o que levou a final para a prorrogação. E seu último chute numa bola com a camisa azul, antes de ir para a China (onde, parece, estão dispostos a pagar mais) pode ter sido o que deu, no pênalti decisivo, o título que o clube esperava desde sempre. Numa peça ou num filme, poderia parecer uma escolha óbvia. Mas o fascínio do futebol – que ainda está longe de ser uma arte milenar, mas em pouco mais de um século de existência já despertou paixões de tal forma que parece destinado a ocupar para sempre um lugar no imaginário da Humanidade – está na forma como ele constrói suas personagens. Não antes, mas durante o desenrolar da história. E às vezes com requintes de crueldade. Sempre que um jogador vai caminhando para um pênalti decisivo, eu o acompanho pensando em qual vai ser o tamanho de um possível erro. Quando Bastian Schweinsteiger pegou a bola, cada passo parecia dar uma dimensão de sua grandeza: se não o melhor, o mais alemão dos jogadores de sua geração; um bávaro que só defendeu o Bayern de Munique como profissional, orgulho da torcida que queria vê-lo consagrado em sua casa. De todos os destinos, o pênalti de Schweinsteiger teve o mais cruel: a trave. O quase. Tão perto, tão longe. A camisa vermelha cobrindo o rosto envergonhado, mesmo não sendo um gesto novo, foi a imagem da final. A história de Drogba e Schweinsteiger provavelmente não será contada através dos séculos, como a de Romeu e Julieta. O futebol ainda é mais jovem e mais efêmero do que o teatro. Mas naqueles minutos dramáticos, mesmo quem não tinha qualquer razão para se envolver com Chelsea ou Bayern – como eu, Simone, Dedé, Letícia, Helena e talvez você – viu histórias de vitória e derrota, orgulho e dignidade serem contadas ao vivo. PS: Na saída do restaurante, encontramos Julieta e Benvólio. Artistas de teatro ainda são gente de carne e osso. compartilhar•Orkut •twitter •facebook •live •google •delicious 19 Comentários para “O futebol, o teatro e a arte de contar histórias” 1 Andre Laurentino: 21 maio, 2012 as 12:52 Marcelo, Grande história. Só faltou você arrematar (talvez por pura modéstia) o final da noite. Quando o homem de futebol saiu do restaurante e encontrou os atores, saindo do teatro em trajes civis. O filho do ator — filho da arte milenar de contar histórias — viu o jornalista da TV, que tanto drama já contou sobre o que passa nos gramados. A ordem se inverteu, e o menino pulou ao reconhecer o ídolo. O ator logo empunhou uma câmera e, todo orgulhoso, tirou uma foto do filho abraçado ao Marcelo Barreto — seu Shakespeare particular, que tira histórias de uma bola. http://sportv.globo.com/platb/marcelobarreto/2012/05/21/o-futebol-o-teatro-e-a-arte-de-contar-historias/
“Não conseguimos conceber teatro que não tenha relação direta com o pensamento” Deixe um comentário Clowns de Shakespeare estreia Hamlet. Foto de ensaio feita por Pablo Pinheiro O grupo potiguar Clowns de Shakespeare estreia hoje, dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos, o espetáculo Hamlet, com direção de um dos encenadores mais importantes do país, Marcio Aurélio. A companhia começa a comemorar aqui no festival os 20 anos de atuação. Além de Hamlet (que será encenada hoje e amanhã, às 21h, no Santa Isabel), apresentam O capitão e a sereia (peça inédita no Recife), nos dias 22 e 23, às 19h, no Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro); e Sua Incelença, Ricardo III, em única sessão, no dia 26, às 18h, no Pátio do Mosteiro de São Bento, em Olinda. O Clowns também lança o projeto Cartografia do Teatro de Grupo do Nordeste com uma mesa redonda na segunda-feira (21), às 17h, no Centro Cultural Correios, e faz uma oficina de 22 a 25, das 9h às 12h30, também nos Correios, intitulada Clowns de Shakespeare – Prática e pensamento. Conversei com Fernando Yamamoto, que geralmente dirige as montagens do grupo, sobre o processo de criação da companhia, a aproximação com Marcio Aurelio, o trabalho de grupo, a importância de Sua Incelença, Ricardo III. Foi uma das entrevistas que fiz, em dezembro, para a construção da matéria sobre os 20 anos do grupo, que saiu na edição de Janeiro da Revista Continente. Direção dos espetáculos do Clowns geralmente é de Fernando Yamamoto ENTREVISTA // FERNANDO YAMAMOTO Vocês estão num movimento de reaproximação com Shakespeare? Logo depois de Ricardo III, porque a decisão de montar Hamlet? Como está sendo esse processo de criação, já que Sua Incelença parece ter “absorvido” tanto vocês? Como esquecer um pouco aquelas referências pra trabalhar com outra obra de Shakespeare? Ou quais referências continuam as mesmas? Desde Muito Barulho por Quase Nada, em 2003, não montávamos um Shakespeare. Partimos para um Brecht – O Casamento do Pequeno Burguês (2006) e três espetáculos com dramaturgia própria: Roda Chico (2005), Fábulas (2006) e O Capitão e a Sereia (2009). No entanto, desde 2007 já sentíamos uma necessidade de não só retornar a Shakespeare, como partir para uma obra não cômica. É quando nos aproximamos do teórico polonês Jan Kott e, principalmente, do Gabriel Villela e do Marcio Aurelio, durante uma residência que fizemos no TUSP, em São Paulo. Como costumamos trabalhar o planejamento do grupo com dois, três anos de antecedência, já iniciamos o flerte com os dois para montar essas obras. No caso de Hamlet, em especial, é uma peça que o Marcio é um grande especialista, já montou e pesquisou muito em cima dela, e surge para nós num momento em que todos estamos passando, ou perto de passar, pela “crise da meia idade”, que é uma das questões que o Shakespeare aborda. A troca com o Marcio e sua assistente, Ligia Pereira, tem sido de grande aprendizado para nós, principalmente porque eles trabalham com uma linguagem muito diferente do Gabriel Villela, que é mais próxima ao que o grupo já tinha. Marcio Aurelio, da Cia Razões Inversas, assina direção de Hamlet. Foto: Pablo Pinheiro Qual a contribuição de Marcio Aurelio neste espetáculo? Como citei antes, a aproximação com o Marcio vem desde 2007, na residência no TUSP, quando tivemos cinco encontros de investigação em cima justamente de Hamlet. Além de todo o encanto por tanto conhecimento e generosidade, pudemos assistir a dois trabalhos da companhia dele, a Razões Inversas, que nos instigaram ainda mais a poder passar por um processo de montagem com ele, que foram o Anatomia Frozen e Agreste. Ele está passando quatro meses em Natal, num processo de de verdadeira troca, já que tem trazido sua bagagem e procedimentos, mas com muita escuta e observação sobre a forma como nós trabalhamos, nossa linguagem, para que possamos construir de fato um espetáculo que marque o encontro entre ele e nós. Como essa encenação se estabelece? Há, por exemplo, papeis definidos para cada ator ou há uma troca? Fizemos uma grande intervenção dramatúrgica, numa linguagem contemporânea que não se preocupa em contar linearmente a fábula, mas sim buscar o recorte que nos interesse para apresentar a obra no máximo da sua potência. Assim, dos oito atores que estão em cena, apenas o César (Ferrario) e o Marco (França) se dividem em dois papéis, os demais têm apenas um: Camille Carvalho (Rosencrantz), César Ferrario (Polônio e Laertes), Dudu Galvão (Horácio), Joel Monteiro (Hamlet), Marco França (Rei Claudius e Fantasma), Paula Queiroz (Guildenstern), Renata Kaiser (Rainha Gertrudes) e Titina Medeiros (Ofélia). O trabalho com diretores convidados é uma constante? De que forma isso enriquece o trabalho e, ao mesmo tempo, como é possível manter a linguagem própria ao grupo? No momento do impasse, qual opinião prevalece? A do diretor ou dos atores? O Hamlet é o segundo trabalho com diretor convidado. Antes dele, apenas o Ricardo III teve essa característica. O Muito Barulho por Quase Nada e O Casamento do Pequeno Burguês tiveram o Eduardo Moreira, do Galpão, como diretor convidado, mas nos dois casos ele dividiu a direção comigo, então não se tratava de uma direção externa. Os demais espetáculos tiveram a minha direção. Essa premissa de trabalhar com profissionais convidados, não só na direção, como também na direção musical, figurino, cenário, etc., é uma busca por uma oxigenação na nossa prática, para não corrermos o risco de ficarmos sempre circulando nos próprios vícios. Durante os processos, os diretores têm total autonomia – inclusive no meu caso. No entanto, nestas duas experiências (e com o Eduardo Moreira também) sempre tivemos uma relação muito dialógica. Mas a ideia é sempre aproveitar esses diretores convidados para conhecer melhor suas formas de trabalho. Sua Incelença, Ricardo III trouxe projeção internacional ao grupo. Foto: Pablo Pinheiro O que significou Sua Incelença na trajetória de vocês? É o mesmo movimento que aconteceu, por exemplo, com Muito barulho por quase nada ou não? Quais foram os momentos mais marcantes de Sua Incelença? Desde a montagem até agora, na recepção do público? Sem dúvida o Ricardo III proporcionou ao grupo um grande crescimento em diversos aspectos, principalmente de projeção do nome dos Clowns pelo país, e o início do processo de internacionalização. Acho que o momento em que o espetáculo surgiu foi muito oportuno, já que já tínhamos um certo nome e respeito pelo país, mas que foi muito incrementado pelo encontro com o Gabriel Villela e todo o peso do seu nome. É difícil fazer uma comparação com o Muito Barulho, já que sem dúvida foram marcos na nossa história, mas que de certa forma o Fábulas também foi, assim como O Capitão e a Sereia. São muitos momentos marcantes nessas quase 100 apresentações que o espetáculo já cumpriu. A estreia em Curitiba foi um deles, sem dúvida. A residência que fizemos no Complexo do Alemão, pouco tempo depois dos conflitos que lá aconteceram, foi outro. No Festival de São José do Rio Preto, fizemos a abertura para uma arena com 7.000 pessoas! Alguns dias depois, apresentamos na área rural da cidade, para cerca de 100 pessoas, ao lado de um pasto de boi, numa das melhores apresentações do trabalho até agora. Além disso, as duas viagens internacionais, no Chile e na Espanha, também foram marcantes. No Chile destacaria a apresentação que fizemos na frente do La Moneda, palácio do governo, onde Salvador Allende sofreu o golpe militar e foi assassinado. Para nós, contarmos a fábula desse vilão sanguinário e cruel nesse cenário tão impregnado pela história foi muito emocionante. Como é que esse grupo se reuniu lá atrás, há 20 anos? Houve muitas mudanças na composição do grupo? E uma pergunta clichê, mas que é bastante difícil. Como manter um grupo artístico, um grupo teatral, por tanto tempo? Da formação inicial, ainda restam três fundadores, eu, a Renata Kaiser e o César Ferrario. A forma como conseguimos construir e manter o grupo é muito difícil de definir. Sem dúvida um dos mais importantes fatores para isso foi conseguirmos estabelecer um equilíbrio entre os desejos pessoais e as demandas do coletivo. Ninguém trabalha nos Clowns com o objetivo de projeção individual, o grupo sempre está à frente. No entanto, é fundamental que as inquietações de cada integrante tenha espaço dentro do grupo. Investimos muito no grupo, dedicamos muito para construir esse projeto artístico que é o projeto de vida de todos nós. No entanto, quando analiso friamente de onde saímos e onde estamos, vejo que é uma história absolutamente improvável, construir um grupo tão sólido e com uma qualidade artística internacional numa cidade tão árida culturalmente como Natal. Como se dá o processo de gestão do grupo? O apoio da Petrobras, por exemplo? O que significou esse apoio na trajetória de vocês? Por mais que o patrocínio da Petrobras, que está próximo de terminar, não contemple nem metade dos gastos que o grupo tem, ele significou uma mudança radical na estrutura dos Clowns. A possibilidade de termos um montante fixo mensalmente, que cubra alguns gastos como aluguel da sede, salário de um secretário, uma parte do salário dos demais integrantes, etc, possibilita uma maior tranquilidade para que possamos de fato investir no aprimoramento artístico, sem precisar abrir concessões. O processo de gestão do grupo é algo em constante reavaliação e transformação. Nesse aspecto, temos uma premissa de tentar sempre buscar o equilíbrio entre o pensamento e a prática, que as questões administrativas sempre levem em consideração os princípios éticos e artísticos que o grupo traz na cena. Fábulas (2006) Como era o cenário teatral em Natal há quase 20 anos, quando vocês surgiram? E no Brasil? O teatro de grupo já tinha essa força? Nós somos meio isolados na nossa geração em Natal. Até existem outros artistas da nossa geração, mas grupos não. Naquele momento, Natal tinha dois grupos muito tradicionais, o Estandarte e o Alegria Alegria, e um grupo que era uma referência para nós, o Tambor, capitaneado por João Marcelino. Apesar de formado por artistas mais velhos do que nós, o Tambor era mais ou menos contemporâneo, no entanto não resistiu muito tempo. Houve um hiato nessa história, e depois de muitos anos começa a surgir uma outra geração de grupos na cidade, como o Atores à Deriva, Facetas, Mutretas e Outras Histórias, Bololô, Arkhétypos, dentre outros, alguns deles inspirados na nossa experiência. Nacionalmente, era um momento de retomada do teatro de grupo. Começamos a fazer teatro no período em que os famosos encontros de teatro de grupo de Ribeirão Preto aconteceram. Aqui vocês vão lançar também o projeto Cartografia do Teatro de Grupo do Nordeste. Qual a importância desse levantamento? Dá para apontar, por exemplo, características comuns ao teatro feito no Nordeste? O projeto surge justamente com essa inquietação. Circulamos muito pelo Nordeste e em cada estado encontramos parceiros que vivem realidades muito parecidas com as nossas, sejam de conjuntura política, gestão ou inquietações estéticas. Esse mapeamento revela facetas opostas nesse sentido: por um lado, existem recorrências claras, como a dependência aos mecanismos de financiamento federais, ou quase inexistência de grupos que conseguem garantir a manutenção de todos os seus integrantes; de outro, ao conhecer mais de perto cada experiência, fica a evidência que cada experiência é muito diversa da outra, e essa diversidade é muito saudável justamente para que um grupo possa alimentar-se das soluções encontradas pelo outro. Muito barulho por quase nada, espetáculo de 2003 Queria falar um pouquinho sobre os espetáculos dos Clowns. Para você, Fernando, quais os mais marcantes? Cada espetáculo teve sua importância e seu momento. Alguns deles foram divisores de água. A Megera DoNada (1998), marcou a transição da primeira fase do grupo, de total amadorismo, dentro da escola, para a nossa legitimação na classe teatral potiguar. O outro salto foi Muito Barulho por Quase Nada, que apresentou o grupo pro resto do país, fez com que circulássemos pelas cinco regiões, conhecêssemos muitos outros grupos, pensadores, críticos e outros profissionais. O Fábulas proporcionou importantes prêmios. O Capitão e a Sereia é provavelmente o trabalho mais especial para os integrantes do grupo que participaram, porque conseguimos como nunca experenciar um processo de pesquisa que dialogou diretamente com o momento e o pensamento do grupo. Foi também a primeira estreia fora de Natal, no SESI Vila Leopoldina, em São Paulo. Depois disso, o Ricardo traz a projeção do nome do grupo e o começo da internacionalização. Agora estamos ansiosos para ver como o próprio grupo responde à radicalização de linguagem que o Hamlet está trazendo. Quando o grupo conseguiu uma projeção maior? Foi com Muito barulho? O que tinha de especial nessa montagem? São projeções diferentes. Com o Muito Barulho, aparecemos para o Brasil. No Fábulas, ganhamos os principais prêmios do segmento no país. E com o Ricardo, tivemos um espaço muito especial nos grandes festivais brasileiros, abrindo vários deles (Curitiba, Brasília, Rio Preto e Belo Horizonte), e um espaço na mídia nacional também inédito. Acho que o Muito Barulho foi um trabalho que, por um lado, mostrou ao país que era possível se fazer um teatro de qualidade em Natal. Acredito que foi um choque, no melhor sentido da palavra. Por outro lado, a força do trabalho era a solaridade do grupo, em especial naquele momento de juventude dos integrantes. Acho que é um espetáculo um tanto naïf, e por isso também ele ganha um charme a mais. Temos a intenção de em 2013 remontá-lo, para que participe das atividades de comemoração dos 20 anos do grupo. O capitão e a sereia é baseado na obra de um pernambucano e tem o cavalo marinho como inspiração. Foto: Maurício Cuca O capitão e a sereia teve profissionais de oito estados envolvidos. Como foi isso? Como vai ser reapresentar esse espetáculo aqui? O Capitão foi um processo muito especial, sem dúvida o mais próximo do que consideramos o ideal. Conseguimos formar uma equipe de grande qualidade, inclusive com a participação fundamental de dois pernambucanos, o Helder Vasconcelos e o André Neves. Apesar de ser baseado na obra de um pernambucano e ter o cavalo marinho como inspiração, o Capitão ainda é inédito em Recife! Estamos muito ansiosos em poder levá-lo ao Janeiro, porque serão duas estreias na capital pernambucana. Vocês estiveram muito próximos do Galpão ao menos em duas ocasiões: Muito barulho por quase nada e O casamento do pequeno-burguês. Qual a importância do Galpão no trabalho de vocês? Ou mais especificamente do Eduardo Moreira? Começamos a fazer teatro sob a influência direta do Galpão. Eles sempre foram a nossa maior referência, seja no aspecto estético, poético, seja no organizacional, de gestão. O Eduardo foi o elo de aproximação da gente com eles, mas depois desses dois trabalhos temos uma relação muito íntima, seja no compartilhamento dos mesmos parceiros – como no caso do Ernani Maletta, Babaya, Gabriel Villela, Mona Magalhães, Francesca della Monica -, seja na troca constante que temos com eles. Para nós é uma honra imensurável poder hoje ter como parceiros e amigos aqueles que um dia foram nossos ídolos “inatingíveis”. O casamento do pequeno burguês, montada em 2006 Qual a importância do teatro infantil na trajetória de vocês? Apesar de termos tido algumas outras experiências menores, de fato a nossa relação com o teatro infantil se concentra no Fábulas. Foi uma experiência muito marcante, que ampliou nossa compreensão do fazer teatro e trouxe frutos especiais. No entanto, apesar de ter sido muito bom para nós, hoje não temos encontrado sentido em seguir nessa seara, pelos desejos e inquietações que povoam nosso imaginário hoje. Qual a relação de vocês com Recife? Quando vieram ao Janeiro pela primeira vez? Porque iniciar essa comemoração aqui? Sempre fomos muito bem recebidos no Recife, e em especial nessa dobradinha Janeiro de Grandes Espetáculos/Teatro Santa Isabel. Acho que fomos pela primeira vez em 2005, com Muito Barulho, e voltamos com Roda Chico, ambos para abrir o Janeiro. Foram apresentações muito marcantes pra nós. Agora, estamos numa grande expectativa, porque será muito especial abrir os 20 anos no Janeiro, no Santa Isabel, estreando o Hamlet e conseguindo levar, finalmente, o Capitão para Recife. Além desses motivos, e da própria questão do calendário, pelo Janeiro ser o primeiro grande festival brasileiro no ano, estávamos também devendo essa ida. A Paula de Renor tentava nos levar de novo há alguns anos, mas em geral estamos de férias nesse período. Quando ela nos convidou para a edição do ano passado, e tive que declinar mais uma vez porque iríamos para o Santiago a Mil, no Chile, me comprometi com ela a levar uma série de atividades para lançar os 20 anos nesta edição de 2013, e que bom que o Janeiro apostou e tudo deu certo! Quais são as preocupações estéticas e conceituais do Clowns hoje com relação ao teatro? Que teatro vocês querem fazer? O que discutir hoje? Essa é uma pergunta difícil de responder, tanto pela complexidade que exige para respondê-la, quanto pelo fato que está em constante transformação. Em determinado momento, quando o grupo completou dez anos, acho que a nossa principal atitude política era provar, para os outros e para nós mesmos, que era possível fazer um teatro de qualidade no Nordeste, no Rio Grande do Norte, em Natal. Naquele momento, isso já bastava, era suficiente. É nesse contexto que surge o Muito Barulho, o Fábulas, o Casamento. No entanto, cumprida essa etapa, as demandas vão se tornando cada vez mais exigentes. Hoje não conseguimos conceber um teatro que não tenha uma relação direta com o pensamento. Algumas questões vêm nos provocando, como o papel do artista latinoamericano, ou como encaramos o passar do tempo, para proporcionarmos um envelhecimento, dos integrantes e do grupo, que possibilite que nos reinventemos, que mantenhamos vivo e renovado o sentido de fazermos teatro dentro dos Clowns. É nessa perspectiva que as questões estéticas precisam se alinhar. E porque os Clowns insistem em fazer teatro? Acredito que insistimos porque é no teatro que encontramos o nosso lugar no mundo, é a nossa forma de nos reconhecermos, propormos reflexões e idealizarmos transformações. É nessa perspectiva coletiva, que tanto anda no contrafluxo do que a lógica estabelecida tenta nos empurrar, que nos legitimamos como artistas e como cidadãos. Vídeo dos 20 anos do Clowns: Este post foi publicado em Sem categoria e marcado com a tag Camille Carvalho, Cartografia do Teatro de Grupo do Nordeste, Cesár Ferrario, Clowns de Shakespeare, Dudu Galvão, Eduardo Moreira, Entrevista, Fábulas, Fernando Yamamoto, Gabriel Villela, Grupo Galpão, Hamlet, Jan Kott, Janeiro de Grandes Espetáculos 2013, Joel Monteiro, Ligia Pereira, Márcio Aurélio, Marco França, Muito barulho por quase nada, O capitão e a sereia, O casamento do pequeno burguês, Paula Queiroz, Razões Inversas, Renata Kaiser, Sua Incelença - Ricardo III, teatro, teatro de grupo, Titina Medeiros em 19 de janeiro de 2013 por Pollyanna Diniz. http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2013/01/19/nao-conseguimos-conceber-teatro-que-nao-tenha-relacao-direta-com-o-pensamento/
Eduardo Moreira fala sobre a última apresentação de "Romeu e Julieta" e o início de "Os Gigantes da Montanha" UM CICLO QUE SE FECHA "Mais uma vez a tragédia dos amantes de Verona na versão de Gabriel Villela para o Galpão mostrou sua força e empatia incondicional do público. Qual é o segredo do espetáculo?" Acompanhe mais em www.grupogalpao.com.br/blog Notícias do Grupo Galpão nº11 - Janeiro e Fevereiro de 20123
Última apresentação de “Romeu e Julieta” será no Chile O Grupo Galpão apresenta pela última vez, um dos maiores marcos da trajetória da Companhia. Desde a remontagem para os 30 anos, no ano passado, “Romeu e Julieta” foi visto por 58.850 pessoas em apresentações por Londres, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Caxias do Sul. A derradeira será no Festival Santiago a Mil. A última visita da trupe à capital chilena, foi há dois anos, com o espetáculo “Till, a saga de um herói torto”. Chico Pelúcio estreia documentário em Tiradentes A foto tirada, em 1992, do público que cobria o gramado da Praça do Papa durante a estreia de “Romeu e Julieta” do Galpão, vinte anos depois se torna mote para o documentário “Flor, minha flor”, dirigido pelo ator do grupo, Chico Pelúcio, e o diretor Rodolfo Magalhães. Chico identificou colegas e amigos na foto. Na remontagem da peça para os 30 anos do grupo, no ano passado, registrou impressões desses espectadores ao assistirem novamente o espetáculo, décadas depois, no mesmo lugar. O documentário integra a 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Esquéla e sua filha Bia, entrevistados no documentário - Crédito Alice Del Picchia Crédito Guto Muniz ROMEU E JULIETA Concepção e direção: Gabriel Villela Classificação: Livre 18 a 20 de janeiro – Festival Santiago a Mil – Santiago (Chile) Sexta e Sábado - 21h Domingo – 20h Parque Quinta Normal Acesso gratuito Gabriel retorna para novos ensaios de “Os Gigantes da Montanha” O diretor Gabriel Villela e equipe retornam a BH, em fevereiro. Os ensaios, que devem se estender por todo o primeiro semestre do ano, ocorrerão na sede do Grupo Galpão, que desde o ano passado, foi imersa no universo poético do autor italiano, Luigi Pirandello Notícias do Grupo Galpão nº11 - Janeiro e Fevereiro de 2013
Santiago a mil Una versión moderna del clásico de Shakeaspeare será la última presentación de la vigésima versión de este encuentro. por La Tercera y Agencias - 20/01/2013 - 11:38 Imprimir Compartir More Sharing Services Han sido 18 días de presentaciones en donde la danza, el teatro y la música se han tomado los espacios públicos y salas de teatro. Al aire libre en el Parque Quintal normal, se presentará hoy a las 20:00 horas la última función gratuita de la versión 2013 de este conocido festival.El acceso a este evento será por Santo Domingo 3340. El acto estará a cargo de la compañia brasilera Grupo Galpão, que presentarán una versión callejera de Romeo y Julieta.La obra está dirigida por Gabriel Villela y buscará encantar al público con la tragedia de dos jóvenes apasionados insertos en la cultura popular brasileña. Para esta jornada de cierre, las actividades comienzan desde el mediodía y contemplan diversos espectáculos gratuitos. Para mayor información visiste el sitio web del Festival Santiago a mil. http://www.latercera.com/noticia/cultura/2013/01/1453-504716-9-con-romeo-y-julieta-cierra-hoy-el-festival-internacional-santiago-a-mil.shtml
Santiago a Mil se despide este domingo con alabada obra callejera gratuita "Romeo y Julieta" se presentará a las 20:00 horas de este domingo. Está a cargo de la compañía brasileña "Grupo Galpão". Publicado: 14:28 | Autor: Cooperativa.cl Comentar0 Compártelo: Llévatelo: "Romeo y Julieta" es dirigida por Gabriel Villela. Relacionados 18/01/2013|[Audio] Una Nueva Mañana: Entrevista a Héctor Noguera16/01/2013|[Video] "Las jirafas" visitaron calles de Las Condes14/01/2013|[Audio] Una Nueva Mañana: Entrevista a Juan Radrigán 1 2 La vigésima versión del Festival Internacional Santiago a Mil finaliza este domingo con la exhibición gratuita y callejera de una adaptación brasileña de la reconocida obra dramática "Romeo y Julieta" de William Shakespeare, a realizarse a las 20:00 horas en el Parque Quinta Normal. Después de algo más de dos semanas de espectáculos de teatro, danza y música, la fiesta cultural del verano se despide del público con una obra a cargo de la compañía brasileña "Grupo Galpão" y dirigida por Gabriel Villela, la cual lleva el conflicto de la pareja de enamorados al contexto de la cultura popular brasileña. Se trata de una obra que ha sido alabada por el público del Shakespeare's Globe Theatre de Londres y por medios como The Times. "'Grupo Galpão' ha venido de Sudamérica para recordarnos que ésta obra de Shakespeare se siente, en gran parte, como una comedia", escribió el diario británico. El espectáculo gratuito se llevará a cabo en el Parque Quinta Normal y el acceso será por la calle Santo Domingo. La programación que dará fin al festival, y se encuentra disponible en su totalidad en el sitio oficial del evento, cuenta con más de veinte actividades que se desarrollarán en la Región Metripolitana y la Quinta región. < http://www.cooperativa.cl/noticias/cultura/teatro/santiago-a-mil/santiago-a-mil-se-despide-este-domingo-con-alabada-obra-callejera-gratuita/2013-01-20/140136.html
Portada>Internacional >Noticias Hoy en América Latina y el Caribe (2) La puesta en escena de una adaptación brasileña de la reconocida obra dramática "Romeo y Julieta" de William Shakespeare, esta noche en el Parque Quinta Normal de la capital chilena, marcará el fin de la vigésima versión del Festival Internacional Santiago a Mil. Editor: 06:22:50 2013-01-21 / agencia de xinhua La puesta en escena de una adaptación brasileña de la reconocida obra dramática "Romeo y Julieta" de William Shakespeare, esta noche en el Parque Quinta Normal de la capital chilena, marcará el fin de la vigésima versión del Festival Internacional Santiago a Mil. El evento, que se estima congregó a medio millón de espectadores en espectáculos teatro, danza y música, masivos y en salas, se despide del público con una obra a cargo de la compañía brasileña "Grupo Galpao", dirigida por Gabriel Villela, la cual lleva el conflicto de la pareja de enamorados al contexto de la cultura popular brasileña. -- Ejército y Policía colombianos ofrecen recompensa para hallar a secuestrados BOGOTA, 20 ene (Xinhua) -- Ejército y Policía colombianos ofrecieron hoy una recompensa de 100 millones de pesos locales (unos 56.800 dólares) por información que permita rescatar a dos peruanos, dos colombianos y un canadiense secuestrados el viernes en el norte del país por la guerrilla Ejército de Liberación Nacional (ELN). "Estamos ofreciendo una recompensa de hasta 100 millones de pesos a quien nos dé información que conduzca a rescate de estas personas", dijo el director nacional del Gaula de Policía, general Humberto Guatibonza, citado por el diario "El Colombiano". -- Dan alternativas a carreteros bogotanos para sustituir tracción animal BOGOTA, 20 ene (Xinhua) -- La alcaldía de Bogotá concluyó este fin de semana la primera jornada de sustitución de vehículos de tracción animal para los recicladores de la capital colombiana, con lo cual se busca sacar de las calles a por lo menos 1.700 equinos utilizados por los carreteros en sus labores diarias. Según un censo realizado por la Secretaría de Movilidad de Bogotá, un total de 2.880 familias utilizan las carrozas de tracción animal para su subsistencia. -- La Paz acusa a Chile de abusos contra bolivianos en la frontera LA PAZ, 20 ene (Xinhua) -- El vicecanciller boliviano Juan Carlos Alurralde acusó a Chile de aplicar un "estrangulamiento insostenible" al libre tránsito de sus mercancías en la frontera común, en violación a los términos del Tratado de 1904 bilateral. El funcionario boliviano aseguró que el gobierno de Santiago pretende aplicar de manera unilateral el Acuerdo sobre Transporte Terrestre Internacional (ATIT), como nuevo instrumento jurídico normativo que debe regir el tránsito entre ambos países. -- Crean en México organismo para rescatar obra de grabador Posada MEXICO, 20 ene (Xinhua) -- El gobierno del estado de Aguascalientes, en el centro de México, creó hoy un organismo para rescatar la obra del grabador y caricaturista mexicano José Guadalupe Posada (1852-1913), el cual estará dirigido por intelectuales del país. En un acto realizado en la ciudad de Aguascalientes, capital del estado con el mismo nombre, el gobernador estatal Carlos Lozano de la Torre dijo que a 100 años de su muerte Posada "sigue más vivo que nunca y representa una fuente interminable de orgullo e identidad para nuestra patria". -- Sismo de 4,8 grados sacude litoral del Pacífico de Nicaragua MANAGUA, 20 ene (Xinhua) -- Un sismo de 4,8 grados de magnitud en la escala de Richter tuvo lugar la tarde de este domingo (hora local) en la región costera del Pacífico de Nicaragua, sin que se reportaran víctimas o daños materiales, informaron las autoridades del Instituto Nicaragüense de Estudios Territoriales (Ineter). De acuerdo con un informe del Ineter, el epicentro del temblor telúrico se localizó en el Pacífico nicaragüense, frente al volcán Cosigüina, a unos 36,4 kilómetros de profundidad. (Continúa
UM CICLO QUE SE FECHA por Eduardo Moreira 17 de janeiro, 2013, 14:53 A participação de “Romeu e Julieta”no encerramento do festival “Santiago a mil”, no Chile, celebra o ponto final das comemorações dos trinta anos de existência do Galpão. O festival de Santiago é hoje a principal vitrine do teatro internacional na América do Sul, especialmente depois das crises econômicas que esvaziaram importantes eventos do continente, como os festivais de Caracas e de Bogotá. Um ciclo comemorativo se fecha para que o grupo retome um novo período dedicado à sala de ensaio e à gestação de um novo espetáculo. Saímos da celebração do encontro com o público para entrarmos num processo de isolamento e de reflexão interna. É o momento de nascer “Os gigantes da montanha”, nossa nova parceria com Gabriel Villela. A história do grupo é feita da alternância desses dois estados – de um lado, as viagens e as apresentações e, de outro, o isolamento da sala de ensaios, na criação de espetáculos. Nesse sentido, períodos de ensaio representam redução drástica de turnês e apresentações. Ao longo do ano, de maio de 2012, em Londres a janeiro de 2013, em Santiago, foram 31 apresentações de “Romeu e Julieta” nas cidades de Belo Horizonte, Ouro Preto, Mariana, São Paulo, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Caraguatatuba, Caxias do Sul e Rio de Janeiro., além das duas capitais estrangeiras. Mais uma vez a tragédia dos amantes de Verona na versão de Gabriel Villela para o Galpão mostrou sua força e empatia incondicional do público. Qual é o segredo do espetáculo? “Romeu e Julieta” foi pensado para o interior mais profundo do Brasil. Os ensaios no vilarejo de Morro Vermelho, distrito de Caeté, foram uma ferramenta fundamental para que sedimentássemos essa característica. O espetáculo traz uma brejeirice e uma ingenuidade tão brasileiras, que cativa e encanta não só o nosso público como também o estrangeiro. Canções como “Amo-te muito”, “Lua branca”, “A ultima estrofe”e “É a ti flôr do céu”encarnam como nunca esse DNA de um Brasil profundo. Algo que, por mais adormecido e soterrado que esteja, sempre emerge como nossa natureza mais profunda. Um substrato cultural que, assim como o samba, “agoniza mas não morre”. O público é convidado desde a abertura da peça, a entrar num mundo de ancestralidade em que o tempo das nossos avøs emerge e quem assiste, volta a se transformar também em criança que ouve histórias de uma tragédia de amor contada através de luas e estrêlas suspensas em varas de bambu, flôres de plástico, figurinos pintados com cal que remetem às casas de pau a pique do interior, cruzes tôscas que compõe a lápide do casal. Tudo é tão singelo e arrebatadoramente mágico e teatral, que se torna irresistível. A poesia se derrama sobre as praças das cidades, o tempo fica suspenso e o mundo inteiro se ilumina de poesia. Talvez seja pretensioso referir-se assim a um espetáculo do próprio grupo, mas “Romeu e Julieta”, mais uma vez, vinte anos depois de sua estreia, provou sua força arrebatadora, emocionando as multidões por onde passou. Como registro inesquecível dessa volta celebrativa, dois momentos mágicos ficaram marcantes para sempre na minha memória de artista. O primeiro, na praça do Papa, em Belo Horizonte, quando na cena do casamento de Romeu com Julieta, o dueto de “Amo-te muito”cantado por mim e pela Fernanda foi acompanhado por um coro de 6000 vozes delicadamente afinadas. O segundo aconteceu na apresentação no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em que uma multidão de quase duas mil pessoas, impossibilitadas de assistir o espetáculo, por falta de espaço disponível, ouviu a peça atrás do palco montado sob a Veraneio, na mais absoluta concentração e silêncio. “Romeu e Julieta” é um momento muito mágico e poético na vida do Galpão e de milhares de pessoas. Para mim, como artista e ser humano, um marco. http://www.grupogalpao.com.br/blog/2013/01/um-ciclo-que-se-fecha/

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ROMEU E JULIETA (MG) – Foi uma grande honra poder finalmente assistir à obra prima do Grupo Galpão, remontada com quase o mesmo elenco de 20 anos atrás e em sua última apresentação no Brasil, em Caxias do Sul. Foi surpreendente perceber que tudo o que havíamos estudado e escutado sobre a peça fazia justiça à grandeza da mesma: cenas lindíssimas, atores a ponto de bala, apesar da idade (os 20 anos a mais fizeram diferença para a maioria do elenco e isso também foi emocionantemente lindo de ver...), direção delicadíssima do Gabriel Vilela. Enfim... Várias pessoas da classe teatral gaúcha (Porto Alegre, Caxias, Gramado, Osório, Montenegro etc) estavam presentes e choravam de emoção. Isso por si só já diz muita coisa... Inesquecível!!! http://teatrosarcaustico.blogspot.com.br/
ROMEO Y JULIETA Foto: Guto Muniz BRASIL Concepción y dirección generalGabriel Villela Compañía Grupo Galpão Gabriel Villela y el Grupo Galpão trasladan la tragedia de dos jóvenes apasionados al contexto de la cultura popular brasileña. Un imperdible del ... Parque Quinta Normal, acceso frente a Santo Domingo, Santiago. ROMEO Y JULIETA Foto: Guto Muniz BRASIL Concepción y dirección generalGabriel Villela Compañía Grupo Galpão Gabriel Villela y el Grupo Galpão trasladan la tragedia de dos jóvenes apasionados al contexto de la cultura popular brasileña. Un imperdible del teatro popular callejero que logró cautivar al público del Shakespeare’s Globe Theatre de Londres. «Grupo Galpão ha venido de Sudamérica para recordarnos que ésta obra de Shakespeare se siente, en gran parte, como una comedia». The Times. RESEÑA DIRECTOR COMPAÑÍA FICHA ARTÍSTICA Estreno 1993, Brasil Duración 1 hora 30 minutos RESEÑA Para conmemorar sus 30 años de trayectoria, el Grupo Galpão remonta su espectáculo más reconocido: una adaptación de Romeo y Julieta, de William Shakespeare. Para actualizar el sentido de la mayor historia de amor de la Humanidad, el director Gabriel Villela y el Grupo Galpão trasladan la tragedia de dos jóvenes apasionados al contexto de la cultura popular brasileña, evocada por elementos en el escenario, en la utilería, en la música y en la figura del narrador, que conduce toda la obra con un lenguaje inspirado en Guimarães Rosa, uno de los más grandes escritores brasileños del siglo XX, y en sus novelas, que recrean poéticamente la atmósfera de la región agreste de Minas Gerais. En los años 90, este montaje marcó un precedente en el teatro brasileño, con más de 250 presentaciones que se realizaron en 10 países, consagrándose definitivamente al tener dos temporadas en el Shakespeare’s Globe Theatre de Londres. DIRECTOR Gabriel Villela es director, escenógrafo y vestuarista. Uno de los más talentosos y requeridos entre los hombres de teatro surgidos en Brasil en la década del 90, dotado de una teatralidad barroca, vigorosa y marcada por el imaginario brasileño. Entre sus espectáculos más conocidos están Voce vai ver o que voce vai ver, de Raymond Queneau (con la cual debutó como director en 1989), O concílio do amor, de Oscar Panizza (1989); Vem buscar‐me que ainda sou teu, de Carlos Alberto Soffredini (1990); A Guerra Santa, de Luís Alberto de Abreu (1993); A falecida, de Nelson Rodrigues (1994); A Torre de Babel, de Fernando Arrabal (1995); Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso (2011); Sua Incelença, Ricardo III (2010) y MacBeth (2012), de Shakespeare, entre otras. En 1992 comienza una prolífica relación creativa con el Grupo Galpão, dirigiendo para ellos esta adaptación de Romeo y Julieta, de William Shakespeare, para la calle, exitoso proyecto que realiza numerosas giras por Brasil y Europa, cautivando a diversos públicos y considerada un hito en la década del 90. En 1994 monta, también con Galpão, A rua da amargura, texto de Eduardo Garrido que explora los ritos de Semana Santa en los circo‐teatros, la cual ganó los premios Molière y Shell a la Mejor Dirección. En 2012, después de un lapso de 18 años, Villela retoma su distintiva colaboración con Galpão para el remontaje conmemorativo de Romeo y Julieta, y para el proyecto de una nueva obra, Os gigantes da montanha, de Luigi Pirandello, que tiene su estreno previsto para el primer semestre de 2013. COMPAÑÍA El Grupo Galpão es una de las compañías más importantes de la escena teatral brasileña. Con más de 30 años de existencia, el grupo desarrolla un teatro que combina rigor, investigación y búsqueda de lenguajes montando piezas con un gran poder de conexión con el público. Formado por actores que trabajan con diferentes directores invitados, como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes y Jurij Alschitz, Galpão ha forjado un lenguaje artístico a partir de estos diversos encuentros, creando un teatro que dialoga con lo popular y lo erudito, lo tradicional y lo contemporáneo, un teatro de calle y de sala, universal y regional brasileño. Con esta mezcla Galpão logra comunicarse y empatizar con el público, sumando más de 1 millón 600 mil espectadores que han acudido a sus más de 2 mil 500 presentaciones. A lo largo de su trayectoria, el grupo ha participado en 41 festivales internacionales (en Europa, América Latina, Estados Unidos y Canadá), en más de 70 países y en todas las regiones de Brasil. Son el único teatro brasileño que se ha presentado en el Shakespeare’s Globe Theather de Londres, ocasión en la que precisamente con esta versión de Romeo y Julieta. El grupo suma ya 20 montajes en su currículo, y más de 100 premios brasileños, entre los que destacan el Premio Shell (1994 – Río de Janeiro), en las categorías Mejor Dirección, Mejor Vestuario y Mejor Iluminación, y los premios del Estado de Minas Gerais, Usiminas Sinparc y SESC Sated, de Reconocimiento Cultural por sus 25 años de actividad. FICHA ARTÍSTICA De William Shakespeare Concepción y dirección general Gabriel Villela Elenco Antonio Edson (Narrador), Beto Franco (Príncipe / Sr. Capuleto), Eduardo Moreira (Romeu), Fernanda Vianna (Julieta), Inês Peixoto (Sra. Capuleto), Júlio Maciel (Benvólio), Lydia Del Picchia (Sansão / Criado Capuleto), Paulo André (Teobaldo / Frei Lourenço), Rodolfo Vaz (Mercúrio) y Teuda Bara (Ama) Dramaturgia y textos Cacá Brandão Traducción Onestaldo de Pennaforte Escenografía Gabriel Villela Vestuarios Luciana Buarque Asistencia de vestuario Maria Castilho Arreglos y preparación instrumental Fernando Muzzi Preparación vocal Babaya Investigación musical Gabriel Villela y Grupo Galpão Asistencia de dirección Arildo de Barros Muñecos Agnaldo PinhoI Iluminación Wagner Freire Operación de luz Wladimir Medeiros Requerimientos técnicos Helvécio Izabel Operación de sonido Vinícius Alves Utilería Gabriel Villela, Luciana Buarque y Grupo Galpão Mantención de vestuario y utilería Wanda Sgarbi Consultoría en planificación Romulo Avelar Asesoría en planificación Ana Amélia Arantes Practicante de planificación Lorena Lima Asesoría de comunicación Beatriz França Asistente de comunicación y memoria João Santos Practicante de comunicación Jussara Vieira Asistente de producción Evandro Villela Producción ejecutiva Beatriz Radicchi Dirección de producción Gilma de Oliveira Patrocinio Petrobras http://www.santiagoamil.cl/?p=11313
Despedida em Santiago Publicação: 16/01/2013 04:00 - Estado de Minas Um dos festivais de teatro mais importantes realizados na América Latina, o Santiago a Mil calhou de ser o palco derradeiro de Romeu e Julieta. O Grupo Galpão apresentará o espetáculo no Parque Quinta Normal, na capital chilena, de sexta a domingo. Dada como um presente ao público no ano em que o Galpão comemorou 30 anos de estrada, a remontagem estreou em maio do ano passado, durante as Olimpíadas Culturais em Londres. Foram dois dias em cartaz no Globe Theater, a réplica do teatro elizabetano no qual Willian Shakespeare dava vida às suas histórias. Vinte anos depois da estreia, o reencontro do Galpão com Romeu e Julieta só reforçou a potência que tem com o público. “Redescobri a força da peça. Ela é muito difícil, fisicamente, muito puxada, tive que fazer com uma outra qualidade, com mais cuidado, sem me jogar tanto, um pouco mais cadenciado. Achei muito bonito fazer assim. Romeu e Julieta tem uma coisa brejeira que toca muito o coração das pessoas. É quase uma brincadeira de criança”, comenta o ator Eduardo Moreira, intérprete de Romeu. Da reestreia em Londres, passando por Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, São José do Rio Preto e outras cidades, a peça reuniu 58.580 pessoas em praças e espaços públicos. Com a temporada no Chile, o retorno de Romeu e Julieta baterá, facilmente, a marca de 60 mil espectadores em menos de um ano. “Seria uma celebração e sabia que ia ser assim. Foi muito bonito, pungente mesmo. Foi impressionante em todos os lugares. Romeu e Julieta provou que é um espetáculo forte, que marcou muito as pessoas”, diz. Pirandello Eduardo Moreira garante que as apresentações no Santiago a Mil serão mesmo as últimas da carreira do espetáculo. Em plena montagem de O gigante da montanha, de Luigi Pirandello, o Galpão não teve como encaixar uma despedida em Belo Horizonte. O novo espetáculo está com estreia prevista para junho. Os trabalhos estão a pleno vapor. “É um processo muito intenso e difícil em um certo sentido. É uma fábula muito fascinante e complexa”, explica o ator. O gigante da montanha também é criado para a rua. Além de Gabriel Villela na direção, o Galpão renova parcerias antigas com a preparadora vocal Babaya, com o músico Ernani Malleta e também com a italiana Francesca Della Monica. “Tem sido fascinante. O Gabriel é um diretor extraordinário. Ele tem uma coisa com o Galpão. Parecem ser bichos da mesma espécie. Ele é muito teatral, intenso, barroco, então isso tudo está resultando em uma química muito bonita”, adianta. Além do Grupo Galpão, o outro convidado brasileiro para o Santiago a Mil é a paulistana Cia. Hiato, dirigida pelo mineiro Leonardo Moreira. A jovem companhia apresentará no país três montagens: Cachorro morto, O jardim e a mais recente, Ficções. http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/cultura/2013/01/16/interna_cultura,64379/despedida-em-santiago.shtml
Documentário sobre a estreia de Romeu e Julieta tem estreia na Mostra de Cinema de Tiradentes. Grupo Galpão faz no Chile, neste fim de semana, a última apresentação de sua peça mais famosa Carolina Braga Publicação: 16/01/2013 04:00 - Estado de Minas Gravação do documentário sobre Romeu e Julieta, com depoimentos de espectadores que acompanharam a estreia em BH Uma final de Copa do Mundo ou até mesmo a aparição de Nossa Senhora. Exageros à parte, falar sobre a estreia de Romeu e Julieta na Praça do Papa, em Belo Horizonte, em 1992, é se lembrar de algo marcante. As curiosas comparações estão no documentário Flor, minha flor, dirigido por Chico Pelúcio e Rodolfo Magalhães. Com estreia marcada para sábado, durante a 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes, o filme vasculha a memória de quem há 20 anos formou a montanha de gente da plateia da antológica peça do Grupo Galpão, sob a direção de Gabriel Villela. No domingo, às 20h, em Santiago, no Chile, será a última vez que o encontro de Julieta e Romeu será encenado sobre a veraneio Esmeralda. Com o fim da peça, os registros em imagens e vídeo servirão para complementar a experiência já guardada na memória de quem um dia se deixou embalar pela cantiga “flor, minha flor, flor vem cá”. Ou seja, não haveria momento mais propício para a estreia na telona. Com 24 minutos de duração, o documentário parte de uma foto de Magda Santiago, feita em 1992, exatamente no dia da estreia da peça em Belo Horizonte. À medida que os convidados se encontram naquela imagem, é como se voltassem no tempo. “Na verdade, o espetáculo é o pano de fundo. O filme fala da relação das pessoas com o teatro, com a praça pública, em um momento importante para BH. Acho que ele apresenta uma memória do que o teatro de rua representou para a cidade”, diz Chico Pelúcio. O filme costura os depoimentos de 18 pessoas. “Fizemos a edição privilegiando os assuntos abordados. São blocos que vão se contrapondo”, conta o diretor. Os convidados comentam como estavam naquele dia, o momento histórico que a cidade vivia e se deixam emocionar pelas lembranças. À foto de Magda Santiago se somam as imagens da apresentação de Romeu e Julieta no mesmo lugar, porém duas décadas depois. Foi durante o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte, o FIT-BH 2012. No dia em que cerca de 5 mil pessoas estiveram na Praça do Papa para rever a peça, os personagens do filme se posicionaram exatamente no mesmo local onde estavam em 1992. “Lembro dos carros parando e chegando gente... chegando gente”, recorda a atriz Paula Manata, uma das convidadas. “A Praça do Papa era uma coisa distante. Tinha um pouco de receio. Falava: ‘Gente, a praça é muito grande, o Galpão é doido, eles vão apresentar o espetáculo lá””, continua a integrante do Grupo Armatrux. “Estou arrepiada lembrando daquele dia”, comenta Maria Cristina de Andrade. “Era tudo muita novidade mesmo, muito inédito. Desde os pequenos detalhes, das flores de plástico. Lembro disso porque era uma linguagem tão próxima da gente, da casa da minha avó”, destaca a produtora Fernanda Vidigal. Na estreia da peça de Shakespeare, Chico Pelúcio interpretava o padre. Fora de cena, na reestreia em 2012, ele se dedicou a esse delicado registro de memórias relacionadas ao espetáculo, que é um marco na história do teatro mineiro. “O curta é uma homenagem ao espectador e ao teatro”, resume. O filme, dirigido em parceria com Rodolfo Magalhães, é a segunda experiência do ator atrás das câmeras. “Estou me divertindo muito. Primeiro porque não é a minha profissão, e como um visitante tenho mais liberdade”, confessa. A estreia de Flor, minha flor na Mostra de Tiradentes faz do documentário o primeiro da safra cinematográfica do Galpão a chegar ao público. Além dele, também devem ser lançadas em 2013 novas produções, dirigidas pela atriz Inês Peixoto. São seis curtas-metragens baseados em contos de Antón Tchékhov, além de um longa sobre a experiência da companhia na tradução de Till, a saga de um herói torto para o espanhol e a apresentação do trabalho no Chile, no mesmo festival no qual Romeu e Julieta encerrará sua trajetória. “Essa questão do cinema está cada vez mais nos seduzindo”, reconhece Chico Pelúcio. Tio e Till De volta ao Brasil, o Grupo Galpão estará na programação da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Com Tio Vânia (aos que vierem depois de nós), estará em cartaz entre os dias 24 e 27, no Sesc Palladium. Já Till, a saga de um herói torto, será apresentada no Grande Teatro do Palácio das Artes, de 31 deste mês a 3 de fevereiro. http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/cultura/2013/01/16/interna_cultura,64378/cai-o-pano.shtml
Documentário recupera os 20 anos da estreia de 'Romeu e Julieta', do Grupo Galpão Flor, minha flor, sobre a primeira montagem do texto pela companhia mineira estreia na Mostra de Tiradentes no próximo sábado, 19; obra inicia safra de filmes produzidos pelos artistas do grupo • NOTÍCIA Carolina Braga- EM Cultura Publicação:16/01/2013 09:11Atualização:16/01/2013 09:03 A partir desta foto, que registra a primeira vez em que a trama clássica foi exibida ao público, em 1992, ator do grupo decidiu recontar a experiência de quem presenciou a estreia Saiba mais... • Grupo Galpão faz última apresentação de 'Romeu e Julieta' no Chile • Mostra de Tiradentes anuncia programação com 131 filmes exibidos entre os dias 18 e 26 de janeiro • Estereótipo mineiro é ponto de partida para várias peças da Campanha de Popularização Uma final de Copa do Mundo ou até mesmo a aparição de Nossa Senhora. Exageros à parte, falar sobre a estreia de Romeu e Julieta na Praça do Papa, em Belo Horizonte, em 1992, é se lembrar de algo marcante. As curiosas comparações estão no documentário Flor, minha flor, dirigido por Chico Pelúcio e Rodolfo Magalhães. Com estreia marcada para sábado, 19, durante a 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes, o filme vasculha a memória de quem há 20 anos formou a montanha de gente da plateia da antológica peça do Grupo Galpão, sob a direção de Gabriel Villela. No domingo, às 20h, em Santiago, no Chile, será a última vez que o encontro de Julieta e Romeu será encenado sobre a veraneio Esmeralda. Com o fim da peça, os registros em imagens e vídeo servirão para complementar a experiência já guardada na memória de quem um dia se deixou embalar pela cantiga “flor, minha flor, flor vem cá”. Ou seja, não haveria momento mais propício para a estreia na telona. Na estreia, cerca de 5 mil pessoas tomaram a Praça do Papa para acompanhar o desenrolar da trama Com 24 minutos de duração, o documentário parte de uma foto de Magda Santiago, feita em 1992, exatamente no dia da estreia da peça em Belo Horizonte. À medida que os convidados se encontram naquela imagem, é como se voltassem no tempo. “Na verdade, o espetáculo é o pano de fundo. O filme fala da relação das pessoas com o teatro, com a praça pública, em um momento importante para BH. Acho que ele apresenta uma memória do que o teatro de rua representou para a cidade”, diz Chico Pelúcio. O filme costura os depoimentos de 18 pessoas. “Fizemos a edição privilegiando os assuntos abordados. São blocos que vão se contrapondo”, conta o diretor. Os convidados comentam como estavam naquele dia, o momento histórico que a cidade vivia e se deixam emocionar pelas lembranças. À foto de Magda Santiago se somam as imagens da apresentação de Romeu e Julieta no mesmo lugar, porém duas décadas depois. Foi durante o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte, o FIT-BH 2012. No dia em que cerca de 5 mil pessoas estiveram na Praça do Papa para rever a peça, os personagens do filme se posicionaram exatamente no mesmo local onde estavam em 1992. “Lembro dos carros parando e chegando gente... chegando gente”, recorda a atriz Paula Manata, uma das convidadas. “A Praça do Papa era uma coisa distante. Tinha um pouco de receio. Falava: ‘Gente, a praça é muito grande, o Galpão é doido, eles vão apresentar o espetáculo lá””, continua a integrante do Grupo Armatrux. “Estou arrepiada lembrando daquele dia”, comenta Maria Cristina de Andrade. “Era tudo muita novidade mesmo, muito inédito. Desde os pequenos detalhes, das flores de plástico. Lembro disso porque era uma linguagem tão próxima da gente, da casa da minha avó”, destaca a produtora Fernanda Vidigal. Remontagem produzida em 2012 celebrou os 30 anos do Grupo Galpão Na estreia da peça de Shakespeare, Chico Pelúcio interpretava o padre. Fora de cena, na reestreia em 2012, ele se dedicou a esse delicado registro de memórias relacionadas ao espetáculo, que é um marco na história do teatro mineiro. “O curta é uma homenagem ao espectador e ao teatro”, resume. O filme, dirigido em parceria com Rodolfo Magalhães, é a segunda experiência do ator atrás das câmeras. “Estou me divertindo muito. Primeiro porque não é a minha profissão, e como um visitante tenho mais liberdade”, confessa. A estreia de Flor, minha flor na Mostra de Tiradentes faz do documentário o primeiro da safra cinematográfica do Galpão a chegar ao público. Além dele, também devem ser lançadas em 2013 novas produções, dirigidas pela atriz Inês Peixoto. São seis curtas-metragens baseados em contos de Antón Tchékhov, além de um longa sobre a experiência da companhia na tradução de Till, a saga de um herói torto para o espanhol e a apresentação do trabalho no Chile, no mesmo festival no qual Romeu e Julieta encerrará sua trajetória. “Essa questão do cinema está cada vez mais nos seduzindo”, reconhece Chico Pelúcio. Tio e Till De volta ao Brasil, o Grupo Galpão estará na programação da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Com Tio Vânia (aos que vierem depois de nós), estará em cartaz entre os dias 24 e 27, no Sesc Palladium. Já Till, a saga de um herói torto, será apresentada no Grande Teatro do Palácio das Artes, de 31 deste mês a 3 de fevereiro. http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/arte-e-livros/2013/01/16/noticia_arte_e_livros,139623/documentario-eterniza-memoria-da-estreia-de-i-romeu-e-julieta-i-do.shtml

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Titina encena Shakespeare Entre os espetáculos mais aguardados da programação do Janeiro de Grandes Espetáculos, a estreia nacional da adaptação do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, para “Hamlet”. Isso porque, além de se tratar de um dos grupos de teatro mais reconhecidos do Nordeste, a peça em questão traz a atriz Titina Medeiros, que roubou a cena na novela “Cheias de charme” como a empregada Socorro, agora no denso papel de Ofélia. A montagem terá sessões nos dias 19 e 20, no Teatro de Santa Isabel. Tem mais Além de “Hamlet”, o grupo, que comemora duas décadas, traz outros dois espetáculos para o Recife. O “Capitão e a Sereia”, com texto do pernambucano André Neves, nos dias 22 e 23, no Teatro Marco Camarotti, e “Sua Incelença - Ricardo III”, com direção de Gabriel Villela, no Pátio do Mosteiro de São Bento, no dia 26. http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cultura/col/foco/arq/2013/Janeiro/0008.html
Centenas de pessoas assistiram a peça Romeu e Julieta em Caxias do Sul Publicado por Laudir on dez 17th, 2012 arquivado em Cultura, Teatro. Você pode acompanhar os comentários se cadastrando RSS 2.0. Você pode deixar um comentário aqui 2 Caxias do Sul – No último sábado, 15 de dezembro, foi realizado no estacionamento do Centro Administrativo, o Projeto Teatro Na Rua, com a peça Romeu e Julieta do renomado grupo mineiro Galpão. Com a direção de Gabriel Villela, o elenco apresentou-se gratuitamente, atraindo centenas de pessoas. A peça, que é uma adaptação do texto de Willian Shakespeare, já foi assistida por mais de 200 mil pessoas em todo o mundo. Apresentada na rua, os atores colocam o trágico casal em um cotidiano inspirado em Guimarães Rosa e no sertão mineiro. Com toques do circo/teatro de Gabriel Villela, a peça ficou consagrada em território nacional e no exterior, tendo visitado mais de 60 cidades brasileiras e nove países estrangeiros. (Foto Antonio Lorenzett). http://www.jornalpontoinicial.com.br/?p=29470

domingo, 6 de janeiro de 2013

Romeu e Julieta - EM BREVE! http://jconlineinteratividade.ne10.uol.com.br/midias/2012%2c10%2c30%2c3615%2cromeu-e-julieta---grupo-galpao%2cplay.html http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=kQzzEcgo2b8
Romeu e Julieta FIT BH http://vimeo.com/51919207 http://vimeo.com/51919207
Ensaio geral Setor cultural programa ações para 2013 nas áreas pública e privada. Principais grupos do estado estreiam espetáculos e espaços serão inaugurados em BH e no interior Sérgio Rodrigo Reis Publicação: 30/12/2012 04:00 Beatriz Apocalypse trabalha na preparação do espetáculo Alice no País das Maravilhas, do Giramundo, que mescla arte tradicional e tecnologia O ano de 2013 sinaliza para uma renovação no setor cultural em Minas Gerais. A maioria dos grupos locais com trajetória reconhecida deverá ampliar seus repertórios com estreias de espetáculos e o poder público dos municípios, depois de passadas as eleições, promete iniciar novo ciclo de realizações. Os próximos meses serão dedicados a homenagens importantes e ainda marcados pela expectativa do setor artístico diante do futuro dos mecanismos de mecenato, atualmente bastante desgastados pelo direcionamento do uso dos incentivos fiscais para os próprios projetos governamentais. A agenda cultural começa pelas artes cênicas. De 3 de janeiro a 3 de março, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança chega aos principais palcos de Belo Horizonte e de algumas cidades do interior (Ipatinga, Juiz de Fora e Araxá), disposta a movimentar a cena local. O evento é um fenômeno de público, não existe parâmetro semelhante no país, pois consegue levar milhares de pessoas ao teatro numa época considerada de entressafra em outros lugares. Serão 155 espetáculos, entre adultos (102), infantis (41) e dança (12). Ainda nas artes cênicas, o Verão Arte Contemporânea vai oferecer, de 13 de janeiro a 12 de fevereiro, montagens experimentais de 45 grupos em 24 espaços culturais. Outra manifestação que deverá movimentar o início do ano é o cinema. De 18 a 26 de janeiro, a Mostra de Cinema de Tiradentes abrirá o calendário nacional do setor com exibição de mais de 100 filmes em 40 sessões. O evento, com foco na produção contemporânea, chega à 16ª edição com o tema “Fora de centro”, destacando a descentralização do cinema brasileiro. Ainda no audiovisual, destaque para o Cine OP, de 12 a 17 de junho, em Ouro Preto, com programação voltada para o debate do patrimônio em diálogo com a história e a educação. De 10 a 17 de outubro, a capital recebe a Mostra Cine BH, com debate sobre a questão do mercado. Outra expectativa é para o lançamento do longa de Helvécio Ratton O segredo dos diamantes, que deverá chegar às telas em agosto. Grupo Galpão e o diretor Gabriel Villela (ao centro) estreiam versão para as ruas de Os gigantes da montanha, de Luigi Pirandello No palco Minas possui alguns dos principais grupos de artes cênicas do país. Todos estrearão montagens. O Giramundo, de teatro de bonecos, apresenta Alice no País das Maravilhas, espetáculo inspirado no clássico do autor inglês Lewis Carroll (1832-1898), em abril. O Grupo Galpão fará, até o fim do primeiro semestre, a versão para as ruas de Os gigantes da montanha, de Luigi Pirandello (1867-1936), com direção de Gabriel Villela. No interior do estado, o Ponto de Partida promete montar, gravar e estrear espetáculo com o coro Meninos de Araçuaí. Já em agosto, será a vez de o Grupo Corpo estrear em São Paulo e depois em BH balé com trilha de Lenine. A companhia de dança fará ainda turnês nacional e internacional. Minas ganhou, nos últimos anos, vários centros culturais e museus que, devido a programações irregulares e à falta de acervo interessante, não conseguiram se tornar atrativos. A disputa pelas atenções promete esquentar em 2013 com as inaugurações, ainda no primeiro semestre, do Teatro do Minas Tênis Clube e, em setembro, do Cine Brasil, espaço que sediará a exposição do painel Guerra e paz, de Cândido Portinari (1903-1962). O Circuito Cultural da Praça da Liberdade deverá iniciar as atividades do Inhotim Escola (a mesma instituição inaugura, no segundo semestre, pavilhão dedicado às obras fotográficas da artista nascida na Suíça e radicada no Brasil Claudia Andujar). Também integrando o circuito, está prevista a inauguração do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Óperas O Palácio das Artes, principal centro cultural de Minas, deverá manter a estrutura da agenda de 2012. Fará três óperas (inclusive Madame Butterfly, de Puccini, que abriu a agenda deste ano), além de Phaedra e Hippolytus, de Christopher Park, em julho; e uma produção em comemoração aos 300 anos do nascimento de Verdi, em outubro (com título ainda a definir). A instituição receberá, em janeiro, itinerância da Bienal de São Paulo, com 500 obras, de 36 artistas. Novo Cine Brasil tem promessa de inauguração em setembro com exposição do painel Guerra e paz, de Portinari A Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais darão prosseguimento às séries Sinfônica Pop, Concertos no Parque, Concertos na Cidade e Sinfônica no Museu. Já a Cia. de Dança Palácio das Artes estreia, no segundo semestre, espetáculo. No Cine Humberto Mauro o destaque é para retrospectiva da obra dos cineastas Billy Wilder e Howard Hawks. http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/cultura/2012/12/30/interna_cultura,62789/ensaio-geral.shtml
Seção : Teatro - 30/12/2012 09:35 Setor cultural em Minas Gerais promete renovação em 2013 Comentários Compartilhe:Share on facebook Share on twitter Share on orkut More Sharing Services 4 Sérgio Rodrigo Reis - EM Cultura O ano de 2013 sinaliza para uma renovação no setor cultural em Minas Gerais. A maioria dos grupos locais com trajetória reconhecida deverá ampliar seus repertórios com estreias de espetáculos e o poder público dos municípios, depois de passadas as eleições, promete iniciar novo ciclo de realizações. Os próximos meses serão dedicados a homenagens importantes e ainda marcados pela expectativa do setor artístico diante do futuro dos mecanismos de mecenato, atualmente bastante desgastados pelo direcionamento do uso dos incentivos fiscais para os próprios projetos governamentais. A agenda cultural começa pelas artes cênicas. De 3 de janeiro a 3 de março, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança chega aos principais palcos de Belo Horizonte e de algumas cidades do interior (Ipatinga, Juiz de Fora e Araxá), disposta a movimentar a cena local. O evento é um fenômeno de público, não existe parâmetro semelhante no país, pois consegue levar milhares de pessoas ao teatro numa época considerada de entressafra em outros lugares. Serão 155 espetáculos, entre adultos (102), infantis (41) e dança (12). Ainda nas artes cênicas, o Verão Arte Contemporânea vai oferecer, de 13 de janeiro a 12 de fevereiro, montagens experimentais de 45 grupos em 24 espaços culturais. Outra manifestação que deverá movimentar o início do ano é o cinema. De 18 a 26 de janeiro, a Mostra de Cinema de Tiradentes abrirá o calendário nacional do setor com exibição de mais de 100 filmes em 40 sessões. O evento, com foco na produção contemporânea, chega à 16ª edição com o tema “Fora de centro”, destacando a descentralização do cinema brasileiro. Ainda no audiovisual, destaque para o Cine OP, de 12 a 17 de junho, em Ouro Preto, com programação voltada para o debate do patrimônio em diálogo com a história e a educação. De 10 a 17 de outubro, a capital recebe a Mostra Cine BH, com debate sobre a questão do mercado. Outra expectativa é para o lançamento do longa de Helvécio Ratton O segredo dos diamantes, que deverá chegar às telas em agosto. No palco Minas possui alguns dos principais grupos de artes cênicas do país. Todos estrearão montagens. O Giramundo, de teatro de bonecos, apresenta Alice no País das Maravilhas, espetáculo inspirado no clássico do autor inglês Lewis Carroll (1832-1898), em abril. O Grupo Galpão fará, até o fim do primeiro semestre, a versão para as ruas de Os gigantes da montanha, de Luigi Pirandello (1867-1936), com direção de Gabriel Villela. No interior do estado, o Ponto de Partida promete montar, gravar e estrear espetáculo com o coro Meninos de Araçuaí. Já em agosto, será a vez de o Grupo Corpo estrear em São Paulo e depois em BH balé com trilha de Lenine. A companhia de dança fará ainda turnês nacional e internacional. Minas ganhou, nos últimos anos, vários centros culturais e museus que, devido a programações irregulares e à falta de acervo interessante, não conseguiram se tornar atrativos. A disputa pelas atenções promete esquentar em 2013 com as inaugurações, ainda no primeiro semestre, do Teatro do Minas Tênis Clube e, em setembro, do Cine Brasil, espaço que sediará a exposição do painel Guerra e paz, de Cândido Portinari (1903-1962). O Circuito Cultural da Praça da Liberdade deverá iniciar as atividades do Inhotim Escola (a mesma instituição inaugura, no segundo semestre, pavilhão dedicado às obras fotográficas da artista nascida na Suíça e radicada no Brasil Claudia Andujar). Também integrando o circuito, está prevista a inauguração do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Óperas O Palácio das Artes, principal centro cultural de Minas, deverá manter a estrutura da agenda de 2012. Fará três óperas (inclusive Madame Butterfly, de Puccini, que abriu a agenda deste ano), além de Phaedra e Hippolytus, de Christopher Park, em julho; e uma produção em comemoração aos 300 anos do nascimento de Verdi, em outubro (com título ainda a definir). A instituição receberá, em janeiro, itinerância da Bienal de São Paulo, com 500 obras, de 36 artistas. A Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais darão prosseguimento às séries Sinfônica Pop, Concertos no Parque, Concertos na Cidade e Sinfônica no Museu. Já a Cia. de Dança Palácio das Artes estreia, no segundo semestre, espetáculo. No Cine Humberto Mauro o destaque é para retrospectiva da obra dos cineastas Billy Wilder e Howard Hawks. http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_11/2012/12/30/ficha_teatro/id_sessao=11&id_noticia=61899/ficha_teatro.shtml
Começando o ano na praia! "Sua Incelença, Ricardo III" neste sábado(05) na praia de Pirangi às 18h. Imperdível! Cultura Bom dia! O ano mal começou e já temos uma super dica para vocês! No próximo sába... Ver mais De: SESC RN
Preparativos para a montagem dos Gigantes por Eduardo Moreira 27 de setembro, 2012, 17:24 Começamos os trabalhos com os Gigantes. Além das leituras do texto, estamos nos debruçando nas outras obras de Pirandello. Como sempre, esbarramos numa enorme deficiência de traduções brasileiras. Se pensarmos que autores consagrados como Tchékhov e Pirandello apresentam essa carência, podemos imaginar o que acontece com outros autores menos conhecidos. O mercado editorial brasileirto em geral e , especialmente na área de teatro, é uma calamidade. Só para dar um exemplo, das últimas peças de Pirandello, especialmente as escritas depois da sua relação com a atriz Marta Abba, nehuma delas ( exceto os “Gigantes da montanha”) tem tradução brasileira. É o caso de peças como “La amica delle moglie”, “Come tu mi vuoi”, “Trovarsi”, “Diana e la Tuda” ,”La nuova colonia” e “Non si sa come”. Todas elas fazem parte da chamada fase mítica do autor, que se afasta do formalismo teatral e busca uma radicalidade da expressão poética. Acho que, assim como fizemos o mergulho na obra de Tchékhov com a montagem dois espetáculos (“Tio Vânia” e “Eclipse”) e a filmagem de seis curtas baseados nos seus contos, a montagem de “Os gigantes da montanha” e o encontro com a obra de Pirandello deveria trazer um mergulho na sua obra que poderia contemplar ações como novoas filamgens de curtas baseados na sua vasta obra literária e também ( por que não?) traduções de algumas dessas peças desconhecidas no Brasil. A presença da nossa querida e italianíssima Francesca della Monica certamente abre boas perspectivas para um projeto desse tipo. A verdade é que acredito que o encontro do Galpão com a obra de Pirandello deve render outros frutos além da montagem dos “Gigantes”. Penso em ações que possibilitem uma maior difusão e conhecimento de sua obra tão importante para o público brasileiro. O trabalho de estudos e de elaboração musical e de material cênico para o espetáculo já se iniciaram com algns encontros com a Francesca. No começo de outubro chega o material do atelier de cenário e de figurino que o Gabriel está trazendo de São Paulo. Nosso espaço do Galpão vai sofrer uma reviravolta para acomodar os tecidos, figurinos, adereços, mesas e cadeiras de material de demolição( que foram adquiridos na cidade de Passos, em Minas). Como um grande alquimista, Gabriel começa a montar as peças de seu grande experimento que resultará na cenografia e nos figurinos do espetáculo. Ao mesmo tempo, o elenco vai se inteirando de um repertório de músicas populares italianos. A montagem dos “Gigantes” nos promete um enorme e fascinante trabalho. 5 Respostas para “Preparativos para a montagem dos Gigantes” Renato Bertoldi, on setembro 28th, 2012 at 15:22 Said: A união de Gabriel Villela com o grupo Galpão é pura magia. É a celebração da mais pura poesia, encanto e beleza. O teatro que fica prá sempre na mémória de quem seus espetáculos. Os Deuses do teatro devem vibrar com essa alquimia perfeita…! Parabéns pelos trinta anos! Renato Bertoldi, on setembro 28th, 2012 at 15:25 Said: A união de Gabriel Villela com o grupo Galpão é pura magia. É a celebração da mais pura poesia, encanto e beleza. O teatro que fica prá sempre na mémória de quem assiste seus espetáculos. Os Deuses do teatro devem vibrar com essa alquimia perfeita…! Parabéns pelos trinta anos! Gilberto (beto) Bellini, on outubro 1st, 2012 at 11:27 Said: Boas notícias. Aguardaremos ansiosos mais essa empreitada. Tuca zanini, on outubro 1st, 2012 at 16:40 Said: Imagine então conseguir textos em Sertãozinho… Em contato com bancos de textos questionamos a digitalização das obras e nos respondem ” Mas assim ninguém compraria os textos nas livrarias ! ” Como se o obejto do texto fosse a venda do livro e não a montagem. Tudo bem… vamos seguindo… Inês Peixoto, on outubro 17th, 2012 at 12:50 Said: Excelentes sugestões, Eduardo! Temos que mergulhar cada vez mais fundo na obra de Pirandello! http://www.grupogalpao.com.br/blog/2012/09/preparativos-para-a-montagem-dos-gigantes/

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

TEATRO Destino e livre-arbítrio de mãos dadas Leia a entrevista com o diretor Gabriel Villela, que traz sua versão de “Macbeth”, só com homens, ao Teatro Bom Jesus de sexta a domingo (26 a 28 de outubro) 1 Publicado em 23/10/2012 | HELENA CARNIERI Fale conosco Comunicar erros RSSImprimirEnviar por emailReceba notícias pelo celularReceba boletinsAumentar letraDiminuir letra O diretor Gabriel Villela começou o relacionamento com Shakespeare montando “Romeu e Julieta” em 1992, com o Grupo Galpão. Estreou em Curitiba, em 2011, “Sua Incelença, Ricardo III”, sobre o sanguinário monarca inglês que, assim como “Macbeth”, promove uma chacina ao seu redor. Esse último (chamado por muitos de o monarca escocês, para evitar pronunciar o nome que a lenda diz dar azar) é interpretado por Marcelo Antony na versão que Villela mostra em Curitiba neste fim de semana. Acompanhe a entrevista concedida por telefone à Gazeta do Povo: Como você retrata o destino em “Macbeth”? Saiba mais Ouça entrevista de Marcello Antony sobre Macbeth É impossível não tratar do destino e do livre- arbítrio em Shakespeare, eles estão de mãos dadas. Em “Macbeth” ele foi tratado a partir de uma escola estetizante da narrativa: os atores trazem a essência dos personagens, mas o relatam para a plateia. E quem opera o trágico é o espectador. Cada um tem a sua leitura. Como você caracteriza as três irmãs que lançam as profecias? Um fato curioso antropológico é a peça ser feita só com elenco masculino. Quis pensar como eram esses personagens tão bizarros e trágicos. Tirei o caráter dramático das bruxas, ainda que sejam melodramáticas. São drag queens que surgem tricotando o tempo inteiro: uma fia, a outra tece e a outra corta [o destino] ao redor de Macbeth. O tricô está ligado ao conceito de trama, de urdidura, que é uma palavra tão cara ao teatro... e isso é materializado num totem feito por três teares de origem judaico-cristã, de Minas Gerais. Elas soltam fibras de cima abaixo como numa grande cascata, no centro da cena. No final, Macbeth entra no totem e se defende com as linhas... é a simbologia do mito. Utilizando drag queens, sobra algum traço de humor? Sim, e tem crítico que me xinga até... eles fazem personagens bem brincalhonas. Como eu não podia trabalhar com mulheres, exagerei na medida das bruxas. O personagem Banqo diz ‘que bichos são esses’... Você vai continuar montando Shakespeare? Queria fazer sempre Shakespeare. Mas agora estou fazendo com o Grupo Galpão uma peça de Pirandello, “O Gigante da Montanha”. Deve estrear em junho de 2013. E estamos viajando com “Romeu e Julieta”, que agora está no Rio. E os Clowns de Shakespeare estão embarcando para a Espanha com “Sua Incelença, Ricardo III”, e depois vão para Moscou. http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=1310390&tit=Destino-e-livre-arbitrio-de-maos-dadas
SEXTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO DE 2012 "Sua Incelença, Ricardo III" está em Mossoró O Grupo Clowns de Shakespeare está de volta ao estado após temporada de um mês em São Paulo com o espetáculo “Sua Incelença, Ricardo III” pelo Circuito SESC de Teatro 2012. O espetáculo, que já circulou grande parte do país, chega a Mossoró neste final de semana, com apresentação única no domingo, dia 26, no Hotel VillaOeste, às 20 horas. A apresentação é gratuita e faz parte do projeto Circulação Ricardo III, patrocinado pelo ProCultura da Funarte. 1 m Gaudencio Torquato ‏@GaudTorquato @FatorRRH Vimos, aqui em SP, sexta passada no Teatro Abril. Um show. Orgulho do RN Fonte e foto: Assessoria Leia também: Nunca mais se falou nisso Ricardo Motta em Bento Fernandes Henrique em Mossoró Ricardo Motta participa de movimentações políticas pelo interior http://www.fatorrrh.com.br/2012/08/sua-incelenca-ricardo-iii-esta-em.html
http://www.youtube.com/watch?v=CrKRCUHnGCU
Flipipa termina com teatro, música e poesia Publicação: 25 de Novembro de 2012 às 23:15 imprimircomentarenviar por e-emailreportar erroscompartilhartamanho do texto A+ A- Por Cinthia Lopes - Editora do Viver Colaborou: Yuno Silva - repórter Shakespeare encontrou o sertão de Luiz Gonzaga, que por sua vez foi desaguar na Bahia de Jorge Amado e ancorar lá nos pampas de Luís Fernando Veríssimo. Foi mais ou menos essa costura que se alinhavou a última noite do Festival Literário da Pipa-Flipipa, encerrado no último sábado (24). Nessa equação, entre mesa improvisada para Veríssimo e um tempero emotivo, alguns pontos foram a favor da dramaturgia. Um deles foi a passagem apoteótica do grupo Clowns de Shakespeare, que levou uma pequena multidão à Pipa no sábado para ver "Sua Incelença, Ricardo III". Foi a primeira apresentação após a extensa turnê do grupo pelo Brasil, Espanha e Chile e toda aquela repercussão no centro-sul. A previsão para o terceiro e último dia do Flipipa, o mais regular dentre os três dias de programação, foi confirmada: faltou chão para quem quis acompanhar as atividades do festival literário de perto. Na arena montada pelo Sesc/Flipipa, nos fundos da tenda literária, o público ocupou três arquibancadas mais o chão; e quem não conseguiu vaga se arranjou em pé nas grades laterais. Era gente saindo "pelo ladrão". De senhorinhas à crianças, boa parte de turistas e natalenses aproveitando a oportunidade de ver a peça premiada por aqui. Para quem perdeu, haverá mais uma chance. O Sesc cogita uma apresentação de "Sua Incelença" em Pirangi, durante o veraneio 2013. Será um pouco antes da estreia de Hamlet (nova adaptação dos Clowns, com direção de Marcio Aurelio) prevista para o final de janeiro, segundo me disse o ator César Ferrário. Essa estreia deverá ser no Teatro Santa Isabel, no Recife. Depois Hamlet ganhará dez apresentações no Barracão dos Clowns. ENTRE O PALCO E A TENDA Atores tinindo em seus papeis arrancaram risos do público a cada cena. Ao mesmo tempo em que uma plateia encantava com essa tragicomédia shakespeareana, numa adaptação que transpôs a Inglaterra elisabetana para os terrenos áridos de um sertão de tons medievais e ciganos, outra se comovia com o itinerário lírico de Bené Fonteles e sua reverência à poesia e à figura mítica de Luiz Gonzaga. Era "casa" cheia na peça e tenda ocupada no mesmo horário. Apesar de não ter sido algo previamente programado, as atividades simultâneas mostraram que a receita é viável e pode ser repetida nas próximas edições. Com certeza atraiu muito mais gente para o festival. saiba mais Flipipa abre espaço para o teatro e a dramaturgiaLiteratura underground, ficção e experimentos dominaram o segundo dia do FlipipaSarau para Veríssimo no FlipipaFlipipa abre espaço para debates sobre o jornalismoFlipipa: sol, mar e livros Flipipa 2012 - primeiro dia (quinta, 22) Flipipa 2012 - segundo dia (sexta, 23) Flipipa 2012 - terceiro dia (sábado, 24)Na tenda, Bené leu um texto extenso e muito bonito sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga, e abriu parênteses para contar histórias sobre o velho Lua, suas muitas ramificações com outros artistas, os melhores parceiros "cheirando a bode" (aqueles que se dedicaram a fazer a música um porta-voz da vida sertaneja) e o legado que deixou a movimentos musicais como a Tropicália. Houve o momento interativo na fala do pesquisador pernambucano Paulo Vandeley com exibição de vídeo e página virtual dedicada ao Rei do Baião. No final, ainda nesse transe poético, Bené Fonteles cantou, à capela, a música "Boiadeiro", sugerindo todos que fechassem os olhos numa espécie de oração: "Vai boiadeiro que a noite já vem/Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem..." Yuno Silva Bené FontelesAo lado do pernambucano Paulo Vanderley, Fonteles ressaltou como Rei do Baião contribuiu para a expansão da cultura nordestina pelo Brasil. "A música de Luiz Gonzaga funcionou como elemento de valorização da autoestima dos imigrantes nordestinos, discriminados na cidade grande e sem 'vidas secas'", parafraseou. "Ele elevou a cultura nordestina, e influênciou todos os grandes medalhões da MPB que estão aí até hoje. A obra conferiu imortalidade à Gonzagão", disse Bené. Já Paulo Vanderley, editor da página eletrônica www.luizluagonzaga.com.br, apresentou raridades do acervo disponível na internet: capas de revistas, reportagens, áudios, vídeos, detalhes dos discos gravados, letras de música, os principais parceiros e a biografia de Gonzagão ao alcance de alguns cliques. SARAU Quem foi no sábado apenas para ver Luís Fernando Veríssimo, uma celebridade que ultrapassa os meios literários, saiu de lá com a alma leve. Um sarau improvisado, a partir da participação de dois atores (Titina Medeiros e Nelson Xavier), o jornalista Cassiano Arruda e a escritora Ana Miranda, conseguiu o inesperado. Manter uma tenda cheia sem a presença de Veríssimo. No camarim, o curador do Flipipa Dácio Galvão sugeriu aos convocados os poemas do livro "Poesia numa hora dessas!" Rogério Vital Sarau para Luiz Fernando Veríssimo, com Cassiano Arruda, Titina Medeiros, Nelson Xavier e Ana MirandaAlguns minutos após encerrada a palestra de Ana Miranda e Napoleão Paiva, os quatro convocaram o público a entrar no clima de sarau. A primeira da mesa a falar/ler foi Titina Medeiros, que aproveitou a deixa para passar batom diante da plateia insinuando que era para dar rosto ao poema "Armário", que Veríssimo dedicou à sua esposa. Depois veio Ana Miranda, que brincou com o jeito lacônico do amigo de longa data. Nelson Xavier encerrou com o divertido poema "Deus nos Livre": "Deus nos livre dos bêbados que confidenciam. Deus nos livre das mulheres que miam. Deus nos livre de um dia acordar de ressaca, sair da cama e descobrir que estamos no palco do Teatro Municipal lotado."http://tribunadonorte.com.br/noticia/flipipa-termina-com-teatro-musica-e-poesia/237535 Publicidade