segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Peça de teatro 'Boca de Ouro' com Malvino Salvador chega a Campinas

Ingressos para apresentações, que começam no dia 3 de novembro, já estão à venda com valores a partir de R$ 25.

Por G1 Campinas e Região
 
Malvino Salvador e Lavinia Panuzio em Malvino Salvador e Lavinia Panuzio em
Malvino Salvador e Lavinia Panuzio em "Boca de Ouro" (Foto: João Caldas)
Os ingressos para o espetáculo "Boca de Ouro", com Malvino Salvador, estão à venda para as apresentações da peça em Campinas (SP). Com valores que vão de R$ 25 a R$ 100, as entradas para o espetáculo que acontece dos dias 3 a 12 de novembro podem ser adquiridas na bilheteria do teatro ou pela internet.
A peça conta a história do bicheiro Boca de Ouro, vivido por Malvino, que ganhou esse apelido porque trocou todos os dentes por uma dentadura de ouro. Depois de ser assassinado, ele tem o passado investigado por um repórter.https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/peca-de-teatro-boca-de-ouro-com-malvino-salvador-chega-a-campinas.ghtml

Serviço

  • Espetáculo "Boca de Ouro" com Malvino Salvador
  • Local: Teatro Iguatemi, que fica na Avenida Iguatemi, número 777 no bairro Vila Brandina - 3º piso do Iguatemi Campinas
  • Quando: de 3 a 12 de novembro
  • Horário: sextas às 21h; sábados às 21h30 e domingos às 19h.
  • Ingressos com valores a partir de R$ 25

Boca de Ouro – Malvino Salvador e Mel Lisboa interpretam clássico de Nelson Rodrigues em Ribeirão

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© João Caldas Fº
Um dos grandes clássicos de Nelson Rodrigues, “Boca de Ouro” vai desembarcar no Theatro Pedro II em 15 de novembro com Malvino Salvado, Mel Lisboa e grande elenco

O Teatro GT trará para Ribeirão Preto, no mês que vem, um dos grandes clássicos de Nelson Rodrigues: “Boca de Ouro” vai desembarcar no Theatro Pedro II em 15 de novembro, quarta-feira, feriado da Proclamação da República, com um elenco que conta com Malvino Salvador, Mel Lisboa, Claudio Fontana, Lavínia Pannunzio, Chico Carvalho, Cacá Toledo e Guilherme Bueno. A direção é do consagrado Gabriel Villela.
“Boca de Ouro” é um lendário bicheiro carioca, figura temida e megalomaníaca – também conhecido como o “Drácula de Madureira” – que tem esse apelido porque trocou todos os dentes por uma dentadura dourada. Quando é assassinado, seu passado é vasculhado por um repórter. Sua fonte é dona Guigui, a volúvel ex-amante do contraventor, uma mulher que, ao longo da peça, revela diferentes versões do bicheiro.
A sessão em Ribeirão Preto será às 19 horas do dia 15 de novembro, e os ingressos custam R$ 100 (plateia e frisa), R$ 50 (balcão nobre e balcão simples) e R$ 40 (galeria). A meia-entrada para estudantes e professores de escolas públicas e particulares (mediante apresentação de documento como carteirinha da instituição, boleto de mensalidade ou holerite), aposentados (com documento específico) e idosos acima de 60 anos (com cédula de identidade, o RG) será vendida a R$ 50, R$ 20 e R$ 40, respectivamente. Os sócios do Clube GT tem 50% de desconto mediante cartão.
Serão vendidos no guichê do Theatro Pedro II, na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, no Centro Histórico de Ribeirão Preto. Tem capacidade para receber 1.588 pessoas, mas parte foi interditada no ano passado pelo Corpo de Bombeiros por causa da altura do parapeito – hoje aceita até 1.300 espectadores. O telefone para mais informações é (16) 3977-8111. O espetáculo não é recomendado para menores de 14 anos devido ao horário.
Malvino Salvador é Boca de Ouro, Mel Lisboa e Claudio Fontana fazem o casal Celeste e Leleco, e Lavínia Pannunzio vive a transtornada Guigui, ao lado de Leonardo Ventura, que faz seu fiel e apaixonado marido, Agenor. Chico Carvalho é Caveirinha, o repórter rodriguiano, que carrega em si o olhar afiado e crítico do dramaturgo-jornalista, que durante anos trabalhou em Redações e conheceu ele próprio os vícios e contradições da imprensa. Chico também interpreta a grã-fina Maria Luiza. Cacá Toledo e Guilherme Bueno completam o elenco.
Jonatan Harold assume o piano desta gafieira carioca oferecendo a ambiência musical para Mariana Elisabetsky interpretar as canções imortalizadas por Dalva de Oliveira (1917-1972). Como toda a ação proposta por Nelson Rodrigues parte da mente contraditória de Dona Guigui, as diferentes narrativas da personagem são exploradas pelo encenador de forma muito diversa.
A cada versão de Guigui, a arena de Villela circula, ressaltando o espaço arquetípico convergente, assim como o salão circular de uma gafieira, ou um ciclo de vida que se encerra. Dentro das iconografias do subúrbio carioca, Gabriel se utiliza da simbologia do Candomblé e das mascaradas astecas no espetáculo.
A casa de Celeste e Leleco traz muitas representações de Orixás sincretizados. A figura de Iansã, (Guilherme Bueno) aparece toda vez que uma cena de morte acontece. Iansã faz a contrarregragem das mortes da estória. O Brasil cabe todo nesta arena: a política, as narrativas contraditórias, a libido, a festa da gafieira, o jogo do bicho, a fé e a música.
Retratos de uma época que nos mostram que o Brasil pouco mudou, e que nosso dramaturgo nascido em Pernambuco em 1912 e radicado no Rio de Janeiro, nunca foi tão atual. Além da direção, Gabriel Villela assina os figurinos e a cenografia. A iluminação é de Wagner Freire, a direção musical e preparação vocal são assinadas por Babaya e a espacialização e antropologia da voz por Francesca Della Monica. Os diretores assistentes Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo completam a equipe criativa.
As diferentes narrativas para um mesmo fato, impulsionadas pelos amplos aspectos psicológicos dos personagens, cerne da dramaturgia de “Boca de Ouro”, já foi anteriormente explorada em “Rashomon”, de Akira Kurosawa, filme que descreve um estupro e assassinato por meio dos relatos amplamente divergentes de quatro testemunhas.
Também inspirou “Assim é se lhe parece”, de Pirandello, na qual os depoimentos conflitantes da sogra e do genro sobre suas situações familiares geram curiosidade doentia nos moradores da cidade no interior da Sicília. Esta é a terceira montagem de Nelson Rodrigues feita por Gabriel Villela. Em 1994 ele montou “A Falecida”, com Maria Padilha no papel título, depois foi a vez de “Vestido de Noiva”, em 2009, protagonizado por Leandra leal, Marcello Antony e Vera Zimmerman.
Serviço
Espetáculo: “Boca Ouro”
Elenco: 
Malvino Salvador, Mel Lisboa, Claudio Fontana, Lavínia Pannunzio, Chico Carvalho, Cacá Toledo e Guilherme Bueno
Direção: Gabriel Villela
Quando:
 quarta-feira, 15 de novembro
Sessão: às 19 horas
Onde: Theatro Pedro II
Endereço: rua Álvares Cabral nº 370, Centro Histórico
Classificação: 14 anos
Ingressos
Plateia e frisa:
 R$ 100 e R$ 50 (meia)
Balcão nobre e balcão simples: R$ 50 e R$ 25 (meia)
Galeria:
 R$ 40 e R$ 20 (meia)
Vendas: guichê do Pedro II
Telefone:
 (16) 3977-8111
Fotos: João Caldas
Elenco de “Boca de Ouro” traz Malvino Salvador, Mel Lisboa, Claudio Fontana, Lavínia Pannunzio, Chico Carvalho, Cacá Toledo e Guilherme Bueno[
http://www.tribunaribeirao.com.br/site/boca-de-ouro-malvino-salvador-e-mel-lisboa-interpretam-classico-de-nelson-rodrigues-em-ribeirao/
“Boca de Ouro” é um lendário bicheiro carioca, figura temida e megalomaníaca – também conhecido como o “Drácula de Madureira”: usa uma dentadura dourada
Quando é assassinado, seu passado é vasculhado por um repórter: sua fonte é dona Guigui, a volúvel ex-amante do contraventor, uma mulher que, ao longo da peça, revela diferentes versões do bicheiro
“Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues, vai desembarcar no Theatro Pedro II em 15 de novembro, quarta-feira, feriado da Proclamação da República



http://www.campinas.com.br/cultura/2017/10/com-malvino-salvador-e-mel-lisboa-boca-de-ouro-chega-a-campinas

Com Malvino Salvador e Mel Lisboa, "Boca de Ouro" chega a Campinas

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Montagem do clássico de Nelson Rodrigues terá apresentações entre os dias 03 e 12/11, de sexta a domingo, no teatro Iguatemi
“Boca de Ouro”, tragicomédia de Nelson Rodrigues que narra em retrospecto a vida de um bicheiro carioca, chega a Campinas para curta temporada entre os dias 3 e 12 de novembro, de sexta a domingo, no teatro Iguatemi.

No elenco, Malvino Salvador, Mel Lisboa, Cláudio Fontana, Lavínia Pannunzio, Leonardo Ventura e Chico Carvalho. A direção é de Gabriel Villela, que monta pela terceira vez uma obra do dramaturgo.

Boca de Ouro (Malvino Salvador) é um lendário bicheiro carioca que ganhou esse apelido porque trocou todos os dentes por uma dentadura de ouro. Depois de ser assassinado, ele tem o passado investigado por um repórter. A fonte das informações sobre a vida dele é a dona Guigui (Lavínia Pannunzio), a volúvel ex-amante do contraventor e uma mulher que, ao longo da peça, revela diferentes versões do bicheiro.

Mel Lisboa e Claudio Fontana fazem o casal Celeste e Leleco. Leonardo Ventura interpreta Agenor, fiel e apaixonado marido de Guigui. Chico Carvalho é Caveirinha, o repórter que carrega o olhar afiado e crítico do dramaturgo-jornalista. Chico também interpreta a grã-fina Maria Luisa. Cacá Toledo e Guilherme Bueno completam o elenco. Jonatan Harold assume o piano oferecendo a ambiência musical para Mariana Elisabetsky interpretar canções imortalizadas por Dalva de Oliveira (1917-1972).

As diferentes narrativas de Dona Guigui são exploradas pelo diretor de forma muito diversa. A cada nova versão da história é ressaltado o espaço arquetípico convergente, como o salão circular de uma gafieira ou um ciclo de vida que se encerra.

Inspirado no subúrbio carioca, Gabriel Villela se utiliza da simbologia do candomblé e das máscaras astecas no espetáculo. A casa de Celeste e Leleco traz muitas representações de orixás sincretizados. A figura de Iansã (Guilherme Bueno), faz a contrarregragem das mortes da história, aparecendo toda vez que uma cena fatídica acontece.

O Brasil cabe todo nesta arena: a política, as narrativas contraditórias, a libido, a festa da gafieira, o jogo do bicho, a fé e a música. Retratos de uma época que mostra um Brasil que pouco mudou e também que o dramaturgo pernambucano, nascido em 1912, continua tão atual.

Serviço:

Teatro: "Boca de Ouro"
Local: Teatro Iguatemi - 3º piso do shopping Iguatemi. Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina – Campinas. (19) 3294-3166
Data: de 3 a 12 de novembro
Horário: sextas, às 21h; sábados, às 21h30; domingos, às 19h
Ingresso: 1º lote - entre R$ 25 e R$ 50
Vendas: bilheteria do teatro (de segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 12h às 20h) ou pela internet pelo site Ingresso Rápido 
 Publicado 30/10/2017 - 19h06 - Atualizado 30/10/2017 - 19h06
Por Delma Medeiros
Malvino Salvador vive o lendário bicheiro carioca Boca de Ouro
Patrícia Domingos/AAN
Malvino Salvador vive o lendário bicheiro carioca Boca de Ouro
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2017/10/entretenimento/497180-boca-de-ouro-e-uma-fabula-suburbana.htmlPUBLICIDADE
Um grande clássico do dramaturgo Nelson Rodrigues, 'Boca de Ouro', que teve sua primeira montagem em 1960, volta à cena pelo olhar do diretor Gabriel Villela e estreia na próxima sexta-feira curta temporada no Teatro Iguatemi Campinas. Estrelada pelo ator Malvino Salvador, a tragicomédia conta em retrospecto a vida de um bicheiro carioca temido e megalomaníaco que ganhou o apelido porque trocou todos os dentes por uma dentadura de ouro.
Malvino Salvador e o ator e produtor Cláudio Fontana participaram nesta segunda-feira (30) de uma coletiva para falar sobre o espetáculo, que começa por Campinas sua turnê pelo País, após temporada em São Paulo.
Fontana, que além de atuar, assina a direção de produção, explica que o projeto surgiu há três anos, numa parceria entre Villela, ele e o ator Marcelo Antony. Os três há trabalharam juntos nos espetáculos 'Macbeth' (de Shakespeare) e 'Vestido de Noiva' (de Nelson Rodrigues). “Por questão de agenda, o Marcelo não pode continuar e o Gabriel convidou o Malvino”, conta Fontana.
Para os atores, apesar de ter sido escrito em 1959, o texto de Nelson Rodrigues continua muito atual. “Esse texto é atemporal, fala de coisas que continuamos a vivenciar. Trata do ambiente jornalístico, de notícias distorcidas, deixando a dúvida se o que importa é a veracidade da notícia ou a forma como ela é contada”, coloca o ator.
A peça começa com o assassinato do bicheiro Boca de Ouro e a investigação feita pelo repórter Caveirinha (Chico Carvalho), que interpreta também a grã-fina Maria Luiza. Sua fonte de informações é a dona Guigui (Lavínia Pannunzio), ex-amante do contraventor e uma mulher que, ao longo da peça, revela diferentes versões sobre o bicheiro. “Na primeira versão, antes de saber que ele havia morrido, ela o descreve como um monstro, com raiva por ter sido abandonada por ele. Ao saber que ele morreu, surge a ex-amante saudosa que conta outra história, de um Boca de Ouro mais humano”, explica Salvador. “Como o marido de Guigui fica furioso com a reação dela e ameaça deixá-la, ela apresenta uma terceira versão. A peça traz a mesma história contada de três maneiras diferentes”, reforça Fontana, que vive Leleco, um malandro suburbano, casado com Celeste (Mel Lisboa). Além deles, integra o elenco Leonardo Ventura e Cacá Toledo.
Segundo Fontana, a montagem de Gabriel Villela carrega no gênero melodramático do texto de Nelson. “Um dos trunfos do espetáculo é sair da linguagem naturalista.” A peça se passa numa gafieira, onde uma trupe encena a história. A trilha é interpretada ao vivo pelo pianista Jonatan Harold, que cria a ambiência musical para Mariana Elisabetsky interpretar canções imortalizadas na voz de Dalva de Oliveira (1917-1972).
Além da direção, Gabriel Villela criou os figurinos e a cenografia.
“Na visão do diretor, os figurinos e cenários ajudam a criar uma fábula, o que dá aos atores inúmeras possibilidades. Ele abre o leque para metáforas poéticas. Por exemplo, Boca de Ouro é chamado de Drácula de Madureira e Gabriel lhe deu características meio vampirescas”, adianta Salvador. “Pelas simbologias, o diretor faz uma crítica social para mostrar a trajetória mítica do bicheiro.”
As diferentes narrativas de Dona Guigui são exploradas pelo diretor de forma muito diversa. A cada nova versão da história é ressaltado um espaço arquetípico específico. O diretor se vale também da simbologia do candomblé e de máscaras astecas no espetáculo. A casa de Celeste e Leleco traz muitas representações de orixás sincretizados. A figura de Iansã (Guilherme Bueno), faz a contra-regragem das mortes da história, aparecendo toda vez que uma cena fatal acontece.
“Esse convite foi um presentaço, um privilégio. Estava louco para voltar a fazer teatro e surgiu essa oportunidade. O texto é fantástico, o personagem maravilhoso, a equipe, a direção do Gabriel, calhou de dar tudo certo”, afirma Salvador, citando que este é seu “primeiro Nelson Rodrigues”. “Mas espero que seja o primeiro de vários outros.”
AGENDE-SE
O quê:
Quando: de 3 a 12/11, sextas, às 21h; sábados, às 21h30; e domingos, às 19h
Onde: Teatro Iguatemi Campinas (Avenida Iguatemi, 777, Vila Brandina, fone: 3294-3166)
Quanto: R$ 50,00 (primeiro lote - 104 ingressos) e R$ 100,00 (segundo lote); à venda na bilheteria do teatro (segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 12h às 20h) e pelo site www.ingressorapido.com

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Tragicomédia ‘Boca de Ouro’, de Nelson Rodrigues, terá apresentações em Campinas

By Cultura Carta Campinas / in CulturaTeatro / on quinta-feira, 26 out 2017 06:14 PM / 0 Comment
O espetáculo “Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues, fará curta temporada de apresentações em Campinas de 03 a 12 de novembro no Teatro Iguatemi.
“Boca de Ouro” é uma tragicomédia que narra em retrospecto a vida de um bicheiro carioca – temido e megalomaníaco. No elenco do espetáculo dirigido por Gabriel Villela está Malvino Salvador, Mel Lisboa, Cláudio Fontana, Lavínia Pannunzio, Leonardo Ventura e Chico Carvalho. As apresentações serão às 21h nas sextas-feiras, às 21h30 aos sábados e às 19h aos domingos.
Boca de Ouro (Malvino Salvador) é um lendário bicheiro carioca que ganhou esse apelido porque trocou todos os dentes por uma dentadura de ouro. Depois de ser assassinado, ele tem o passado investigado por um repórter. A fonte das informações sobre a vida dele é a dona Guigui (Lavínia Pannunzio), a volúvel ex-amante do contraventor e uma mulher que, ao longo da peça, revela diferentes versões do bicheiro.
Mel Lisboa e Claudio Fontana fazem o casal Celeste e Leleco. Leonardo Ventura interpreta Agenor, fiel e apaixonado marido de Guigui. Chico Carvalho é Caveirinha, o repórter que carrega o olhar afiado e crítico do dramaturgo-jornalista. Chico também interpreta a grã-fina Maria Luisa. Cacá Toledo e Guilherme Bueno completam o elenco. Jonatan Harold assume o piano oferecendo a ambiência musical para Mariana Elisabetsky interpretar canções imortalizadas por Dalva de Oliveira (1917-1972).
Além da direção, Gabriel Villela criou os figurinos e a cenografia. A iluminação é de Wagner Freire, a direção musical e preparação vocal são assinadas por Babaya e a espacialização e antropologia da voz por Francesca Della Monica. Os diretores assistentes Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo formam a equipe criativa.
As diferentes narrativas de Dona Guigui são exploradas pelo diretor de forma muito diversa. A cada nova versão da história é ressaltado o espaço arquetípico convergente, como o salão circular de uma gafieira ou um ciclo de vida que se encerra.
Inspirado no subúrbio carioca, Gabriel Villela se utiliza da simbologia do candomblé e das máscaras astecas no espetáculo. A casa de Celeste e Leleco traz muitas representações de orixás sincretizados. A figura de Iansã (Guilherme Bueno), faz a contrarregragem das mortes da história, aparecendo toda vez que uma cena fatídica acontece.
O Brasil cabe todo nesta arena: a política, as narrativas contraditórias, a libido, a festa da gafieira, o jogo do bicho, a fé e a música. Retratos de uma época que mostra um Brasil que pouco mudou e também o quanto o dramaturgo pernambucano, nascido em 1912, é atual.
Os ingressos custam R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia) no primeiro lote e R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia) no segundo e podem ser adquiridos pelo site www.ingressorapido.com.br ou na bilheteria do teatro, de segunda a sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 12h às 20h (Av. Iguatemi, 777 – Vila Brandina – 3º piso do Shopping Iguatemi Campinas). (Carta Campinas com informações de divulgação)
Ficha Técnica
Texto: Nelson Rodrigues.
Direção, Cenografia e Figurinos: Gabriel Villela.
Elenco: Malvino Salvador, Lavínia Pannunzio, Mel Lisboa, Claudio Fontana, Chico Carvalho, Leonardo Ventura, Cacá Toledo, Mariana Elisabetsky, Jonatan Harold e Guilherme Bueno.
Iluminação: Wagner Freire.
Direção Musical e preparação Vocal: Babaya.
Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Monica.
Pianista: Jonatan Harold.
Diretores assistentes: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo.
Foto: João Caldas Fº.
Produção executiva: Luiz Alex Tasso.
Direção de produção: Claudio Fontana.
Duração: 100min.
Classificação: 14 anos.
Acessibilidade: gratuidade a portadores de deficiência
“Boca de Ouro”
Data: de 03 a 12 de novembro, sempre de sexta a domingo.
Horário: sextas às 21h; sábados às 21h30 e domingos às 19h.
Local: Teatro Iguatemi 3º piso do Iguatemi Campinas
End: Av Iguatemi, 777 – Vila Brandina
Telefone: (19) 3294-3166 – www.teatrogt.com.br
 
Valores:
Primeiro lote: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)
Segundo lote: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada).
 
Vendas:
Bilheteria do Teatro: 3294-3166 (segunda a sábado das 10h às 22h | domingo das 12h às 20h)
Pela internet: www.ingressorapido.com.br
 http://cartacampinas.com.br/2017/10/tragicomedia-boca-de-ouro-de-nelson-rodrigues-tera-apresentacoes-em-campinas/
http://cartacampinas.com.br/2017/10/as-contradicoes-a-libido-o-jogo-do-bicho-a-fe-e-a-musica-se-encontram-em-boca-de-ouro-de-nelson-rodrigues/

As contradições, a libido, o jogo do bicho, a fé e a música se encontram em ‘Boca de Ouro’

By Cultura Carta Campinas / in Cultura SP / on domingo, 22 out 2017 10:00 AM / 0 Comment
Em São Paulo – Até o dia 29 de outubro, poderá ser visto no Tucarena – Teatro da PUC-SP, o espetáculo Boca de Ouro, com texto de Nelson Rodrigues, direção, cenografia e figurinos de Gabriel Villela.
Boca de Ouro é um lendário bicheiro carioca, figura temida e megalomaníaca, que tem esse apelido porque trocou todos os dentes por uma dentadura de ouro. Também é conhecido como o Drácula de Madureira. Quando Boca é assassinado, seu passado é vasculhado por um repórter. Sua fonte é dona Guigui, a volúvel ex-amante do contraventor, uma mulher que, ao longo da peça, revela diferentes versões do bicheiro.
Malvino Salvador é Boca de Ouro, Mel Lisboa e Claudio Fontana fazem o casal Celeste e Leleco, e Lavínia Pannunzio vive a transtornada Guigui, ao lado de Leonardo Ventura, que faz seu fiel e apaixonado marido, Agenor. Chico Carvalho é Caveirinha, o repórter rodriguiano, que carrega em si o olhar afiado e crítico do dramaturgo-jornalista, que durante anos trabalhou em Redações e conheceu ele próprio os vícios e contradições da imprensa. Chico também interpreta a grã-fina Maria Luiza. Cacá Toledo e Guilherme Bueno completam o elenco.
Jonatan Harold assume o piano desta gafieira carioca oferecendo a ambiência musical para Mariana Elisabetsky interpretar as canções imortalizadas por Dalva de Oliveira (1917-1972).
Como toda a ação proposta por Nelson Rodrigues parte da mente contraditória de Dona Guigui, as diferentes narrativas da personagem são exploradas pelo encenador de forma muito diversa. A cada versão de Guigui, a arena de Villela circula, ressaltando o espaço arquetípico convergente, assim como o salão circular de uma gafieira, ou um ciclo de vida que se encerra.
Dentro das iconografias do subúrbio carioca, Gabriel se utiliza da simbologia do Candomblé e das mascaradas astecas no espetáculo. A casa de Celeste e Leleco traz muitas representações de Orixás sincretizados. A figura de Iansã, (Guilherme Bueno) aparece toda vez que uma cena de morte acontece. Iansã faz a contrarregragem das mortes da estória.
O Brasil cabe todo nesta arena: a política, as narrativas contraditórias, a libido, a festa da gafieira, o jogo do bicho, a fé e a música. Retratos de uma época que nos mostram que o Brasil pouco mudou, e que nosso dramaturgo nascido em Pernambuco em 1912 e radicado no Rio de Janeiro, nunca foi tão atual.
Além da direção, Gabriel Villela assina os figurinos e a cenografia. A iluminação é de Wagner Freire, a direção musical e preparação vocal são assinadas por Babaya e a espacialização e antropologia da voz por Francesca Della Monica. Os diretores assistentes Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo completam a equipe criativa.
As diferentes narrativas para um mesmo fato, impulsionadas pelos amplos aspectos psicológicos dos personagens, cerne da dramaturgia de Boca de Ouro, já foi anteriormente explorada em Rashomon, de Kurosawa, filme que descreve um estupro e assassinato por meio dos relatos amplamente divergentes de quatro testemunhas, e também em Assim É Se Lhe Parece, de Pirandello, na qual os depoimentos conflitantes da sogra e do genro sobre suas situações familiares geram curiosidade doentia nos moradores da cidade no interior da Sicília.
Esta é a terceira montagem de Nelson Rodrigues feita por Gabriel Villela. Em 1994 ele montou A Falecida, com Maria Padilha no papel título, depois foi a vez de Vestido de Noiva, em 2009, protagonizado por Leandra leal, Marcello Antony e Vera Zimmerman.
As sessões do espetáculo acontecem às sextas e sábados às 21h e domingo às 18h30. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Boca de Ouro
Gênero: Tragicomédia
Temporada: 11/08 a 29/10/2017
Dias: Sex e Sáb 21h00, Dom 18h30
Duração: 100 minutos
Indicação de faixa etária: 14 anos
Local: TUCARENA – Teatro da PUC-SP
Rua Monte Alegre, 1024 (entrada pela Rua Bartira) – Perdizes – São Paulo – SP
Capacidade: 300 lugares
Ingressos: Sex R$50,00,Sáb e Dom R$ 50,00 a 70,00 – (Desconto de 50% para Estudantes e Maiores de 60 anos, Gratuidade a portadores de deficiência. )
Preço especial PUC-SP
R$ 15,00 (Para estudantes, professores e funcionários da PUC sob comprovação – número de ingressos limitado a 10% da lotação do teatro)
Acesso para pessoas com deficiência