sábado, 25 de maio de 2013

22/05/2013 10:44 - Atualizado em 22/05/2013 10:44 Grupo Galpão estreia "Os Gigantes da Montanha" sob a direção de Gabriel Villela Miguel Anunciação - Hoje em Dia Tweetar Guto Muniz/Divulgação Grupo Galpão estreia "Os Gigantes da Montanha" sob a direção de Gabriel Villela Como em todos os trabalhos do Galpão, cenografia e figurino recebem tratamento cuidadoso Seria especialmente confortável trabalhar com Gabriel Villela: além da alquimia complexa que ele instauraria em volta dos atores, para materializar o imaginário que o espetáculo requisita, seus trabalhos fluiriam. E assim, ficariam prontos bem antes dos prazos previstos. É o que acontece (de novo) com "Os Gigantes da Montanha", nova realização do Galpão, que estaria a caráter há mais de uma semana. Embora a estreia oficial aconteça nesta próxima quinta-feira (30), primeira das quatro datas que o grupo cumpre na Praça do Papa até 2/6. Cumprirá mais duas na semana seguinte, no Parque Ecológico da Pampulha, dias 8 e 9/6. Todas terão acesso grátis. Responsável por duas obras primas do repertório do Galpão, "Romeu e Julieta" e "A Rua da Amargura", Gabriel agrega a este colaboradores de outros trabalhos: além de Babaya (preparação vocal e texto), Ernani Maletta (arranjos, direção e preparação musical) e Wladimir Medeiros (luz), parceiros de longa estrada do grupo, juntou os colaboradores que o diretor encontrou em Natal, onde dirigiu o "Ricardo 3º" do grupo Clowns de Shakespeare. E profissionais daqui e de fora (Francesca della Monica, Beti Rabetti, Ivan Andrade, Marcelo Cordeiro), mistura que fermenta toda beleza que as fotos de Guto Muniz antecipam. Eleito entre cinco alternativas, o texto da peça é o último assinado pelo escritor italiano Luigi Pirandello (1867/1936), prêmio Nobel de Literatura de 1934. Escrito (pouco antes de morrer) em linguagem surreal, não linear, não realista, seu enredo enfatizaria a vitória da arte, da poesia, sobre a morte. E quase que obrigaria o leitor do texto, o espectador do espetáculo "a tomar um chá de cogumelo" para acompanhá-los. Em dois atos e duração de1h20,o espetáculo descreve a visita de uma trupe teatral decadente, encabeçada por uma atriz e condessa, a uma vila governada por um mago. A trupe vem exibir "A Fábula do Filho Trocado"... um texto que o próprio Luigi Pirandello escreveu. Francesca della Monica: o trabalho da voz em cena Há quatro anos, Francesca della Monica participou de outra montagem de "Os Gigantes da Montanha" na Itália. Porém, acredita nunca haver encontrado condições mais favoráveis à criação desta obra como aqui. A mesma qualidade dos profissionais envolvidos, o preparo e a inteligência dos atores. Este não é um aval qualquer: italiana, colaboradora frequente do núcleo teatral de Pontedera, Itália, onde Grotowski esteve abrigado até falecer, Francesca é uma respeitada autoridade em todo o mundo no que concerne à voz em cena. Parceira de Gabriel Villela em outros trabalhos, foi trazida a colaborar neste sobretudo por ser um trabalho para a rua (e palco também), circunstância à qual sua pesquisa teria muito a contribuir. Entre outros pressupostos, a "espacialidade da voz", a "antropologia da voz", sua pesquisa, auxilia na compreensão de que a presença física, a voz plena, comunicativa, não carece extrapolar. Recorrer ao grito como recurso de superação dos bloqueios que os condicionamentos sociais submeteriam os canais da expressão humana. Desde que todos os homens "começam a andar e a falar". Outra virtude fundamental desta montagem local de Pirandello (autor só esparsamente montado no país, atualmente), seria o apuro de linguagem alcançado, a substância dos grandes mitos que ela acomoda. E a "escolha maravilhosa das músicas" da trilha sonora, uma mescla de canções populares italianas e brasileiras. De poderoso fundo mitológico, como só as canções populares teriam. Qualidade que, diz Francesca, o escritor Marcel Proust afirmou que a música erudita nunca conseguiria ter. Nas ruas – como na Grécia antiga Antes da Praça do Papa, onde o Galpão já exibiu uma porção de espetáculos, este mais recente já obteve resposta positiva. Cumpriu sete sessões para estudantes do Plug Minas, no Horto, e surtiu aprovação. Previsto para estar bem mais vezes na rua que nos palcos (na proporção de 3 por 1), "Os Gigantes da Montanha" tem agenda movimentada após as sete apresentações em BH: irá ao Rio, São Paulo e Goiânia no segundo semestre, e aos festivais de Ouro Branco, Ouro Preto, Itabira, São João del-Rei, São José do Rio Preto/SP, Guaramiranga/CE e Garanhuns/PE. Segundo Gabriel, o espetáculo praticaria "uma mentira" ao subir a um palco. Foi feito para estar nas ruas e dimensionar o homem à natureza. Como era na Grécia antiga e como ocorre nesta peça de Pirandello. http://www.hojeemdia.com.br/pop/grupo-galp-o-estreia-os-gigantes-da-montanha-sob-a-direc-o-de-gabriel-villela-1.126335 Tags: Grupo Galpão | estreia | Os Gigantes da Montanha | Gabriel Villela | Praça do Papa | Teatro e Dança | Pop
Galpão estreia Os Gigantes da Montanha 22/05/13 Por: Priscila Armani, em Destaque, Espetáculos, Teatro | Nenhum comentário gigantes Os Gigantes da Montanha é uma adaptação de Pirandello marca volta de parceria de Gabriel Villela com o Grupo Galpão. http://www.mondobhz.com.br/3461-galpao-estreia-os-gigantes-da-montanha.html O Grupo Galpão estreia no dia 30 de maio, quinta-feira, o espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, do autor italiano Luigi Pirandello. A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994). A temporada de estreia em Belo Horizonte acontece na Praça do Papa, de 30 de maio a 2 de junho, quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Depois segue para o Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 8 e 9 de junho, sábado e domingo, às 18h. A entrada é gratuita. Após a montagem de dois espetáculos com textos do Tchékhov e adaptações de contos do autor russo para o cinema, o coletivo balzaquiano se propõe a uma nova ousadia: levar para a rua o verso erudito de Pirandello. Autor conhecido por seus questionamentos com relação ao fazer teatral e aos elementos da carpintaria cênica, conduzir Pirandello para fora dos limites do palco italiano se traduz em mais um instigante desafio para o Galpão. Os Gigantes da Montanha Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando multíplas leituras e interpretações. O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para celebrar o reencontro com o Galpão. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar “A Fábula do filho trocado” (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de “verdades que a consciência rejeita”, começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados “Os Gigantes da Montanha”, povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, “desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais”, e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. detalhes Espetáculo: Os Gigantes da Montanha Direção: Gabriel Villela Gênero: Romance Local: Praça do Papa e Parque Ecológico da Pampulha Data: 30, 31 de maio, 01 e 02 de junho; 08 e 09 de junho Ingressos: Entrada Gratuita Horário: Quinta, sexta e sábado - 20h; Domingo - 19h; Sábado e Domingo - 18h Avaliação: Sem Avaliação Mais de: Destaque, Espetáculos,
quarta-feira, 22 de maio de 2013 - 11h05 Atualizado em quarta-feira, 22 de maio de 2013 - 11h05 Galpão estreia fábula italiana ‘Os Gigantes da Montanha’, de Pirandello, terá seis apresentações gratuitas a partir da semana que vem, na Pampulha e na Praça do Papa. A música tem papel visceral no espetáculo / Guto Muniz | Divulgação A música tem papel visceral no espetáculoGuto Muniz | Divulgação MetroBH leitor.bh@metrojornal.com.br Uma companhia de teatro falida decide tentar a sorte em um vilarejo afastado, povoado por seres fantasmagóricos. Admirado com o trabalho dos atores, o poderoso mago dessa vila propõe um convite: pede ao grupo que permaneça para sempre naquele local. Uma oferta tentadora, mas que desagrada uma das atrizes, a condessa Ilse, interessada em levar a montagem para todos os cantos do mundo. A fábula “Os Gigantes da Montanha”, do premiado dramaturgo italiano Luigi Pirandello (1867-1936), já foi apresentada por diversas companhias mundo afora. Mas pelas mãos do grupo de teatro de Rua Galpão, ela ganha elementos do circo e referências à cultura mineira. “É um texto difícil, não linear, que avança contra o naturalismo e o realismo daquela época”, avalia o ator Eduardo Moreira. A história é uma alegoria sobre o papel e o lugar da arte e da poesia em um mundo cada vez mais apressado e materialista. A trupe topou o desafio de ultrapassar os limites do palco italiano e transpor a obra para um contexto mais popular. O cenário se destaca com grandes objetos de madeira. Já o figurino aposta nas cores, brilhos, bordados e adereços. Os atores também precisaram se esforçar com uma preparação vocal que começou em outubro e contou com o auxílio do ator Ernani Maletta e das cantoras Babaya e Francesca Della Monica. É que a encenação abusa de músicas ao vivo, com um repertório baseado em óperas populares e modernas – como “Ciao Amore” e “Bella Ciao”–, além de serestas típicas de Minas. Desfecho incompleto Em vida, Pirandello só escreveu os dois primeiros atos da peça. Antes de morrer, narrou ao filho como seria o trágico desfecho da história, sem roteirizar os diálogos. Dessa forma, cabe a cada companhia decidir a forma de levar o final da trama ao público. “Criamos esse terceiro ato à maneira do Galpão, seguindo as instruções deixadas pelo autor”, esclarece a atriz Inês Peixoto. Essa é a 21ª montagem do grupo e a terceira em parceria com o diretor Gabriel Villela – que colaborou em “A Rua da Amargura” (1994) e no icônico “Romeu e Julieta” (1992). Programe-se http://noticias.band.uol.com.br/cidades/minasgerais/noticia/?id=100000600255 Na Praça do Papa serão quatro apresentações, nos dias 30 e 31 de maio e 1º e 2 de junho. De quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 19h. Temporada no Parque Ecológico da Pampulha será nos dias 8 e 9 de junho, às 18h. As apresentações serão gratuitas.
"Os Gigantes da Montanha" Grupo Galpão estréia novo espetáculo "Os Gigantes da Montanha", direção de Gabriel Vilela A fábula “Os Gigantes da Montanha” narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. Escrita por Luigi Pirandello, a peça é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais. O Grupo Galpão estreia no dia 30 de maio, quinta-feira, o espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, do autor italiano Luigi Pirandello. A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994). A temporada de estreia em Belo Horizonte acontece na Praça do Papa, de 30 de maio a 2 de junho, quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Depois segue para o Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 8 e 9 de junho, sábado e domingo, às 18h. O acesso é gratuito. Classificação indicativa: livre. Após a montagem de dois espetáculos com textos do Tchékhov e adaptações de contos do autor russo para o cinema, o coletivo balzaquiano se propõe a uma nova ousadia: levar para a rua o verso erudito de Pirandello. Autor conhecido por seus questionamentos com relação ao fazer teatral e aos elementos da carpintaria cênica, conduzir Pirandello para fora dos limites do palco italiano se traduz em mais um instigante desafio para o Galpão. Peça “Os Gigantes da Montanha” Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando multíplas leituras e interpretações. O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para celebrar o reencontro com o Galpão. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes. A peça termina com os atores da companhia carregando o corpo da atriz na mesma carroça em que chegaram à primeira cena. “Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam. Espetáculo: “Os Gigantes da Montanha” Local: Praça do Papa e Parque Ecológico da Pampulha Endereço: Belo Horizonte/MG Data: 30, 31 de maio, 1º e 2 de junho (Praça do Papa) 8 e 9 de junho (Parque Ecológico da Pampulha) Horário: Quinta, sexta e sábado - 20h, Domingo - 19h (Praça do Papa) Sábado e domingo - 18h (Parque Ecológico da Pampulha) Classificação etária: livre Duração: - Ingressos: Gratuíto Informações: - http://www.caleidoscopio.art.br/espetaculos/grupo-galpao.html
De volta à rua Com obra de vencedor do nobel, Grupo Galpão e Gabriel Villela retomam parceria Enviar por e-mail Imprimir Aumentar letra Diminur letra Fonte Normal Mais Notícias http://www.otempo.com.br/pampulha/almanaque/de-volta-%C3%A0-rua-1.650986 Grupo Galpão Os gigantes do asfalto Maturidade. A preparação vocal deu aos atores um novo jeito de tratar a palavra PUBLICADO EM 25/05/13 - 3h0 Jessica Almeida O espetáculo que marca o reencontro entre Grupo Galpão e Gabriel Villela é também um convite para que o espectador “tome um chá de cogumelo”. A expressão é uma brincadeira que o próprio diretor faz para explicar como o texto de “Os Gigantes da Montanha”, do italiano Luigi Pirandello (1887-1936), é não-linear e vai contra os princípios do realismo e do naturalismo. Passados quase 20 anos de sua última parceria formal, companhia e diretor retornam à praça do Papa e apresentam aos belo-horizontinos, de quinta (30) a domingo (2), seu mais novo trabalho. Deixada inconclusa por Pirandello, que morreu de uma forte pneumonia antes de finalizá-la, a peça acabou sendo uma oportunidade para que a equipe desenvolvesse uma forma de colori-la a seu próprio modo. Tomando como ponto de partida a chegada de uma companhia de teatro decadente a uma ilha cheia de mistérios e governada por um mago, são trazidas à cena discussões sobre o valor do teatro, em sua dimensão artística e poética, num mundo tomado pelo pragmatismo. A música é um elemento fundamental para trazer para a rua e tornar o verso erudito de Pirandello popular. Cantadas e tocadas pelos próprios atores, canções italianas receberam arranjos novos, e ajudam a criar o ambiente onírico do espetáculo. Assim como o cenário, feito em madeira de demolição, e os figurinos, concebidos especialmente para apresentações à noite. Parcerias O desenvolvimento do projeto contou ainda com mais alguns convidados. Entre eles, a performer e musicista italiana Francesca Dell Monica, que orientou os atores numa pesquisa sobre antropologia da voz. “Quando aprendemos a falar e a andar, entramos no mundo das convenções e aí começamos a nos reprimir. O trabalho da Francesca é justamente esse: ativar memórias corporais quebrando esses bloqueios que vamos acumulando ao longo da vida, para ampliar a capacidade de expressão e chegar ao outro com mais presença”, explica o preparador musical Ernani Maletta. Para complementar o elenco, os atores-cantores Regina Souza e Luiz Rocha também vieram somar-se ao grupo. Integrante da banda Todos os Caetanos do Mundo, Luiz encontrou, no convite, uma motivação. “Eu estava a ponto de desistir de ser ator e me dedicar só à música, quando recebi o convite do Galpão e posso dizer que trabalhar com eles deu novo fôlego à minha carreira”, conta. Cronograma Cumprido Aquele estresse dos momentos finais, tão comum quando a data de algum evento importante se aproxima e as coisas ainda não estão no seu lugar, passou longe dos portões da companhia. Com tudo pronto um mês antes da estreia e até um número razoável de ensaios abertos realizados (foram sete, na sede do Plug Minas, centro de formação de jovens, do Governo de Minas), os últimos dias ficam apenas por conta de arremates. A equipe dá os créditos ao diretor Gabriel Villela. “Na peça, tem um personagem que é o Mago Cotrone. Nós gostamos de brincar que ele é o ‘Gabrione’, por conta da sua capacidade de harmonizar tantos elementos. Ele é um grande mago”, brinca a atriz Inês Peixoto. O diretor, por sua vez, devolve o elogio a eles. “Há muito planejamento, envolvimento e muito conhecimento técnico e teórico da parte de todos os envolvidos”. Grupo Galpão Os Gigantes da Montanha, com direção de Gabriel Villela Praça do Papa (Mangabeiras). Dias 30 (quinta) a 1º (sábado), às 20h e 2 (domingo), às 19h. Entrada franca
Grupo Galpão estreia “Os Gigantes da Montanha” em BH por Ameixa Japonesa 23/05/2013 http://ameixajaponesa.com.br/2013/05/23/grupo-galpao-estreia-os-gigantes-da-montanha-em-bh/ O Grupo Galpão estreia no dia 30 de maio, quinta-feira, o espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, do autor italiano Luigi Pirandello. A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994). grupo galpao A temporada de estreia em Belo Horizonte acontece na Praça do Papa, de 30 de maio a 2 de junho, quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Depois segue para o Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 8 e 9 de junho, sábado e domingo, às 18h. O acesso é gratuito! Classificação indicativa: livre. Mais informações: http://bit.ly/13IUFPS
http://romamidialivre.com.br/plus/modulos/agenda/?id=2940 Grupo Galpão estreia novo espetáculo "Os gigantes da montanha" é baseado na obra do dramaturgo Luigi Pirandello 22 de maio de 2013 | 11h 21 - Autor(a) Redação* Tweetar Guto Muniz Espetáculo "Os gigantes da montanha" Espetáculo "Os gigantes da montanha" Criar um diálogo entre o campo mágico, dominado por poesia e subjetividade, e a realidade, regida por um mundo técnico e pragmático, é um dos desafios do Grupo Galpão, com o espetáculo “Os gigantes da montanha”. Escrita pelo dramaturgo Luigi Pirandello (1867-1936), a peça faz uma reflexão metalinguística sobre o valor do teatro no mundo moderno e marca o retorno de Gabriel Villela ao Grupo Galpão, após 19 anos do último projeto, “A rua da amargura” (1994). Com apresentações entre os dias 30 de maio a 2 de junho (quinta à sábado, às 20h, e domingo, às 19h) e dias 8 e 9 de junho (sábado e domingo, às 18h), “Os gigantes da montanha” tem o objetivo de levar ao público, versos eruditos peculiares nas fábulas do escritor italiano. “O teatro de rua é para dividir os horizontes, se comunicar com o nosso público. Queremos promover essa mágica de som e imaginação em um lugar aberto”, explica o diretor Gabriel Vilela, na coletiva de apresentação do espetáculo. Para ele, a complexidade da obra de Pirandello está apenas na linguagem. Ela perpassa o intelecto para ser uma representação fidedigna da cultura popular italiana. “Não é um texto realista, muito menos naturalista, que eram as principais tendências daquela época. A fábula vai para o mundo do surrealismo lírico, que obriga quase sempre o espectador a viajar por esse mundo mágico. Diria que o espetáculo é a vitória da arte sobre a morte, a vitória da poesia sobre a morte”. Responsável pela espacialização da voz dos atores, a musicista italiana, Francesca Della Monica, também ressalta o caráter híbrido da peça, que oscila entre a linguagem erudita e a popular. “Pirandello teve a capacidade de conseguir aproximar a beleza da linguagem com a cultura popular italiana. Essa dinâmica refinada e elaborada é o que faz das obras Pirandello serem o que elas são”. Guto Muniz A peça Os Gigantes da Montanha retrata a história de uma companhia de teatro em franca decadência e falida que chega a uma vila isolada do mundo, governada pelo mago Cotrone. O grupo de atores vive em estado de miséria, devido à obsessão da condessa Ilse em montar uma peça chamada “A fábula do filho trocado”. Nesse mundo mágico, os atores encontram a solução para a companhia montar o espetáculo. Cotrone começa a construir os personagens que faltam e propõem que a trupe permaneça na vila para sempre. A partir disso, a peça se desdobra com o embate entre a companhia e os gigantes da muralha, povo que vive nas redondezas da vila e que não valoriza a arte e a poesia. A trilha Além do treinamento vocal que os atores passaram durante meses, a peça traz a relação intrínseca das artes cênicas com a música. Gabriel Villela e o Galpão optam por canções, ao vivo, tocadas e cantadas pelos atores, semelhante a um musical. Para compor o repertório da peça foram selecionadas canções italianas populares e modernas. Serviço Evento: espetáculo “Os gigantes da muralha” Data: de 30 de maio a 2 de junho e 8 e 9 de junho Horário: de 30 de maio a 2 de junho (quinta, sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h). Dias 8 e 9 de junho (sábado e domingo, às 18h) Local: nos dias 30, 31 de maio e 1º e 2 de junho, na Praça Governador Israel Pinheiro (Praça do Papa), Mangabeiras. Nos dias 8 e 9 de junho, no Parque Ecológico da Pampulha Ingressos: acesso gratuito Informações: (31) 3463-9186 *Colaborou Gabriel Gama
Os Gigantes da Montanha | Praça do Papa e Parque Ecológico da Pampulha | 30 maio de 2013 Os Gigantes da Montanha Local Praça do Papa e Parque Ecológico da Pampulha Data 30 maio de 2013 O Grupo Galpão estreia no dia 30 de maio, quinta-feira, o espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, do autor italiano Luigi Pirandello. A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994). A temporada de estreia em Belo Horizonte acontece na Praça do Papa, de 30 de maio a 2 de junho, quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Depois segue para o Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 8 e 9 de junho, sábado e domingo, às 18h. O acesso é gratuito. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. Escrita por Luigi Pirandello, a peça é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais. Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções italianas, popular e moderna. “Ciao Amore”, “Bella Ciao” e outras músicas ganham novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica da montagem e serão executadas ao vivo. ELENCO Antonio Edson - Cromo Arildo de Barros - Conde Beto Franco - Duccio Doccia / Anjo 101 Eduardo Moreira - Cotrone Inês Peixoto - Condessa Ilse Júlio Maciel – Spizzi / Soldado Luiz Rocha (ator convidado) - Quaquèo Lydia Del Picchia - Mara-Mara Paulo André - Batalha Regina Souza (atriz convidada) – Diamante / Madalena Simone Ordones - A Sgriccia Teuda Bara - Sonâmbula 30, 31 de maio e 1º e 2 de junho quinta, sexta e sábado às 20h, domingo às 19h Local: Praça do Papa 8 e 9 de junho de 2013 sábado e domingo às 18h Local: Parque Ecológico da Pampulha Classificação: livre Entrada franca Fonte: Romã Mídia Livre
BH: Galpão estreia "Os Gigantes da Montanha" espetáculo com direção de Gabriel Villela Fonte: Grupo Galpão Cine Horto Direção: Gabriel Villela Classificação: livre Sinopse: A fábula “Os Gigantes da Montanha” narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. Escrita por Luigi Pirandello, a peça é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais. GRUPO GALPÃO estreia espetáculo com direção de GABRIEL VILLELA O Grupo Galpão estreia no dia 30 de maio, quinta-feira, o espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, do autor italiano Luigi Pirandello. A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994). A temporada de estreia em Belo Horizonte acontece na Praça do Papa, de 30 de maio a 2 de junho, quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Depois segue para o Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 8 e 9 de junho, sábado e domingo, às 18h. O acesso é gratuito. Classificação indicativa: livre. Após a montagem de dois espetáculos com textos do Tchékhov e adaptações de contos do autor russo para o cinema, o coletivo balzaquiano se propõe a uma nova ousadia: levar para a rua o verso erudito de Pirandello. Autor conhecido por seus questionamentos com relação ao fazer teatral e aos elementos da carpintaria cênica, conduzir Pirandello para fora dos limites do palco italiano se traduz em mais um instigante desafio para o Galpão. Peça “Os Gigantes da Montanha” Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando multíplas leituras e interpretações. O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para celebrar o reencontro com o Galpão. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes. A peça termina com os atores da companhia carregando o corpo da atriz na mesma carroça em que chegaram à primeira cena. “Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam. 30, 31 de maio, 1º e 2 de junho Quinta, sexta e sábado - 20h Domingo - 19h Praça do Papa Acesso Gratuito 8 e 9 de junho Sábado e domingo - 18h Parque Ecológico da Pampulha Acesso Gratuito http://www.grupogalpao.com.br/port/noticias/noticia.php?chave=notKd1K75
http://www.correiodeuberlandia.com.br/emsociedadeporsoniasampaio/ Galpão O cultuado Grupo Galpão retorna a Uberlândia no próximo dia 15. O grupo estreará aqui o espetáculo “Os gigantes da montanha”. A boa nova é que, com o Galpão, vem Gabriel Vilela, um dos mais importantes diretores teatrais do país, que já conduziu o Galpão em montagens como “Romeu e Julieta” e “A rua da amargura”. A apresentação será gratuita, no pátio do Teatro Municipal.

terça-feira, 21 de maio de 2013

21/05/2013 - Grupo Galpão estreia espetáculo com direção de Gabriel Villela O Grupo Galpão estreia no dia 30 de maio, quinta-feira, o espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, do autor italiano Luigi Pirandello. A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994). A temporada de estreia em Belo Horizonte acontece na Praça do Papa, de 30 de maio a 2 de junho, quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Depois segue para o Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 8 e 9 de junho, sábado e domingo, às 18h. O acesso é gratuito. Classificação indicativa: livre. Após a montagem de dois espetáculos com textos do Tchékhov e adaptações de contos do autor russo para o cinema, o coletivo balzaquiano se propõe a uma nova ousadia: levar para a rua o verso erudito de Pirandello. Autor conhecido por seus questionamentos com relação ao fazer teatral e aos elementos da carpintaria cênica, conduzir Pirandello para fora dos limites do palco italiano se traduz em mais um instigante desafio para o Galpão. Peça “Os Gigantes da Montanha” Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando multíplas leituras e interpretações. O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para celebrar o reencontro com o Galpão. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes. A peça termina com os atores da companhia carregando o corpo da atriz na mesma carroça em que chegaram à primeira cena. “Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam. Pirandello Nasceu em Agrigento (Sicília), em 1867. Pirandello considerava a atividade teatral menos importante em sua condição essencial de poeta (Mal Jucundo), romancista (O Falecido Matias Pascal, A Excluída, O Turno) e contista (364 escritos). Mas foi como teatrólogo, curiosamente, que Pirandello ganhou êxito. Das peças mais conhecidas estão “Henrique IV” e “Seis Personagens à Procura de Um Autor”, que abordam a natureza da loucura e da identidade. Em 1934, o escritor ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, por sua audaz renovação e questionamentos sobre a arte cênica e dramática. Com pinceladas de realidade à ficção, Pirandello explorava, em sua obra, a tradição elisabetana da “peça dentro da peça” e temas referentes aos bastidores da maquinaria cênica. Em 1936, o autor morre vítima de uma forte pneumonia. Música Gabriel Villela e o Galpão experimentam a música, ao vivo, tocada e cantada pelos atores, como um elemento fundamental na tradução do universo da fábula para o teatro popular de rua. Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções italianas, popular e moderna. “Ciao Amore”, “Bella Ciao” e outras músicas ganham novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica de “Os Gigantes da Montanha”. Para chegar a esse resultado, durante meses, os atores passaram por treinamento musical com parceiros antigos, como Babaya e Ernani Maletta, e por uma pesquisa sobre a antropologia da voz, com a performer e musicista, Francesca Dell Monica, que trabalha a partir da técnica de espacialização vocal. Cenário e Figurino A ponte Brasil – Minas - Itália é costurada pelas mãos antropofágicas de Gabriel Villela e seus assistentes de direção, Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro, que misturam referências diversas. Num mesmo caldeirão estão reunidas Sicília, Carmo do Rio Claro, macumba, magia, Commedia Del’Arte e circo- teatro, Vaudeville, Totó e Vicente Celestino, Ana Magnani e Procópio Ferreira, Mamulengo e ópera, festival de San Remo e seresta mineira. "Os Gigantes da Montanha" convida o público para um mergulho teatral que funde e sintetiza o brasileiro com o universal, o erudito com o popular, a tradição com a vanguarda. Um desafio à altura da trajetória de 30 anos de buscas e desafios do Galpão. Toda essa alquimia fica claramente representada nos figurinos e no cenário do espetáculo. Construído por madeira feita de demolição, o cenário de “Os Gigantes da Montanha” traz 12 mesas robustas, objetos, armários e cadeiras que se movimentam para elevar a encenação e caracterizar a atmosfera de sonho da fábula. Coloridos e brilhantes, concebidos especialmente para apresentações à noite, os adereços e figurinos do espetáculo carregam detalhes e referências do teatro popular, que surgem das ideias inventivas de Villela e das mãos criativas de seu parceiro antigo, José Rosa. Os bordados da costureira Giovanna Vilela realçam e dão toque especial ao acabamento das peças. Tecidos trazidos da Ásia, do Peru e de outros cantos do Brasil, pelo diretor, adornam as roupas. Velhas sombrinhas bordadas de “Romeu e Julieta” reaparecem e ganham nova função em “Os Gigantes da Montanha”, com efeitos que tornam a Vila de Cotrone, fantasmagórica e cheia de encantamentos. Gabriel e sua equipe também se utilizam de máscaras inspiradas na Commedia Del’Arte e fabricadas pelo artista natalense Shicó do Mamulengo, para trazer à encenação um aspecto burlesco e, ao mesmo tempo, sombrio. Galpão e Petrobras Há mais de 10 anos, o Grupo Galpão conta com o patrocínio da Petrobras. Foram muitos espetáculos montados, temporadas nacionais, turnês por todas as regiões do Brasil e presença em festivais proporcionados por essa parceria. Maior empresa brasileira e maior patrocinadora das artes e da cultura no país, a Petrobras sempre apostou no compromisso do Galpão: reinventar a vida através da arte, possibilitando ao maior número de pessoas a vivência do teatro como alegria e transformação. http://www.bheventos.com.br/noticias/5614/Grupo-Galpao-estreia-espetaculo-com-direcao-de-Gabriel-Villela.html
21/05/2013 13h03 - Atualizado em 21/05/2013 13h03 Com entrada franca, Galpão estreia 'Os gigantes da montanha' em BH Segundo diretor Gabriel Villela, popularizar texto de Pirandello foi desafio. Peça será encenada em praça, de 30/5 a 2/6, e em parque, dias 8 e 9/6. Alex Araújo Do G1 MG Tweet Grupo Galpão na montagem 'Os gigantes da montanha', de Luigi Pirandello (Foto: Guto Muniz / Divulgação) Popularizar o texto do italiano Luigi Pirandello em uma obra que todos entendam. Foi desta forma que o diretor Gabriel Villela descreveu o desafio de dirigir o espetáculo “Os gigantes da montanha”, que o Grupo Galpão estreia no próximo dia 30, em Belo Horizonte. “Não há uma linguagem linear porque há avanços do realismo e do naturalismo. É o surrealismo lírico. É um texto cujo tema é a vitória da arte e da poesia sobre a morte”, definiu. A fábula conta a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo mago Cotrone. A peça é uma alegoria sobre o valor do teatro, da poesia e da arte e a capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais. O ator Eduardo Moreira, que interpreta Cotrone, destacou a parceria do Galpão com Villela e relembrou que o grupo já trabalhou com o diretor em “Romeu e Julieta” (1992) e “A rua da amargura” (1994). “Essa parceria é extremamente importante para o Galpão”. Moreira destacou que o espetáculo é o 21º em mais de 30 anos de existência do grupo. “A gente se perguntou o tempo todo como o texto chegaria ao público, mas há elementos intensos como a música que toca além do intelecto”. A atriz Inês Peixoto, que faz a condessa Ilse, disse que o espetáculo faz referências à cultura mineira como os casarões e os móveis feitos em madeira. "Ao mesmo tempo, que tem o peso da madeira há a leveza das sombrinhas. Inês também destacou que o texto de Pirandello é mais atual do que nunca porque mostra a correria e a modernidade que permeiam o dia a dia. "A gente encena como se estivesse dentro de um circo. Há uma teatralidade exarcebada. A gente mergulha no teatro". Com relação à personagem, ela disse que foi um presente dado por Villela. Musicalidade Villela e o Galpão experimentam a música, ao vivo, tocada e cantada pelos atores, como um elemento fundamental na tradução do universo da fábula para o teatro popular de rua. Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções italianas, popular e moderna. “Ciao amore”, “Bella ciao” e outras músicas ganham novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica do espetáculo. Para chegar a esse resultado, durante meses, os atores passaram por treinamento musical com parceiros antigos, como Babaya e Ernani Maletta, e por uma pesquisa sobre a antropologia da voz, com a performer e musicista, Francesca Dell Monica, que trabalha a partir da técnica de espacialização vocal. A temporada de estreia em Belo Horizonte será na Praça do Papa, de 30 de maio a 2 de junho, quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Depois segue para o Parque Ecológico da Pampulha, nos dias 8 e 9 de junho, sábado e domingo, às 18h. O acesso é gratuito e a classificação é livre. Mais informações no site do Grupo Galpão. Atriz Inês Peixoto interpreta a protagonista condessa Ilse em 'Os gigantes da montanha' (Foto: Guto Muniz / Divulgação) ‘Os gigantes da montanha’ Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os gigantes da montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar a fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando múltiplas leituras e interpretações. O texto foi uma escolha de Villela para celebrar o reencontro com o Galpão. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na vila, representando apenas para si mesmos a “A fábula do filho trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os gigantes da montanha", povo que vive próximo da vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes. A peça termina com os atores da companhia carregando o corpo da atriz na mesma carroça em que chegaram à primeira cena. “Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam. Ator Eduardo Moreira interpreta o mago Cotrone (Foto: Guto Muniz / Divulgação) Pirandello Luigi Pirandello nasceu em Agrigento (Sicília), em 1867. Ele considerava a atividade teatral menos importante em sua condição essencial de poeta (Mal Jucundo), romancista (O Falecido Matias Pascal, A Excluída, O Turno) e contista (364 escritos). Mas foi como teatrólogo, curiosamente, que Pirandello ganhou êxito. Das peças mais conhecidas estão “Henrique IV” e “Seis personagens à procura de um autor”, que abordam a natureza da loucura e da identidade. Em 1934, o escritor ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, por sua audaz renovação e questionamentos sobre a arte cênica e dramática. Com pinceladas de realidade à ficção, Pirandello explorava, a tradição elisabetana da “peça dentro da peça” e temas referentes aos bastidores da maquinaria cênica. Em 1936, o autor morreu vítima de pneumonia. Villela e o Galpão experimentam a música, ao vivo, tocada e cantada pelos atores, como um elemento fundamental na tradução do universo da fábula para o teatro popular de rua. Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções italianas, popular e moderna. “Ciao amore”, “Bella ciao” e outras músicas ganham novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica de espetáculo. Para chegar ao resultado, durante meses, os atores passaram por treinamento musical com parceiros antigos, como Babaya e Ernani Maletta, e por uma pesquisa sobre a antropologia da voz, com a performer e musicista, Francesca Dell Monica, que trabalha a partir da técnica de espacialização vocal. Atores encenam espetáculo de Pirandello (Foto: Guto Muniz / Divulgação) Cenário e figurino A ponte Brasil-Minas-Itália é costurada pelas mãos de Villela e dos assistentes de direção, Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro, que misturam referências diversas. Em um mesmo caldeirão estão reunidas Sicília, Carmo do Rio Claro, macumba, magia, Commedia Del’Arte e circo-teatro, Vaudeville, Totó e Vicente Celestino, Ana Magnani e Procópio Ferreira, Mamulengo e ópera, festival de San Remo e seresta mineira. "Os gigantes da montanha" convida o público para um mergulho teatral que funde e sintetiza o brasileiro com o universal, o erudito com o popular, a tradição com a vanguarda. Um desafio à altura da trajetória de 30 anos de buscas e desafios do Galpão. Essa alquimia fica claramente representada nos figurinos e no cenário do espetáculo. Construído por madeira feita de demolição, o cenário traz 12 mesas robustas, objetos, armários e cadeiras que se movimentam para elevar a encenação e caracterizar a atmosfera de sonho da fábula. Coloridos e brilhantes, concebidos especialmente para apresentações à noite, os adereços e figurinos do espetáculo carregam detalhes e referências do teatro popular, que surgem das ideias inventivas de Villela e das mãos criativas de seu parceiro antigo, José Rosa. Os bordados da costureira Giovanna Vilela realçam e dão toque especial ao acabamento das peças. Tecidos trazidos da Ásia, do Peru e de outros cantos do Brasil, pelo diretor, adornam as roupas. Velhas sombrinhas bordadas de “Romeu e Julieta” reaparecem e ganham nova função na peça, com efeitos que tornam a Vila de Cotrone, fantasmagórica e cheia de encantamentos. Villela e equipe também se utilizam de máscaras inspiradas na Commedia Del’Arte e fabricadas pelo artista natalense Shicó do Mamulengo, para trazer à encenação um aspecto burlesco e, ao mesmo tempo, sombrio. Ficha técnica Elenco Antonio Edson - Cromo Arildo de Barros - Conde Beto Franco - Duccio Doccia / Anjo 101 Eduardo Moreira - Cotrone Inês Peixoto - Condessa Ilse Júlio Maciel – Spizzi / Soldado Luiz Rocha (ator convidado) - Quaquèo Lydia Del Picchia - Mara-Mara Paulo André - Batalha Regina Souza (atriz convidada) – Diamante / Madalena Simone Ordones - A Sgriccia Teuda Bara - Sonâmbula Equipe de criação Direção: Gabriel Villela Texto: Luigi Pirandello Tradução: Beti Rabetti Dramaturgia: Eduardo Moreira e Gabriel Villela Assistência de direção: Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro Preparação vocal e texto: Babaya Iluminação: Chico Pelúcio e Wladimir Medeiros Figurino: Gabriel Villela, Shicó do Mamulengo e José Rosa Cenografia: Gabriel Villela, Helvécio Izabel e Amanda Gomes http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/05/com-entrada-franca-galpao-estreia-os-gigantes-da-montanha-em-bh.html
17/05/2013 - 03h43 Grupo Galpão leva Luigi Pirandello para praça de BH LUCIANA ROMAGNOLLI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BELO HORIZONTE Finda a viagem realista guiada por textos do russo Anton Tchékhov (1860-1904), geradora de seus dois últimos espetáculos, o Grupo Galpão retorna à rua e à linguagem popular barroca do diretor Gabriel Villela para a primeira montagem inédita juntos em duas décadas, desde o afastamento após "A Rua da Amargura" (1994). Grupo e diretor mineiros preparam "Os Gigantes da Montanha", de Luigi Pirandello (1867-1936). O espetáculo deve estrear até o início de junho em Belo Horizonte. Em São Paulo, deve ser apresentado no segundo semestre. Qualquer impressão de que a peça leva o grupo à zona de conforto, contudo, se dilui diante da complexidade do texto derradeiro do Nobel italiano. "As fábulas do Pirandello não são fáceis de serem digeridas num espaço hostil como o do teatro de rua", diz Villela. Guto Muniz/Divulgação Cena da montagem "Os Gigantes da Montanha", baseada no texto de Luigi Pirandello, que deve estrear no próximo mês Escrita para exorcizar uma experiência malsucedida do autor com sua companhia Teatro d'Arte, mas interrompida por causa da morte de Pirandello, a peça traça em tons surreais o encontro de uma companhia destruída pela falta de público e pelas dívidas com um grupo de dissidentes sociais que aboliu a distinção entre real e ficção. "Como um dos homens mais importantes do século 20, Pirandello acompanha a saturação da arte e se questiona sobre qual a possibilidade de o teatro existir no mundo hoje", diz Eduardo Moreira, que interpreta Cotrane, líder dos que largaram o mundo material em busca da quimera da representação. Referências à cultura popular italiana conferem ao espetáculo a comunicação direta com o público que a prosa poética de Pirandello inibe, mas o Galpão almeja. MÁSCARAS Villela se serve da tradição das máscaras faciais do dramaturgo italiano Carlo Goldoni (1707-1793), construindo expressões assombrosas nos rostos de atores como Inês Peixoto, estrela da companhia destinada à tragédia. "Fizemos exercícios radicais para chegarmos a caras e bocas que não vemos no teatro hoje, porque uma escola russa realista e o cinema americano impuseram outro tipo de comportamento. Ativamos músculos que começam no pescoço e vão por toda face", diz o diretor. Entre as tradições populares italianas que aquecem a encenação do grupo há ainda solos musicais inspirados no romantismo do Festival de Sanremo, como "La Vita Mia", "Io Che Amo Solo Te" e outros temas do cancioneiro daquele país. "Os Gigantes da Montanha" será encenado na praça do Papa, ao pé da Serra do Curral, em Belo Horizonte. Um local simbólico por ter recebido 15 mil espectadores no fim de semana de reestreia do espetáculo "Romeu e Julieta", também do Grupo Galpão, em 2012. E também simbólico pela visão panorâmica da cidade, tal qual a montanha aludida no título do espetáculo. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/05/1279727-grupo-galpao-leva-luigi-pirandello-para-praca-de-bh.shtml NOVO ESPETÁCULO Trupe fará "Os Gigantes da Montanha" A retomada da parceria entre o diretor Gabriel Villela e o Galpão não se encerra na reestreia de "Romeu e Julieta". O diretor também assinará "Os Gigantes da Montanha", texto de Luigi Pirandello (1867-1936) que dará origem à nova montagem do grupo. O espetáculo marca os 30 anos de atividade do coletivo mineiro e tem previsão de estreia para o primeiro semestre de 2013. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/29951-trupe-fara-quotos-gigantes-da-montanhaquot.shtml ROTINA DE GIGANTE Nanda Rovere avisa em sua pagina na rede social: “O Grupo Galpão segue com uma rotina pesada de ensaios para a montagem do texto “Os Gigantes da Montanha”, de Luigi Pirandello. Desde meados de fevereiro, o diretor Gabriel Villela voltou a BH para continuar os ensaios. O Galpão dedica seis horas de trabalho diário ao treinamento vocal, aprimoramento das músicas e repetição de cenas. A equipe técnica também trabalha a todo vapor na confecção dos figurinos, adereços e do cenário”. Por falar nisso, a irmã de Gabriel, Giovanna Vilela (Diô) integra a equipe de figurino. http://www.clicfolha.com.br/noticia/20554/top-de-linha---carmo-do-rio-claro