sábado, 25 de maio de 2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013 - 11h05 Atualizado em quarta-feira, 22 de maio de 2013 - 11h05 Galpão estreia fábula italiana ‘Os Gigantes da Montanha’, de Pirandello, terá seis apresentações gratuitas a partir da semana que vem, na Pampulha e na Praça do Papa. A música tem papel visceral no espetáculo / Guto Muniz | Divulgação A música tem papel visceral no espetáculoGuto Muniz | Divulgação MetroBH leitor.bh@metrojornal.com.br Uma companhia de teatro falida decide tentar a sorte em um vilarejo afastado, povoado por seres fantasmagóricos. Admirado com o trabalho dos atores, o poderoso mago dessa vila propõe um convite: pede ao grupo que permaneça para sempre naquele local. Uma oferta tentadora, mas que desagrada uma das atrizes, a condessa Ilse, interessada em levar a montagem para todos os cantos do mundo. A fábula “Os Gigantes da Montanha”, do premiado dramaturgo italiano Luigi Pirandello (1867-1936), já foi apresentada por diversas companhias mundo afora. Mas pelas mãos do grupo de teatro de Rua Galpão, ela ganha elementos do circo e referências à cultura mineira. “É um texto difícil, não linear, que avança contra o naturalismo e o realismo daquela época”, avalia o ator Eduardo Moreira. A história é uma alegoria sobre o papel e o lugar da arte e da poesia em um mundo cada vez mais apressado e materialista. A trupe topou o desafio de ultrapassar os limites do palco italiano e transpor a obra para um contexto mais popular. O cenário se destaca com grandes objetos de madeira. Já o figurino aposta nas cores, brilhos, bordados e adereços. Os atores também precisaram se esforçar com uma preparação vocal que começou em outubro e contou com o auxílio do ator Ernani Maletta e das cantoras Babaya e Francesca Della Monica. É que a encenação abusa de músicas ao vivo, com um repertório baseado em óperas populares e modernas – como “Ciao Amore” e “Bella Ciao”–, além de serestas típicas de Minas. Desfecho incompleto Em vida, Pirandello só escreveu os dois primeiros atos da peça. Antes de morrer, narrou ao filho como seria o trágico desfecho da história, sem roteirizar os diálogos. Dessa forma, cabe a cada companhia decidir a forma de levar o final da trama ao público. “Criamos esse terceiro ato à maneira do Galpão, seguindo as instruções deixadas pelo autor”, esclarece a atriz Inês Peixoto. Essa é a 21ª montagem do grupo e a terceira em parceria com o diretor Gabriel Villela – que colaborou em “A Rua da Amargura” (1994) e no icônico “Romeu e Julieta” (1992). Programe-se http://noticias.band.uol.com.br/cidades/minasgerais/noticia/?id=100000600255 Na Praça do Papa serão quatro apresentações, nos dias 30 e 31 de maio e 1º e 2 de junho. De quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 19h. Temporada no Parque Ecológico da Pampulha será nos dias 8 e 9 de junho, às 18h. As apresentações serão gratuitas.

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