quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Arcênico
Palco, plateia e coxia
Gabriel Villela resgata Zé Vicente e “Hoje é dia de rock”
João Wady Cury
21 Setembro 2017 | 12h45



O diretor teatral Gabriel, por TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO
O teatro tem a capacidade única de reagir à mesmice, à tirania e expor o que nos foi escondido. É este o caminho escolhido pelo diretor mineiro, que está em Curitiba para sua próxima montagem, que estreia em 17 de novembro no Teatro Guaíra. A reação de Villela tem nome: Hoje É Dia de Rock, do dramaturgo José Vicente (1945-2007), símbolo do movimento de contracultura dos anos 60 e 70. É algo capaz de chacoalhar a cachola do vivente para o que realmente importa. “Vivemos momentos de ódio e polarização, em que energias negativas nos rondam. A mensagem que devemos passar pra moçada é outra: caiam fora disso, deixem o ódio de lado. Vamos jogar luz nas trevas”, diz Villela.
Mas todo dia é dia de rock. A peça de José Vicente marcou história. Estreou no Teatro Ipanema, no Rio, em 1971, pelas mãos de dois magos: Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque. Sobrou pouco para os outros. A dupla abalou os urdimentos do teatro nacional, permanecendo em cartaz por dois anos, com lotação esgotada. Não é pouco, ainda mais para aqueles anos 70 sob as garras do general Médici. Quem sabe a montagem de Gabriel Villela, inspirado pela dupla Corrêa-Albuquerque, nos traga elementos que somente a arte pode nos dar: ultrapassar o olhar banal e raso dos fatos que vivemos.
#hojeediaderock

http://cultura.estadao.com.br/blogs/arcenico/gabriel-villela-resgata-ze-vicente-e-hoje-e-dia-de-rock/

quinta-feira, 14 de setembro de 2017


EM NOVEMBRO TEM “BOCA DE OURO” COM O ATOR MALVINO SALVADOR

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Com direção de Gabriel Villela, o ator Malvino Salvador, Mel Lisboa e Claudio Fontana faz desembarcam em Ribeirão Preto com a peça “Boca de Ouro”. Um dos grandes clássicos de Nelson Rodrigues será apresentado no dia 15 de novembro, no Theatro Pedro II.
Um lendário bicheiro carioca, figura temida que tem esse apelido por ter trocado todos os dentes pela dentadura de ouro. Quando Boca é assassinado, seu passado é vasculhado por um repórter e sua fonte é dona Guigui, a volúvel ex-amante do contraventor, uma mulher que revela diferentes versões.

Serviço
Q
uando: 15/11 (quarta-feira), às 19hOnde: Theatro Pedro II – Rua Álvares Cabral 370, CentroQuanto: Plateia e frisa – Inteira: R$ 100,00 e meia entrada: R$ 50,00Balcão nobre e balcão simples – Inteira: R$ 50,00 e meia entrada: R$ 25,00Galeria – Inteira: R$ 40,00 e meia entrada: R$ 20,00Classificação: 14 anos



 http://julianarangel.news/2017/08/em-novembro-tem-boca-de-ouro-com-o-ator-malvino-salvador/
Foto: Cesar Alves/Globo

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

5 de setembro de 2017

Boca de Ouro de Gabriel Villela - Blog e-Urbanidade

Malvino Salvador é o Boca de Ouro
de Gabriel Villela
Foto: João Caldas
O que esperar do clássico Boca de Ourodirigido por Gabriel Villela? Batata! O encontro de dois universos próprios, de traços marcantes, na leitura do mundo e das artes cênicas. A montagem em cartaz no Tucarena, com o elenco afiado encabeçado por Malvino Salvador, Lavínia Pannunzio e Mel Lisboa, é de impressionar, mesmo não sendo possível esperar outro resultado ao ler nos créditos o nome do dramaturgo e do diretor. 

No palco a história do bicheiro Boca de Ouro (Malvino) assassinado e algumas versões dos fatos é contada, (re)contada e (des)contada durante a encenação. Assim, além de toda a verve rodriguiana, aqui o dramaturgo expõe como a realidade pode assumir contornos diferentes a partir do olhar e dos sentimentos do seu interlocutor. Inclusive como tudo pode virar espetáculo, mesmo diante da tragédia humana.

Dai, Gabriel faz a leitura do clássico a partir do seu olhar estético apurado, com referências mitológicas. Aqui ele apropria tanto da música carioca (e francesa) para marcar os dramas, como do frequente detalhismo, que lhe é peculiar, no figurino, iluminação e cenografia. Por fim, o texto impostado dá um tom irônico e cômico sobre a história cruel de um assassinato.

Boca de Ouro de Gabriel é um melodrama sobre a pós-verdade e é nesse viés que o montador apropria das diferentes versões da história. Por isso, assim que o expectador entra na sala, há uma imersão na visão mitológica do protagonista, presente nas almofadas douradas e na gafieira onde acontecerá todo o jogo cênico. E quando as luzes apagam, ao final, ninguém ao certo sabe qual é a verdadeira história, quem é realmente o bicheiro e mais uma dúvida: o que é mesmo essa tal verdade.

É preciso elogiar, também, a provocação ao desconstruir a figura do mocinho global, Malvino Salvador, ao interpretar esse bicheiro que trocou seus dentes por dentadura de ouro, interpretado em 1963 pela figura lendária de Jece Valadão. E em poucas montagens é possível ver um elenco tão bem preparado e uniforme em seus diferentes personagens. Além dos já citados, vale exaltar Claudio Fontana (fiel escudeiro de Villela), Chico Carvalho (espetacular nas cenas finais), Cacá Toledo, Leonardo Ventura (como esposo traído), Mariana Elisabetsky (a belíssima crooner da gafieira), Guilherme Bueno (em papel pequeno) e o pianista Jonatan Harold.

Se há alguma coisa a lamentar em Boca de Ouro são os preços dos ingressos, mesmo constatando que vale centavo por centavo. O teatro estava lotado, mas é uma pena que uma montagem tão brilhante possa ser acessada apenas por um grupo seleto. Deveria ter mais patrocinadores para chegar aos teatros com preços populares.
http://www.eurbanidade.blog.br/2017/09/boca-de-ouro-de-gabriel-villela-blog-e.html
Não deixem de ver!

Serviço:
Teatro Tucarena
Rua Monte Alegre, 1024 (entrada pela Rua Bartira) – Perdizes
Sexta-feira e Sábado: 21h. Domingo: 18h30
De 11 de agosto a 29 de outubro
Sexta-feira: R$ 50
Sábados e domingos: R$ 50 a R$ 70.

PAPERLIST

PEÇAS DE TEATRO PARA ASSISTIR EM SÃO PAULO EM SETEMBRO

Confira espetáculos incríveis que acontecem na cidade.
O segundo semestre chegou e, com ele, muitas peças de teatro para movimentar a cena cultural. Além das produções que continuam em cartaz, listamos algumas peças de teatro imperdíveis para assistir em setembro em São Paulo. Confira:
Autobiografia Autorizada
O ator Paulo Betti comemora 40 anos de carreira com este monólogo. De forma humorada, ele conta histórias que viveu e ouviu na infância e adolescência, interpretando personagens da própria vida, como o pai, a mãe e a avó.
Local: Teatro Vivo
Horários: Sexta-feira, 21h30 / Sábados, 21h / Domingos, 18h (até 1 de outubro)
Ingressos: R$ 50
A Visita da Velha Senhora
A peça é uma adaptação da comédia trágica escrita em 1956 pelo suíço Friedrich Dürrenmatt — expoente do teatro épico. Na trama, Denise Fraga interpreta uma milionária que promete salvar os cidadãos da cidade de Güllen da falência. Em troca, porém, eles devem matar sua paixão da juventude, um homem que a abandonou grávida por um casamento de interesse.
Local: Centro Cultural Fiesp
Horários: Quinta a domingo, 20h (até 26 de novembro)
Ingressos: Grátis
Não Vamos Pagar
Com Virginia Cavendish e Marcello Airoldi, o espetáculo que estreou em 2014 e já percorreu 26 cidades, chega ao Teatro Folha para temporada até o dia 22 de outubro. Na história, Antônia acaba de perder o emprego e seu marido trabalha em uma fábrica ameaçada de ser fechada. Em protesto pelo aumento dos preços, um grupo de pessoas, entre elas, Antônia, decide invadir e saquear um supermercado. O fato desencadeia uma série de situações inesperadas.
Local: Teatro Folha
Horários: Sexta-feira, 21h30 / Sábados, 20h e 22h / Domingos, 20h (até 22 de outubro)
Ingressos: R$ 50 a R$ 60
Boca de Ouro
Dirigida por Gabriel Villela, a tragicomédia de Nelson Rodrigues narra em retrospecto a vida de Boca de Ouro, bicheiro temido e megalomaníaco, autor de alguns crimes. É a partir da investigação de seu assassinato que o público conhece sua história. Com Malvino Salvador e Mel Lisboa.
Local: Tucarena
Horários: Sextas e sábados, 21h e 22h40 / Domingos, 18h30 e 20h10 (até 10 de setembro)
Preços: R$ 50 a R$ 70
Morte Acidental de Um Anarquista
O texto do dramaturgo italiano Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura, é baseado em uma história real de 1969, sobre o suposto suicídio de um anarquista acusado de explodir bombas em Milão e Roma. Irônica, a comédia satiriza a polícia e a política ao mostrar um louco que se finge de juiz e começa a investigar um caso misterioso. Com Dan Stulbach, Henrique Stroeter, Riba Carlovich, Maíra Chasseraux, Marcelo Castro e Rodrigo Bella Dona.
Local: Teatro Gazeta
Horários: Sábados, 22h / Domingos, 20h (até 29 de outubro)
Ingressoshttp://papermen.com.br/2017/09/10/pecas-de-teatro-para-assistir-em-sao-paulo-em-setembro/: R$ 30 a R$ 40