domingo, 23 de fevereiro de 2014

Em cena: O Diretor Carmelitano Gabriel Vilela estreia Peça 19 de Fevereiro de 2014 Gabriel Villela mal acabou de estrear a peça “Um Réquiem para Antônio”, em cartaz no Teatro TUCA, em São Paulo, e já está no Rio de Janeiro ensaiando a peça “Mania de Explicação”, de Adriana Falcão, tendo Luana Piovani como protagonista. Ele foi ver e foi visto na plateia da estreia do musical “Elis, a musical”, com texto de Nelson Motta e Patrícia Andrade e direção de Dennis Carvalho, no teatro Oi Casa Grande. http://www.clicfolha.com.br
De (Luiz Carlos) Merten Cavalos de Fogo Embora tenha sido um cineasta da Georgia, Sergei Paradjanov filmou Cavalos de Fogo em dialeto ucraniano, e isso na época – os anos 1960 – foi considerado uma provocação, porque os habitantes da Ucrânia, naquela época, já protestavam contra o Kremlin. Inspirado em lendas e narrativas orais ucranianas, o filme conta a história de um casal de jovens – de famílias rivais -, espécie de Romeu e Julieta, mas a história aqui é um conceito meio vago, porque o que interessa é o movimento e a cor, os figurinos, a cenografia, o visual. Não é que Glauber Rocha tenha copiado, mas sempre achei que o duelo de Coirana, no começo de O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, é puro Paradjanov, dentro daquele conceito gramciano do nacional e do popular. Jean-Luc Godard era louco pelo filme e dizia que Paradjanov inventou a ópera cinematográfica. Confesso que nunca tinha visto Cavalos de Fogo – só as cenas naquele documentário sobre o diretor exibido pela Mostra -, mas o ineditismo, para mim, terminou na quinta passada. Vi à tarde, em Paris, e, da Filmoteca do Quartier Latin, já fui diretamente para o aeroporto, só passando pelo hotel para pegar a mala. Toda a imprensa diária francesa ressaltou a importância do retorno, em cópia nova, restaurada, do clássico de Paradjanov, e isso num momento em que a Ucrânia fervia, como segue fervendo, após a destituição do presidente Viktor Yanukovich. Cavalos de Fogo foi o primeiro de uma série de filmes que colocaram o autor na lista dos inimigos do regime comunista. Paradjanov era considerado non grato e o regime o perseguia por tudo, incluindo acusações de homossexualismo (de novo?) e tráfico de ícones. Ele foi enviado para um campo de trabalhos forçados, mas deu um jeito de seguir com sua arte, fazendo encenações (de teatro) com os recursos à mão e a cumplicidade dos demais presos. Paradjanov tem um universo plástico – um barroco russo? - que possui um parentesco muito forte com o que faz meu amigo Gabriel Villela. Vocês já viram Um Réquiem para Antônio? Ainda não? Não sabem o que perdem. Sem se inspirar no russo, Gabriel tem a mesma inesgotável força de imaginação. Como é que ele pode se reinventar, a cada nova montagem? E será que não existe uma cópia de Cavalos de Fogo – na Mostra, na Cinemateca? – para ressuscitar esse grande filme? http://blogs.estadao.com.br/luiz-carlos-merten/cavalos-de-fogo/
EntretenimentoNotícias de interesse geral de Uberlândia e região. Imprimir Comentar Enviar por e-mail Reportar erro 23/02/2014 6:05 Grupo Galpão abre série sobre teatro brasileiro composta por 6 episódios Pablo Pacheco Repórter Os intermináveis ensaios, as inúmeras viagens, a tensão na coxia, o improviso no palco e o reconhecimento do público. O cotidiano de seis grupos de teatro brasileiros é o principal personagem do programa “Ensaio aberto: o teatro de grupo no Brasil”, cujo primeiro episódio retrata a história do tradicional “Galpão” de Minas Gerais. Com 32 anos de história, o Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro; ao longo da trajetória, a trupe participou de mais 40 festivais internacionais (Foto: Thiago Costoli/DIivulgação) Além da trupe mineira, a série composta por seis episódios de 26 minutos vai mostrar o dia a dia das companhias “Teatro Popular União e Olho Vivo”, de São Paulo, “Tá na Rua”, do Rio de Janeiro, “Oi Nóis Aqui Traveiz”, do Rio Grande do Sul, “Grupo Comédia Cearense”, do Ceará, e “Imbuaça”, de Sergipe. Com a direção artística de Luiz Cruz e assistência de direção e montagem de Fernanda Pessoa, os episódios estarão disponíveis a partir de sexta-feira (28), no site da Cooperativa Paulista de Teatro, até o mês de abril, além dos aplicativos de celulares. Segundo Cruz, as entrevistas com os grupos, pesquisadores, e diretores de teatro são associadas às imagens da cultura regional de cada estado. “Filmamos os espetáculos atuais de cada grupo e usamos materiais de arquivo para compor episódios dinâmicos e divertidos. A estética do barroco, a literatura de cordel, o carnaval, o cangaço, a comédia cearense são alguns exemplos dos temas tratados no programa”, afirmou o diretor artístico. Grupo é um dos mais importante do Brasil Com 32 anos de história, o Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro. Criado em novembro de 1982, a companhia alia rigor, pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público. “Romeu e Julieta” e “Um Molière imaginário” são os dois espetáculos do Galpão mais reconhecidos, pelo público e pela crítica, dentro de uma trajetória que também conta com o sucesso das apresentações de “A rua da armagura”, “O inspetor geral”, “Till, a saga do herói torto” e o mais recente espetáculo, “Os gigantes da montanha”. Ao longo de sua trajetória, o Grupo participou de mais 40 festivais internacionais (na Europa, América Latina, Estados Unidos e Canadá) e cerca de 70 nacionais, em todas as regiões do País, sendo o único grupo brasileiro a se apresentar no “Globe Theather”, em Londres. O Grupo acumula ainda mais de 100 prêmios brasileiros. É premissa do Galpão trabalhar com diferentes diretores convidados, como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes e Jurij Alschitz, além dos próprios atores que também já dirigiram espetáculos da companhia Temas regionais e universais atrai o público Ao forjar uma linguagem que provoca o diálogo entre o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o grupo Galpão criou, nesses 32 anos, uma empatia com o público, que se identifica com os temas regionais e universais. Para Eduardo Moreira, ator e fundador do Galpão, o fazer teatral não é tarefa fácil.“São muitos desafios que precisamos enfrentar, cotidianamente, já que o fazer teatral é uma atividade que nos exige um permanente recomeço”, disse Moreira. O fundador do Galpão, que participou de todas as montagens nos 32 anos de história, afirmou que o trabalho em grupo é característica inerente da profissão. “Mesmo quando falamos de uma peça em que cada ator é contratado separadamente, existe ali a essência do teatro de grupo. Pois o coletivo é essencial para essa arte”, afirmou o ator. “Os gigantes da montanha” ganha turnê em Minas A partir do dia 13 de março, o grupo Galpão inicia em Diamantina uma temporada que vai levar “Os gigantes da montanha” para nove cidades do norte de Minas Gerais. Chico Pelúcio, integrante da companhia mineira e que deve estar em mais uma turnê, reflete sobre os desafios de manter um grupo teatral brasileiro. “O Galpão precisa enfrentar todas as dificuldades que é viver em uma país em que a arte e a cultura não estão atreladas à educação e ao crescimento pessoal de seus cidadãos. Quando não existe essa formação cultural, o teatro não é valorizado pelo cidadão”, disse Pelúcio. Em 1984, Pelúcio fez uma substituição de emergência no espetáculo “E a noiva não quer casar” e esse encontro de 30 anos atrás foi definitivo para a trupe e o ator. Hoje, Pelúcio é coordenador do Centro Cultural Galpão Cine Horto, projeto paralelo da companhia que deve alçar novos voos em breve. “Nossa ideia é a de construir uma nova sede para o Galpão e fazer do espaço um centro cultural com projetos de memória, fomento e planejamento da circulação dos espetáculos da companhia”, disse Pelúcio. SERVIÇO: o programa “Ensaio aberto: o teatro de grupo no Brasil” vai ao ar a partir de sexta-feira (28), no site. Espetáculos do Galpão “E a noiva não quer casar” (1982) “Ó procê vê na ponta do pé” (1982) “De olhos fechados” (1983) “Arlequim, servidor de tantos amores (1985)” “A comédia da esposa muda” (1986) “Foi por amor” (1987) “Triunfo de um delírio barroco” (1987) “Corra enquanto é tempo” (1988) “Álbum de família” (1990) “Romeu e Julieta” (1992) “A rua da amargura” (1994) “Um Molière imaginário” (1997) “Partido” (1999) “Um trem chamado desejo” (2000) “O inspetor geral” (2003) “Um homem é um homem” (2005) “Pequenos milagres” (2007) “Till, a saga de um herói torto” (2009) “Tio Vânia” (2011) “Os gigantes da montanha” (2012)https://www.correiodeuberlandia.com.br/entretenimento/%C2%AD%C2%ADgrupo-galpao-abre-serie-sobre-teatro-brasileiro-composta-por-26-episodios/

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Adriana Fonseca "Um Réquiem para Antônio." Uma aula de ARTE! Um elenco de luxo com minhas amigas lindas Nábia Villela e Mariana Elisabetsky , Cláudio Fontana , Fernando Esteves e o fantástico e absolutamente imperdível , Elias Andreato! Eliane Reis Eu fui na assistir a peça Um Réquiem para Antônio... nossa, descrever em uma palavra seria "intenso". Parabéns Claudio Fontana e as meninas da peçam cantam muuuiiiitttooo, fiquei impressionada!!! - Bom dia para todos! https://www.facebook.com/radiobandeirantes/
07/02/2014 - Redação Segue em cartaz no Tucarena, o espetáculo Um Réquiem para Antônio, texto de Dib Carneiro Neto e direção de Gabriel Villella. Na peça os atores Elias Andreato e Claudio Fontana retratam o invejoso Antônio Salieri vivendo atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, até que os dois se reencontram para um acerto de contas final. Tribos - Após receber mais de 30 mil espectadores, a peça Tribos de Nina Raine, com direção de Ulysses Cruz, segue em cartaz no auditório superior do Tuca. O espetáculo é uma comédia perversa, com sacadas intelig ntes e uma questão polêmica - que promete criar uma inusitada relação com a platéia - entreter, provocar questionamentos e entregar um bom produto aos amantes das artes. No elenco estão: Bruno Fagundes, Arieta Correia, Eliete Cigaarini, Guilherme Magon e Maíra Dvorek. Professores, alunos e funcionários assistem às peças do Tuca por apenas R$ 10. Informações: www.teatrotuca.com.br. http://www.pucsp.br/assessoria-de-comunicacao-institucional/noticias/tuca-confira-a-programacao
De Chico Carvalho UM RÉQUIEM PARA ANTONIO Que saudades de ir ao teatro para ver teatro! E fugindo da vida, encontrá-la bem ali Tão real quanto esconde ser Tábuas de histórias Cuja única verdade É parecer! Porque não fosse a farsa a cobrir de enfeites e purpurinas os nossos tristes dias Cegos dançaríamos E tomando a valsa por silêncio sério Viveríamos! Antes esconder para fazer ver! E quem diria que assim seria? Eis quem sois, diz a mentira: Nem mais corretos Tampouco menos patéticos! Forjar as horas Colorir as certezas Costurando melodia onde antes não havia! Função mais nobre não há Na poesia...
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

UM RÉQUIEM PARA ANTÔNIO COMPRARMARCAR NA AGENDA Gênero Tragicomédia | 14 anos Datas/horários 01/04 21:00 02/04 21:00 Teatro da Reitoria Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Diz a lenda do mundo da música clássica, reforçada pela ficção, que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e impedir sua criação. Com linguagem circense, alegórica e popular, o espetáculo funde o trágico com o cômico, revelando-se um encantador concerto de vozes cantadas e faladas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 PrevNext Ficha Técnica Direção Gabriel Villela Autoria Dib Carneiro Neto Primeiro diretor assistente Ivan Andrade Segundo diretor assistente Daniel Mazzarolo Figurinos Gabriel Villela e José Rosa Cenografia Mais Cenografia Cenotécnico responsável Márcio Vinicius Iluminação Wagner Freire Direção musical e arranjos vocais Miguel Briamonte Antropologia da voz Francesca Della Monica | Direção de texto e preparação vocal Babaya Trilha sonora Francesca Della Monica e Babaya Adereços e objetos de arte Shicó do Mamulengo Bordados Giovana Vilela Produção de cenografia André Aires Diretor de palco Ailton Vieira Operador de Luz Cleber Eli Administração Francisco Marques http://festivaldecuritiba.com.br/atracao/1217/UM-REQUIEM-PARA-ANTONIO
Quinta-Feira | 23 de Janeiro de 2014 | 9h52 Gabriel Villela estreia em janeiro novo espetáculo, Um Réquiem Para Antonio, inspirado na lendária No ano em que completa 25 anos de trajetória artística, Gabriel Villela lança novo trabalho, “Um Réquiem Para Antônio”. A estreia aconteceu dia 17 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Tucarena. A ideia de fazer um espetáculo sobre a inveja do compositor italiano Antonio Salieri (1750 – 1825) pela vida e da obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) foi do ator Elias Andreato, que sugeriu o tema para Dib Carneiro Neto escrever uma peça em que ele e Claudio Fontana atuassem juntos. Dib e Claudio se envolveram com a proposta e um ano e meio depois a peça estreia regida pelas mãos do encenador Gabriel Villela. “Aqui temos uma reunião de artistas que se admiram e se complementam” comenta o produtor e ator Claudio Fontana. No texto de Dib, Salieri, trancafiado em seu quarto, de forma delirante, acerta contas, no leito de morte, com aquele que, morto 34 anos antes dele e precocemente (perto de completar 35 anos de vida), foi alvo de muita inveja: Mozart. Diz a lenda do mundo da música clássica, reforçada pela ficção, que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e procurando impedir sua criação, pois queria ser ele a personalidade musical mais notória de seu tempo, com vistas a deixar uma obra eterna, a ser cultuada por todas as gerações futuras. Não conseguiu. Mozart fracassou na vida, mas triunfou na música. O autor afirma que foi muito prazeroso escrever sabendo que seria para Elias e Claudio atuarem. “Os dois, na vida, têm uma relação muito próxima de amizade e uma dinâmica de interação baseada em muita brincadeira, algo que eu chamaria de um ‘bullying' afetivo. Isso me inspirou no desenvolvimento da dinâmica também entre os personagens, ou seja, Mozart tratando Salieri do mesmo jeito que Claudio trata Elias: com um humor inteligente, com um carinho e uma admiração disfarçados de muita provocação. E Elias respondendo a isso como um Salieri rabugento, irritadiço, impaciente.“ A encenação de Gabriel Villela aponta o lado mítico da inveja, trazendo um Salieri sombrio, confuso e frágil em contraponto a um Mozart gozador, confiante e ágil. Um pequeno picadeiro florido criado por Gabriel em parceria com o cenógrafo Márcio Vinicius recebe o embate entre esses dois compositores com narizes de clown e figurinos que imprimem o arquétipo dos personagens antes mesmo de as palavras aparecerem no espetáculo. Os figurinos são assinados pelo diretor em parceria com José Rosa. Os adereços foram todos confeccionados pelo artista plástico Shicó do Mamulengo, do Rio Grande do Norte. A música no espetáculo tem sua própria dramaturgia, entra e sai das alucinações de Salieri como um fio condutor de suas neuroses e lembranças. As músicas de Mozart escolhidas para entrar na peça são: Sinfonia em Sol Menor, Marcha Turca, Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e Lacrimosa (ária do seu último réquiem). Texto: Dib Carneiro Neto. Direção: Gabriel Villela. Elenco: Elias Andreato, Claudio Fontana, Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky. Figurino:Gabriel Villela e José Rosa. Cenário: Márcio Vinícius Adereços: Shicó do Mamulengo. Iluminação: Wagner Freire. Preparação vocal: Babaya. Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Mônica. Direção musical e arranjos: Miguel Briamonte.Pianista: Fernando Esteves. Assistência de direção: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Produção executiva: Clíssia Morais e Francisco Marques. Direção de produção: Claudio Fontana. Serviço: UM RÉQUIEM PARA ANTONIO, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Duração 70min. Teatro Tucarena. Sex e Sáb 22h, Dom 19h. R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom). Classificação 14 anos. Estreia 17/01. Vendas online - www.ingressorapido.com.br. Até 30 de março. 300 lugares. 1 hora e 10 minutos.http://cartaodevisita.com.br/conteudo/4671/gabriel-villela-estreia-em-janeiro-novo-espetaculo-um-requiem-para-antonio-inspirado-na-lendaria

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PÓS-MODERNO (TEATRO) Designa-se como pós-moderna a produção cultu­ral nascida na era pós-industrial, genericamente engolfada pela lógica do capitalismo tardio e situa­da no contexto das sociedades altamente tecnoló­gicas do Ocidente. Verificou-se que, após os anos de 1950, manifestações como a arquitetura, a dan­ça, a música e o cinema passaram a fornecer procedimentos de linguagem para as incontáveis no­vas mídias surgidas com a revolução cibernética, propiciando um amálgama de novos e inusitados formatos expressivos. Tais fatores engendraram uma pluralidade de manifestações junto à área artístico-cultural, dificultando as generalizações ou agrupamentos em séries; sugerindo o desenvolvimento de novas formas de conhecimento, de vida e comportamento, em que a questão dos gêneros afirmou-se e transformou-se em motor de (novas) proposições. Como resultante, obser­vamos uma cultura que manifesta caráter anti­totalitário e não-hegemônico, nos antípodas das posturas que demarcaram o advento da modernidade. As dimensões social, cultural, industrial, arquitetural, técnica, de engenharia e sistemas operacionais surgem fundidas, consubstanciando corporações, holdings e tradings como seus mais elo quentes paradigmas de manifestação. Neste ambiente sociocultural ultradesenvol­vido, novos procedimentos de linguagem mar­cam presença, estreitando o antigo fosso entre uma cultura erudita e outra de massa, tais como a intertextualidade, a citação, a paródia*, a ironia, o humor, o entretenimento, a desconstrução de todos os discursos instituídos. Apontam eles para a falência das meganarrativas do passado (o que fará com que sejam redimensionadas as ciências humanas), recobrindo todas as estruturas com a pátina do cotidiano, provocando descrença nas utopias que impulsionaram o advento da moder­nidade. Do ponto de vista da recepção, opera-se uma revalorização do espectador, abordado atra­vés de uma retórica que privilegia a nova sensibi­lidade - aberta, provisória, capaz de deslocamento rápido entre múltiplos estímulos simultâneos. As artes cênicas assistirão, a partir de 1950, ao surgimento do happening: e da performan­ce* como procedimentos modelares destas novas configurações. A atitude experimental que lhes é subjacente ganhará impulso, apontando o teor vanguardista com que surgiram. Insuflarão gru­pos como o Living Theatre, o Open-Theatre ou o Performing Group, nos EUA; assim como, do ou­tro lado do Atlântico, fornecerão os procedimen­tos de base mobilizados por Tadeusz KANTOR e Jerzi GROTOVSKI. O caráter gestual inerente à action painting e à body-art muito em breve con­taminará a dança, e esta, as demais manifestações cênicas, conformando novos modelos, apoios e técnicas para a abordagem da interpretação. O resultado desses processos será o redimensiona­mento da noção de representação, que trabalha agora com fenômenos de mestiçagens e hibridi­zações, sem fronteiras demarcadas: é o work in progress em franco desenvolvimento. Uma dramaturgia que se assume fora do tex­tocentrismo nasce com as experiências de criação coletiva privilegiadas por inúmeras equipes artís­ticas. O pensamento de ARTAUD ressurge com ímpeto ao longo da década de 1960, assim como as práticas ritualísticas, a ensejarem um teatro per­formático como preconizado por SCHECHNER e CHAIKIN. O teatro de imagens ganhará relevo com Robert WILSON e Richard FOREMAN, de­pois de 1970. Macunaíma, espetáculo de ANTUNES FILHO de 1978, pode ser considerado o marco instaura-dor da pós- modernidade no Brasil. Associando códigos da intertextualidade, da paródia, da ironia, do humor, soube preencher o palco nu com signos impactantes, a oferecerem uma nova face ao ho­mem brasileiro, assim como a instauração de um renovado padrão de eatralidade. Junto ao Centro de Pesquisa Teatral CPT, ANTUNES dedicou-se a criações de fôlego: Nelson Rodrigues, o Eterno Re­torno (1980), Romeu e Julieta (1984), Paraíso Zona Norte (1989), Trono Manchado de Sangue-Macbeth (1992), Vereda da Salvação (1993). Em 1982, inúmeros artistas foram reunidos em "14 Noites de Performances", num megaeven­to promovido pelo SESC-SP, e pela FUNARTE, cuja função era disseminar essas novas experiências em curso. O grupo Ponkã estreia Aponkâlipse em 1984, inspirado no I Ching e no livro bíblico de João, colocando em destaque as imagens termi­nais do século da cibernética. O Próximo Capítulo, coordenado por Luiz Roberto GALIZIA, empre­gava a performance como motor de sua estrutu­ra, que admitia um convidado a cada noite. Pás­saro do Poente, espetáculo de Márcio AURÉLIO, de 1987, fundia uma tradicional lenda nipônica com elementos da Commedia dell'Arte, bonecos de kyõgen e paródia sertaneja, teatro nô e kabuki, para narrar uma história de trás para frente, le­vando o Ponkã à máxima miscigenação cultural, como era seu propósito original. O multiculturalismo*, em seu corolário mais am­plo, encontra-se na fundação do Bando de Teatro Olodum, capitaneado por Márcio MEIRELES, em Salvador, 1991, com o espetáculo Essa É Nossa Praia. A cultura do Pelourinho, entrecruzamento do arcai­co e do moderno, do negro pobre brasileiro e do tu­rista estrangeiro, das contradições de classe e raça, ganhou expressão nacional com este primeiro elenco formado exclusivamente por negros que fundiram o teatro à dança, à música, ao ritmo e à carnavalização, sintetizando a cultura baiana contemporânea. Outra dimensão pós-moderna encontra-se no trabalho dos intérpretes. Denise STOKLOS inaugurou o teatro essencial: com Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico, em 1983. Desde en­tão apresentou inúmeras criações, com destaque Para Mary Stuart (1987), Casa (1989), Um Fax para Cristóvão Colombo (1992). O Lume, criado por Luís Otávio BURNIER em Campinas, en­veredou pelos métodos difundidos por Eugenio BARBA, chegando à mimese corpórea, em reali­zações como Kibilin o Cão da Divindade, Cravo, Lírio e Rosa e Café com Queijo. A ISTA (Inter­national School of Theatre Antropology), funda­da por BARBA para difundir seus ensinamentos, inicia suas atividades em 1980, em Bonn. Após sessões em diversos países, aporta em Londrina em 1994, consolidando este inusual enquadra­mento do trabalho do ator, através de uma es­tratégia autodefinida como terceiro teatro. Maura BAIOCCHI tornou-se uma empenhada difusora do butô entre nós, após as instigantes visitas de Kazuo OHNO (1980) e Sankai JUKU (1981), em realizações radicais como Tanz-Butoh (1986). Oriundo das artes plásticas e da música, o grupo XPTO estreia, em 1984, Buster Keaton e a Infecção Sentimental, revitalizando a centená­ria arte dos bonecos e das formas animadas. Com Kronos (1987) e Coquetel Clown (1989) le­vam o gênero a um máximo de desenvolvimento, abrindo as portas para outros artistas da mesma linhagem, como o Pia Fraus e o Manhas e Ma­nias, estes mais próximos da entonação circense. Rodrigo MATEUS allcança desenvoltura junto ao teatro físico*, afirmando e ampliando o repertó­rio expressivo desta tendência, francamente dis­tante da representação tradicional. A encenação conhece insuspeitos e instigan­tes desafios, como o proposto por Gerald THO­MAS em Carmem com Filtro (1986), Eletra Com Creta (1986), Trilogia Kafka (1988) e Mattogrosso (1989), que abusivamente valeu-se da paródia, da intertextualidade, da citação como alavancas de uma dicção que objetivava a auto exibição, em se­guida contextualizada como a de um encenador" de si mesmo. Neste mesmo influxo, vale lembrar o teor fortemente autoral das criações do cario­ca Márcio VIANNA, como Marat, Marat (1988), O Caso dos Irmãos Feininger, Coleção de Bonecas, O Circo da Solidão, em que explorou ao paroxis­mo a desvinculação entre intenção e gesto no trabalho de seus intérpretes, em agudas pesqui­sas sobre as convenções da cena. O apelo autoral também está presente no trabalho de Bia LES­SA: Exercício n. 1 (1987), Orlando (1989), Cartas Portuguesas (1991) e Viagem ao Centro da Terra (1993). Renato COHEN surpreendeu a todos, em 1986, com Espelho Vivo, mergulhando no univer­so figural de René MAGRITTE, bem urdido em­prego da performance e do teatro-imagem. Sturm und Drang/Tempestade e Ímpeto (1991) revisitou matrizes do pré-romantismo alemão fazendo deambular pelo Parque Modernista uma série de figuras em busca da essência da poesia. Em 1995, Renato COHEN volta-se para a vanguar­da russa, redescobrindo Vitória sobre o Sol, espe­táculo embasado pelo butô. Mais radical foi seu trabalho Ka-Poética de Vélimir Khlébnikov, em que o emprego da linguagem zaún possibilitou repetidos exercícios em torno da pura sonorida­de. Tais repetições, uma das matrizes identifica­das com o minimalismo, já estavam presentes em Você Vai Ver o que Você Vai Ver (1986), de Gabriel VILLELA, que recontava, em estilos diversos, qua­torze vezes o mesmo enredo. Esse diretor minei­ro criou um Romeu e Julieta minimalista com o grupo Galpão, em 1991, assim como A Rua da Amargura, apelando para uma revisão estilística da Paixão de Cristo que tinha na paródia, no uso das alegorias e no perfil neobarroco de seu tra­çado as marcas da pós-modernidade. O Centro para Construção e Demolição do Es­petáculo surgiu em 1988, por iniciativa de Aderbal FREIRE - FILHO que levou ao palco, em sua íntegra e sem adaptação, o romance A Mulher Carioca aos 22 Anos. Em anos subsequentes, o encenador evo­cará a história do país, revivendo episódios em tor­no de Getúlio VARGAS e TIRADENTES. Em 2003 voltará ao antigo formato com O que Diz Molero, radicalizando a narratividade do romance. Em 1991, José Celso Martinez CORRÊA volta aos palcos com As Boas, lançando dois anos após Ham-Iet, a primeira produção do novo Teatro Ofi­cina, remodelado como uma rua cultural. Misté­rios Gozozos (1995), As Bacantes e Para Dar um Basta no Juizo de Deus (1996), Ela (1997) e Cacil­da! (1998) constituíram-se em momentos de forte extração dionisíaca, novos apelos ao rito e à tea­tralidade prenhe de erotismo, festa, desregramen­to. Os Sertões, adaptado de Euc1ides da CUNHA, conheceu três partes, apresentadas entre 2000 e 2004. Esta vertente perseguida pelo Oficina, que entrecruza vida e arte, já havia arrebatado outros adeptos, como o Terreira da Tribo, de Porto Ale­gre, através de criações como Ostal (1987), Antígo­na (1990), Missa para Atores e Público sobre a Pai­xão e o Nascimento do dr. Fausto de Acordo com o Espírito de nosso Tempo 1994), A Morte e a Don­zela (1997) e Kassandra in Process (2001). A exploração de novos espaços cênicos e a eleição de lugares da memória coletiva como marcos simbólicos da cidade ajudaram o Tea­tro da Vertigem, em São Paulo, a delinear seu projeto artístico, efetivado com as montagens de o Paraíso Perdido (1992), ambientado na igre­ja de Santa lfigênia; O Livro de Jó (1995), que ocupou os três andares do hospital Umberto I, e Apocalipse 1, 11 (2000), sediado no presídio do Hipódromo. Antônio ARAÚJO distingue­-se como um encenador que busca no sagrado um apoio decisivo, levando seu elenco a contun­dentes confrontos para viver o hiper-realismo de cenas sempre rentes ao paroxismo. Em trilha as­semelhada, Ricardo KARMAN investe em novos espaços, como a exploração de um túnel escavado no coração do Parque Ibirapuera, para a monta­gem de Viagem ao Centro da Terra (1992), na qual a visão de seres mitológicos e heróis de diversas epopeias coagulavam a paisagem. Em 1996, cria A Grande Viagem de Merlim, levando o espepa­dor a percorrer um longo percurso dentro de um ônibus multimídia que o despejava num aterro sanitário na periferia de São Paulo seguindo, na sequência, para as ruínas do Teatro Polytheama, em Jundiaí, culminando a excursão à beira de um lago na Serra do Iapí. Nesse teatro de estações, não apenas a tradição medieval ressurge como experiência arcaica como, em igual medida, a parafernália eletroeletrônica se faz triunfante, numa justaposição de ingredientes que almeja arrebatar o espectador em todos seus sentidos. Dois encenadores paranaenses despontaram nos últimos anos: Felipe HIRSH obteve consa­gração nacional com A Vida É Cheia de Som e Fú­ria (2000) e, especialmente, Os Solitários (2002), voltando-se para os fenômenos da memória e as interconexões psíquicas que ensejam a identida­de dos indivíduos. Fernando KINAS construiu um espetáculo radical em Carta aos Atores, tor­nando quase inexistente o intervalo entre vida real e representação (2002). Perpétua, Opus Profundis e Desembestai! cons­tituem uma trilogia na qual Dionísio NETO ex­plorou, com desenvoltura, recursos da perfor­mance, do rock, da dança, da intertextualidade, da paródia e da citação, em 1996. Com a Cia. Cachorra criou, em 2000, novas realizações: Co­rações Partidos e Contemplação de Horizontes, O Dia Mais Feliz de sua Vida e A Milagrosa História da Imagem que Perdeu o seu Herói, exacerban­do procedimentos multimídia e fazendo desfilar personagens da cultura junkie das megalópoles. A marginalidade, a vida boêmia nos grandes cen­tros de diversões, a subcultura os mitos da socie­dade de consumo estão presentes nos espetáculos de Mário BORTOLOTTO, ora como autor ora como encenador, cujas marcas distintivas estão no acabamento precário, nas montagens sujas e mal ajanbradas, através de incompletudes que enfatizam a falta de artesanato como uma chan­cela da arte contemporânea. Personagens periféricas assumem a cena nas obras de dramaturgos do final do século, revelan­do textos irados e comprometidos com um novo enquadramento socioestético. São os jovens sem perspectivas de Budro (1994) e Atos e Omissões (1995), de Bosco BRASIL; os marginais de Um Céu de Estrelas, de Fernando BONASSI (1996); os estudantes criminosos de Vermuth (1998), os alternativos de A Boa (1999) e os militantes de MSTesão (2001), de Airnar LABAKI. A que se so­mam os aspirantes a atores de A Máquina (2000), de João FALCÃO, os degradados sociais de Ba­bilônia (2002), de Reinaldo MAlA, todos eles compondo facetas do Brasil desigual, dividido, construído sobre exclusões sociais. Evidenciam aspectos de amargura, sofrimento e abandono, a maré montante que coloca em cheque o sistema econômico globalizado. (EM) (GUINSBURG, J., FARIA, João Roberto e LIMA, Mariângela Alves de (Coord.). Dicionário do Teatro Brasileiro: temas, formas e conceitos. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Perspectiva: Edições SESC SP, 2009, p. 275 - 278)http://lionel-fischer.blogspot.com.br/2014/02/pos-moderno-teatro-designa-se-como-pos.html
Caleidoscópio cinematográfico Publicação: 14 de Fevereiro de 2014 às 00:00 Comentários1 • • • Enviar por emailImprimirAumentar FonteDiminuir Fonte Yuno Silva Repórter Teatro, poesia, cinema, experimento, cumplicidade e parceria são algumas das palavras que costuram a colcha de retalhos imagéticos que explodem na tela em “O mundo inteiro é um palco”, filme-ensaio de Carito Cavalcanti e Eli Santos sobre o festival homônimo, realizado em novembro de 2013, que marcou as comemorações de 20 anos dos Clowns de Shakespeare. O ponto final na ilha de edição foi dado esta semana, e o lançamento mundial – sim, por que não dizer “mundial”?! – acontece hoje na internet, nos canais mantidos pela realizadora Praieira Filmes no Vimeo e no Facebook. Divulgação Filme-ensaio de Carito Cavalcanti e Eli Santos é sobre o festival realizado em novembro de 2013, marcando as comemorações de 20 anos dos Clowns de Shakespeare A reportagem do VIVER assistiu em primeiríssima mão ao ‘pseudo-doc-experimental’ na manhã de ontem, antes mesmo dele ser carregado para a ‘nuvem’ digital, e garante: o “pseudo” foi muito bem empregado por Carito, diretor e roteirista, na tentativa de classificar o novo rebento audiovisual. Esta é a primeira produção da dupla, Eli assina a montagem e finalização, e o resultado é um documentário que transcende a mera reportagem ou o mero registro: há envolvimento e intimidade da câmera com o que está acontecendo em volta, força e energia na tela. O realizador costuma dizer que faz cinema de guerrilha, “seja por falta de grana, falta de pessoal, estrutura ou logística”, e geralmente guarda seus filmes para inscrevê-los em festivais que exigem ineditismo. “Mas dessa vez os Clowns precisavam visualizar a coisa, por isso a decisão de lançar na internet. Mas nada impede de inscrever em festivais que não têm esse tipo de restrição”, adiantou. O diretor lembra que a guerrilha foi intensa durante a semana do festival “O mundo inteiro é um palco”, que reuniu grupos de teatro amigos dos Clowns de várias partes do Brasil na sede da trupe potiguar em Nova Descoberta e no anfiteatro do Campus da UFRN. “Quando a endorfina começou a correr no corpo a coisa engrenou, e me vi mimetizado com o ambiente. Corria para o palco, ia nos bastidores; queria pegar depoimentos e, ao mesmo tempo, saber o que estava acontecendo na fila. O processo ajuda muito quando há entrega e um ‘filme-ensaio’ se alimenta do acaso”, diz Carito, que também fez a fotografia e captou o som direto. Até então, Eli Santos, autor do curta premiado “Fala comigo”, ainda não estava envolvido no projeto. Carito conhecia o trabalho de Eli Santos apenas como espectador, e se identificou com o curta-metragem do novo parceiro: “Curti a maneira como ele montou ‘Fala comigo’. Tenho alguns parceiros fixos (Joca Soares e Júlio Castro) e quis ampliar as possibilidades”. Carito co-assina com Joca Soares os curtas metragens “Noturnos”, “Objetos Cortantes” e “Operação Plástica” - todos disponíveis para assistir pela internet. No filme-ensaio, há depoimentos dos próprios Clowns, colaboradores, artistas de outras áreas que participaram do festival, atores e diretores convidados. Entre eles a cantora Ângela Castro, da banda Rosa de Pedra; Gabriel Villela, diretor do grupo mineiro Galpão; o ator Rodrigo Bico; Pablo Pinheiro, fotógrafo; a atriz Quitéria Kelly; o encenador Ricardo Canella; o músico Roberto Taufic e a produtora Tatiane Fernandes. Alex Régis Eli Santos e Carito Cavalcanti realizaram o filme O mundo inteiro é um palco, do festival homônimo, em homenagem ao grupo teatral Clows de Shakepeare O filme-ensaio teve apoio do estúdio Sucesso e da produtora Énoisy, e conta com distribuição do combo Mudernage. A trilha original do filme é de Marco França, ator e diretor musical dos Clowns. Interferência Poeta-elétrico e compositor, Carito Cavalcanti lembrou que certa vez, durante um curso com o cineasta paulista Rogério Correia, ouviu que o montador é “bem dizer” o co-autor de um filme: “Para termos uma ideia da importância da edição, muitos diretores, no Brasil ou em Hollywood, param um projeto quando determinado montador com quem está acostumado a trabalhar está ocupado”, explica. A identificação gerou confiança, cumplicidade entre a da dupla, detalhe que justifica o interesse de Carito na co-autoria. “Peguei todo esse material captado, fiz o roteiro, decupei as cenas, e dei total liberdade para o Eli montar e interferir no conceito. Na verdade, fiz questão dele interferir”, garante. Cineterapia A relação audiovisual de Carito com os Clowns de Shakespeare vem de antes de “O mundo inteiro é um palco”: ele passou praticamente o ano de 2013 na cola do grupo, acompanhando turnês e apresentações pelo Brasil e exterior. “Os Clowns queriam um registro elaborado, e também poético, para marcar esses 20 anos. Então embarquei com eles nessa, fui entendendo aquela coisa do artista por trás da obra, o lado mais humano. Ainda não sei se esse material virar um longa ou um curta, tenho conteúdo suficiente”, informa. O lançamento desse doc-road movie ainda não tem data prevista. Durante as viagens que fez com a trupe pelo Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Portugal, Carito procurou registrar não só as apresentações e os momentos coletivos, como mergulhou na individualidade dos integrantes – incluindo o pessoal que trabalha nos bastidores. “Registrei depoimentos nos moldes do filme ‘Quarto 666’ (1982), de Wim Wenders, ao lançar perguntas e deixar para que respondessem sozinhos em frente à câmera. Uma espécie de ‘cineterapia’”. http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/caleidoscopio-cinematografico/274364
ARTES CÊNICAS O jeito coletivo de fazer teatro Grupos mais jovens miram o Galpão como exemplo de organização e perseverança na trajetória teatral Enviar por e-mail Imprimir Aumentar letra Diminur letra Fonte NormalMais Notícias B-XAMI Compartilhada. “É Só uma Formalidade”, onde o grupo já praticava a direção coletiva A-G Própria. Grupo também investe em sua própria dramaturgia. Foto de “O Outro Lado” ‹› FOTO: juliana hilal/divulgaçãoFOTO: LZ C FRANK PUBLICADO EM 18/02/14 - 03h00 GUSTAVO ROCHA É comum na história do homem e das artes o mais velho ser superado pelo mais novo. Às vezes isso é feito de maneira abrupta, radical, iconoclasta. Mas esse processo não precisa ser de ruptura e sim de influência. A experiência do grupo mais longevo da cidade, o Galpão, serve de exemplo para companhias que surgiram (e que ainda surgirão) ao longo do tempo. VEJA TAMBÉM video Os arquivos vivos do teatro Mais Não à toa, ele foi escolhido para abrir a série “Ensaio Aberto – O Teatro de Grupo no Brasil”, que mostra coletivos longevos ao longo do país. “O Galpão é o grupo que deu certo!”, destaca Marcos Coletta, integrante do Grupo Quatroloscinco Teatro do Comum. O ator revela que a prática de pensar o teatro e se organizar de maneira coletiva é a principal referência dos mineiros. “Acredito que o Galpão influencie o cenário teatral da cidade e seja um exemplo, porque eles defenderam, ao longo de sua história, o teatro feito em grupo e perseveraram”. Esteticamente, no entanto, o ator crê que a influência do Galpão não é tão sentida pelas trupes mais novas. “Acho que cada coletivo vai buscar seu caminho, a sua linguagem. Ao longo do tempo, cada um vai criar sua própria identidade”, afirma ele. Prova real disso é o fato de sua companhia não trabalhar com um diretor, mas com uma direção compartilhada. O Quatroloscinco se prepara para estrear “Humor”, no próximo mês, na Funarte. E pela primeira vez, o grupo tem um olhar externo. “O Rodrigo (Campos) faz uma orientação, ele é um provocador que assiste ao nosso ensaio uma vez por semana. Ele vem, passa umas tarefas, a gente mostra o que tem. Mas não é uma direção. A gente discorda e acata ou não as indicações dele”, afirma. Apesar das diferenças entre o “novo” e o “velho”, ele vê como bons olhos a alternância de direção existente no Galpão, “Eles são um grupo de atores. Então, mesmo que alguém se aventure na direção, é algo passageiro. Creio que o vigor do trabalho deles venha desse encontro com artistas com estéticas tão diferentes”, destaca. Coletta há quase três anos trabalha como assistente de coordenação do Centro de Pesquisa e Memória do Teatro (CPTM), que guarda o acervo das produções do Galpão e também das atividades ocorridas no Galpão Cine Horto. Pessimista. Eduardo Moreira, integrante do Galpão, não mostra tanto otimismo em relação ao legado deixado por seu grupo: “Temos influência, sim, mas acho que ninguém vai lembrar da gente daqui 200 anos”. Prestes a voltar a apresentar, “Tio Vânia”, dentro da Campanha de Popularização, Moreira, no entanto, confessa estar muito influenciado por (o pessimismo) Tchekhóv e a angústia do artista e do humano em ser passageiro nesse mundo. “Enquanto estamos aqui, continuaremos nosso trabalho. As pessoas nos conhecem, mas o destino de todos nós é a morte. O Tchekhóv diria, ‘nosso destino é o pó’”.http://www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/magazine/o-jeito-coletivo-de-fazer-teatro-1.790504
Os arquivos vivos do teatro Série de documentários produzida em São Paulo mostra companhias tradicionais do país e fortes traços regionais Enviar por e-mail Imprimir Aumentar letra Diminur letra Fonte NormalMais Notícias ENSAIO ABERTO DO GALPAO PUBLICADO EM 18/02/14 - 03h00 GUSTAVO ROCHA Celebrando o histórico da produção teatral de grupos tradicionais em suas cidades e regiões, e também a influência que esses exercem na formação de outros grupos e público, o programa “Ensaio Aberto - O Teatro de Grupo no Brasil” estreia episódios que serão disponibilizados, um a cada semana, na Internet, a partir de 28 fevereiro (www.cooperativadeteatro.com.br). VEJA TAMBÉM video O jeito coletivo de fazer teatro Mais “Fomos atrás de companhias que tinham mais de 35 anos de vida, grupos que já possuem um legado, para entender o que faz com que essas pessoas fiquem tanto tempo juntas”, destaca Fabiano Moreira, produtor e idealizador da série. O Galpão, o grupo mais longevo da cidade com produção permanente ao longo do tempo, abre a série de programas. A equipe do programa, que tem direção artística de Luiz Cruz e assistência e montagem de Fernando Pessoa, acompanhou o grupo durante apresentações de “Os Gigantes da Montanha” no interior do Estado. “Foi muito simpático”, destaca Eduardo Moreira, ator, integrante do grupo. Ele destaca o tanto que os paulistanos estavam bem informados e interessados no trabalho. Em sua pesquisa pelas companhias Brasil afora, Fabiano e sua equipe também buscaram cruzar a trajetórias das companhias com traços regionais marcantes. Dessa forma, o barroco característico de Gabriel Villela (diretor de “Os Gigantes da Montanha”, além de “Rua da Amargura” e “Romeu e Julieta”), que influenciou o Galpão, é destacado pelo documentário. Eduardo crê que haja, sim, uma forte marca mineira no grupo, mas diz que o trabalho do Galpão é eclético. “No caso dos ‘Gigantes’, fomos muito influenciados pela estética do Gabriel, aquela exuberância de teatralidade, isso é muito visível, embora não façamos só isso. Mas é inegável, há um jeito de falar que é característico de quem é de Minas. Embora, eu não seja mineiro”, brinca Eduardo, também chamado de “Carioca”. Em um país com proporções continentais e traços culturais tão distintos é tarefa difícil encontrar semelhanças estéticas entre os espetáculos do grupo Galpão ou do Imbuaça, de Sergipe. Fabiano ressalta que o princípio norteador foi justamente o da longevidade. “É mais fácil falarmos daquilo que esses grupos têm em comum como o longo período de atividades e o fato de todos eles trabalharem em sedes próprias, com relação direta com o público”. Economicamente falando, quase todos os grupos vivem em função de editais e apoios de projetos culturais nas três esferas: municipal, estadual e federal. A exceção, segundo Fabiano, é o Grupo Comédia Cearense que consegue se manter com apoios, mas também com a bilheteria de seus espetáculos. A resposta à pergunta “o que faz um grupo ficar tanto tempo junto?” se sintetiza em uma percepção muito simples de Fabiano, que ignora regionalismos e se concentra na boa relação das pessoas. “O que os mantêm juntos é a coletividade, o respeito ao profissional. Além de saber se colocar e ceder à vontade do outro. Os objetivos são traçados coletivamente e se desenvolvem porque todo mundo colabora com um pouco que se transforma em algo muito maior”, conclui Fabiano. Popular. Ainda que pareça um programa específico para o público iniciado em teatro, o produtor crê que ele possa chegar a uma parte da população que não entenda “nada” de teatro. “É um programa bastante popular, sem ter esse alvo seleto, mas numa linguagem bem acessível, para atingir quem não conhece teatro, que é uma grande maioria de nossa população. Afinal, infelizmente, as pessoas não vão ao teatro”, destaca ele. São Paulo. O programa nasceu em 2011, numa versão paulistana, “Ensaio Aberto – A Lei de Fomento ao Teatro”, quando Fabiano documentava os grupos vencedores do Prêmio de Fomento ao Teatro da Prefeitura de São Paulo (edital específico da área, que premia companhias com trabalho continuado em suas sedes na cidade). Os produtores resolveram extrapolar o caráter local do programa e, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura paulista, nasceu a versão nacional da série.http://www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/magazine/os-arquivos-vivos-do-teatro-1.790498
Corporativo A Cinépolis anuncia com EXCLUSIVIDADE a exibição do Grupo Galpão em Romeu e Julieta. » Quem Somos » Serviços » Próximas Inaugurações » Cinépolis na Mídia » Projeção 3D » Últimas Notícias » Cinépolis VIP » Classificação Indicativa » Lei da Meia-Entrada » Termos de Uso » Distribuidores Sexta-feira, 31 de Janeiro de 2014 Teatro e Cinema finalmente juntos! A Cinépolis anuncia a exibição do Grupo Galpão em Romeu e Julieta. Visto em mais de 60 cidades do Brasil, 10 países e apresentado em Londres, no Shakespeare´s Globe Theatre! À partir do dia 11 de Março às 21h30 diversão para toda a família! Disponível nos cinemas: Cinépolis Ponta Negra Cinépolis Parque Shopping Belém Pátio Batel Cinépolis Blumenau Norte Cinépolis Lagoon Cinépolis Continente Park Cinépolis Iguatemi Alphaville Sinopse A clássica história de amor impossível entre dois jovens de famílias rivais, de William Shakespeare, adaptada para o contexto da cultura popular brasileira pelo diretor Gabriel Villela. A montagem do Grupo Galpão (MG), uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro e com mais de trinta anos de existência, é repleta de humor e com uma linguagem inspirada em Guimarães Rosa e no sertão mineiro. Apontada pelos críticos como a versão de “Romeu e Julieta” mais marcante no teatro contemporâneo brasileiro, o espetáculo teve mais de 250 apresentações em 10 países, tendo sido consagrado no Shakespeare’s Globe Theatre, em Londres. Elenco Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Rodolfo Vaz e Teuda Bara Produção Grupo Galpão Concepção e Direção Gabriel Villela http://www.cinepolis.com.br/institucional/noticia.php?cnc=118
Grupo Galpão e peça inspirada em livro de Philip Roth estão em cartaz em BHCOMENTE Do UOL, em Belo Horizonte 05/02/201416h17 Comunicar erroImprimir Thiago Costoli/Divulgação "Os Gigantes da Montanha", do Grupo Galpão, com direção de Gabriel Villela "Os Gigantes da Montanha", do Grupo Galpão, com direção de Gabriel Villela O Grupo Galpão estreia esta semana na Campanha de Popularização do Teatro com o espetáculo "Os Gigantes da Montanha", no Cine Theatro Brasil. Dirigida por Gabriel Villela, a peça irá fazer parte da programação do Festival de Teatro de Curitiba 2014, em março. Outro destaque dos palcos é a peça "Horácio", da Odeon Companhia Teatral, inspirada em "Homem Comum" de Philip Roth, que integra a programação do Verão Arte Contemporânea. Confira o serviço das apresentações. Divulgação "Horácio", com direção de Carlos Gradin, tem sessões no Teatro Bradesco "Horácio" No próprio velório, um homem inicia um diálogo absurdo com ele mesmo em diferentes idades. Na peça "Horácio", com direção de Carlos Gradin, o protagonista é interpretado por três atores - Geraldo Peninha, Sávio Moll e Leonardo Fernandes - que mostram as facetas de homem ao longo da vida. O espetáculo da Odeon Companhia Teatral, inspirado no livro "Homem Comum", do escritor Philip Roth, fica em cartaz nesta quinta (6) e sexta no Teatro Bradesco. Até as 11h desta quarta ainda havia ingressos disponíveis para a peça. Quando: quinta (6) e sexta, às 21h Onde: Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244 – Lourdes). Quanto: No local - R$ 16 (inteira) e R$8 (meia) Classificação: 12 anos Duração: 1h Mais informações: (31) 3516-1360 http://guia.uol.com.br/belo-horizonte/noticias/2014/02/05/grupo-galpao-e-peca-inspirada-em-livro-de-philip-roth-estao-em-cartaz-em-bh.htm "Os Gigantes da Montanha" do Grupo Galpão Escrita por Luigi Pirandello, a montagem de "Os Gigantes da Montanha" tem direção de Gabriel Villela e conta a história da chegada de uma decadente companhia teatral a uma vila mágica, governada pelo Mago Cotrone e povoada por fantasmas. O espetáculo pode ser visto de quarta a domingo no Cine Theatro Brasil. Até as 11h desta quarta ainda havia ingressos disponíveis. Quando: quarta (5) a sábado, às 21h, domingo às 19h Onde: Cine Theatro Brasil - Praça Sete - Rua dos Carijós, 258, centro Quanto: No local - R$ 40 (inteira) e R$20 (meia); Postos do Sinparc: R$12 (preço único) Classificação: livre Duração: 1h20 Mais informações: (31) 3222 4389

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Capa O diabo está nos detalhes… circenses Claudio Fontana, palhaço de nariz dourado, e Elias Andreato, de nariz negro/ Foto João Caldas No espetáculo ‘‘Um Réquiem para Antonio’’, cenas irônicas debocham da inveja e daquilo que origina a inveja: a virtude do outro Mônica Rodrigues da Costa Especial para Panis & Circus* “Um Réquiem para Antonio” é um espetáculo sobre a inveja que tem como mote e mito a relação entre o compositor italiano Antonio Salieri (1750-1825) e o músico austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). O diretor da peça, Gabriel Villela, representa-a no teatro entre a morbidez e o escracho, simulando um picadeiro tipicamente brasileiro, mas felliniano, antropofágico, porém, mineiro. Armado para dois atores e duas coristas, que também atuam e cantam. Com texto de Dib Carneiro Neto, o enredo mostra Salieri no leito de morte ao rememorar o relacionamento com Mozart. Apesar de seis anos mais velho, revela o quanto a música de Mozart renovou sua própria obra. Eis aí o problema central do espetáculo: Salieri “morde a mão que o alimenta”. No livro clássico “Inveja e Gratidão” (1957), a psicanalista Melaine Klein (1882-1960), ao analisar esse provérbio, definiu a inveja como “[...] o sentimento raivoso de que outra pessoa possui e desfruta algo desejável – sendo o impulso invejoso o de tirar esse algo ou estragá-lo”. É desse modo que Milos Forman explora no filme “Amadeus” o mito da inveja. Da mesma perspectiva, Villela trabalha a encenação, que usa, além do filme, muitas outras referências e não só temáticas. Às vezes o procedimento é plástico e formal. Man Ray** e as máscaras barrocas do teatro europeu. O ator Elias Andreato apresenta-se como palhaço de nariz negro e compõe um moribundo que tosse em seus momentos finais. Entre um gesto e outro de corpo, como quando a angústia toma o personagem, Andreato muda o tom e o ritmo e vai da lamúria aos impropérios, escancarando o signo da inveja. O boneco de Mozart inferniza Salieri/ Foto João Caldas Ao mesmo tempo em que blasfema contra Deus, elogia a inventividade do jovem músico. O diretor acrescenta à cena ditos e cantigas interioranos. Em um desses momentos, Salieri confunde a presença de Mozart e diz, debochado: “Assombração! O que queres de mim, criança infernal?”. O jogo sério-cômico não é visto no filme de Forman, construído com a gravidade da verossimilhança durante a última confissão de um velho antes de morrer. A exuberância de ornamentos na decoração e nos vestuários em Salzburg e em Viena. Era moda usar perucas no século de Mozart. Mais inventiva, a encenação de Villela desfia colagens do trágico sobre o terrível, deste com o cômico, cuja pegada circense ironiza a história, deixa-a kitsch como um filme de Hollywood. Ao tratar dessa forma jocosa os mitos da tragédia, o espetáculo produz uma imagem que aos poucos amplia seu espaço e se desdobra. O espectador se esquece da trama tamanha é a interrupção épica durante o espetáculo, em especial, na visualidade e na música, tocada no piano ao vivo e que mistura o erudito, o popular, a MPB e a elocução dramática. A ironia é sempre o procedimento em todos os planos: cenografia, trilha sonora, iluminação, figurino. O chiste, seja verbal, sonoro ou visual, mistura padrões, aromas e tecidos de cores diversas. Como se a matéria plástica, monstruosa por fugir do gosto burguês, ampliasse distorcendo, como os espelhos deformantes das feiras e parques de diversões no interior. A atuação de Claudio Fontana é mais circense do que trágica, trata-se de um personagem imaginário e condensado no delírio em que se encontra o personagem de Andreato. O Mozart dele é um manipulador no duplo sentido: dá vida a um fantoche de luva e se instala multifacetado na mente de Salieri, argumentando contra os pensamentos do protagonista. Fontana combina risadas empacotadas, que imitam o ator do filme, com jogo de bilhar, pilhéria e provocação. A imagem irônica está em seu figurino cheio de camadas, estilos de roupa em cima de outros gêneros, figurinos de épocas, como as qualidades do Mozart: imaturo, confuso, caótico. Dele brotam, explica o invejoso Salieri, a melodia mais delicada e alegre, o ritmo saltitante das danças nos salões aristocráticos e, o pior, ou melhor: a capacidade que suas composições tinham de cair no gosto e reconhecimento populares. Andreato (no papel de Salieri) e Fontana (interpreta Mozart) em cena da peça /Foto João Caldas Nada mais acertado do que traduzir emoções assim para suportes estéticos seculares, como o circo, a igreja e a feira, em alusões entrecruzadas. O circo, dos horrores da dor da inveja e do aspecto bizarro do riso, onde tecidos multicoloridos se misturam: sedas, lenços orientais, pedaços de épocas, plásticos, jarro de planta contra o mau-olhado e cálices de aço inoxidável, quimonos e meias brancas de moradores urbanos em trajes de legging. Significados se espalham pelo palco e estão nos corpos dos atores. Elias Andreato é o moribundo que a toda hora sai do caixão e conversa, no estilo de “…Brás Cubas”, de Machado de Assis, e de “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água”, de Jorge Amado. O espectador identifica a bricolagem de Villela em “Réquiem…”. O que ainda vê ele nessa peça? O tropicalismo, as cirandas de Minas Gerais, objetos particularíssimos e enigmáticos e o universal, lado a lado e sobrepostos. Muito mais, coisas que a gente nem consegue captar, mas sente. Essa forma justaposta da cultura é a mesma da poesia e dos palhaços. A música é um comentário à parte. De especialista. Observação sobre circo e arquitetura da trama cênica O palco é um círculo discreto porque acompanha a arquitetura do Tucarena e a movimentação propiciada pelo espaço é o pingo no “i”, revelador do procedimento do diretor da montagem. No alto das escadarias há dois púlpitos, perdão, balcões, o andar elevado de espaços onde ocorrem em geral algumas cenas no palco elisabetano. Como representar a inveja, sentimento que nasce com a espécie, nato, inato, hereditário e genético, pesquisado por psicanalistas e objeto de estatísticas e receituários em revistas e pesquisando no Google. O circo tem a sua versão: altera a cena que seria sublime, tornando-a chula e escrachada, como os musicais de teatro de revista e os picadeiros do interior e do passado, meio fantasmagóricos. No segundo andar do teatro, na peça, ocorre a metamorfose da ironia no trágico e no cômico. O sentido se adensa. Enquanto no coro e no piano são apresentadas referências sacras e laicas, desde a Bossa Nossa, com Tom Jobim, e o canto das vozes femininas, até as trilhas de filmes e gêneros musicais. Ficha técnica: Texto: Dib Carneiro Neto. Direção: Gabriel Villela. Elenco: Elias Andreato, Claudio Fontana, Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky. Figurino: Gabriel Villela e José Rosa. Cenário: Márcio Vinícius Adereços: Shicó do Mamulengo. Iluminação: Wagner Freire. Preparação vocal: Babaya. Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Mônica. Direção musical e arranjos: Miguel Briamonte. Pianista: Fernando Esteves. Assistência de direção: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Produção executiva: Clíssia Morais e Francisco Marques. Direção de produção: Claudio Fontana. Serviço: UM RÉQUIEM PARA ANTONIO – Teatro Tucarena. Sex. e sáb., às 22h; dom., às 19h. R$ 40 (sex.) e R$ 50 (sáb. e dom.). Classificação: 14 anos. Vendas online – www.ingressorapido.com.br. Até 30/3. 300 lugares. Klein, M. Inveja e gratidão e outros trabalhos (1946-1963). Rio de Janeiro: Imago, 1991, pág.212. *Mônica Rodrigues da Costa é crítica de teatro para crianças no “Guia da Folha” e doutora em comunicação de semiótica pela PUC/SP. ** Main Rain (1890-1976) – fotógrafo e pintor norte-americano vanguardista. http://www.panisecircus.com.br/o-diabo-esta-nos-detalhes-circenses/

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O teatro na telona do cinema 12 de fevereiro de 2014 0 O teatro na telona do cinema. A conexão entre os dois formatos vai ocorrer dia 11 de março no Cinépolis do Norte Shopping. A peça Romeu e Julieta, do Grupo Galpão, é uma releitura da clássica história contaminada com bons elementos da cultura popular brasileira, inspirada principalmente em Guimarães Rosa e no sertão mineiro. Haverá sessões também nos dias 18 e 25 de março e 4 de abril, sempre às 21h30min. (Foto: Glenio Campregher/Divulgação) (Foto: Glenio Campregher/Divulgação) Criado em 1982, o Grupo Galpão é um dos mais importantes do teatro brasileiro. Em seus trabalhos, com foco em um teatro de fácil conversa com o universo popular, o grupo já trabalhou com diversos diretores convidados, como Eid Ribeiro, Gabriel Villela e Paulo José. Ao longo dos mais de 30 anos de atuação, já são mais de 100 prêmios nacionais. http://wp.clicrbs.com.br/contracapa/2014/02/12/o-teatro-na-telona-do-cinema/?topo=52,2,18,,159,e159
Queridos na platéia do musical Elis https://www.facebook.com/joaoluiz.azevedo/media_set?set=a.554234747978768.1073741837.100001767425630&type=1 Giovana e Gabriel Villela, lindos!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Elias Andreato e Claudio Fontana: Duelo de clowns 1 de 2 Elias Andreato e Claudio Fontana: Duelo de clowns (Foto: João Caldas) Elias Andreato e Claudio Fontana estão no drama Um Réquiem para Antonio, que estreia no Tucarena 2 de 2 Elias Andreato e Claudio Fontana estão no drama Um Réquiem para Antonio, que estreia no Tucarena (Foto: João Caldas) Anterior Próxima Avaliado por Veja SP Peças › Drama Um Réquiem para Antonio Direção: Gabriel Villela Duração: 70 minutos Recomendação: 14 anos Confira horários e locais 3 VEJA SP (2 avaliações) Avalie http://vejasp.abril.com.br/atracao/requiem-para-antonio#2 Resenha por Dirceu Alves Jr. Principal marca do diretor Gabriel Villela, a transformação do óbvio adquire em Um Réquiem para Antonio uma proporção surpreendente. O texto escrito por Dib Carneiro Neto recupera uma história contada em uma celebrada peça de teatro assinada por Peter Shaffer e no oscarizado filme de Milos Forman Amadeus, de 1984. Portanto, a novidade poderia ficar zerada. Não para Villela, um encenador que, acertando ou errando, enfrenta o diferente. Dramático ao extremo, o original ganha contornos fortes de tragicomédia, influenciada pela estética circense e pela chanchada, para mostrar a história de inveja que une dois grandes compositores, o italiano Antonio Salieri (1750-1825) e o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Agonizante no leito, Salieri (interpretado por Elias Andreato) mergulha em um delírio e acerta as contas com Mozart (vivido por Claudio Fontana), que, morto aos 34 anos, foi seu rival artístico. Como clowns, Andreato e Fontana deslizam na arena transformada em picadeiro. A dupla troca de registro e ganha a empatia do público sem ofuscar a biografia de Salieri e Mozart. Muitas vezes, os diálogos parecem improvisos, tamanha a espontaneidade. Acompanhadas do pianista Fernando Esteves, as atrizes e cantoras Nábia Vilela e Mariana Elisabetsky fazem intervenções pontuais. Estreou em 17/1/2014. Até 30/3/2014. Até 30 de março Tucarena 4 Estrelas Rua Monte Alegre, 1024 - Entrada pela Rua Bartira, esquina com a Rua Bartira - Perdizes - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3670 8455 Sexta e sábado, 22h; domingo, 19h. Bilheteria: 14h/20h (terça a quinta); a partir das 14h (sexta a domingo). Sexta: R$ 40,00 Sábado e domingo: R$ 50,00

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Salieri serve um copo de inveja para Mozart em “Um Réquiem para Antonio” Em Resenhas, Teatralidade, Teatro em 11 de Fevereiro de 2014 às 7:36 pm UM RÉQUIEM 1 - DNG http://ratoletrado.wordpress.com/2014/02/11/salieri-serve-um-copo-de-inveja-para-mozart-em-um-requiem-para-antonio/#more-728 Por Leandro Nunes Foto: Divulgação A História não vive apenas de acontecimentos datados e registrados. Existe um molho de boatos que dá um gosto especial à existência. Aquela velha história de repetir uma mentira até que ela se torne verdade. Os músicos Mozart (1756-1791) e Salieri (1750-1825) são um desses casos em que, embora não existam provas, o italiano Antonio Salieri, movido por inveja, envenenou o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. É o que conta a ópera apócrifa escrita pelo russo Nikolai Rimsky-Korsakov, em 1898, extraída do drama em versos do também russo Alexander Pushkin. A lenda narra que Mozart era profundamente invejado por Salieri, embora não houvesse motivos. O italiano sempre fez sucesso enquanto o austríaco nunca conseguia emplacar um bom trabalho. Para recriar esse universo, o espetáculo Um Réquiem para Antonio segue em cartaz no Teatro Tucarena. Escrito por Dib Carneiro Neto, o texto incorpora a loucura do boato à grandeza datada e registrada dos dois artistas. Dirigidos por Gabriel Villela, os atores Claudio Fontana e Elias Andreato encarnam os músicos. Ainda no palco, um piano não poderia faltar sob as mãos de Fernando Esteves e acompanhado das vozes de Nábia Vilela e Mariana Elisabetsky. O cenário explora cores, texturas e muitas camadas, como nos figurinos. A iluminação acompanha as possibilidades. Existe uma harmonia consciente, na medida. Um Réquiem para Antonio brinca com fatos e boatos. Dá pistas de coisas que nunca existiram e lança dúvidas sobre o que é comprovado. Um espetáculo de teatro e música ao mesmo tempo. Sem grandes aspirações, a peça é um jogo simples e seguro, de quem sabe recontar uma velha história. Serviço: Um Réquiem para Antonio Quando: Sextas e sábados, às 22h, domingos, às 19h. Até 30 de março. Onde: Teatro Tucarena Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes. Ingressos: R$ 40 a R$ 50

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

EATRO Um retrato preciso da cena contemporânea 05.02.2014 ´´ imprimir Image-0-Artigo-1538366-1 Cinco espetáculos internacionais e sete estreias nacionais serão destaques no evento Cinco espetáculos internacionais e sete estreias nacionais serão destaques no evento http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/um-retrato-preciso-da-cena-contemporanea-1.805054 Com cinco espetáculos de companhias estrangeiras e sete estreias nacionais, a 23ª edição do Festival de Teatro de Curitiba apresenta entre os dias 26 de março e 6 de abril um retrato da cena contemporânea. A pretensão da curadoria não é levar à capital paranaense o melhor da produção cênica no Brasil e no mundo, mas sim revelar tendências e propor diálogos, em programação anunciada ontem. Uma dessas conversas tem no centro o dramaturgo inglês William Shakespeare. Da Royal Shakespeare Company, o festival traz uma encenação em parte cantada e em parte falada de "The rape of Lucrece", estrelada pela cantora de rock Camille O'Sullivan. Também apostando em uma leitura inovadora de um clássico, o grupo chileno Viajeinmóvil apresenta "Otelo" com manipulação de bonecos gigantes. Do Brasil, o público poderá conferir duas leituras de "Ricardo III", uma dirigida por Marcelo Lazzaratto, outra criada por Sergio Módena. "Há um pensamento na programação. Diálogos entre espetáculos, temas como o uso da tecnologia em cena, os 25 anos da carioca Cia dos Atores (cujas comemorações começaram em 2013), a tendência de uma dramaturgia documental ou autobiográfica", explica Leandro Knopfholz, diretor do festival. Fringe No Fringe, mostra paralela ao festival, serão apresentados 400 espetáculos. Não há curadoria. A regra para participar é apresentar um espetáculo com 80% de seus profissionais com registro profissional e não fazer proselitismo. Cerca de 50 olheiros, profissionais que fazem programação de teatros e equipamentos culturais, estarão em Curitiba para garimpar as peças. Revelado nas duas edições anteriores do Fringe, o grupo carioca Teatro Inominável passa neste ano a integrar a programação da mostra oficial com a estreia de "Concreto armado". Com direção e dramaturgia de Diogo Liberano, o espetáculo acompanha uma turma de pós-graduandos em Arquitetura e Urbanismo, enquanto a Copa do Mundo no Brasil toma corpo e debate-se a preservação e a restauração do patrimônio público. Copa "A peça não é sobre a Copa do Mundo, mas sobre consciência, abertura do olhar", adianta Liberano. O mineiro Gabriel Villela terá dois espetáculos na programação: "Os gigantes da montanha", encenação que ocupará as ruas de Curitiba, e "Um réquiem para Antônio", que estreou em janeiro em São Paulo. O encenador paranaense Paulo de Moraes, diretor artístico da Armazém Companhia de Teatro - que, celebra 25 anos em 2014 -, também terá duas obras na programação: "Jim" e a estreia nacional de "O dia em que Sam morreu", escrita por Moraes em parceria com Maurício Arruda Mendonça. "É uma reflexão sobre poder e ética em tempos nos quais impera a banalização do mal", descreve Moraes sobre a nova peça, completando que, em comum com "Jim", ela tem a busca dos personagens em se posicionar poética e politicamente no momento em que estão vivendo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014 - 18h49 Atualizado em segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014 - 18h49 Grupo Galpão em dose tripla na Campanha Grupo reencena ‘Os Gigantes da Montanha’ no palco do Cine Brasil de terça a domingo. ‘Os Gigantes da Montanha’, baseado em texto de Luigi Pirandello, sai da praça pública para o palco italiano. / GUTO MUNIZ/DIVULGAÇÃO ‘Os Gigantes da Montanha’, baseado em texto de Luigi Pirandello, sai da praça pública para o palco italiano. GUTO MUNIZ/DIVULGAÇÃO MetroBH leitor.bh@metrojornal.com.br Os três espetáculos mais recentes do Galpão poderão ser vistos e revistos neste mês, na 40ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança.http://noticias.band.uol.com.br/cidades/minasgerais/noticia/?id=100000661567 A estreia será nesta terça-feira, com “Os Gigantes da Montanha”. Depois de ser encenado em praças e parques, a adaptação da fábula do dramaturgo italiano Luigi Pirandello será apresentada no grande teatro do Cine Brasil. “A interpretação se torna mais elaborada e com menos participação do público. O espetáculo é facilmente adaptável para o palco. Levaremos todos os elementos da rua como as músicas, figurino, cenário. É uma peça de encher os olhos com todo um colorido a partir de uma pesquisa do teatro popular em dife rentes culturas”, explica um dos fundadores do Galpão, o ator Eduardo Moreira. O enredo traz uma companhia de teatro falida que decide tentar a sorte num vilarejo afastado. Um poderoso mago convida os integrantes a permanecerem no local para sempre, o que desagrada uma das atrizes, que sonha em levar as montagens para todos os cantos do mundo. Nas semanas seguintes, duas obras do russo Anton Tchekhov serão reencenadas. “Tio Vânia (aos que vieram depois de nós)”, considerada uma obra-prima da dramaturgia mundial, aborda as angústias do passar do tempo e a decadência social. Já “Eclipse” reflete sobre a falta de sentido da vida com questões profundas propostas pelo autor. “São espetáculos intimistas, com falas bastante psicológicas e conflitos intensos. Os textos conciliam essa reflexão filosófica e existencial com um prazer estético muito grande do teatro bem feito”, ressalta Moreira.
PRINCIPAL / SALA DE NOTICIAS SALA DE NOTÍCIAS http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/noticia.do?evento=portlet&pAc=not&idConteudo=143549&pIdPlc=&app=salanoticias Alterar tamanho do texto Imprimir Impressão Grupo Galpão estreia na Campanha de Popularização do Teatro e da Dança Publicado em 03/02/2014 19:53:18 O Grupo Galpão marca sua estreia nesta terça-feira, dia 4, na 40ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança com sua peça mais recente, “Os Gigantes da Montanha”. A montagem, que já circulou por várias cidades brasileiras, ocupa o palco do Cine Theatro Brasil (rua dos Carijós, 258, Centro) de terça a sábado, às 21h, e no domingo, às 19h. O espetáculo, com texto do autor italiano Luigi Pirandello, celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que dirigiu o grupo em “Romeu e Julieta” e “Rua da Amargura”, espetáculos históricos levados pela primeira vez ao grande público nos anos 1990. A peça pode ser vista até o próximo domingo e os ingressos custam R$ 12. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, marcada por encantos e governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, devido à obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar “A Fábula do Filho Trocado”. Convencido a dar vida ao espetáculo, Cotrone se propõe a criar fantasmas, que completam o elenco da peça, mas em troca pede aos atores que permaneçam para sempre na vila, representando a encenação apenas para eles mesmos. A proposta causa insatisfação em Ilse, defensora do discurso de que uma obra deve viver entre os homens, sendo apresentada para o grande público. A esperança surge com os gigantes da montanha, povo que vive próximo ao lugarejo, mas, que são conhecidos pelo desprezo pela poesia e pela arte. Confira a programação da campanha de popularização de terça-feira, dia 4: Dança • “Pó de Nuvens” – Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244, Lourdes), às 21h. R$ 12. Teatro adulto • “7 Lições para se Conquistar um Homem Quase Perfeito” – Teatro da Maçonaria (avenida Brasil, 478, Santa Efigênia), às 21h. R$ 12. • “Arrasô! A Comédia” - Teatro Monte Calvário (rua Bernardo Guimarães, s/nº, esq. com rua Uberaba, Barro Preto), às 21h. R$ 12. • “As Rosas no Jardim de Zula” – Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro), às 20h. R$ 8. • “As Sereias da Zona Sul” – Teatro Izabela Hendrix (rua da Bahia, 2.020, Lourdes), às 20h. R$ 12. • “Como fazer uma mulher feliz com apenas cinco reais!” - Teatro Santo Agostinho (rua Aimorés, 2.679, Santo Agostinho), às 20h30. R$ 12. • “É vira-lata, mas não tem rabo preso” – Cine Theatro Brasil – Teatro de Câmara (rua Carijós, 258, Centro), às 21h. R$ 12. • “Os Gigantes da Montanha” – Cine Theatro Brasil (rua Carijós, 258, Centro), às 21h. R$ 12. • “Os Sem Vergonha” – Teatro Alterosa (avenida Assis Chateubriand, 499, Floresta), às 21h. R$ 12. • “Quem tem medo da velhice” – Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro), às 20h30. R$ 12. • “Só quero ver na Copa” - Teatro Shopping Estação BH (avenida Cristiano Machado, 11.833, Venda Nova), às 20h30. R$ 12. • “Talvez seja amor” – Teatro Sesi Holcim (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia), às 20h30. R$ 12. • “Vexame” – Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2.244, Lourdes), às 20h30. R$ 12. • “Vulgaridades Sublimes” – Teatro Júlio Mackenzie (rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro), às 21h. R$ 10. | Voltar
BELO HORIZONTE 05 FEVEREIRO 1H55 20°MIN 33°MAX CAPA SUPERFC CIDADES DIVERSÃO INTERESSA MAIS http://www.otempo.com.br/divers%C3%A3o/magazine/grupo-galp%C3%A3o-d%C3%A1-in%C3%ADcio-a-mostra-de-seus-trabalhos-mais-recentes-1.783278 MagazineTV TudoCelebridadesRoteiros culturaisMeu GuiaCinemaRSS REPERTÓRIO Grupo Galpão dá início a mostra de seus trabalhos mais recentes “Os Gigantes da Montanha”, assim como “Eclipse” e “Tio Vânia”, estarão em cartaz em fevereiro Enviar por e-mail Imprimir Aumentar letra Diminur letra Fonte NormalMais Notícias C-FDU03 Tipos e música marcam o espetáculo “Os Gigantes da Montanha” PUBLICADO EM 04/02/14 - 04h00 GUSTAVO ROCHA Aquela máxima artística de se renovar e começar tudo do zero ao iniciar um novo trabalho encontra seu par perfeito quando falamos do atual momento vivido pelo Grupo Galpão. A partir de hoje, o público poderá conferir facetas bastante diferentes do grupo, que apresenta três peças dentro da programação da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Primeiro, “Os Gigantes da Montanha”, seguido por “Eclipse” e, finalmente, “Tio Vânia”. “A natureza do teatro de rua é exteriorizada, portanto, é uma linguagem com mais estímulos visuais e sonoros”, observa Eduardo Moreira, um dos atores e fundadores do Galpão. “Os Gigantes da Montanha” marca o reencontro do grupo com o diretor Gabriel Villela, e parte da obra do italiano Luigi Pirandello. “É uma dramaturgia quase alucinógena. Esse texto é da fase final de Pirandello, quando ele dizia que o teatro deveria ser pura poesia. Eu o vejo como um desafio grande, por ser uma trama muito complexa, cheia de histórias paralelas”, explica Moreira. Villela assina a direção daquele que é um dos principais marcos do teatro da cidade: “Romeu e Julieta”, de 1992. Quase vinte anos depois (Villela ainda dirigiu “A Rua da Amargura”, de 1994) eles reeditam a parceria. Para Moreira, embora ambos tenham acumulado experiências ao longo da trajetória, cada processo significa uma possibilidade de recomeço. “Um começo de trabalho é sempre um salto no escuro”. Originalmente concebida para a rua, nessa temporada a montagem será realizada em um teatro. “Acho que o caminho da rua para o palco é mais fácil do que o contrário. O espetáculo vai ganhar visualmente em plasticidade e perder um pouco de sua relação com o público”, avalia. Outras facetas do Galpão poderão ser vistas quando o grupo apresentar “Eclipse” e “Tio Vânia”. “Tchekov é uma coisa interiorizada, um desafio muito grande. Ao mesmo tempo é teatral, mas a teatralidade soa mal, ela destoa. Essa medida é complexa. Você não pode ser naturalista como se estivesse na cozinha da sua casa, mas não pode ser tão teatral, porque não convence”, observa Moreira. Agenda O quê. “Os Gigantes da Montanha” Quando. De hoje a 9 de fevereiro (de terça a sábado, às 21h; domingo, às 19h) Onde. Cine Theatro Brasil (rua dos Carijós, 258, centro) Quanto. R$ 12 nos Postos do Sinparc
CÊNICAS Festival de Teatro aposta em figurões Edição da mostra 2014 traz Débora Falabella, Eriberto Leão, Ney Latorraca, Maria Fernanda Cândido e Reynaldo Gianecchini aos palcos de Curitiba 04/02/2014 12:30 Helena Carnieri O Festival de Teatro deste ano irá agradar quem gosta de ver rostos conhecidos no palco. A mostra principal, que vai de 26 de março a 6 de abril, terá pelo menos cinco espetáculos cujo elenco traz figuras bem tradicionais da televisão. A grade principal está sendo divulgada na manhã desta terça-feira (4) no Itaú Cultural, em São Paulo. O veterano Ney Latorraca volta ao teatro pelas mãos do polêmico diretor Gerald Thomas, em “Entredentes”, que terá sessões durante o festival. Eriberto Leão encarna Jim Morrison, vocalista do The Doors, no musical “Jim”, com direção do paranaense Paulo de Moraes. Reynaldo Gianecchini faz par com a paranaense Maria Fernanda Cândido em “A Toca do Coelho”, peça com direção de Dan Stulbach – outro ator conhecido que deve vir a Curitiba para a estreia. E a atriz Débora Falabella, que ganhou o Brasil em 2012 com a interpretação da personagem Nina na novela "Avenida Brasil" apresenta em Curitiba “Contrações”, peça com direção da prestigiada Grace Passô, que concorre a vários prêmios nacionais. Com cinco espetáculos internacionais e seis estreias nacionais, o festival mantém a tradição de trazer a Curitiba trabalhos que tiveram destaque no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas também inclui duas companhias curitibanas na grade: a Cia Brasileira, com “Nús, Ferozes e Antropófagos”, e a Cia. Metáfora, que estreia “Tumba de Cães”. Uma mostra de rua patrocinada pelo Sesi também fará barulho, com a chilena “El Hombre Venido de Ninguna Parte” e o novo espetáculo dos mineiros do Galpão, “Os Gigantes da Montanha”. Na quarta-feira (5), O Caderno G traz a cobertura completa do Festival de Teatro 2014. Ingressos As vendas de ingresso começam na próxima sexta-feira (7), em bilheterias instaladas nos shoppings Palladium, Mueller e ParkShopping Barigüi, além do site do Festival. O valor é o mesmo do ano passado: R$ 60 a inteira e R$ 30 a meia-entrada. Veja a lista completa de espetáculos da mostra principal do festival: ESTREIA “2 x Matei”. Direção de Gilberto Gawronski (SP). Com Gilberto Gawronski e Guida Vianna. Dias 26 e 27 de março no Guairinha. “Espelho para Cegos”, da Cia. do Teatro dos Novos (Salvador, BA). Direção de Marcio Meirelles, Bertho Filho e Douglas Irvine. Dias 26 e 27 de março no Teatro da Reitoria. ESTREIA “Concreto Armado”, com o Teatro do Inominável (RJ). Direção de Diogo Liberano. Dias 26 e 27 de março, no Teatro do Paiol. “Ricardo III”, monólogo com Gustavo Gasparani (RJ). Direção de Sérgio Módena. Dias 27 e 28 de março, no Sesc da Esquina. “Cais ou da Indiferença das Embarcações”, da Velha Companhia (SP). Direção de Kiko Marques. Dias 27 a 30 de março, no Cietep. ESTREIA “Tumba de Cães”, com a Cia. Metáfora (Curitiba). Direção de Marino Jr. Dias 28 e 29, no Guairinha. “Contrações”. Direção de Grace Passô (SP). Com Débora Falabella e Yara de Novaes. Dias 28 e 29 de março, no Teatro Bom Jesus. “A Arte da Comédia”. Direção de Sérgio Módena (RJ). Com Ricardo Blat e Thelmo Fernandes. Dias 29 e 30 de março, no Teatro Positivo. “Ricardo III”, do Projeto 39 Shakespeare (SP), que encenará a obra completa de Shakespeare. Dias 29 e 30 de março, no Sesc da Esquina. “BR Trans”, com o coletivo artístico As Travestidas (fortaleza e Porto Alegre). Direção de Jezebel De Carli. Monólogo com Silvero Pereira. Dias 29 e 30 de março, no Teatro do Paiol. “Sexo, Drogas e Rock´n´roll”. Direção de Vítor Garcia Peralta (RJ). Monólogo com Bruno Mazzeo. Dias 30 e 31 de março, no Guairão. “Jim”. Direção de Paulo de Moraes (RJ). Musical com Eriberto Leão sobre Jim Morrison. Dias 1º e 2 de abril, no Guairão. “Um Réquiem para Antonio”, de Gabriel Villela (SP). Com Claudio Fontana e Elias Andreato. Dias Dias 1º e 2 de abril, no Teatro da Reitoria. “Trilogia do Sonho”, com a Cia. Sala Escura (RJ). Direção de Iuri Kruschewsky: “É Culpa da Vida Que Sonhei ou dos Sonhos Que Vivi” (dias 1º e 2); “Memória Inventada no Sonho de Alguém” (dias 3 e 4) e a estreia de “Pesadelo” (dias 5 e 6), no Teatro Bom Jesus. “Bichado”, de Zé Henrique de Paula e Núcleo Experimental (SP). Dias 1º e 2 de abril, no Sesc da Esquina. “Transgressões”, da Cia. PiaFraus (SP). Direção de Beto Andretta. Dias 1º e 2 de abril, no Teatro do Paiol. ESTREIA “Rózà”. Direção de Marta Kiss Perrone e Joana Levi (SP). Dias 1º e 2 de abril, no Cietep. “Entredentes”, de Gerald Thomas (SP). Com Ney Latorraca, Edi Botelho e Maria. Dias 2 e 3 de abril, no Teatro Positivo. “Quem Tem Medo de Virginia Woolf”, com Zezé Polessa e Daniel Dantas. Direção de Vítor Peralta (RJ). Dias 3 e 4 de abril, no Guairão. ESTREIA “O Dia em Que Sam Morreu”, com a Cia. Armazém (PR/RJ). Direção de Paulo de Moraes. Dias 3 e 4 de abril, no Guairinha. Cia dos Atores (RJ) Grupo apresenta “Laboratorial” (19h30) e “Como Estou hoje” (21h30) dias 3 e 4 de abri; e “Conselho de Classe” (21h) dias 5 e 6 de abril. No Sesc da Esquina. “Se Fosse Fácil, Não Teria Graça”. Direção e atuação de Nando Bolognesi (SP). Dias 3 e 4 de abril, no Teatro do Paiol. “A Importância de ser Perfeito”, do ColetivoAchadoNumaMala (RJ). Dias 4 a 6 de abril, no Cietep. “Paixão e Fúria – Callas, o Mito”, com o Studio 3 Cia. de Dança (SP). Direção de José Possi Neto. Dias 5 e 6 de abril, no Teatro Positivo. “A Toca do Coelho”. Direção de Dan Stulbach (SP). Com Maria Fernanda Cândido e Reynaldo Gianecchini. Dias 5 e 6 de abril, no Guairão. “Nem Mesmo Todo o Oceano”, da Cia. Omundoé (RJ). Direção de Inês Viana. Dias 4 e 5 de abril, no Guairinha. “Nús, Ferozes e Antropófagos”, com a Cia. Brasileira (Curitiba), o coletivo Jakart/Mugiscué e o Centro Dramático Nacional de Limousin, da França. Dias 5 e 6 de abril, no Teatro do Paiol. Ensaio aberto. Internacionais “Otelo”, da Cia. Viajeinmóvil (Chile). Direção de Jaime Lorca, Teresita Iacobelli, Christián Ortega. Com Teresita Iacobelli, Jaime Lorca e bonecos. Dias 29 e 30 de março, no Teatro Positivo. “The Rape of Lucrece”. Performance em inglês com a cantora Camille O'Sullivan e música original ao vivo de Feargal Murray (Reino Unido). Dias 4 e 5 de abril, no Teatro da Reitoria. “Sonata de Otoño”, de Daniel Veronese (Argentina). Texto de Ingmar Bergman em espanhol. Com Cristiana Banegas, María Onetto e Luis Ziembrowski. Dias 31 de março e 1º de abril, no Guairinha. “Spam”, com a Cia. Spregelburd/ músico Zypce (Argentina). Direção de Rafael Spregelburd. Com Raphael Spregelburd e Zypce. Em espanhol. Dias 30 e 31 de março, no Teatro da Reitoria. Sesi na Rua “El Hombre Venido de Ninguna Parte”, da Cia. La Gran Reyneta (Chile). Teatro de rua em espanhol. Direção de Mario Soto. Com Francisca Gazitúa, Claudio Vega, Rodrigo Ortega, Pablo Sepúlveda, Luis Catalán, Gonzalo Mella, Noela Salas. Dias 26 e 27 de março, na Praça Santos Andrade. “O Pequeno Manual do Cavaleiro Andante”, com a Cia. dos Palhaços. Dia 2 de abril, no Largo da Ordem. “A Pereira da Tia Miséria”, com o Núcleo Ás de Paus (Londrina). Dia 3 de abril, no Largo da Ordem. “Os Gigantes da Montanha”, com o Grupo Galpão (MG). Direção de Gabriel Villela. Dias 4 e 5 de abril, no Largo da Ordem. Divulgaãohttp://www.jornaldelondrina.com.br/m/cultura/conteudo.phtml?tl=1&id=1444767&tit=-Festival-de-Teatro-aposta-em-figuroes