sábado, 22 de fevereiro de 2014

De Chico Carvalho UM RÉQUIEM PARA ANTONIO Que saudades de ir ao teatro para ver teatro! E fugindo da vida, encontrá-la bem ali Tão real quanto esconde ser Tábuas de histórias Cuja única verdade É parecer! Porque não fosse a farsa a cobrir de enfeites e purpurinas os nossos tristes dias Cegos dançaríamos E tomando a valsa por silêncio sério Viveríamos! Antes esconder para fazer ver! E quem diria que assim seria? Eis quem sois, diz a mentira: Nem mais corretos Tampouco menos patéticos! Forjar as horas Colorir as certezas Costurando melodia onde antes não havia! Função mais nobre não há Na poesia...

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