domingo, 23 de fevereiro de 2014

EntretenimentoNotícias de interesse geral de Uberlândia e região. Imprimir Comentar Enviar por e-mail Reportar erro 23/02/2014 6:05 Grupo Galpão abre série sobre teatro brasileiro composta por 6 episódios Pablo Pacheco Repórter Os intermináveis ensaios, as inúmeras viagens, a tensão na coxia, o improviso no palco e o reconhecimento do público. O cotidiano de seis grupos de teatro brasileiros é o principal personagem do programa “Ensaio aberto: o teatro de grupo no Brasil”, cujo primeiro episódio retrata a história do tradicional “Galpão” de Minas Gerais. Com 32 anos de história, o Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro; ao longo da trajetória, a trupe participou de mais 40 festivais internacionais (Foto: Thiago Costoli/DIivulgação) Além da trupe mineira, a série composta por seis episódios de 26 minutos vai mostrar o dia a dia das companhias “Teatro Popular União e Olho Vivo”, de São Paulo, “Tá na Rua”, do Rio de Janeiro, “Oi Nóis Aqui Traveiz”, do Rio Grande do Sul, “Grupo Comédia Cearense”, do Ceará, e “Imbuaça”, de Sergipe. Com a direção artística de Luiz Cruz e assistência de direção e montagem de Fernanda Pessoa, os episódios estarão disponíveis a partir de sexta-feira (28), no site da Cooperativa Paulista de Teatro, até o mês de abril, além dos aplicativos de celulares. Segundo Cruz, as entrevistas com os grupos, pesquisadores, e diretores de teatro são associadas às imagens da cultura regional de cada estado. “Filmamos os espetáculos atuais de cada grupo e usamos materiais de arquivo para compor episódios dinâmicos e divertidos. A estética do barroco, a literatura de cordel, o carnaval, o cangaço, a comédia cearense são alguns exemplos dos temas tratados no programa”, afirmou o diretor artístico. Grupo é um dos mais importante do Brasil Com 32 anos de história, o Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro. Criado em novembro de 1982, a companhia alia rigor, pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público. “Romeu e Julieta” e “Um Molière imaginário” são os dois espetáculos do Galpão mais reconhecidos, pelo público e pela crítica, dentro de uma trajetória que também conta com o sucesso das apresentações de “A rua da armagura”, “O inspetor geral”, “Till, a saga do herói torto” e o mais recente espetáculo, “Os gigantes da montanha”. Ao longo de sua trajetória, o Grupo participou de mais 40 festivais internacionais (na Europa, América Latina, Estados Unidos e Canadá) e cerca de 70 nacionais, em todas as regiões do País, sendo o único grupo brasileiro a se apresentar no “Globe Theather”, em Londres. O Grupo acumula ainda mais de 100 prêmios brasileiros. É premissa do Galpão trabalhar com diferentes diretores convidados, como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes e Jurij Alschitz, além dos próprios atores que também já dirigiram espetáculos da companhia Temas regionais e universais atrai o público Ao forjar uma linguagem que provoca o diálogo entre o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o grupo Galpão criou, nesses 32 anos, uma empatia com o público, que se identifica com os temas regionais e universais. Para Eduardo Moreira, ator e fundador do Galpão, o fazer teatral não é tarefa fácil.“São muitos desafios que precisamos enfrentar, cotidianamente, já que o fazer teatral é uma atividade que nos exige um permanente recomeço”, disse Moreira. O fundador do Galpão, que participou de todas as montagens nos 32 anos de história, afirmou que o trabalho em grupo é característica inerente da profissão. “Mesmo quando falamos de uma peça em que cada ator é contratado separadamente, existe ali a essência do teatro de grupo. Pois o coletivo é essencial para essa arte”, afirmou o ator. “Os gigantes da montanha” ganha turnê em Minas A partir do dia 13 de março, o grupo Galpão inicia em Diamantina uma temporada que vai levar “Os gigantes da montanha” para nove cidades do norte de Minas Gerais. Chico Pelúcio, integrante da companhia mineira e que deve estar em mais uma turnê, reflete sobre os desafios de manter um grupo teatral brasileiro. “O Galpão precisa enfrentar todas as dificuldades que é viver em uma país em que a arte e a cultura não estão atreladas à educação e ao crescimento pessoal de seus cidadãos. Quando não existe essa formação cultural, o teatro não é valorizado pelo cidadão”, disse Pelúcio. Em 1984, Pelúcio fez uma substituição de emergência no espetáculo “E a noiva não quer casar” e esse encontro de 30 anos atrás foi definitivo para a trupe e o ator. Hoje, Pelúcio é coordenador do Centro Cultural Galpão Cine Horto, projeto paralelo da companhia que deve alçar novos voos em breve. “Nossa ideia é a de construir uma nova sede para o Galpão e fazer do espaço um centro cultural com projetos de memória, fomento e planejamento da circulação dos espetáculos da companhia”, disse Pelúcio. SERVIÇO: o programa “Ensaio aberto: o teatro de grupo no Brasil” vai ao ar a partir de sexta-feira (28), no site. Espetáculos do Galpão “E a noiva não quer casar” (1982) “Ó procê vê na ponta do pé” (1982) “De olhos fechados” (1983) “Arlequim, servidor de tantos amores (1985)” “A comédia da esposa muda” (1986) “Foi por amor” (1987) “Triunfo de um delírio barroco” (1987) “Corra enquanto é tempo” (1988) “Álbum de família” (1990) “Romeu e Julieta” (1992) “A rua da amargura” (1994) “Um Molière imaginário” (1997) “Partido” (1999) “Um trem chamado desejo” (2000) “O inspetor geral” (2003) “Um homem é um homem” (2005) “Pequenos milagres” (2007) “Till, a saga de um herói torto” (2009) “Tio Vânia” (2011) “Os gigantes da montanha” (2012)https://www.correiodeuberlandia.com.br/entretenimento/%C2%AD%C2%ADgrupo-galpao-abre-serie-sobre-teatro-brasileiro-composta-por-26-episodios/

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