domingo, 2 de fevereiro de 2014

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Literalmente. Paredes, tudo. Era um momento de espera. O espaço, como uma tela, foi ganhando cores e formas assim que o diretor Gabriel Villela pisou ali para a preparação da terceira parceria entre o grupo e ele. É como se um membro da família muito querido voltasse ao lar depois de longa distância, com um sopro de novidade. “Gabriel chegou e já foi pintando uma parede de amarelo, trazendo essas cores, esses elementos todos”, comenta a atriz Inês Peixoto, contemplando o ambiente da sede do grupo, agora totalmente – e, de novo, literalmente – tomado por tons, peças, móveis, acessórios que constituem o universo da criação. VEJA TAMBÉM video “É um texto de poesia, não um teatro de tese” Mais A analogia livre sintetiza a relação de troca e estímulo criativo entre diretor, grupo e toda a equipe técnica por trás da construção de “Os Gigantes da Montanha”, que estreia na quinta-feira da próxima semana, na praça do Papa, cenário já intimamente ligado à trajetória do Galpão. Já haviam se passado 19 anos desde o último espetáculo que fizeram juntos. Em 1994, diretor e companhia montaram “A Rua da Amargura”, depois de um começo de parceria retumbante com o clássico “Romeu e Julieta”, de 1991. “Não interrompemos uma relação artística, mas agora a retomamos de uma forma muito visceral e isso para nós é um motivo de alegria muito grande”, pontua o ator Eduardo Moreira. “Havia um desejo muito intenso de saber como o Galpão estava e da mesma forma eles queriam saber como andava a minha cabeça artisticamente”, complementa Gabriel Villela. Para esse reencontro, é preciso dizer que grupo e diretor não fizeram uma escolha fácil. E não poderia ser diferente, dadas as trajetórias tanto de Gabriel quanto do Galpão, sempre em busca de uma linguagem original e de uma estética igualmente autêntica. De cinco textos que estavam na mira, eles escolheram a obra dramatúrgica do italiano Luigi Pirandello (1867-1936), que carrega em si um universo que pede muito mais de subjetividade do que de representação pura e simples – como diria o próprio diretor, o mais difícil entre os textos possíveis. Prato cheio, portanto, para a mão e imaginação de Gabriel Villela e do elenco afiadíssimo do Galpão. “Digo que é o mais difícil entre todos os outros porque é o que apresenta uma narrativa não linear. Não é um texto realista, muito menos naturalista. É um texto herético nesse aspecto porque ele avança contra essas tendências do realismo e do naturalismo, estilos comuns naquela época, e sai por surrealismo lírico, que quase pede que o leitor ou o espectador tome um chá de cogumelo antes”, brinca o diretor. “É um espetáculo que passa primeiro pelo sentir e depois pelo pensar”, acrescenta. Assim como em “Romeu e Julieta”, a dramaturgia de “Os Gigantes da Montanha” é permeada o tempo inteiro por música. “Isso vem pautado de uma relação anterior nessa nossa experiência que já pretendia colocar a palavra na rua, a palavra falada ou cantada em cima de uma narrativa clássica. Hoje nós temos tanto material, tanta tecnologia e essa liberdade estética para investigar mais a fundo coisas que já vinham lá de trás”, comenta Gabriel Villela. A obra de Pirandello é fundamentalmente definida por uma tragédia além da ficção. Em 1936, com dois atos escritos, o italiano foi acometido por uma forte pneumonia, que acabou matando-o e deixando a obra sem um final fechado, ainda que o autor tenha orientado seu filho sobre uma ideia de desfecho. A idiossincrasia que acometeu autor e obra também fisgou a trupe. “Quisemos treinar esse desafio de uma obra inconclusa de um autor que morreu escrevendo as últimas palavras. Quisemos colocar isso ali com as cores e as indagações estéticas nossas”, afirma o diretor. “É uma obra complexa, mas o Pirandello era um homem de alta cultura que sempre foi antielitista. Ele sempre escreveu personagens muito populares, que tocam numa sensibilidade que passa o intelecto, ou seja, que vai além.” Eduardo Moreira Ato

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