sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Fui e Vou! InícioCinemaTeatroViagemGastronomiaOutros eventosFK Ligado quarta-feira, 29 de janeiro de 2014 "Um Réquiem Para Antonio" Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. http://fuievou.blogspot.com.br/2014/01/requiem-para-antonio.html Gabriel Villela estreia em janeiro novo espetáculo, “Um Réquiem Para Antonio”, inspirado na lendária inveja de Antônio Salieri por Wolfgang Amadeus Mozart Texto inédito de Dib Carneiro Neto tem direção de Gabriel Villela, com Elias Andreato (no papel de Salieri) e Claudio Fontana (no papel de Mozart). Completam o elenco Nábia Vilela e Mariana Elisabetsky. O pianista Fernando Esteves também está em cena. No ano em que completa 25 anos de trajetória artística, Gabriel Villela lança novo trabalho, “Um Réquiem Para Antônio”. A estreia acontece dia 17 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Tucarena. A ideia de fazer um espetáculo sobre a inveja do compositor italiano Antônio Salieri (1750 – 1825) pela vida e da obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) foi do ator Elias Andreato, que sugeriu o tema para Dib Carneiro Neto escrever uma peça em que ele e Claudio Fontana atuassem juntos. Dib e Claudio se envolveram com a proposta e um ano e meio depois a peça estreia regida pelas mãos do encenador Gabriel Villela. “Aqui temos uma reunião de artistas que se admiram e se complementam” comenta o produtor e ator Claudio Fontana. No texto de Dib, Salieri, trancafiado em seu quarto, de forma delirante, acerta contas, no leito de morte, com aquele que, morto 34 anos antes dele e precocemente (perto de completar 35 anos de vida), foi alvo de muita inveja: Mozart. Diz a lenda do mundo da música clássica, reforçada pela ficção, que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e procurando impedir sua criação, pois queria ser ele a personalidade musical mais notória de seu tempo, com vistas a deixar uma obra eterna, a ser cultuada por todas as gerações futuras. Não conseguiu. Mozart fracassou na vida, mas triunfou na música. O autor afirma que foi muito prazeroso escrever sabendo que seria para Elias e Claudio atuarem. “Os dois, na vida, têm uma relação muito próxima de amizade e uma dinâmica de interação baseada em muita brincadeira, algo que eu chamaria de um ‘bullying' afetivo. Isso me inspirou no desenvolvimento da dinâmica também entre os personagens, ou seja, Mozart tratando Salieri do mesmo jeito que Claudio trata Elias: com um humor inteligente, com um carinho e uma admiração disfarçados de muita provocação. E Elias respondendo a isso como um Salieri rabugento, irritadiço, impaciente.“ A encenação de Gabriel Villela aponta o lado mítico da inveja, trazendo um Salieri sombrio, confuso e frágil em contraponto a um Mozart gozador, confiante e ágil. Um pequeno picadeiro florido criado por Gabriel em parceria com o cenógrafo Márcio Vinícius recebe o embate entre esses dois compositores com narizes de clown e figurinos que imprimem o arquétipo dos personagens antes mesmo das palavras aparecerem no espetáculo. Os figurinos são assinados pelo diretor em parceria com José Rosa. Os adereços foram todos confeccionados pelo artista plástico Shicó do Mamulengo, do Rio Grande do Norte. A música no espetáculo tem sua própria dramaturgia, entra e sai das alucinações da Salieri como um fio condutor de suas neuroses e lembranças. As músicas de Mozart escolhidas para entrar peça são: Sinfonia em Sol Menor, Marcha Turca, Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e Lacrimosa (ária do seu último réquiem). Para a elaboração da parte musical Gabriel convidou uma importante e frequente parceira artística de seus trabalhos mais recentes, a italiana Francesca Della Monica, antropóloga da voz, pesquisadora de voz da Universidade de Firenze, Itália, e também responsável pela pedagogia na Fondazione Pontedera Teatro, onde o diretor teatral polonês Jerzy Grotowski viveu seus últimos anos. "Minha relação artística e humana com Gabriel é o encontro entre duas almas gêmeas que tem um sentido comum da arte, do teatro entendido como lugar da poesia e terra de cruzamento das experiências estéticas mais importantes", relata Francesca. Uma das preocupações da montagem foi moldar a voz para o Tucarena. "Cada espaço cênico e dramatúrgico pede uma configuraçao específica da dinâmica da voz. A arena exige uma espacializaçao esférica e uma relação cosmogônica com a plateia. Tudo isso combina perfeitamente com a ideia do circo e tambem da orquestra cênica, onde trágico e cômico se fundem e o espetáculo teatral se torna um concerto de vozes cantadas e faladas" descreve Francesca. Francesca trabalhou a espacialização da voz. A voz falada e a partitura de cada ator foram trabalhadas por outra antiga parceira de Gabriel Villela: a fonoaudióloga e preparadora vocal mineira Babaya, enquanto a direção musical e arranjos couberam ao maestro Miguel Briamonte, que juntamente com o pianista Fernando Esteves desenvolveram um trabalho técnico minucioso trazendo parte da magia das inesquecíveis composições de Mozart. Completam a equipe criativa do espetáculo o iluminador Wagner Freire e os assistentes de direção Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Gabriel Villela escolheu a linguagem circense, alegórica e popular para falar desses dois personagens que fizeram parte da história da música clássica.” É no popular que está o meu coração”, diz o diretor. Dos atores ele exige precisão para que alcancem a linguagem clownesca proposta. “Se o ator não triangular com os três pontos igualmente, a fábula fica estática". Esta é a primeira vez que Elias Andreato é dirigido por Gabriel. Sobre este trabalho o ator comenta: “Tenho um prazer imenso em estar aqui. Eu e Cláudio temos um encontro de muito tempo, tenho muita admiração por ele, além de uma amizade de muitos anos. E o Gabriel mostra um lado poético que me proporciona um entendimento maior sobre o meu ofício, o nosso ofício. Ele propõe novos caminhos, o que para mim, com 35 anos de carreira, é maravilhoso. Ele vem e diz - abre mais um pouco, vai por outro caminho -, e eu vou. Nunca me vi tão disponível como agora”. Villela completa, “O Elias é um ator raro, quando chego para o ensaio, por exemplo, ele já está presente e trocando informações sobre a direção artística do espetáculo com os profissionais do nosso ateliê, que fica dentro da sala de ensaio, é um ator que se aprofunda em todas as camadas do espetáculo, da manufatura do figurino até a hora da cena.” Claudio Fontana acrescenta: “O Gabriel propõe uma rica linguagem metafórica para os atores, trabalhar desta forma é um desafio constante”. Uma das diretrizes escolhida pelo diretor para começar os estudos que deram início aos ensaios foi o livro de Elias Norbert, “Mozart - sociologia de um gênio”, no qual o sociólogo alemão faz uma profunda análise sobre o gênio. O autor reflete sobre como uma música considerada sublime poderia ter sido criada por um ser debochado, infantil, que adorava escrever cartas com vocabulário chulo, que se divertia com referências claras à escatologia. O autor não dissocia a "pessoa" do "criador", e que talvez seja exatamente por essa razão que a obra de Mozart seja dotada de tanto vigor, beleza e verdade. Sobre o processo de escrita de seu novo texto, Dib conta, ”A relação entre Mozart e Salieri é bastante rica e intrigante, a ponto de ter atingido o estágio mítico. Extrapolou a realidade e virou prato cheio para a ficção. A genialidade de Mozart chegou ao ponto máximo em muito pouco tempo, pois ele morreu jovem. Salieri, por sua vez, também era muito conhecido e respeitado em seu tempo – e, ainda assim, segundo diz o mito ou reza a lenda, ele perseguia com obsessão a fama do outro. Sendo assim, fui misturando o que li e vi durante minha fase de pesquisa, principalmente: as peças teatrais de Pushkin e de Peter Shaffer, o filme de Milos Forman, as biografias de Harold Schonberg e Peter Gay e as cartas de Leopold (pai de Mozart). O resultado é este ‘Um Réquiem para Antonio’, que defino como um ‘sonho-delírio-desconcerto’ de Antonio Salieri, à beira da morte". Serviço: UM RÉQUIEM PARA ANTONIO, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Duração 70min. Teatro Tucarena. Sex e Sáb 22h, Dom 19h. R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom). Classificação 14 anos. Estreia 17/01. Vendas online - www.ingressorapido.com.br
Crítica: Espetáculo aprisiona Mozart e Salieri no mundo dos clowns CAROLIN OVERHOFF FERREIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA 30/01/2014 03h18 Ouvir o texto Mais opções PUBLICIDADE A suposta rivalidade entre Antonio Salieri e Wolfgang Amadeus Mozart não passa de um mito. Mas a inveja do compositor de sucesso perante o talento do gênio já rendeu diversas peças e filmes. O dramaturgo Dib Carneiro Neto e o diretor Gabriel Villela oferecem agora em "Um Réquiem para Antonio" a sua leitura dessa relação. Leitura que não é clara. Cenário (Mais Cenografia) e figurino (Villela e José Rosa) são um pastiche multicultural. Num espaço barroco, em algum lugar entre o Oriente e o Nordeste brasileiro, estão dois clowns, com nariz postiço e sapatos enormes, mas vestidos com tecidos exuberantes, com cortes entre o quimono e o sári. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/01/1404943-critica-espetaculo-aprisiona-mozart-e-salieri-no-mundo-dos-clowns.shtml Lenise Pinheiro/Folhapress O ator Elias Andreato como Antonio Salieri na encenação O ator Elias Andreato como Antonio Salieri na encenação Personagens grotescas tanto na inveja como no talento? Exuberantes nas suas idiossincrasias? Entre Salieri (Elias Andreato), no leito de morte, e Mozart (Claudio Fontana), há muito falecido, inicia-se então um diálogo que mobiliza tudo o que foi inventado acerca deles, ou comprovado em documentos históricos. A complexidade e particularidade de suas vidas e sentimentos é apresentada de forma quase enciclopédica, o que torna a peça dispersa. Tão excêntricos como suas vidas e vestimentas, os atores falam em falsete, sendo o agudo de Fontana mais excessivo do que o grave de Andreato. Além de querer (e conseguir) encher os olhos, a montagem embala os ouvidos. Fernando Esteves no piano, Mariana Elisabetsky e Nábia Vilela, cantoras como diferentes personagens na vida dos compositores, pontuam os diálogos exaustivos, variando entre a "Serenata Noturna" de Mozart e "I Dreamed a Dream" do musical "Os Miseráveis". Apontar para a popularização da cultura erudita e o desaparecimento de hierarquias é ponto forte na montagem. Declarar os compositores apenas palhaços exóticos, porém, não sustenta um novo olhar. Focar na contradição entre o comportamento demasiado humano e a música divina que produziram poderia render outra peça. UM RÉQUIEM PARA ANTONIO QUANDO sex. e sáb, às 22h, e dom., às 19h; até 30/3 ONDE Tucarena; r. Monte Alegre, 1.024, tel. (11) 3670-8455 QUANTO de R$ 40 a R$ 50 CLASSIFICAÇÃO 14 anos AVALIAÇÃO bom

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

TEATRO Um Réquiem para Antonio SINOPSE: Um Réquiem para Antonio, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. INFORMAÇÕES: • Teatro: TUCARENA • Genêro: Tragicomédia • Período: 17 de janeiro a 30 de março de 2014 • Endereço: Rua Monte Alegre, 1024 (Entrada pela Rua Bartira). Perdizes - São Paulo - SP • Dias e Horários:  Sexta e Sábado às 22h00  Domingo às 19:00h • Valor do Ingresso:  Sexta: R$ 40,00  Sábado: R$ 50,00  Domingo: R$ 50,00  (Desconto de 50% para Estudantes, Maiores de 60 anos, Aposentados, Professores da Rede Pública Estadual e Classe Artística com DRT)  Preço especial PUC-SP: ((Para estudantes, professores e funcionários da PUC sob comprovação - número de ingressos limitado a 10% da lotação do teatro) • Duração: 70 minutos • Indicação de faixa etária: 14 anos • Capacidade: 300 lugares • Acesso para pessoas com deficiência • Tel: (21) 2529-7700 • Vendas • Pela Internet: www.ingressorapido.com.br Central de Vendas: (11) 4003-1212 (aceita todos os cartões de crédito) • Horários de funcionamento da bilheteria: De terça-feira a domingo das 14h00 às 20h00 • Formas de Pagamento: Amex, Aura, Diners, Dinheiro, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron. • Estacionamento conveniado: Pier Park Estacionamentos - Rua Monte Alegre, 835 - R$12,00 Tel.: (11) 3167-7111 (APRESENTAR O INGRESSO) VALET ESTAPAR - SOMENTE SÁBADOS E DOMINGOS, R$ 20,00. • Como Chegar FICHA TÉCNICA • Elenco: Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção Gabriel Villela. • Texto – Dib Carneiro Neto • Direção – Gabriel Villela • Primeiro diretor assistente – Ivan Andrade • Segundo diretor assistente – Daniel Mazzarolo • Figurinos – Gabriel Villela e José Rosa • Cenografia – Mais Cenografia • Cenotécnico responsável – Márcio Vinicius • Iluminação – Wagner Freire • Direção musical e arranjos vocais - Miguel Briamonte • Antropologia da voz – Francesca Della Monica • Direção de texto e preparação vocal – Babaya • Trilha sonora – Francesca Della Monica e Babaya • Adereços e objetos de arte – Shicó do Mamulengo • Bordados – Giovana Vilela • Costureira – Cleide Mezzacapa Hissa • Maquiagem para ensaio fotográfico – Eliseu Cabral • Assistência de maquiagem para ensaio fotográfico – Patrícia Barbosa e Carlos Leite • Coordenação do ateliê – José Rosa • Assistência de cenografia – Evandro Nascimento, Ana Maria Santana, Carmem Guerra • Produção de cenografia – André Aires • Diretor de palco – Ailton Vieira • Operador de Luz - Cleber Eli • Camareira – Marlene Collé • Copeira – Luciana Santos • Assessoria de Imprensa – Pombo Correio • Fotografia – João Caldas • Assistência de fotografia – Andréia Machado • Programação visual – Dib Carneiro Neto, Jussara Guedes e Suely Andreazzi • Produção executiva – Clissia Morais e Francisco Marques • Administração – Francisco Marques • Direção de Produção – Claudio Fontana http://www.clubpradedeu.com.br/teatro.html
Um Réquiem Para Antonio: embate entre Salieri e Mozart em pleno circo Peça: Réquiem Para Antonio, foto 1 Elias Andreato interpreta o invejoso e atormentado Antonio Salieri, em peça de Dib Carneiro Neto A escolha para encenar Um Réquiem Para Antonio no Tucarena não poderia ter sido a mais adequada. O formato de arena do teatro caiu como uma luva na proposta do diretor Gabriel Villela de montar a peça Dib Carneiro Neto num grande circo, em que o picadeiro central é o palco dos últimos dias de vida de Antonio Salieri, que atormentado por sua interminável inveja a Mozart, procura um acerto de contas com o rival, que morreu precocemente 34 anos antes do que ele. Salieri, interpretado por Elias Andreato, no leito de morte e de maneira delirante tem um último embate com o fantasma daquele que o atormentou durante toda a vida, o genial compositor Wolfgang Amadeus Mozart, vivido por Claudio Fontana. Completam o elenco Mariana Elisabetsky, Nábia Vilela e o pianista Fernando Esteves. Peça: Réquiem Para Antonio, foto 2 Claudio Fontana vive o genial Wolfgang Amadeus Mozart O público é direcionado a se sentar em toda a extensão do teatro, reproduzindo a plateia de um verdadeiro circo, assim como os atores se apresentam com maquiagem circense e com narizes de palhaço. Já na primeira fala, Salieri discorre sobre a inveja e o que este sentimento provoca nas pessoas. No ato lembrei-me do livro do jornalista Zuenir Ventura, Inveja Mal Secreto, em que ele faz um paralelo entre ciúme, cobiça e inveja: “Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem. Inveja é não querer que o outro tenha”. E por isto o autor diz que dentre os demais sete pecados capitais, a inveja é a mais insidiosa deles. O invejoso se satisfaz com a queda do outro, com o insucesso do rival. E por isto talvez Salieri tenha vivido toda a sua vida atormentado, por que por mais que tenha tentado prejudicar o rival, a genialidade de Mozart é cultuada até hoje. “Que espécie de relação tinha Mozart com a música, de tal forma que as notas musicais se submetiam a ele? E por que Salieri, ele próprio muito reconhecido e respeitado em seu tempo, perseguia com tanta obsessão a fama do outro? Minha peça tenta lançar mais alguma luz na direção de dois temas que nunca saem de pauta: a inveja da criação e o sentido da fama”, esclarece Dib Carneiro Neto. No decorrer da trama e em seus delírios, Salieri invoca Mozart, que aparece e de maneira alegre e fanfarrona provoca ainda mais o moribundo. A música, tão intrinsecamente ligada à vida dos dois compositores, funciona como o terceiro personagem da peça: as atrizes Mariana Elisabetsky e Nábia Vilela cantam, com Fernando Esteves ao piano, em contraponto ao duelo de Salieri e Mozart. Peça: Réquiem Para Antonio, foto 3 Capa do programa da peça dirigida por Gabriel Villela O circo barroco criado por Gabriel Vilela é o grande destaque de Um Réquiem Para Antonio: além da maquiagem, os adereços de Shicó do Mamulengo, a cenografia de Márcio Vinicius e os figurinos assinados por José Rosa e pelo diretor completam o universo mágico e fantasioso da peça. No entanto a interpretação visceral de Elias Andreato e a composição rigorosa e detalhista de Claudio Fontana tornam-se o grande diferencial do espetáculo. Grande estreia do ano, vá conferir, vale muito a pena!http://www.favodomellone.com.br/um-requiem-para-antonio-embate-entre-salieri-e-mozart-em-pleno-circo/ Fotos: João Caldas Claudio Fontana, Dib Carneiro Neto, Elias Andreato, Gabriel Villela, Um Réquiem Para Antonio
Um Réquiem para Antônio, de Dib Carneiro Neto. Teatro TUCARENA 27/01/2014 0 comentário Cultura Compartilhe 0 Share on orkut Orkut Share on delicious Delicious Share on favorites Favoritos Share on print Imprimir Share on email Email Tags Dib Carneiro Neto, Teatro TUCARENA, Um Réquiem para Antônio. Anuncie Aqui Um Requiem para Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antônio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção Gabriel Villela. Duração 70min Ingressos Sex: R$ 40,00, Sáb: R$ 50,00 e Dom: R$ 50,00 (Desconto de 50% para Estudantes, Maiores de 60 anos, Aposentados, Professores da Rede Pública Estadual e Classe Artística com DRT) Preço especial PUC-SP ((Para estudantes, professores e funcionários da PUC sob comprovação – número de ingressos limitado a 10% da lotação do teatro) R$ 10.00 Duração: 70 minutos Indicação de faixa etária: 14 anos Onde: Teatro TUCARENA -Rua Monte Alegre, 1024 (Entrada pela Rua Bartira). Perdizes Quando: Até 30 de março de 2014 Saiba mais: http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos/um-requiem-para-antonio.html Foto: Divulgação
15/01/2014 às 7h00 ‘Um Réquiem para Antonio’ explora rixa entre compositores Fonte: Amanda Queiróz-Metro Atualizado em: 15/01/2014 às 11h37 FavoriteAdicionar aos favoritos COMENTÁRIOS A-A+ Em ‘Réquiem para Antonio’, Elias Andreato (esq.) vive Salieri e Claudio Fontana faz o papel de Mozart | João Caldas/Divulgação Em ‘Réquiem para Antonio’, Elias Andreato (esq.) vive Salieri e Claudio Fontana faz o papel de Mozart | João Caldas/Divulgação Quando Millos Forman decidiu transformar a peça de Peter Shaffer no filme “Amadeus”, em 1984, popularizou uma rixa artística que continua a despertar curiosidade mais de dois séculos após o embate de seus protagonistas. Os personagens, no caso, são os compositores Antonio Salieri (1750-1825) e Mozart (1756-1791). Esforçado em seu ofício, o primeiro teria invejado a genialidade e a facilidade com que o segundo criava. Essa suposta cobiça inspirou Dib Carneiro Neto a escrever “Um Réquiem para Antonio”, que estreia sexta no Tucarena. A peça acontece nos segundos finais de vida de Salieri (Elias Andreato), em meio a alucinações de sua relação com Mozart (Claudio Fontana), morto anos antes. “Quanto mais eu buscava o que era verdade [dessa história], lembrava como a ficção era importante e quanto eles dois são exemplos fortes de um exercício de imaginação”, diz o dramaturgo. Tal leitura inventiva é reforçada pela direção de Gabriel Villela. Com pé fincado no teatro de rua, como visto em suas colaborações com o Grupo Galpão, ele buscou popularizar a encenação ao adotar uma estética clown. “Não existo sem o circo – essa é minha história verdadeira – e o picadeiro é capaz de concentrar esses arquétipos”, explica ele, numa referência ao fato de a peça ser montada em palco de arena. Apesar de ter 35 anos como ator, Andreato viveu sua primeira experiência dessa linguagem com “Réquiem”. “O que o Gabriel propõe é extremamente poético e esse requinte deixa o ator muito seguro em cena”, afirma. Com cenografia de Márcio Vinicius, figurinos de José Rosa e adereços do artista potiguar Shicó do Mamulengo, a encenação é entrecortada por partituras de Mozart e canções entoadas por Mariana Elizabestsky e Nábia Vilela. Serviço: No Tucarena (r. Monte Alegre, 1.024, tel.: 3670-8455). Sex. (R$ 40) e sáb. (R$ 50), às 22h; dom., às 19h (R$ 50). http://jornalmetro.com.br/nacional/cultura/um-requiem-para-antonio-explora-rixa-entre-compositores-do-seculo-18-56985 tags 'Um Réquiem para Antonio’ cultura Mozart Salieri hashtags Cultura

sábado, 25 de janeiro de 2014

O inferno de Salieri Em "Um Réquiem para Antonio" (Tucarena, São Paulo), o dramaturgo Dib Carneiro Neto joga luz sobre o sofrimento do músico italiano Antonio Salieri por Ivan Claudio CARTAZ-2-IE.jpg Em “Um Réquiem para Antonio” (Tucarena, São Paulo), o dramaturgo Dib Carneiro Neto joga luz sobre o sofrimento do músico italiano Antonio Salieri, depois da morte do rival Wolfgang Amadeus Mozart, cujo talento invejava. Sob a direção de Gabriel Villela, Elias Andreato vive um Salieri imerso em alucinações, que encontra o compositor da “Quinta Sinfonia”, interpretado por Claudio Fontana. http://www.istoe.com.br/reportagens/344852_O+INFERNO+DE+SALIERI
Salieri é foco de espetáculo na Capital QUI, 23 DE JANEIRO DE 2014 00:00 A-A+ Elias Andreato como Salieri e Claudio Fontana como Mozart usam narizes de palhaço em espetáculo que segue na linha do delírio / Foto: Divulgação Quando o dramaturgo Dib Carneiro Neto foi convidado pelo ator Elias Andreato a escrever sobre o compositor italiano Antonio Salieri (1750-1825), não gostou muito da ideia: "Pensei: 'Ai... Já teve filme, já teve peça, vamos falar sobre isso de novo?'." Pois era justamente essa a proposta. Assim sendo, em "Um Réquiem para Antonio", Dib volta a explorar a história de Salieri em seu ponto mais doloroso: a versão de que o compositor italiano teria sabotado a carreira de um sujeito bem mais talentoso que ele, Mozart (1756-1791). É a mesma abordagem que levou o filme "Amadeus" (1984), de Milos Forman, a ganhar oito estatuetas do Oscar. Com direção do mineiro Gabriel Villela, a peça entrou em cartaz no Tucarena na última sexta-feira. "O argumento que me pegou foi a questão da inveja, tema muito atual neste mundo em que todos querem ser celebridade. Antigamente, até a inveja era algo mais nobre", afirma Dib. A dificuldade em aceitar o tema não residiu apenas no possível demérito da repetição: o retrato de um Salieri invejoso e mau já caiu por terra. Entre músicos eruditos, essa versão, explorada também pela peça "Mozart e Salieri" (1830), de Aleksandr Púchkin, é vista como lenda. "Mas que conflito teríamos então? Nenhum", diz Dib. "Os puristas vão reclamar, mas este virou o maior exemplo de caso de inveja artística. Virou tão lenda que achamos melhor ficar em cima do mito", explica. Para evitar reclamações, o espetáculo, também por meio da direção de Villela, recusa um tom biográfico ou uma versão espelhada na reconstrução dos figurinos de época. O caminho foi abstrair pela verve do delírio. A peça retrata as horas que antecedem a morte de Salieri, o protagonista da história. Mozart já está morto, portanto, como uma assombração, encontra-se em cena. Há outras máscaras propostas pela direção para localizar o mito de Salieri no campo do devaneio. Os intérpretes -Elias Andreato como Salieri e Claudio Fontana como Mozart- usam narizes de palhaço. E a cena toma forma numa espécie de picadeiro. O figurino e os objetos de cena compõem um "crash" de estampas, com menções que vão da tapeçaria indiana aos tecidos vendidos na rua 25 de Março. A busca é "por valorizar os aspectos mais bufônicos", diz Villela. O barroquismo também contamina a escolha da trilha. Às composições de Mozar e de Salieri, misturam-se canções populares, como "Passarim", de Tom Jobim, e "Bang Bang" imortalizada pela voz de Nancy Sinatra. SERVIÇO http://www.odiariodemogi.inf.br/caderno-a/caderno-a/21217-salieri-e-foco-de-espetaculo-na-capital.html "Um Réquiem para Antonio" Sexta-feira e sábado, às 22 horas e domingo, às 19 horas Tucarena Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes Inf. 3670-8455

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Quinta-Feira | 23 de Janeiro de 2014 | 9h52 Gabriel Villela estreia em janeiro novo espetáculo, Um Réquiem Para Antonio, inspirado na lendária o em que completa 25 anos de trajetória artística, Gabriel Villela lança novo trabalho, “Um Réquiem Para Antônio”. A estreia aconteceu dia 17 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Tucarena. A ideia de fazer um espetáculo sobre a inveja do compositor italiano Antonio Salieri (1750 – 1825) pela vida e da obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) foi do ator Elias Andreato, que sugeriu o tema para Dib Carneiro Neto escrever uma peça em que ele e Claudio Fontana atuassem juntos. Dib e Claudio se envolveram com a proposta e um ano e meio depois a peça estreia regida pelas mãos do encenador Gabriel Villela. “Aqui temos uma reunião de artistas que se admiram e se complementam” comenta o produtor e ator Claudio Fontana. No texto de Dib, Salieri, trancafiado em seu quarto, de forma delirante, acerta contas, no leito de morte, com aquele que, morto 34 anos antes dele e precocemente (perto de completar 35 anos de vida), foi alvo de muita inveja: Mozart. Diz a lenda do mundo da música clássica, reforçada pela ficção, que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e procurando impedir sua criação, pois queria ser ele a personalidade musical mais notória de seu tempo, com vistas a deixar uma obra eterna, a ser cultuada por todas as gerações futuras. Não conseguiu. Mozart fracassou na vida, mas triunfou na música. O autor afirma que foi muito prazeroso escrever sabendo que seria para Elias e Claudio atuarem. “Os dois, na vida, têm uma relação muito próxima de amizade e uma dinâmica de interação baseada em muita brincadeira, algo que eu chamaria de um ‘bullying' afetivo. Isso me inspirou no desenvolvimento da dinâmica também entre os personagens, ou seja, Mozart tratando Salieri do mesmo jeito que Claudio trata Elias: com um humor inteligente, com um carinho e uma admiração disfarçados de muita provocação. E Elias respondendo a isso como um Salieri rabugento, irritadiço, impaciente.“ A encenação de Gabriel Villela aponta o lado mítico da inveja, trazendo um Salieri sombrio, confuso e frágil em contraponto a um Mozart gozador, confiante e ágil. Um pequeno picadeiro florido criado por Gabriel em parceria com o cenógrafo Márcio Vinicius recebe o embate entre esses dois compositores com narizes de clown e figurinos que imprimem o arquétipo dos personagens antes mesmo de as palavras aparecerem no espetáculo. Os figurinos são assinados pelo diretor em parceria com José Rosa. Os adereços foram todos confeccionados pelo artista plástico Shicó do Mamulengo, do Rio Grande do Norte. A música no espetáculo tem sua própria dramaturgia, entra e sai das alucinações de Salieri como um fio condutor de suas neuroses e lembranças. As músicas de Mozart escolhidas para entrar na peça são: Sinfonia em Sol Menor, Marcha Turca, Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e Lacrimosa (ária do seu último réquiem). Texto: Dib Carneiro Neto. Direção: Gabriel Villela. Elenco: Elias Andreato, Claudio Fontana, Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky. Figurino:Gabriel Villela e José Rosa. Cenário: Márcio Vinícius Adereços: Shicó do Mamulengo. Iluminação: Wagner Freire. Preparação vocal: Babaya. Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Mônica. Direção musical e arranjos: Miguel Briamonte.Pianista: Fernando Esteves. Assistência de direção: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Produção executiva: Clíssia Morais e Francisco Marques. Direção de produção: Claudio Fontana. Serviço: UM RÉQUIEM PARA ANTONIO, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antonio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Duração 70min. Teatro Tucarena. Sex e Sáb 22h, Dom 19h. R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom). Classificação 14 anos. Estreia 17/01. Vendas online - www.ingressorapido.com.br. Até 30 de março. 300 lugares. 1 hora e 10 minutos. http://cartaodevisita.com.br/conteudo/4671/gabriel-villela-estreia-em-janeiro-novo-espetaculo-um-requiem-para-antonio-inspirado-na-lendaria

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

HOJE, NO JORNAL DA CIDADE DE BAURU!!! matéria linda de Cristina Rodrigues Franciscato, amiga de longa data, que se formou comigo na Eca e era minha amigona na faculdade. QUE BELA PROVA DE AMIZADE, que texto lindo, inteligente, informativo, opinativo. Estou muito contente, Cris. OBRIGADO em nome de toda a equipe da peça UM RÉQUIEM PARA ANTONIO. Adoramos você e o Du na nossa estreia, lindos e luminosos! Quinta-feira passada (dia 16) assisti, em São Paulo, um espetáculo belíssimo: a montagem de Gabriel Villela da peça do meu amigo Dib Carneiro Neto: "Um Réquiem para Antonio". Escrevi um artigo para incentivar meus amigos a não perderem a oportunidade de assisti-la! Está um primor! Aqueles que são de Bauru (e de outros lugares que não São Paulo) vale muito uma ida ao Tucarena! “UM RÉQUIEM PARA ANTONIO": A INVEJA EM CENA Quem nunca conheceu a face da inveja? Palavra que vem do latim (invidia) e significa o desgosto pela felicidade de alguém e o desejo violento de possuir o bem alheio. Sentimento que transtorna e causa danos, tanto para aquele que inveja quanto para o invejado. A peça "Um Réquiem para Antônio", que estreou em São Paulo na semana passada, coloca em cena a lendária inveja que o compositor italiano Antonio Salieri (1750-1825) sentia de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e de sua obra. Na verdade, Salieri foi bastante respeitado em sua época, sendo o compositor oficial da corte de José II, o imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Também foi professor de compositores famosos como Beethoven, Liszt e Schubert. Mas esses fatos drasticamente empalidecem diante da luminosidade de um gênio e Mozart, amadíssimo pelas Musas, roubou a cena musical do século XVIII. A suposta inveja de Salieri já aparece na obra "Mozart e Salieri" de Aleksander Pushkin, na peça "Amadeus" de Peter Shaffer e no filme homônimo de Milos Forman, ganhador do óscar de melhor filme em 1985. Quando um fato sai da esfera da história e entra no âmbito do mito, ele sai do particular e ganha valor universal. Verdade ou lenda, a inveja de Salieri é um tema humano, demasiadamente humano – parafraseando Nietzsche. É esse tema que o premiado dramaturgo, Dib Carneiro Neto, explora em "Um Réquiem para Antônio", peça que tem a direção, sempre inspirada e inspiradora, de Gabriel Villela. A montagem está um primor. O cuidado começa com o próprio teatro que foi inteirinho “vestido” (desde as cortinas aos assentos das poltronas) e transformado num ambiente onírico em que os personagens ganham vida e nos invadem. As interpretações estão impecáveis, a música é linda, o figurino, fantástico e a iluminação, poética. A opção de Gabriel Villela por representar os personagens com nariz de palhaço e dar ao texto uma interpretação tragicômica deu leveza a um tema, por natureza, denso e sombrio. Dib Carneiro Neto inova e acerta ao criar um Mozart (interpretado por Cláudio Fontana) que habita a alma de Salieri (Elias Andreato) moribundo, transtornado e rabugento. A história se passa em Viena, nos últimos dias do velho compositor, 34 anos após a morte de Mozart. Durante todo esse tempo, Salieri não conseguiu se livrar do espectro de Mozart e da inveja que lhe corrói as entranhas. O que está em pauta é a devastadora epifania presente na existência de um gênio. Justamente por Salieri não ser um músico medíocre, ele pode, mais do que qualquer outro, reconhecer tal talento e sofrer diante dele. Como afirma o próprio personagem: “Mas ouvir-te tocar, Wolfgang, me enlouquecia. Teu primeiro concerto aos 4 anos. Tua primeira sinfonia aos 7. Uma ópera completa aos 12. Como é difícil se resguardar da loucura ao se observar um prodígio!...Tua música, desde cedo, nos chegava como nos chega Deus, Wolfgang!” Uma diferença significativa entre os protagonistas é a rigidez, disciplina e moralidade de Salieri e a personalidade desregrada e, de certo modo, devassa de Mozart. A peça mostra o ressentimento de Salieri, que se pauta pelas normas religiosas e sociais de seu tempo, quando se vê subjugado pela genialidade de alguém tão intensamente irreverente. Em certo momento do enredo, Mozart diz para Salieri: “Saibas que terias vivido bem menos atormentado se tivesses também praticado isso a que chamas de minha perdição”. Então, alude ao suposto pacto feito por Salieri com deus e observa: “permaneceste pudico... não, muito mais que isso, puro, um ser virginal, em troca de seres o maior, o melhor!”. Eis a grande ironia trágica. Na peça, Salieri estimou que a privação fosse o meio de atingir a “meta inebriante de ser o melhor. O brilho. A glória...” (palavras do personagem). No leito de morte, ele ainda questiona o Mozart que o habita: “O que fizeste para merecer de Deus tanta genialidade? Por que foste o escolhido e não eu?” Mas os deuses têm seus caprichos e seus eleitos: Mozart foi um deles! SERVIÇO: “Um Réquiem para Antonio”: teatro Tucarena (Rua Monte Alegre, 1024; tel.: (11) 36708455). Texto de Dib Carneiro Neto e direção de Gabriel Villela, com Elias Andreato (Salieri), Claudio Fontana (Mozart), Mariana Elisabetsky, Nábia Vilela e Fernando Esteves. Sexta e sábado, às 22 horas, e aos domingos, às 19 horas. Ingressos: R$ 40 (sexta) e R$ 50 (sábado e domingo).
Peça leva inveja de Salieri contra Mozart a picadeiro GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO 22/01/2014 03h07 Ouvir o texto Mais opções PUBLICIDADE Quando o dramaturgo Dib Carneiro Neto foi convidado pelo ator Elias Andreato a escrever sobre o compositor italiano Antonio Salieri (1750-1825), não gostou muito da ideia: "Pensei: 'Ai... Já teve filme, já teve peça, vamos falar sobre isso de novo?'." Pois era justamente essa a proposta. Assim sendo, em "Um Réquiem para Antonio", Dib volta a explorar a história de Salieri em seu ponto mais doloroso: a versão de que o compositor italiano teria sabotado a carreira de um sujeito bem mais talentoso que ele, Mozart (1756-1791). É a mesma abordagem que levou o filme "Amadeus" (1984), de Milos Forman, a ganhar oito estatuetas do Oscar. Com direção do mineiro Gabriel Villela, a peça entrou em cartaz no Tucarena na última sexta-feira. "O argumento que me pegou foi a questão da inveja, tema muito atual neste mundo em que todos querem ser celebridade. Antigamente, até a inveja era algo mais nobre", afirma Dib. Lenise Pinheiro/Folhapress Peça "Um Réquiem para Antonio", de Dib Carneiro Neto Atores Elias Andreato (esq) e Cláudio Fontana Peça "Um Réquiem para Antonio", de Dib Carneiro Neto Atores Elias Andreato (esq) e Cláudio Fontana CONFLITO A dificuldade em aceitar o tema não residiu apenas no possível demérito da repetição: o retrato de um Salieri invejoso e mau já caiu por terra. Entre músicos eruditos, essa versão, explorada também pela peça "Mozart e Salieri" (1830), de Aleksandr Púchkin, é vista como lenda. "Mas que conflito teríamos então? Nenhum", diz Dib. "Os puristas vão reclamar, mas este virou o maior exemplo de caso de inveja artística. Virou tão lenda que achamos melhor ficar em cima do mito", explica. Para evitar reclamações, o espetáculo, também por meio da direção de Villela, recusa um tom biográfico ou uma versão espelhada na reconstrução dos figurinos de época. O caminho foi abstrair pela verve do delírio. A peça retrata as horas que antecedem a morte de Salieri, o protagonista da história. Mozart já está morto, portanto, mas, como uma assombração, encontra-se em cena. Há outras máscaras propostas pela direção para localizar o mito de Salieri no campo do devaneio. Os intérpretes -Elias Andreato como Salieri e Claudio Fontana como Mozart- usam narizes de palhaço. E a cena toma forma numa espécie de picadeiro. O figurino e os objetos de cena compõem um "crash" de estampas, com menções que vão da tapeçaria indiana aos tecidos vendidos na rua 25 de Março. A busca é "por valorizar os aspectos mais bufônicos", diz Villela. O barroquismo também contamina a escolha da trilha. Às composições de Mozar e de Salieri, misturam-se canções populares, como "Passarim", de Tom Jobim, e "Bang Bang" imortalizada pela voz de Nancy Sinatra. UM RÉQUIEM PARA ANTÔNIO QUANDO sex. e sáb, às 22h, e dom., às 19h ONDE Tucarena (r. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, tel. (11) 3670-8455) QUANTO R$ 40 a R$ 50 CLASSIFICAÇÃO 14 anos http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/01/1400749-peca-leva-inveja-de-salieri-contra-mozart-a-picadeiro.shtml

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A lendária rixa entre os músicos Antonio Salieri e Amadeus Mozart serviu de inspiração para a peça "Um Réquiem para Antonio", que chega ao palco do Tucarena, em Perdizes. Sob a direção de Gabriel Villela, o espetáculo, em cartaz até abril, é estrelado por Elias Andreato e Claudio Fontana. Às 22h. Ingressos de R$ 40 a R$ 50 http://www.noticiashoje.com.br/v/3209463/

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Três boas estreias de teatro para conferir esta semana por Redação Divirta-se Embora o carnaval ainda não tenha passado, o ano de 2014 começa a engrenar, pelo menos no campo das artes cênicas. O Divirta-se separou três boas estreias desta semana. Confira: Foto: João Caldas/Div. Um Réquiem para Antonio A partir da ideia do ator Elias Andreato, o dramaturgo Dib Carneiro Neto escreveu a peça com base na rivalidade entre os músicos Antonio Salieri (1750 – 1825) e Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791). Dizem que Salieri, que se esforçava muito para ser um bom músico, tinha inveja de Mozart, que era naturalmente bom, a ponto de persegui-lo para impedir que ele criasse composições. A história não é verídica, mas ficou tão popular que ganhou contornos de realidade e gerou o filme e a peça ‘Amadeus’, de Peter Shaffer. O espetáculo tem direção de Gabriel Villela, que imprime linguagem circense ao enredo e o colocar em teatro de arena. ONDE: Tucarena (300 lug.). R. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, 3670-8462. QUANDO: Estreia hoje (17). 6ª e sáb., 22h; dom., 19h. 70 min. 14 anos. Até 27/4. QUANTO: R$ 40/R$ 50. Foto: Divulgação Armadilha A Companhia Goya de Teatro faz sua estreia com o espetáculo. Inédito no Brasil, o suspense do americano Ira Levin mostra a história de um dramaturgo que comete um crime para driblar um bloqueio criativo. A direção é de Susanne Walker. ONDE: Espaço Parlapatões (96 lug.). Pça. Franklin Roosevelt, 158, Consolação, 3258-4449. QUANDO: Estreia sáb. (18). Sáb., 23h59. 75 min. 12 anos. Até 22/2. QUANTO: R$ 15/R$ 30. http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/tres-boas-estreias-de-teatro-para-conferir-esta-semana/?fb_action_ids=646008685463355&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B247382142102690%5D&action_type_map=%5B%22og.recommends%22%5D&action_ref_map=%5B%5D Foto: João Caldas/Div. Palavra de Mulher Lucinha Lins, Tânia Alves e Virgínia Rosa se reúnem no palco. No musical, elas dão vida a personagens do universo feminino de Chico Buarque, presentes em canções como ‘Folhetim’. ONDE: Teatro Renaissance (462 lug.). Al. Santos, 2.233, metrô Consolação, 3069-2286. QUANDO: Estreia sáb. (18). 6ª, 21h30; sáb., 21h; dom., 18h. 85 min. 12 anos. Até 2/3. QUANTO: R$ 25/R$ 80. Murilo Bomfim Tags: Chico Buarque, estreia, Gabriel Villela, goya sem comentários | comente

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

http://culturafm.cmais.com.br/radiometropolis/gabriel-villela-dirige-espetaculo-clownesco-sobre-historica-rivalidade-de-mozart-e-salieri Gabriel Villela dirige espetáculo 'clownesco' sobre histórica rivalidade de Mozart e Salieri Um Réquiem para Antônio estreia nesta sexta (17), no Tucarena, em São Paulo Danilo Dainezi Jornalismo 17/01/14 11:34 - Atualizado em 17/01/14 11:36 RadioMetrópolis - Entrevista com Gabriel Villela - 2014-01-17 A histórica e controversa rivalidade entre o compositor italiano Antonio Salieri e seu contemporâneo, o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, será contada na peça Um Réquiem para Antônio, texto de Dib Carneiro Neto e direção de Gabriel Villela, que estreia nesta sexta-feira (17), no Tucarena, em São Paulo. Em entrevista ao RadioMetrópolis, o diretor falou sobre a opção de adaptar o texto para a linguagem "clownesca", sobre a influência da música em seu processo criativo e sobre seus próximos projetos profissionais. "A linguagem de picadeiro, de clowns, de palhaços é uma linguagem de arquétipos, de espíritos. O mestre [Federico] Fellini, pra botar abaixo a aristocracia, ele usou a própria linguagem de clown. E la Nave Va é uma derrubada, um tombo, uma rasteira na aristocracia 'fake', nas suas mazelas, nas suas formas mais feias de manifestação. Toda a relação do Mozart com a aristocracia chegou às beiras da escatologia", comentou Villela. Confira a entrevista completa.
17/01/2014 Peça aborda lendas envolvendo inimizade entre compositores Isabela Rosemback Elias Andreato volta aos palcos na peça "Um Requiém para Antonio", que estreia hoje no Tucarena. A tragicomédia aborda, com linguagem de circo, a debatida rivalidade entre os compositores clássicos Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e Antonio Salieri (1750-1825). Entre as lendas já divulgadas sobre a relação conflituosa dos dois, há a tese nunca comprovada de que o italiano Salieri teria matado Mozart envenenado. Inveja "Na peça, discutimos histórias que podem ou não ser lendas, pois muito já foi dito sobre a inveja que Salieri teria de Mozart", diz Andreato. "Um Requiém para Antonio" Estreia hoje. Sex. e sáb., às 22h; e dom., às 19h. No Tucarena (r. Monte Alegre, 1024, Perdizes, tel. 0/xx/11 4003-1212). R$ 40 (sex.) e R$ 50 (sáb. e dom.). 14 anos. 27/4. http://www.agora.uol.com.br/show/2014/01/1398864-peca-aborda-lendas-envolvendo-inimizade-entre-compositores.shtml

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/tres-boas-estreias-de-teatro-para-conferir-esta-semana/ TEATRO 16.janeiro.2014 16:27:21 Três boas estreias de teatro para conferir esta semana por Redação Divirta-se Embora o carnaval ainda não tenha passado, o ano de 2014 começa a engrenar, pelo menos no campo das artes cênicas. O Divirta-se separou três boas estreias desta semana. Confira: Foto: João Caldas/Div. Um Réquiem para Antonio A partir da ideia do ator Elias Andreato, o dramaturgo Dib Carneiro Neto escreveu a peça com base na rivalidade entre os músicos Antonio Salieri (1750 – 1825) e Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791). Dizem que Salieri, que se esforçava muito para ser um bom músico, tinha inveja de Mozart, que era naturalmente bom, a ponto de persegui-lo para impedir que ele criasse composições. A história não é verídica, mas ficou tão popular que ganhou contornos de realidade e gerou o filme e a peça ‘Amadeus’, de Peter Shaffer. O espetáculo tem direção de Gabriel Villela, que imprime linguagem circense ao enredo e o colocar em teatro de arena. ONDE: Tucarena (300 lug.). R. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, 3670-8462. QUANDO: Estreia hoje (17). 6ª e sáb., 22h; dom., 19h. 70 min. 14 anos. Até 27/4. QUANTO: R$ 40/R$ 50. Foto: Divulgação Armadilha A Companhia Goya de Teatro faz sua estreia com o espetáculo. Inédito no Brasil, o suspense do americano Ira Levin mostra a história de um dramaturgo que comete um crime para driblar um bloqueio criativo. A direção é de Susanne Walker. ONDE: Espaço Parlapatões (96 lug.). Pça. Franklin Roosevelt, 158, Consolação, 3258-4449. QUANDO: Estreia sáb. (18). Sáb., 23h59. 75 min. 12 anos. Até 22/2. QUANTO: R$ 15/R$ 30.
TEATRO OBSESSÃO | Um Réquiem para Antonio Rixa entre Mozart e Salieri é tema de peça no Tucarena duas linhas Fabiana Seragusa "Me falta ar toda vez que cobiço o que não tenho", diz Antonio Salieri (1750-1825) em seu leito de morte, referindo-se à inveja obsessiva que sentia de Mozart (1756-1791). Essa rixa lendária entre os dois músicos é o tema de "Um Réquiem para Antonio", escrito por Dib Carneiro Neto e com direção de Gabriel Villela. Num cenário colorido e com referências de circo, o espetáculo mostra um delírio de Salieri (Elias Andreato), que, em seus últimos minutos de vida, "convoca" o espírito de Mozart (Claudio Fontana), com quem briga, discute e declara sua eterna devoção. Também participam o pianista Fernando Esteves e as cantoras Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky. Tucarena - r. Bartira esq. c/ r. Mte. Alegre, Perdizes, tel. 3670-8455. Sex. e sáb.: 22h. Dom.: 19h. Estreia 17/1. Até 27/4. 70 min. 14 anos. Ingr.: R$ 40 e R$ 50. CC: AE, Au, D, E, H, M, S e V. Ingr. p/ 4003-1212 ou www.ingressorapido.com.br. d i http://www1.folha.uol.com.br/guia/te1701201400.shtml
Um Réquiem Para Antonio Teatro | Teatro Tuca - 17/01/14 Com direção de Gabriel Villela, Um Réquiem Para Antonio é inspirada na lendária inveja de Antônio Salieri por Wolfgang Amadeus Mozart No ano em que completa 25 anos de trajetória artística, Gabriel Villela lança novo trabalho, “Um Réquiem Para Antônio”. A estreia acontece dia 17 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Tucarena. A ideia de fazer um espetáculo sobre a inveja do compositor italiano Antônio Salieri (1750 – 1825) pela vida e da obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) foi do ator Elias Andreato, que sugeriu o tema para Dib Carneiro Neto escrever uma peça em que ele e Claudio Fontana atuassem juntos. Dib e Claudio se envolveram com a proposta e um ano e meio depois a peça estreia regida pelas mãos do encenador Gabriel Villela. No texto de Dib, Salieri, trancafiado em seu quarto, de forma delirante, acerta contas, no leito de morte, com aquele que, morto 34 anos antes dele e precocemente (perto de completar 35 anos de vida), foi alvo de muita inveja: Mozart. Diz a lenda do mundo da música clássica, reforçada pela ficção, que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e procurando impedir sua criação, pois queria ser ele a personalidade musical mais notória de seu tempo, com vistas a deixar uma obra eterna, a ser cultuada por todas as gerações futuras. Não conseguiu. Mozart fracassou na vida, mas triunfou na música. Para ficar por dentro também de outras dicas, curta no Facebook ou assine nosso feed RSS. Informações Local: Teatro Tuca Endereço: Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes Datas: 17 de janeiro de 2014 Horários: Sexta e sábado, às 22 | Domingo, às 19h. Classificação: 14 anos http://www.filtrocultural.com.br/4108/Um-Requiem-Para-Antonio-em-Teatro-Tuca São Paulo - SP $ Preço: R$ 40,00 (Sexta) | R$ 50,00 (Sábado e domingo) Outros eventos em Teatro Tuca
Mozart e a inveja de Salieri em peça de Gabriel Villela 16 de janeiro de 2014 Com Elias Andreato e Claudio Fontana, “Um Requiém para Antonio” entra em cartaz no Tucarena Os atores em cena da peça Os atores em cena da peça Dirigida por Gabriel Villela – que completa 25 anos de carreira – e com Elias Andreato e Claudio Fontana no elenco, a peça Um Requiém para Antonio entra em cartaz em São Paulo neste fim de semana, no Tucarena. Com texto de Dib Carneiro Neto, o espetáculo se baseia na famosa história de inveja do compositor italiano Antônio Salieri (1750-1825) com a vida e obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Apesar de terem sido amigos, diz a lenda do mundo da música clássica que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e procurando impedir sua criação. Salieri queria ser a personalidade musical mais notória de seu tempo. Em “Um Requiém para Antonio”, o italiano, trancafiado em seu quarto, no leito de morte, acerta contas de modo delirante com Mozart, que havia morrido precocemente décadas antes. Na trilha estão a Sinfonia em Sol Menor, a Marcha Turca, a Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e a Lacrimosa (ária do seu último réquiem). A peça, que fica em cartaz até 30 de março, trabalha ainda com uma linguagem circense, alegórica e popular para falar dos dois personagens. Serviço – Um Requiém para Antonio Teatro Tucarena (Rua Monte Alegre, 1.024) Sex e Sáb 22h, Dom 19h; R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom) Classificação 14 anos http://www.revistabrasileiros.com.br/2014/01/16/mozart-e-a-inveja-de-salieri-em-peca-de-gabriel-villela/#.Uti03vRDtUU
Um réquiem para Antonio, Gabriel Villela 16/01/2014 - 0:00 h João Caldas Peça revê mítica disputa entre Mozart e Salieri Há mentiras que se tornam verdade. A tal ponto que passa a importar pouco que tenham acontecido ou não. Ao escrever Mozart e Salieri, o russo Aleksander Pushkin tratava da relação entre os dois compositores, instaurando entre eles uma mortal rivalidade. Nos anos 80, quando Peter Shaffer lançou a peça Amadeus, que posteriormente inspiraria o filme premiado de Milos Forman, a disputa entre os dois artistas voltou à berlinda. Estudiosos da música clássica já tentaram soterrar a tese: Salieri tinha mais fama à época do que Mozart e não teria motivos para odiá-lo. Mas a narrativa do tal desentendimento – seja ele realidade ou ficção – continua a inspirar novas obras. Um réquiem para Antonio, que estreia na quarta, 15, no Tucarena, também esmiúça o conturbado relacionamento entre os personagens históricos. Escrito por Dib Carneiro Neto (autor de Salmo 91), o texto merece versão de Gabriel Villela. E transporta o pretenso episódio da Viena do século 18 para um atemporal picadeiro circense. “A opção por uma gramática cômica vem acentuar o aspecto mais grotesco dos personagens”, comenta o diretor mineiro, que completa 25 anos de carreira em 2014. Foram os atores Claudio Fontana e Elias Andreato, protagonistas da montagem, que pediram ao autor um espetáculo teatral sobre o tema. “Muita coisa mudou, mas o incômodo em relação ao sucesso do outro persiste. Ou até se acentuou com os atuais mecanismos de exposição da vida privada”, observa Elias Andreato, responsável pela interpretação do italiano Antonio Salieri. Se o mote da inveja entre os músicos não é novo e já serviu de subsídio para outras criações, o que diferencia o novo título é a maneira de narrar. “Não existe uma história linear”, pontua Carneiro Neto. “Minha contribuição é menos em relação ao enredo e mais em relação à estrutura, à forma.” Para não incorrer no erro histórico nem ver-se enredado na velha querela sobre a veracidade do fato, o escritor fez com que todas as ações do espetáculo sejam um delírio de Salieri. “Aqui, tudo se passa dentro da dentro da cabeça dele.” Em seu leito de morte, ele relembra acontecimentos e tem um encontro imaginário com Mozart – que viveu muitos anos menos e já estava morto naquele momento. “Escolhido esse jeito de criar, posso me defender da maneira como as pessoas irão interpretar a peça. Estou lidando com um mito”, ressalva o dramaturgo. Em sua contribuição a essa “mitologia” moderna, Gabriel Villela utiliza uma visão particular: transforma os compositores em clowns, transfigura seus rostos com tinta branca e um nariz de palhaço em cada um. “O nariz vermelho é a menor e mais poderosa máscara do mundo. Um pequeno adereço, mas que serve para eliminar qualquer psicologismo da trama”, comenta o encenador. Claudio Fontana interpreta o austríaco Mozart Nesse enfrentamento, a figura de Mozart ganha tons mais luminosos e uma forte conotação infantil – tanto na voz quanto na natureza de seus comentários. Já Salieri surge no palco como um amargo bufão, em cores mais escuras e gestos menos harmoniosos. “Tanto a peça de Shaffer quanto o filme lidam com o lado mais sublime, enfatizando a arte dos dois. Eu queria ir para o outro lado: tratar do limbo, do obscuro”, observa Villela. A imaturidade de Mozart bem como sua pretensão à escatologia foram frisadas. Seus comentários dão conta de perversões sexuais e detalhes da fisiologia humana. Já Salieri tem seu aspecto carola acentuado. Também sua religiosidade, traço largamente abordado pelo longa Amadeus, é retomado na peça. “Muitos componentes dessa história não existem. Mas o que realmente existia, por parte do Salieri, era um grande ressentimento em relação à genialidade de Mozart. Um sentimento de que havia uma injustiça: não apenas na Terra, mas também no Céu”, crê o dramaturgo. Os palhaços do diretor foram construídos a partir de um amalgamado de referências: da Commedia dell’Arte italiana, do cinema de Federico Fellini e dos sátiros da tragédia grega. A herança grega pode ser reconhecida ainda no palco em formato de arena. Ele não remete apenas ao circo, mas aos anfiteatros da Grécia Antiga. “O espaço público do mito é a arena, é lá que esses mitos podem conversar”, diz o diretor. Ao lidar com a inveja, o espetáculo inevitavelmente evoca a tradição cristã e aqueles que são considerados os pecados capitais. O teatro de Shakespeare é outro dos pontos de apoio da encenação. Tanto no drama histórico Ricardo III quanto na tragédia Macbeth (dois textos, aliás, recentemente montados por Villela) são a ambição desmedida e a cobiça os motores da rede de assassinatos e crimes que é posta em movimento. Além da estética abarrocada, o uso imaginativo da música é uma das marcas da estética do encenador. Para ressaltar ainda mais a ausência de vínculo com a realidade e sua liberdade criativa, a trilha sonora excede o universo dos compositores clássicos em questão e abraça referências populares, como Tom Jobim. O diretor Gabriel Villela Preste atenção: 1. Nos figurinos. Ainda que não sejam trajes de época, carregam traços da estética do século 18 e incorporam predileções dos personagens históricos. Adereços típicos dos clowns também entram na composição. 2. Na trilha sonora. Um pianista e duas cantoras executam ao vivo trechos das obras de Mozart e Salieri. Mas o repertório também abre espaço para canções inusitadas, como Passarim, de Tom Jobim, e I dreamed a dream, do famoso musical Les misérables. 3. No cenário. O diretor transforma o palco em um festivo picadeiro circense. Também estão em cena objetos caros a Mozart, como as bolas de sinuca, que o compositor gostava de manipular enquanto criava. >> Publicado originalmente no jornal O Estado de S.Paulo, Caderno 2, p. C1, em 15 de janeiro de 2014. >> Ficha técnica: Texto: Dib Carneiro Neto Direção: Gabriel Villela Com: Elias Andreato, Claudio Fontana, Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky Figurino: Gabriel Villela e José Rosa Cenário: Márcio Vinícius Adereços: Shicó do Mamulengo Iluminação: Wagner Freire Preparação vocal: Babaya Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Mônica Direção musical e arranjos: Miguel Briamonte Pianista: Fernando Esteves Assistência de direção: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo Produção executiva: Clíssia Morais e Francisco Marques Direção de produção: Claudio Fontana Um réquiem para Antonio Tucarena. Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes, tel. 11 3670-8462. 6ª e sáb., às 22 h; dom., às 19 h. R$ 40/R$ 50. Até 27/4 http://teatrojornal.com.br/2014/01/peca-reve-mitica-disputa-entre-mozart-e-salieri/
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Divirtase/Teatro/167357,,Salieri+e+Mozart+acertam+conta+no+picadeiro.aspx › “Um Réquiem para Antonio” São José do Rio Preto, 17 de Janeiro, 2014 - 1:43 Salieri e Mozart acertam conta no picadeiro Graziela Delalibera João Caldas/Divulgação Clique para ampliar. Elias Andreato, como Salieri, e Cláudio Fontana, na pele de Mozart O jornalista e dramaturgo rio-pretense Dib Carneiro Neto, colunista do Diário, escreve sobre a inveja a partir da mítica que envolve dois compositores clássicos em sua nova peça, “Um Réquiem para Antonio”, que estreia hoje, no Teatro Tucarena, em São Paulo. A montagem trata da obsessão do italiano Antonio Salieri (1750-1825) pela genialidade do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). O tema já foi explorado no teatro e no cinema e, conforme Dib, extrapolou a realidade e virou prato cheio para a ficção, que tem fantasiado em doses exageradas a perseguição de Salieri pela fama de Mozart. No premiado filme de Milos Forman, por exemplo, baseado na peça de Peter Shaffer, Salieri teria contratado Mozart para compor uma missa de réquiem, para depois matá-lo e assumir a autoria. Dib cria sua versão sobre a história a partir de delírios de Salieri no leito de morte, ocasião em que faz um acerto de contas com Mozart, morto 34 anos antes dele e precocemente (perto de completar 35 anos de vida). “Apesar de ser um compositor muito dedicado, muito estudioso e importante para a época dele, Salieri sentia que não tinha a genialidade do Mozart, faltava isso para ele. Então, não conseguiria morrer sem o Mozart ao lado dele. É como se Salieri chamasse o Mozart, simbolicamente falando. O Mozart aparece, e eles conversam bastante, brincam, riem, se agridem. É um acerto de contas mesmo”, relata o dramaturgo. Dib acrescenta que as biografias que leu durante sua pesquisa não apontaram uma inveja desmedida, mas sim um ressentimento da parte de Salieri quanto à genialidade do jovem Mozart. A direção da peça é de Gabriel Villela, que pela terceira vez encena um texto de Dib. O primeiro foi “Salmo 91”, pelo qual Villela ganhou o APCA e o Qualidade Brasil de melhor diretor, e Dib o Shell de melhor autor. Depois, veio a adaptação de “Crônica da Casa Assassinada”, do livro de Lúcio Cardoso. A ideia de fazer o espetáculo sobre a inveja do compositor italiano partiu do ator Elias Andreato, que sugeriu ao rio-pretense escrever uma peça em que ele e Claudio Fontana pudessem atuar juntos. No palco, o primeiro interpreta Salieri, e o segundo, Mozart. Nas palavras do ator Claudio Fontana, o trabalho é uma reunião de artistas que se admiram e se complementam. Elias dirigiu o texto de estreia de Dib como dramaturgo, em 2005, “Adivinhe quem vem para Rezar”, com atuação de Fontana e Paulo Autran. O diretor escolheu a linguagem circense, alegórica e popular para falar dos dois personagens da história da música clássica. Salieri surge sombrio, confuso e frágil, em contraponto a um Mozart gozador, confiante e ágil. Um picadeiro florido recebe o embate, com os dois compositores com narizes de palhaço e figurinos que reproduzem o estado de espírito dos personagens. “O Gabriel Villela tem uma tradição muito grande de circo-teatro, de picadeiro barroco, fez obras-primas de teatro com essa linguagem, e resolveu trazê-la para essa peça, que é encenada num teatro de arena, todo redondinho, como se fosse um picadeiro de circo. O cenário acompanha essa ideia de circo, e ao mesmo tempo de delírio, que eu explorei muito, e o Gabriel embarcou bastante, e levou a minha proposta de imaginação à máxima potência”, afirma Dib, que define a peça como um “sonho-delírio-desconcerto” de Antonio Salieri à beira da morte. A trilha sonora que acompanha as alucinações de Salieri vai além da música clássica. “Como é um delírio, um circo, não há compromisso com a linearidade da história, tem muitas coisas contemporâneas, inclusive uma homenagem a Tom Jobim.” Serviço Um Réquiem para Antonio, de Dib Carneiro Neto. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Teatro Tucarena, em São Paulo. Sexta e sábado, às 22 horas, e aos domingos, às 19 horas. Ingressos: R$ 40 (sexta) e R$ 50 (sábado e domingo) Revelado pelo mestre Dib Carneiro Neto estreou como dramaturgo em 2005, quando Paulo Autran tomou conhecimento de seu texto “Adivinhe Quem Vem Para Rezar” e decidiu lançá-lo como autor de teatro. O texto também foi montado na Argentina, em Portugal e no Paraguai. Em 2008, “Salmo 91”, adaptação do livro “Estação Carandiru”, lhe rendeu o Prêmio Shell de melhor autor do ano, entre outros. No ano seguinte, a pedido de Gabriel Villela, traduziu a peça “Calígula”, de Albert Camus, tendo Thiago Lacerda no papel principal. Dib mora em São Paulo desde os 18 anos, onde formou-se em jornalismo pela ECA/USP, em 1982. Começou sua carreira na Gazeta de Pinheiros, passando para a revista “Veja São Paulo” até o final dos anos 80. Depois, foi repórter no jornal “O Estado de S. Paulo”, onde chegou a editor do Caderno 2, e ficou até fevereiro de 2011. Autor de dois livros, desde 1991 acumula a função de crítico de teatro infantil e é membro da comissão de teatro infantil da APCA. Mantém uma coluna semanal no site da Revista Crescer, da editora Globo.
Elias Andreato e Claudio Fontana estão no drama Um Réquiem para Antonio, que estreia no Tucarena Elias Andreato e Claudio Fontana estão no drama Um Réquiem para Antonio, que estreia no Tucarena (Foto: João Caldas) Peças › Drama Um Réquiem para Antonio Direção: Gabriel Villela Duração: 70 minutos Recomendação: 14 anos Confira horários e locais (Sem avaliação) Avalie 0 http://vejasp.abril.com.br/atracao/requiem-para-antonio Resenha por Dirceu Alves Jr. Elias Andreato e Claudio Fontana protagonizam o drama de Dib Carneiro Neto. Dois grandes compositores, o italiano Antonio Salieri (1750-1825) e o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), estão na trama de inveja e rancor. Agonizante no leito, Salieri (papel de Andreato) mergulha em um delírio e acerta as contas com Mozart (vivido por Fontana), que, morto aos 34 anos, foi seu rival artístico. Com as atrizes Nábia Vilela e Mariana Elisabetsky, além do pianista Fernando Esteves. De 17/1/2014 a 27/4/2014. Até 27 de abril Tucarena 4 Estrelas Rua Monte Alegre, 1024 - Entrada pela Rua Bartira, esquina com a Rua Bartira - Perdizes - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3670 8455 Sexta e sábado, 22h; domingo, 19h. Bilheteria: 14h/20h (terça a quinta); a partir das 14h (sexta a domingo). Sexta: R$ 40,00 Sábado e domingo: R$ 50,00
16/01/2014 19h19 - Atualizado em 16/01/2014 19h19 'Um Réquim para Antonio' destaca rivalidade entre Salieri e Mozart Elias Andreato e Claudio Fontana estrelam peça dirigida por Gabriel Villela imprimir Elias Andreato e Claudio Fontana vivem grandes nomes da música clássica (Foto: Divulgação) Elias Andreato e Claudio Fontana vivem grandes nomes da música clássica (Foto: Divulgação) Uma das características das lendas – a dúvida sobre a veracidade dos fatos – sempre provocou um certo encantamento nos ouvintes. Chega ao palco do Teatro Tucarena, em 17 de janeiro, um dos maiores mitos da música clássica. A rivalidade e a inveja entre o compositor italiano Antonio Salieri e o compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart ganham um tom lúdico e misterioso em “Um Réquiem para Antonio”, com estreia no dia 17 de janeiro, no Teatro Tucarena. O texto inédito de Dib Carneiro Neto tem direção de Gabriel Villela, que completa 25 anos de trajetória artística em 2014. Saiba dias e horários do espetáculo Tal antagonismo já foi tema para o escritor russo Alexsander Pushkin, em "Mozart e Salieri" (1830), e, nos anos 80, no espetáculo de Peter Shaffer, adaptada para o cinema com o título “Amadeus” por Milos Forman. O filme, vencedor de oito estatuetas do Oscar, em 1984, retrata um Salieri invejoso do gênio de Mozart, e ao mesmo tempo admirador de sua obra. No texto de Dib Carneiro, Salieri delira em seu leito de morte e faz um acerto de contas imaginário com seu rival, morto há 34 anos. Mentor de compositores famosos como Ludwig Van Beethoven, Carl Czerny, Franz Liszt e também do filho mais novo de Mozart, Franz Xaver, Antonio Salieri é vivido pelo ator e diretor teatral Elias Andreato. Já Mozart é interpretado por Cláudio Fontana. A encenação de Gabriel Villela aponta o lado mítico da inveja, trazendo um Salieri sombrio, confuso e frágil em contraponto a um Mozart gozador, confiante e ágil. Assinado pelo diretor em parceria com José Rosa, o figurino utiliza narizes de clown e trajes que imprimem o arquétipo dos personagens antes mesmo de as palavras serem ditas no espetáculo. O texto inédito de Dib Carneiro Neto tem direção de Gabriel Villela (Foto: Divulgação) Claudio Fontana como Mozart (Foto: Divulgação) A pedido do Globo Teatro, Claudio Fontana e Elias Andreato fizeram três perguntas um para o outro, sobre o espetáculo e o deasfio de interpretar duas grandes figuras da música clássica. Claudio Fontana: Elias, você sempre define o teatro como um sacerdócio. E sempre ao te ver em cena sentimos o resultado dessa vocação maravilhosa que você tem para o palco. Como você enxerga hoje seu ofício de ator no teatro? Elias Andreato: Com a idade avançando, não se pensa tanto. Vive-se intensamente o que nos é permitido. A escolha já foi feita. As alegrias e tristezas são conquistas e nada se torna tão definitivo.Tudo se transforma. Acho que a única coisa que permanece intacta é a paixão, mesmo que isso vire frase de parachoque de caminhão. O meu teatro morre comigo. A minha história só tem importância para mim. Penso no meu ofício e o quanto sou grato por todo conhecimento e aprimoramento do meu espírito. Devo a ele muito mais do que dei, o teatro é, e sempre será, de tantos outros. Assim sendo, ele viverá para sempre. CF: Antonio Salieri foi um dos maiores compositores de sua época mas ficou marcado como um músico que viveu à sombra de Mozart e portanto, sobre ele recaiu o mito da inveja. Como você criou seu personagem em 'Um Réquiem Para Antonio'? EA: Na minha juventude, entendi que a inveja poderia destruir qualquer possibilidade de poesia na minha profissão. Me dediquei a estudar o ser humano sempre atento a todas as possibilidades. A psicanálise foi fundamental, 20 anos de estudos, sofrimentos e muita angústia. O sucesso é tentador, sedutor, necessário e glamouroso. Ele é determinante na continuidade da nossa trajetória, da nossa sobrevivência. Todos somos merecedores. O papel do teatro é transformar o cidadão antes de querer pensar na nação. A inveja é burra, o sucesso do outro nunca será o meu! Quando penso no Salieri, penso na brincadeira que só o teatro escancara, como nossos defeitos e qualidades são risíveis. CF:Quais ainda são seus sonhos como artista? EA: Muitos amigos morreram.Todos talentosos, famosos... Alguns tristes outros vaidosos. Alguns esquecidos, outros quase. Quando penso no sonho, penso no agora. Antes de um grande texto ou um grande personagem, fico com um dia alegre, já que a felicidade é tão relativa... Gabriel Villela completa 25 anos de trajetória artística com novo trabalho (Foto: Divulgação) Elias Andreato intrepreta Salieri: "A única coisa que permanece intacta é a paixão" (Foto: Divulgação) Elias Andreato: O que o teatro provoca em você? Claudio Fontana: O teatro é desafio, aprendizado, dedicação, humildade, emoção, doação, troca, vida. O teatro transforma, perfura, mistura, desperta, estimula, transcende. O teatro me dá, a cada sessão, uma pequena chance de emocionar e, através dessa emoção, modificar outro ser humano. Para melhor. EA: Como é realizar seus projetos, estando envolvido em todo o processo, criativo e de produção? CF: Viabilizar financeiramente meus projetos é criar um ambiente de tranquilidade para que o processo criativo se instaure. Produzir meus projetos como ator significa escolher autores, diretores, colegas, técnicos, criadores. E respeitá-los com a mesma dignidade com a qual eu mesmo gostaria de ser respeitado. EA: Como a inveja de Salieri chega até os nossos dias? CF: Invejar é estarmos tristes perante o que o outro tem e nós não temos. Invejar é mostrar o quanto nos sentimos infelizes, e nossa atenção constante às ações e omissões dos outros mostra o quanto nos entediamos. Invejar é inerente ao ser humano e, ao nos utilizarmos da mítica inveja de Salieri por Mozart em “Um Réquiem para Antonio”, estamos provocando na plateia a reflexão sobre as causas e consequências desse sentimento dentro de cada um de nós. http://redeglobo.globo.com/globoteatro/boca-de-cena/noticia/2014/01/um-requim-para-antonio-destaca-rivalidade-entre-salieri-e-mozart.html
“Um Réquiem Para Antônio” estreia nessa semana em São Paulo Foto: Divulgação O espetáculo entra em cartaz nesta sexta-feira, 17 de janeiro, e será encenada até o dia 26 do mesmo mês, no Teatro Tucarena. As sessões acontecem de sexta e sábado, às 22h, e no domingo, às 19h. Na peça é retratada a inveja que o compositor italiano Antônio Salieri (1750 – 1825) tinha do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791). Durante a história, em seu leito de morte, Salieri acerta contas com Mozart, que já tinha morrido 34 anos antes dele. Quem assina a direção de Um Réquiem Para Antônio é Gabriel Villela e, nos palcos, quem dá vida aos personagens são Elias Andreato, Claudio Fontana, Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky. Já o texto foi escrito por Dib Carneiro Neto. Serviço Um Réquiem Para Antônio Teatro Tucarena - Rua Monte Alegre, nº 1024 - Perdizes, São Paulo Temporada: De 17 até 26 de janeiro Horário: Sexta e sábado - 22h; domingo - 19h Ingressos: R$ 40,00 (sex) / R$ 50,00 (sáb e dom) Vendas online: www.ingressorapido.com.br Classificação etária: 14 anos http://teatro-encena.blogspot.com.br/
Lenda erudita vai ao centro do picadeiro 15 de Janeiro de 2014 A rivalidade e o poder da ficção são temas que aparecem na montagem "Um Réquiem para Antônio", espetáculo com texto de Dib Carneiro Neto e direção de Gabriel Villela, que estreia amanhã, no Tucarena. No enredo criado por Carneiro Neto, Antonio Salieri, músico da Corte, decide, momentos antes de sua morte, zerar as pendências com Wolfgang Amadeus Mozart, gênio já morto. "A história de Mozart e Salieri é um exemplo muito grande do triunfo da imaginação", disse o dramaturgo, em coletiva de imprensa, referindo-se à ausência de sustentação histórica para o mito. A lenda ouvida há séculos ganha o tom circense de Gabriel Villela. "Não existo sem circo, essa é minha história", falou o diretor. Claudio Fontana e Elias Andreato interpretam Mozart e Salieri, respectivamente. "Essa linguagem possibilita uma brincadeira extremamente prazerosa para o ator", disse o segundo, que estreia neste formato. "Não tem como você não se emocionar com essa estética", concluiu. A música ganha forma nas vozes de Mariana Elizabestsky e Nábia Vilela. Tel. 3670-8454. Sexta e sábado, 22h; domingo, 19h. Até 27/4. R$ 40 a R$ 50 http://www.destakjornal.com.br/noticias/diversao-arte/lenda-erudita-vai-ao-centro-do-picadeiro-219833/
http://www.dcomercio.com.br/2014/01/15/sinfonia-da-inveja Sinfonia da inveja Imprimir Detalhes Publicado em Quarta, 15 Janeiro 2014 21:26 Escrito por Sérgio Roveri Share on facebook Share on twitter Share on google_plusone_share More Sharing Services 2 'Um Réquiem para Antonio': inspiração circense para lembrar a polêmica Salieri/Mozart. / João Caldas Filho Poucos episódios ligados à música clássica resistiram tão bem ao tempo, e foram explorados de maneira tão apaixonada pelo cinema e literatura, quanto a figadal inveja que o músico italiano Antonio Salieri (1750-1825) teria nutrido pelo genial compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). É bem provável que a relação entre os dois tenha comportado sentimentos mais nobres, mas foi principalmente a inveja que a história fez questão de preservar. E é ela também, a inveja, que serve de combustível para a peça Um Réquiem Para Antonio, que entra em cartaz amanhã, 17, no Teatro Tuca Arena. No texto, escrito pelo jornalista e dramaturgo Dib Carneiro Neto, Salieri (papel do ator Elias Andreato) é flagrado em seus últimos dias de vida, já invadido pela loucura mas ainda determinado a acertar as contas com Mozart (Claudio Fontana), morto 34 anos antes. “De acordo com os fatos reais, Salieri não tinha motivos para ter essa inveja obsessiva e doentia da fama de Mozart, muito menos para querer envenená-lo”, diz Dib Carneiro. “Salieri foi muito respeitado nos meios musicais de sua época, o que é atestado pelas biografias mais sérias. O que de fato havia da parte dele era, muito mais, um grande ressentimento por saber que, apesar da fama que tinha e do respeito que conquistou por seu inegável talento, ele não nasceu com a genialidade de Mozart”. A montagem, dirigida por Gabriel Villela e que traz no elenco as atrizes-cantoras Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky e o pianista Fernando Esteves, é inspirada na linguagem circense – Mozart, retratado como um jovem ágil e irreverente, e Salieri, sisudo e sombrio, surgem em cena usando nariz de palhaço. O caráter lúdico da encenação é reforçado pelos figurinos de José Rosa e os adereços feitos pelo artista plástico potiguar Shicó do Mamulengo. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida pelo dramaturgo Dib Carneiro Neto ao Diário do Comércio: Diário do Comércio: Qual foi a grande descoberta, pessoal ou musical, que você encontrou ao pesquisar as vidas de Mozart e Salieri? Dib Carneiro Neto: Não sei se chamaria de descoberta, mas, quanto mais eu pesquisava os fatos reais e mais eu perseguia a verdade descrita por biógrafos e documentaristas, mais eu adorava constatar o poder avassalador da ficção eterna que se criou em torno da figura deles. As relações inventadas entre Mozart e Salieri são um caso apaixonante de hegemonia da imaginação. E tudo em nome de uma causa estupenda: retratar esse sentimento inquietante, universal e atemporal que é a inveja. Você acredita que a história tenha sido injusta com Salieri? A lenda da inveja de Salieri por Mozart acabou predominando. Ganhou status de mito. Sempre que alguém quer citar um caso de inveja da criação artística, o primeiro exemplo que surge é esse. É um caso típico de “imprima-se a lenda”. Mas Salieri foi, em seu tempo, um compositor e músico extremamente talentoso e com uma reputação de mestre, sendo patrocinado pela realeza da época e tendo ocupado os melhores cargos em grandes instituições musicais. Seu texto exigiu que os atores aprendessem ou tivessem alguma noção de música? Todo bom ator sempre está preparado para os mais variados desafios artísticos de seu ofício, como saber cantar e tocar instrumentos, por exemplo. Aponto no meu texto a importância fundamental de se ter um piano em cena, mas minha sugestão não passa disso, deixando a decisão da parte musical inteiramente para a direção. Você acredita que, caso tivesse vivido nos nossos dias, Mozart seria um ídolo pop em função da vida que ele levou? Acho que sim, muito embora hoje em dia, para se virar ídolo pop, o que menos conta é o talento. Mas é preciso tomar cuidado com a caricatura que se faz de Mozart, com os estereótipos que a ficção ajudou a criar sobre ele. Assim como a inveja de Salieri foi carregada nas tintas e virou mito, a personalidade exageradamente extrovertida e as atitudes inconsequentes de Mozart também não correspondem totalmente à realidade. Ele foi, digamos assim, “um menino maluquinho” de sua época, mas não tanto assim. Qual foi o principal viés, ou achado, a partir do qual você sentiu que tinha uma história nas mãos? Minha peça é mais um produto ficcional, e não documental, sobre a vida dos dois. O texto bebe muito na fonte dessas lendas em torno deles, admito. Sem isso, o tema borbulhante e sempre atual da ‘inveja da criação’ esmaeceria, perderia a força. A realidade pode não ter sido tão forte quanto hoje é o mito, mas o fato é que esse imbróglio musical entre Mozart e Salieri terminou virando um dos mais belos e ricos tratados sobre a inveja. Na sua opinião, qual foi o fator determinante para que Mozart se tornasse Mozart e Salieri se tornasse Salieri? A época em que viveram certamente determinou o que se tornaram. O gênero de música que ambos faziam era bem mais valorizado como forma de expressão, como tradução de sentimentos, do que hoje. A ópera era prestigiada mais amplamente, os valores artísticos eram mais altos e nobres. Estudar e se dedicar rendiam frutos e eram o único caminho para se perseguir a notoriedade e o reconhecimento. Ao longo dos séculos, o descartável, o fútil e o rasteiro roubaram o lugar do sublime na arte. Um Réquiem para Antônio. Sexta (17). Teatro Tucarena. Rua Monte Alegre, 1024, Tel.: 3670-8455. Sexta e sábado, 22h. Domingo, 19h. R$ 40 a R$ 50.
UM RÉQUIEM PARA ANTÔNIO NO TUCA-SP January 14, 2014 in Teatro by Nayra Simões Um Requiem para Antonio Estreia dia 17 de janeiro de 2014 e fica em cartaz até 30 de março, no Teatro Tucarena, o espetáculo “Um Réquiem Para Antônio” inspirado na vida de Mozart. Dias: Sexta e Sábado às 22h00 | Domingo às 19h Um Réquiem para Antônio, de Dib Carneiro Neto. Tragicomédia. Após ter vivido atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, o invejoso Antônio Salieri reencontra seu rival para um acerto de contas a respeito do lendário envenenamento do prodigioso compositor. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção Gabriel Villela. Duração 70min Ingressos Sex: R$ 40,00, Sáb: R$ 50,00 e Dom: R$ 50,00 (Desconto de 50% para Estudantes, Maiores de 60 anos, Aposentados, Professores da Rede Pública Estadual e Classe Artística com DRT) Preço especial PUC-SP ((Para estudantes, professores e funcionários da PUC sob comprovação – número de ingressos limitado a 10% da lotação do teatro) R$ 10.00 Duração: 70 minutos Indicação de faixa etária: 14 anos Local: Teatro TUCARENA Rua Monte Alegre, 1024 (Entrada pela Rua Bartira). Perdizes – São Paulo – SP http://www.esponjacultural.com.br/?p=2351 Capacidade: 300 lugares Acesso para pessoas com deficiência Vendas: Pela Internet: www.ingressorapido.com.br Central de Vendas: (11) 4003-1212 (aceita todos os cartões de crédito) Horários de funcionamento da bilheteria: De terça-feira a domingo das 14h00 às 20h00 Formas de Pagamento: Amex, Aura, Diners, Dinheiro, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron. Estacionamento conveniado: Pier Park Estacionamentos – Rua Monte Alegre, 835 – R$12,00 – Tel.: (11) 3167-7111 (APRESENTAR O INGRESSO) VALET ESTAPAR – SOMENTE SÁBADOS E DOMINGOS, R$ 20,00.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Lendária inveja de Antonio Salieri por Mozart é levada para o palco Por Nanda Rovere SÃO PAULO- Um Requiém Para Antonio, texto inédito de Dib Carneiro Neto, é inspirado na lendária inveja do músico italiano Antônio Salieri (1750-1825) pelo austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-91), ambos grandes compositores da música clássica mundial. A direção é de Gabriel Villela. No elenco estão: Elias Andreato (no papel de Salieri) e Claudio Fontana (Mozart), Nábia Vilela e Mariana Elisabetsky. O pianista Fernando Esteves executa a trilha. A estreia acontece sexta-feira, 17, às 22h00, no Teatro Tucarena. A ideia de levar para os palcos a história dos compositores foi do ator Elias Andreato, que sugeriu o tema para Dib Carneiro Neto transformar em peça teatral. O objetivo do ator era a criação de um texto que possibilitasse o seu reencontro com o amigo Claudio Fontana. Amigos de longa data, já trabalharam juntos no teatro diversas vezes, como em Andaime, de Sergio Roveri. Na trama, Salieri está no leito de morte, delira e começa a acertar as contas com Mozart, que faleceu ainda muito jovem e 34 anos antes dele. Atormentado por estar sempre à sombra de Mozart, Antonio Salieri reencontra o seu rival e supostamente o envenena. A lenda diz que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, obcecado pela vontade de destruí-lo e de impedir a sua criação. Vale ressaltar, no entanto, que o compositor italiano Antonio Salieri é menos conhecido do que Mozart, mas teve uma carreira produtiva na música clássica do século XIX; era conhecido e respeitado. Neste sentido, não há provas com relação à veracidade dessa rivalidade entre os dois compositores, mas o importante na montagem é contar a fábula e chamar a atenção do público para o talento dos artistas. As histórias a respeito do relacionamento de Salieri com Mozart foram disseminadas através da peça de teatro de Peter Shaffer, que foi adaptada para o cinema com o título Amadeus, por Milos Forman, vencedor de oito Prêmios Oscar em 1984. Segundo Dib Carneiro Neto, a peça valoriza o mito e está focada na inveja artística que Salieri nutria pelo Mozart. ¨Quanto mais eu buscava a verdade na relação entre os dois, mais eu ficava fascinado pela ficção”, diz o autor sobre o processo de criação. Dib ressalta que o seu objetivo enquanto dramaturgo foi transmitir ao público que Mozart e Salieri são exemplos do triunfo da imaginação. ¨Nas mãos do Gabriel a imaginação foi elevada à máxima potência¨, diz. A encenação de Gabriel Villela usa a linguagem circense para destacar o lado mítico da inveja. ¨Não existo sem o circo e o teatro de rua. É a minha herança. É natural que a história ganhe aspectos da linguagem mineira/barroca”, diz o diretor. É a primeira vez que Elias Andreatto e Mariana Elisabetsky trabalham com Villela. Já Claudio Fontana e Nábia Villela foram dirigidos em várias peças pelo diretor, entre elas, A Ponte e a Água de Piscina, de Alcides Nogueira. Andreato não tinha experiência com a linguagem circense. Está muito feliz com a oportunidade de participar do projeto e acredita que será muito prazerosa a temporada. ¨O espetáculo tem um acabamento requintado que protege o ator e o coloca muito seguro em cena. O teatro do Gabriel nos conduz pela beleza, pela delicadeza. É um desafio, um jogo estimulante e criativo¨, afirma o ator sobre o processo de direção de Villela. ¨Admiro o Claudio (Fontana) como pessoa e artista e me sinto muito à vontade com ele em cena¨, complementa Andreato. Fontana também declara que o processo de trabalho está sendo prazeroso, sobretudo pela oportunidade de voltar a ser dirigido por Villela e contracenar com Nábia e Andreato. Para o ator, “atuar num espetáculo não-realista é um trunfo, pois exercita e aprimora a sua interpretação. ¨ Um pequeno picadeiro florido recebe o embate entre os dois compositores. A montagem foi criada especialmente para a arena e todo o espaço da sala de espetáculos recebe o cenário, que valoriza a poesia do texto e da encenação. Na montagem de Villela. Salieri é sombrio, confuso e frágil, enquanto Mozart é gozador, confiante e ágil, características presentes nos figurinos elaborados por Villela e José Rosa, que chamam a atenção pela beleza, assim como os adereços, confeccionados pelo artista plástico Shicó do Mamulengo, do Rio Grande do Norte. A trilha tem função dramatúrgica, na medida em que conduz as neuroses e lembranças de Salieri. As músicas são interpretadas pelas atrizes e cantoras Nábia Villela e Mariana Elisabetsky, que também vivem personagens que passaram pela vida dos compositores. São 5 as composições de Mozart escolhidas para entrar peça: Sinfonia em Sol Menor, Marcha Turca, Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e Lacrimosa (ária do seu último réquiem). Pesquisa para a encenação Como fonte de pesquisa, Dib Carneiro Neto usou as peças teatrais de Pushkin e de Peter Shaffer, o filme Amadeus, de Milos Forman, as biografias de Harold Schonberg e Peter Gay e as cartas de Leopold (pai de Mozart). Para nortear a encenação, o diretor Gabriel Villela usou o livro de Elias Norbert, Mozart - sociologia de um gênio, que traz uma profunda análise sobre o artista e sobre o seu talento para criar obras-primas, ao mesmo tempo em que apresentava um comportamento debochado e ações infantis. Claudio Fontana ressalta que a pesquisa sobre Mozart se complementa com a audição de suas criações musicais. ¨Parecem dois personagens diferentes porque, quando lemos sobre Mozart, conhecemos o seu lado irresponsável, mas, quando ouvimos as suas composições, percebemos a genialidade de um dos maiores compositores que a humanidade já viu¨, declara Fontana. Ficha técnica: Texto: Dib Carneiro Neto. Direção: Gabriel Villela. Elenco: Elias Andreato, Claudio Fontana, Nábia Vilela e Mariana Elizabetsky. Figurino: Gabriel Villela e José Rosa. Cenário: Márcio Vinícius. Adereços: Shicó do Mamulengo. Iluminação: Wagner Freire. Preparação vocal: Babaya. Espacialização vocal e antropologia da voz: Francesca Della Mônica. Direção musical e arranjos: Miguel Briamonte. Pianista: Fernando Esteves. Assistência de direção: Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo. Produção executiva: Clíssia Morais e Francisco Marques. Direção de produção: Claudio Fontana. Serviço: Um Requiém Para Antonio. Tragicomédia. Com Elias Andreato e Claudio Fontana. Direção: Gabriel Villela. Duração 70min. Teatro Tucarena. Sex e Sáb 22h, Dom 19h. R$ 40 (sex), R$ 50 (sáb e dom). Classificação 14 anos. Estreia 17/01. Vendas online - www.ingressorapido.com.br