terça-feira, 1 de janeiro de 2013

http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/teuda_bara.pdf Entrevista com a atriz Teuda Bara, uma das fundadoras do Grupo Galpão Ela é mineira, filha de um major que tocava trombone e de uma dona de casa cantora. Teuda estudou Ciências Sociais, largou a faculdade, decidiu ser professora e atriz e se tornou uma das fundadoras do Grupo Galpão, referência quando o assunto é teatro sério, popular e de qualidade. De Belo Horizonte, ela falou, por telefone, com o Portal EFAP. Confira aqui os principais trechos da entrevista: O que um professor e um ator têm em comum? Para Teuda, “tanto o professor quanto o ator têm de ser verdadeiros porque não dá pra fingir num palco e muito menos numa sala de aula”. Ela diz que “o professor tem muito de ator quando comanda uma sala de aula, quando envolve os seus alunos, quando não se esquece de que o melhor mesmo é ensinar brincando”. “Muitas vezes eu me deitava no chão junto com as crianças para ler um livro.” Quais são as memórias do tempo em que foi professora e atriz? “Eu deixava o teatro à meia-noite, e às seis e meia da manhã do dia seguinte já estava dentro do ônibus relembrando o plano de aula. Eu tinha dois filhos pequenos , era uma verdadeira loucura conciliar tanta coisa, mas não dava para abandonar a escola.” Mas depois de vinte anos lecionando, Teuda deixou as salas de aula, foi comandar eventos na Secretaria de Cultura de Minas Gerais e se dedicar integralmente ao Grupo Galpão. Você foi convidada pelo diretor canadense Robert Lepage para fazer parte do Cirque Du Soleil, umas das companhias mais famosas e desejadas do mundo. Por que voltou? “Seria a minha morte artística. Fiquei três anos no Cirque e vivi nas cidades de Montreal, no Canadá, e Las Vegas, nos Estados Unidos. Foi bom, mas com o tempo percebi que lá eu faria sempre as mesmas coisas, do mesmo jeito. Depois que voltei, fiz um monte de peças e até cinema, como o filme ‘O Palhaço’, dirigido pelo Selton Mello. Vi que se ficasse por lá não daria conta.” Depois de trinta anos, o Galpão continua o mesmo? “Muita coisa mudou, a gente envelheceu... O grupo é muito maior, tem muito mais integrantes, o nosso acervo hoje é muito maior. Mas uma coisa não mudou, a gente continua com o mesmo espírito, a gente gosta de fazer teatro, gosta de ir pra rua, de estar com as pessoas, conhecer lugares, de levar o teatro onde ele ainda não foi.” Alguma apresentação mais marcante? “São tantas que daria para escrever um livro, mas me lembro de uma apresentação em Januária, no norte de Minas. A cidade nunca tinha recebido um teatro, acredita? Os moradores não sabiam nem como reagir diante da gente e ficaram emocionados. Esse é o grande barato do ator, do artista em geral... é quando a gente faz um trabalho e encanta a pessoa que está assistindo.” Qual espetáculo da temporada paulistana os professores não podem perder??? Teuda recomenda o espetáculo “Romeu & Julieta”, dirigido por Gabriel Villela, que segundo ela é um clássico do grupo; “Tio Vânia”, com direção de Yara de Novaes, no qual ela faz uma mãe; e o espetáculo “Till – A Saga de um Herói Torto”, dirigido por Júlio Macielhttp://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/teuda_bara.pdf

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