domingo, 14 de dezembro de 2014

ARTES CÊNICAS

Sem subestimar os pequenos 
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No musical infantil “Mania de Explicação”, Luana Piovani vive uma menina de 12 anos, Isabel, e canta Raul Seixas
PUBLICADO EM 06/12/14 - 04h00

Luana Piovani não veio ao mundo para ser “um enfeite”, diz a própria. Ela tem uma missão. “Se a gente quer estar num lugar melhor, tem que proporcionar à criança boa infância e educação para que ela seja um cidadão mais generoso e consciente. O que posso fazer dentro dessa ideologia de vida e deixar como história e meu legado aqui na Terra é produzir teatro infantil de conteúdo”, resume com voz firme, mas serena. 

Dando prosseguimento à missão, a atriz traz para Belo Horizonte sua quarta produção no teatro infantil, “Mania de Explicação”. Adaptado do livro homônimo de Adriana Falcão, com direção de Gabriel Vilela e trilha sonora só com músicas de Raul Seixas, o musical infantil fica em cartaz no Sesc Palladium no sábado (13) e no domingo (14). “Eu já tinha produzido três infantis com textos clássicos internacionais (“O Pequeno Príncipe, Alice no País das Maravilhas” e “O Soldadinho de Chumbo”) e achei que estava mais que na hora de fazer um texto contemporâneo e brasileiro. E eu sempre fui apaixonada por esse livro”, explica.
Em “Mania de Explicação”, Luana é Isabel, uma menina de 12 anos que recria o significado das palavras à sua maneira. Para a garota, explicação “é uma frase que se acha mais importante do que a palavra” e irritação “é um alarme de carro que dispara bem no meio do seu peito”.
A definição criada pela personagem de que a atriz mais gosta é para sentimento – “a língua que o coração usa pra mandar um recado pra gente”. “A gente vive uma vida tão atribulada que acaba não prestando atenção nas sensações que nós temos e em como nosso coração se comunica com a gente”, justifica.
Luana, que foi “um pouco Isabel quando pequena”, não teve dificuldade em encarnar a menina nos palcos. “Eu já tinha feito crianças, sou uma grande observadora de crianças e agora, pra minha sorte, tenho uma criança dentro de casa (Dom, seu filho de dois anos). Minha criança é muito viva”.
Aula de canto
Cantar em cena também não foi um problema desta vez. Depois de quatro anos de aulas de canto e de estrear como cantora na adaptação de “O Soldadinho de Chumbo”, a atriz se sentiu mais segura para soltar a voz nos sucessos de Raul Seixas, escolha do diretor Gabriel Vilela. “Alguém (Raul Seixas) que fala sobre delicadeza, sobre prestar atenção em si, ao seu redor, fala de amor, de evolução, coisas que são atemporais. Não dá pra tirar o mérito do Gabriel de ter observado como essas canções costurariam perfeitamente os trechos da peça”, elogia.
Além do teatro, o público poderá ver Luana no cinema a partir do próximo dia 18, quando estreia a comédia “A Noite da Virada”. Adaptação da peça “O Banheiro”, de Pedro Vicente, o longa mostra situações tragicômicas de um grupo de amigos numa noite de réveillon. 
Na TV, Luana aguarda a definição da segunda temporada da série “Dupla Identidade”, na qual interpreta a psicóloga forense Vera.
A continuidade da produção ainda é uma incógnita, de acordo com a atriz. O certo é que o público continuará a vê-la em projetos mais curtos. “A minha escolha desde o começo foi poder variar entre cinema, teatro, TV e minha vida pessoal. Eu preciso de períodos ‘sabáticos’ pra poder me renovar e preencher o meu baú de criatividade. Isso tem me feito muito bem, certamente continuo nesse mesmo caminho”, garante.
Mania de Explicação
Sesc Palladium (r. Rio de Janeiro, 1.046, centro, 3270-8100). Dia 13 (sábado), às 17h, e 14 (domingo), às 11h. R$ 90 (plateia 1, inteira), R$ 70 (plateia 2, filas A a M, inteira), R$ 50 (plateia 2, filas N a T, e plateia 3)

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