Geraldo Rodrigues
Dica de teatro pros migunos: "A tempestade", em cartaz no Tuca Arena!! Peça linda, com um olhar poético, coerente e que conseguiu traduzir as imagens de Shakespeare com delicadeza e beleza. Parabéns!!
Cristina Rodrigues Franciscato
"Somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos e nossas pequenas vidas se encerram em um sono"
( William Shakespeare, A Tempestade, tradução de Beatriz Viégas- Faria)
Essa afirmação me lembra Píndaro, na 8 Ode Pítica, quando diz que o homem é o sonho de uma sombra...
Assisti, gostei muito e indico a peça " A Tempestade", com direção de Gabriel Villela, em cartaz em São Paulo, no Tuca Arena. Última peça de Shakespeare, ela conta a história de Próspero, duque de Milão que, traído pelo irmão e expulso da pátria com a filha, Miranda, foi parar numa ilha longínqua! Com seus poderes mágicos e a ajuda do espírito Ariel, ele consegue criar uma tempestade, que faz naufragar o navio onde viajavam seus inimigos, trazendo-os para a ilha...
A montagem está linda! Onírica! Atuações excelentes, cenário, figurino, canções: tudo nos conduz a belos e inspiradores momentos! Só mesmo o Gabriel para colocar Shakespeare "dialogando", e tão harmoniosamente, com tanta brasilidade! Só acho que, com a generosa inspiração que sempre recebe das Musas, ele deveria voltar a encenar Eurípides, mas também pode ser Ésquilo ou Sófocles!
Resenha por Carolina Giovanelli
A peça A Tempestade teria sido a última escrita pelo inglês William Shakespeare (1564-1616). Com quatro montagens do autor no currículo, o diretor Gabriel Villela apresenta sua versão da comédia repleta de elementos fantásticos. O feiticeiro Próspero (papel de Celso Frateschi), duque de Milão destronado por seu irmão traidor, vive exilado com a filha Miranda (a atriz Letícia Medella) em uma ilha — bem representada pelo formato circular do Tucarena. Por meio de poderes mágicos, ele provoca um terrível temporal para atrair seus inimigos e, assim, fazer um acerto de contas. Impecável ao lado de um competente elenco, Frateschi já havia participado de uma releitura do texto liderada por Paulo Autran. Nessa encenação, de 1994, ele assumiu o papel do escravo de traços disformes Caliban, agora interpretado por Helio Cicero. Executada ao vivo pelo próprio elenco, a trilha sonora é composta de canções populares com referências ao mar. Adereços e objetos de arte criados por Shicó do Mamulengo e figurinos repletos de bordados incrementam a trama. Com Chico Carvalho, Marco Furlan, Dagoberto Feliz, Romis Ferreira, Leonardo Ventura e outros. Estreou em 21/8/2015. Até 22/11/2015.
Ficha técnica
Direção: Gabriel Villela
Duração: 100 minutos
Recomendação: 12 anos
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