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08/05/2014 16h42 - Atualizado em 08/05/2014 16h42
'Um Réquiem Para Antônio' é apresentado em Araxá
Espetáculo reconta a lenda da inveja entre o compositor Salieri e Mozart.
Peça será apresentada nesta quinta-feira (8) no Teatro Municipal.
Do G1 do Triângulo Mineiro

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Será apresentado no Teatro Municipal de Araxá, no Alto Paranaíba, o espetáculo ‘Um Réquiem Para Antônio’, de Dib Carneiro e direção de Gabriel Villela. A peça tem classificação 14 anos e será apresentada nesta quinta-feira (8) às 20h. A entrada é gratuita e os ingressos deverão ser retirados uma hora antes do espetáculo.
Um Requiem para Antonio (Foto: João Caldas/Divulgação)
Peça conta a história da inveja de Salieri sobre Mozart (Foto: João Caldas/Divulgação)
A peça fala sobre a inveja do compositor italiano Antônio Salieri (1750–1825) pela vida e obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791). No texto de Dib, Salieri, preso em um quarto, de forma delirante, acerta contas no leito de morte com o fantasma de Mozart, morto 34 anos antes dele, alvo de muita inveja.
Diz a lenda do mundo da música clássica, reforçada pela ficção, que Salieri enlouqueceu perseguindo Mozart no período em que conviveram na Áustria, tentando destruí-lo e procurando impedir criações, pois queria ser ele a personalidade musical mais notória daquele tempo. Salieri não conseguiu e Mozart fracassou na vida, mas triunfou na música.
O trabalho é uma comemoração dos 25 anos de carreira de Gabriel Villela. A encenação que o diretor sugeriu aponta o lado mítico da inveja, trazendo um Salieri sombrio, confuso e frágil em contraponto a um Mozart gozador, confiante e ágil. Um pequeno picadeiro florido criado por Gabriel em parceria com o cenógrafo Márcio Vinícius recebe o embate entre esses dois compositores com narizes de clown e figurinos que imprimem o arquétipo dos personagens antes mesmo das palavras aparecerem no espetáculo. Os figurinos são assinados pelo diretor. Os adereços foram todos confeccionados pelo artista plástico Shicó do Mamulengo, do Rio Grande do Norte.
Um Requiem para Antonio (Foto: João Caldas/Divulgação)
Trabalho comemora 25 anos de carreira do diretor
Gabriel Villela (Foto: João Caldas/Divulgação)
Atores e música

A peça é encenada por Elias Andreato e Claudio Fontana. Cláudio veste cores leves como o verde claro e o laranja em estampas e caimentos diversos, tudo com muito movimento, como se o figurino flutuasse. Elias, com cores mais sombrias como o roxo e o preto sobressaindo diante de outros inúmeros tons, também está coberto por tecidos delicados e de impactantes estamparias.
A música no espetáculo tem a própria dramaturgia. Entra e sai das alucinações da Salieri como um fio condutor de neuroses e lembranças. As músicas de Mozart escolhidas para entrar peça são: Sinfonia em Sol Menor, Marcha Turca, Rainha da Noite (ária da ópera Flauta Mágica) e Lacrimosa (ária do seu último réquiem).
Para a elaboração da parte musical Gabriel convidou a italiana Francesca Della Monica, antropóloga da voz, pesquisadora de voz da Universidade de Firenze, Itália, e também responsável pela pedagogia na Fondazione Pontedera Teatro, onde o diretor teatral polonês Jerzy Grotowski, viveu os últimos anos.
Francesca trabalhou a voz falada e cantada dos atores e elaborou os arranjos vocais, junto com o maestro Miguel Briamonte e o pianista Fernando Esteves. Os três desenvolveram um trabalho técnico minucioso.
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Completam a equipe do espetáculo o iluminador Wagner Freiree os assistentes de direção assistentes de direção Ivan Andrade e Daniel Mazzarolo.
Gabriel Villela escolheu a linguagem circense, alegórica e popular para falar desses dois personagens que fizeram parte da história da música clássica.” É no popular que está o meu coração”, diz o diretor. Dos atores ele exige precisão para que alcancem a linguagem clownesca proposta. “Se o ator não triangular com os três pontos igualmente, a fábula fica estática".
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Araxá
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