Peer Gynt narra as aventuras e desventuras desse jovem sonhador que dá título à peça. Ao sair de uma pequena vila na Noruega para ganhar o mundo, ele encontra seres mágicos, como duendes e ninfas, passa por diferentes paisagens, enriquece de maneira ilegal, perde tudo em seguida e acaba sendo coroado Imperador de Si Mesmo num manicômio na cidade do Cairo, no Egito. Assumindo diferentes identidades, ele substitui o lema dos homens “seja você mesmo” pelo o dos trolls, “basta a ti mesmo”, o que o faz agir apenas a favor dos seus interesses. Retornando à sua terra natal, ele precisa lidar com as consequências de suas ações. Entende que a vida nada mais é do que uma metáfora de uma cebola descascada, em que cada camada representa um episódio inútil da vida vivida cheia de “som e fúria” e sem sentido algum.
Para o diretor, o teatro dividia-se entre Quixote e Hamlet antes de Peer Gynt. “Ibsen ousou ao dar uma terceira possibilidade. Diferente do altruísmo entusiasmado do personagem de Cervantes e da funesta e dramática criação de Shakespeare, Peer Gynt surge como a figura do herói anti-romântico, egocêntrico, conquistador contumaz, um verdadeiro Napoleão do drama contemporâneo, algo inovador na época”, explica.
De Henrik Ibsen , Direção, adaptação, cenografia e figurinos: Gabriel Villela
Direção musical: Babaya e Marco França
Elenco: Chico Carvalho, Mel Lisboa, Maria do Carmo Soares, Nabia Vilela, Letícia Medella, Mariana Elisabetsky, Marco França, Dagoberto Feliz, Romis Ferreira, Daniel Maia, Marco Furlan, Leonardo Ventura, Rogerio Romera, Luciana Carnieli e Daniel Mazzarolo.
A peça fica em cartaz até 18 de dezembro, de quarta a sexta-feira, às 15h (para agendamentos escolares e de grupos), e aos sábados e domingos, às 15h30 (para público geral), sempre com entrada gratuita.
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