
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Divirta-se
A inveja é discutida em “Um Réquiem Para Antônio”
[01-04-2014]
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Crédito fotos: Ernesto Vasconcellos
O diretor Gabriel Vilela, que completa 25 anos de trajetória artística, está dirigindo duas peças no Festival de Curitiba. Além de ser responsável pelo espetáculo “Os Gigantes da Montanha”, do projeto Sesi na Rua, ele assina também “Um Réquiem Para Antônio”, da Mostra 2014, com Elias Andreato e Claudio Fontana. O autor do texto, Dib Carneiro Neto, contou na coletiva realizada nesta terça (1°) no Memorial de Curitiba que o elenco sabia que a inveja que o compositor Salieri nutria por Mozart era apenas uma lenda. Por isso, eles consideram o mote do relacionamento entre os dois personagens históricos como uma forma de falar desse sentimento. "A inveja é um assunto que está muito presente nos dias de hoje", disse o ator Elias Andreato. E a potencialidade desse tema foi o que motivou Dib Carneiro Neto a desenvolver o texto. A relação entre Salieri e Mozart também foi retratada no filme Amadeus, de Milos Forman.
Em “Um Réquiem para Antônio”, Salieri - mentor de compositores famosos como Ludwig Van Beethoven, Carl Czerny e Franz Liszt - é vivido por Elias Andreato. Mozart renasce em cena pela interpretação de Claudio Fontana. No texto de Carneiro, Salieri delira em seu leito de morte e faz um acerto de contas com seu rival, já morto. Villela investiu no lado mítico da inveja, mostrando um Salieri sombrio e frágil em contraponto ao Mozart confiante e ágil. Imprime sua marca também nos figurinos que assina junto com José Rosa, ao utilizar narizes de clown em uma caracterização circense, com forte elemento cômico.
“O circo traz a possibilidade de tudo ser possível e Gabriel alia esta estética circense a uma estética de metáforas. Ele usa poesia ao transformar bolas do jogo de sinuca, que Mozart tanto gostava, em notas musicais. Essa metáfora poética e circense ajuda muito a contar essa história”, diz Claudio Fontana.
Elias Andreato, por sua vez, comenta que essa linguagem de picadeiro é nova para ele. “Gabriel foi generoso em seus ensinamentos”, pontua, acrescentando que a equipe recebeu apoio de preparadora vocal também. “É uma linguagem difícil, muito específica. Parece simples, que é só botar um nariz e fazer uma vozinha, mas é uma transição difícil”, comenta. “Circo não é linguagem que estou acostumado, eu não conseguia dormir, foi sofrido.”
Um Réquiem para Antônio – SP
Dias 1 e 2 de abril, às 21h
Teatro da Reitoria
http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?id=249225&op=lazer&PHPSESSID=4957d6b7974280871d12a165c2ed0589

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