quarta-feira, 9 de abril de 2014

Pecinha é a vovozinha Oh, vida. Tenho andado numa correria danada, bem como gosto. Com o É tudo Verdade em pleno funcionamento e o Varilux começando hoje, não paro de ver filmes e fazer entrevistas. Fui à junket do Capitão América 2 em Los Angeles, gostei (muito) do filme dos irmãos Russo, mas havia participado somente da coletiva, com direito a individual do produtor Kevin Feige, que não é outro senão o presidente da Marvel. A matéria está no Caderno 2 de hoje, mas não me bastava. Insisti tanto que a Disney me conseguiu as entrevistas com os irmãos Anthony e Joe e o Sebastian Stan,. que faz o Soldado Invernal. Gosto das minhas frases de efeito, ou de correr riscos. O dia em que a Academia der valor aos blockbustrers e perceber que, como em toda categoria, existem filmes grandes e grandes filmes também ali, atores como Stan irão para o Oscar. Ele é bom demais da conta, como dizem os mineiros. Bão bão. Por falar em mineiros. Fomos, Dib Carneiro e eu, ao Rio, no fim de semana, para ver o novo infantil de Gabriel Villela com Luana Piovani. Confesso que não conhecia o texto de Adriana Falcão, Mania de Explicação, mas o Dib, que faz crítica de teatro infantil, sempre o teve em alta conta. Meu amigo Villela não para de me surpreender. Mal comparando, é uma conversa parecida com a dos blockbusters. Teatro infantil é uma coisa, adulto é outro. Não são muitos os diretores/autores que se aventuram por um e outro. Aliás, nem se existe outro além do Gabriel. Não imagino o Antônio Araújo numa romaria pelo Bom Retiro arrastando os pequeninhos. Bom para eles, que não iam aguentar. Iluminação 10 (não tiro esse mérito), dramaturgia 0 – zero. Mania de Explicação é sobre essa garotinha que pergunta tudo. O que é, o que é? Sua curiosidade insaciável possui uma dimensão metafísica. Corresponde a uma atitude diante da vida, que o diretor usa para refletir sobre a arte. Talvez não seja um espetáculo para os bem pequenos, mas é tão bonito. Cenários, figurinos, canções. Gabriel sempre me encanta e surpreende com suas escolhas musicais. Aqui tem até o Raul Seixas. Luana canta, e como canta. São poucos os musicais, mesmo nessa overdose do gênero, que têm um nível tão elevado de interpretação vocal. E é tudo simples, direto, embora exista sofisticação nessa simplicidade. Mania de Explicação deve desembarcar em São Paulo só depois da Copa (acho). Até lá,m aguardem. Meu amigo Dib tem razão. Pecinha é a vovozinha, título do livro dele sobre teatro infantil. De novo – é bão demais. http://blogs.estadao.com.br/luiz-carlos-merten/pecinha-e-a-vovozinha/Gabriel

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