quinta-feira, 14 de julho de 2016

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Barroco mineiro-mexicano

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Rainhas do Orinoco e o reprocessamento de linguagens de circo-teatro (Foto: Arlindo Bezerra)
A América Latina retratada em suas contradições sociais numa viagem de barco de duas vedetes-prostitutas até um campo de petróleo na foz do Rio Orinoco, Venezuela. Réquiem para um naufrágio continental, o texto é do mexicano Emilio Carballido (1925-2008), autor de mais de 200 romances, peças e roteiros, agraciado em 1962 com o Prêmio Casa de las Américas.
Rainhas do Orinoco. Gabriel Vilela, Teatro Vivo (SP), até 3 de julho
A peça permite ao diretor Gabriel Villela unir o universo barroco dos reisados, congadas e bumbas da Minas Gerais natal à tradicional festa com que os mexicanos celebram os mortos. Com Rainhas do Orinoco (foto), Villela também retorna às raízes musicais, no reprocessamento de linguagens de circo-teatro, aliadas a exuberantes figurinos alegóricos (de sua autoria). No entrecho, a experiente e cética Mima, vivida pela veterana Walderez de Barros, promove jogos farsescos com a jovem Fifi (Luciana Carnieli), em canções sobre o veio caipira, de autoria de Dagoberto Feliz, com Babaya. 

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