Vivo EnCena traz para
Ribeirão Preto o espetáculo Rainhas do Orinoco
21/07/2016

Sucesso na temporada paulistana, o
aclamadoespetáculo Rainhas do Orinoco chega aRibeirão Preto pelo projeto Vivo
EnCena, comapresentações nos dias 23 e 24 de julho, no Theatro Pedro
II. Comédia do mexicano Emilio Carballido com tradução de Hugo de
Villavicenzio, o espetáculo é recheado de canções latino-americanas e traz
também no elenco a atriz Luciana Carnieli e o ator e musicista Dagoberto Feliz.
Mina (Walderez de Barros) e Fifi
(Luciana Carnieli) são duas atrizes de teatro musical que ganham a vida com
shows pela América Latina. Viajando em um barco pelo rio Orinoco, cantam e
representam seus amores e seus sonhos em uma aventura repleta de lirismo,
canções, drama e bom humor. A encenação foi construída a partir da estética do
circo–teatro, tal qual ele existiu no Brasil até meados dos anos 60, que teve
seu auge com Vicente Clestino, Gilda de Abreu, Tonico e Tinoco, José Fortuna,
Circo Arethusa, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Oscarito, com os grandes circos
e grandes melodramas.
“Este espetáculo é o irmão ingênuo,
formoso, brincalhão da minha montagem de Vem Buscar-me Que Ainda Sou
Teu, de Soffredini, em 1990, e que foi um momento em que a arte popular
acabou nos dando a matéria prima para a configuração de um teatro mais
brasileiro, do interior do Brasilprofundo. Carballido teve a sabedoria de
fazer uma grande comédia”, comenta o diretor Gabriel Villela. A peça é um
depoimento humanista de alguém que enxerga através da comédia e do melodrama a
existência de dois seres humanos desprotegidos na carne e nos grotões da
America Latina. “Colocamos em cena esse texto usando a linguagem estética do
circo-teatro”, revela.
Para viabilizar o espetáculo, Gabriel
conta com parceiros especiais. Os diretores assistentes Ivan Andrade e Daniel
Mazzarolo estão juntos com Gabriel desde o primeiro ensaio. A direção musical,
preparação vocal, arranjos vocais e a partitura dos textos coube à
mineira Babaya, que já fez 29 espetáculos com o diretor, enquanto os arranjos
instrumentais foram elaborados pelo musicista, diretor e ator Dagoberto Feliz.
Os figurinos com cores, texturas e caimentos inspirados em toda a América
Latina são de Gabriel Villela. A cenografia de William Pereira remete a um
pequeno picadeiro em formato de barco com telões naif reproduzindo
a fauna e a flora de uma floresta equatorial. A iluminação é de Caetano Vilela
e os adereços e objetos de cena foram confeccionados em sua maioria porShicó do
Mamulengo. A direção de produção é de Cláudio Fontana.
Teatro e música
Ainda segundo Villela, a música
tocada e cantada ao vivo pelos atores é um elemento fundamental nesta montagem.
A peça de Carballido foi escrita como teatro musicado. Nesta
montagem, as esquetes, os entreatos trarão canções diferentes das sugeridas
pelo autor no texto original. A base da pesquisa são canções da América Latina
cantadas na voz de Cascatinha e Inhana.
O espetáculo conta com o patrocínio
da Vivo por meio da Plataforma Vivo Transforma, criada para promover a
democratização do acesso à cultura e o envolvimento das comunidades em
iniciativas voltadas essencialmente à música e às artes cênicas.
Após a sessão do dia 23 de julho, a
Vivo oferece também um bate-papo da série “Encontros Vivo EnCena”, com a participação
do elenco do espetáculo e Expedito Araujo, curador do projeto. Além da
proximidade com os artistas, o encontro permite aos participantes conhecer e
compartilhar histórias inspiradoras e ideias transformadoras para a cultura
brasileira.
Os atores e a
relação com a peça
As atrizes Walderez de Barros e
Luciana Carnieli e o ator Dagoberto Feliz têm uma parceria antiga com o diretor
Gabriel Villela. Para Gabriel, “Walderez e Luciana são duas atrizes de gerações
diferentes, mas de muita importância para todas as gerações. Elas congregam
inteligência com estudo, entendimento e devoção à arte. Dagoberto é um grande
clown-palhaço, um grande artista e esteve na montagem de Vem Buscar-me,
ou seja, ele entende o que eu estou pensando para esta peça”.
A atriz Walderez de Barros comenta
ainda se surpreender com a quantidade de estímulos visuais que o diretor
oferece ao ator. “Desde a leitura de mesa, até o levantamento de cena, fico
vendo, por exemplo, o Shicó do Mamulengo trabalhando no ateliê. Quando acaba o
ensaio e vejo uma tela acabada por ele, tudo faz mais sentido. Tudo isso já
apresenta um clima, o cheiro da cena. Coisas que normalmente a gente demora
para adquirir já estão oferecidas na sala de ensaio, então você mergulha nesta
criação”.
A atriz Luciana Carnieli trabalhou
pela primeira vez com Gabriel na montagem de A Ópera do Malandro e Gota d´Água,
de Chico Buarque. “Me formei na EAD e, alguns anos depois fui trabalhar com o
Gabriel e nesta montagem eu aprendi tanto que posso dizer que ele me deu uma
espécie de segunda formação, não só como maneira de trabalhar, mas como
linguagem” comenta Luciana.
Vivo EnCena
Rainhas do Orinoco integra o projeto
cultural Vivo EnCena, uma iniciativa da Vivo que completa 12 anos em 2016. Além
da peça, a programação traz também os “Encontros Vivo EnCena”, que acontecem
após o espetáculo e geram a aproximação do público com o artista, convidando
para a reflexão criativa quem produz e quem consome cultura. O Vivo EnCena
oferece ainda workshops e ingressos gratuitos que buscam a formação de plateia
e a inclusão cultural. Realizado há mais de doze anos, o projeto beneficia 20
estados brasileiros e tem curadoria e gestão do Teatro Vivo, na capital
paulista.
Ficha Técnica
Texto: Emilio
Carballido Tradução: Hugo de Villavicenzio. Direção: Gabriel Villela.
Elenco: Walderez de Barros,
Luciana Carnieli e Dagoberto Feliz. Figurino: Gabriel Villela Cenografia:
William Pereira. Arranjos Instrumentais: Dagoberto Feliz. Direção Musical:
Babaya. Iluminação: Caetano Vilela. Assistentes de direção: Ivan Andrade e
Daniel Mazzarolo. Produção Executiva: Luiz Alex Tasso. Direção de Produção:
Claudio Fontana. Patrocínio: Vivo
http://visaoregional.com.br/21/07/2016/vivo-encena-traz-para-ribeirao-preto-o-espetaculo-rainhas-do-orinoco/
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