“A TEMPESTADE” NO TEATRO NO T. CASTRO MENDES
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27/11/2015
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Adaptação da obra de Shakespeare reúne 11 atores, incluindo Celso Frateschi, para contar a cômica história do feiticeiro Próspero. Montagem cumpre curta temporada no Teatro Castro Mendes, 04 e 05 de dezembro (sexta e sábado) às 21h..
A Teatro GT e a AB Concessões trazem à Campinas o espetáculo “A Tempestade”, uma adaptação do texto de Willian Shakeaspeare, que marcou a despedida do autor inglês da dramaturgia. A versão brasileira é do diretor mineiro Gabriel Villela, com o ator Celso Frateschi no papel principal do nobre feiticeiro Próspero, Duque de Milão, que tem poderes mágicos e que vive exilado com sua filha em uma ilha fantástica. No palco, estão 11 atores, dos quais nove já trabalharam com Villela em outros projetos. Além de Celso, no elenco estão Helio Cicero (Caliban), Chico Carvalho (Ariel), Letícia Medella (Miranda) e Romis Ferreira, Dagoberto Feliz, Marcos Furlan, Rogerio Romera, Leonardo Ventura, Felipe Brum e Rodrigo Audi. A montagem apresenta um forte apelo estético através da cenografia e figurino que remetem à cultura mineira e vão de encontro com a vertente popular de Shakeaspere. Com música cantada e tocada ao vivo, sob a direção musical de Babaya e Marco França, “A Tempestade” fica em cartaz no Teatro Castro Mendes, 04 e 05 de dezembro, sexta e sábado às 21h.
Para muitos estudiosos, “A Tempestade” foi a peça em que o consagrado autor inglês homenageou suas próprias criações anteriores e onde se despede da dramaturgia, já prevendo sua morte, que aconteceu cinco anos depois, em 1616.
Essa é a quinta direção de Gabriel Villela para uma peça de Shakespeare - depois de Romeu e Julieta (com o Grupo Galpão), Sonho de Uma Noite de Verão (com a Cia de Dança Palácio das Artes de BH), Macbeth (com Marcello Antony e Claudio Fontana) e Sua Incelença Ricardo III (com o grupo Clowns de Shakespeare).
EQUIPE CRIATIVA
O diretor escalou para trabalhar a espacialização da voz do elenco a italiana Francesca Della Monica, uma importante e frequente parceira artística de seus trabalhos mais recentes. A preparação vocal e a partitura dos textos coube a outra antiga parceira de Gabriel Villela: a fonoaudióloga e preparadora vocal mineira Babaya, que já fez 28 espetáculos com o diretor, enquanto os arranjos instrumentais e vocais foram elaborados por Marco França, músico e ator do grupo Clowns de Shakespeare, que junto com Babaya, assina a direção musical e ainda com o suporte artístico e pedagógico do musicista e ator Dagoberto Feliz.
A música tocada e cantada ao vivo pelos atores é um elemento fundamental nesta montagem. Para compor o repertório da peça foram selecionadas canções populares brasileiras de domínio público cujo tema fosse universo das águas doces do Brasil e salgadas do Oceano Atlântico, com novos arranjos para ambientar a atmosfera onírica do espetáculo.
Os figurinos em tons de areia e terrosos e com inúmeras camadas de bordados, aplicações e sobreposições são de Gabriel Villela, com bordados de Giovanna Villela e acabamento de José Rosa. A cenografia de Gabriel Villela e Márcio Vinicius foi pensada para o formato de arena. O cenário aponta um grande círculo que envolve toda a encenação, remetendo à Ilha onde Próspero e sua filha Miranda vivem. Dentro deste círculo, potes de cerâmica, uma cama repleta de objetos míticos e de magia utilizados por Próspero, mesas, objetos que remetem a um navio naufragado, instrumentos musicais e outros símbolos teatrais preenchem a cena e tomam diferentes significados conforme a história acontece.
A iluminação é de Wagner Freire, os adereços e objetos de cena foram confeccionados por Shicó do Mamulengo e a direção de movimentos é do preparador corporal Ricardo Rizzo. Completam a equipe criativa os diretores assistentes Ivan Andrade e Cacá Toledo que já acompanharam Gabriel em muitos outros espetáculos. "Ivan e Cacá são peças definitivas, eles atuam e afetam a estética deste trabalho", ressalta o diretor.
SINOPSE
A obra se passa numa ilha remota, onde Próspero, duque de Milão por direito, planeja restaurar sua filha Miranda ao poder, utilizando-se de ilusão e manipulação. Próspero tem a seu serviço Caliban, um escravo em terra, homem adulto e disforme, e Ariel, o espírito servil e assexuado que pode se metamorfosear em ar ou fogo. Os poderes eruditos e mágicos de Próspero e Ariel combinam-se para invocar uma grande tempestade, visando assim atrair seu irmão Antônio, que lhe usurpou a posição de duque, e seu cúmplice, o rei Alonso de Nápoles, para a ilha. Lá, suas maquinações acabam por revelar a natureza vil de Antônio, provocando a redenção do rei, e o casamento de Miranda com o filho de Alonso, Ferdinando. A Tempestade é uma história de vingança, amor, conspirações oportunistas, e também de reconciliações e perdão. “Temos A Tempestade nas mãos, e isso não é pouco. Trata-se de um dos textos mais importantes de Shakespeare e o que ele tem de mais atual é o fato de tratar do desejo”, comenta Celso Frateschi. "Tenho atração e encantamento por obras que traduzem o universo mítico, onírico e poético, como A Tempestade", complementa Gabriel Villela.
ARQUEOLOGIA DA ENCENAÇÃO
Neste espetáculo, o diretor faz referências a alguns dos seus trabalhos anteriores, como uma citação a uma cena da sua versão de Romeu e Julieta com o Grupo Galpão, no momento em que os personagens Ferdinando e Miranda se encontram. O galho de árvore utilizado como o cajado mágico de Próspero, assim como o galho que simboliza uma cobra, vieram do fundo das águas da represa de Carmo do Rio Claro, terra natal de Gabriel Villela. Algumas canções escolhidas para a peça já estavam há anos na cabeça do encenador para esta montagem. Elas fazem parte de uma pesquisa musical feita por Babaya no CD Velho Chico. Potes de cerâmica achados em antiquários são utilizados para uma reprodução da voz humana na acústica grega. Esta é uma forma de aquecimento de voz utilizada por Babaya em muitas peças do diretor (com baldes plásticos), mas somente desta vez essa técnica entra em cena através dos potes.
Ficha Técnica
Tradução: Marcos Daud
Direção: Gabriel Villela
Elenco: Celso Frateschi (Próspero). Helio Cicero (Caliban), Chico Carvalho (Ariel), Leticia Medella (Miranda), Dagoberto Feliz, Romis Ferreira, Marco Furlan, Rogerio Romera, Felipe Brum, Rodrigo Audi e Leonardo Ventura. Figurino: Gabriel Villela
Cenografia: Gabriel Villela e Márcio Vinicius
Direção Musical: Babaya e Marco França
Direção de texto e preparação vocal: Babaya
Antropologia da Voz: Francesca Della Monica
Iluminação: Wagner Freire
Direção de Produção: Claudio Fontana
Produção Executiva: Francisco Marques
Patrocínio: AB Concessões, Sul América e 2S Inovações Tecnológicas através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
Realização: BF Produções
Produção local em Campinas: Teatro GT
Duração: 100 minutos
Classificação Etária: 12 anos
Gênero: Comédia
SERVIÇO
Campinas:
04 e 05/Dezembro
Horário: Sexta e Sábado – 21h
Teatro Municipal José de Castro Mendes
End: Rua Conselheiro Gomide, 62, Vila Industrial.
Telefone: (19) 3272-9359 – www.teatrogt.com.br
Valor:
Plateia – Inteira: R$ 70,00 | Meia-Entrada: R$ 35,00
Balcão – Inteira: R$ 50,00 | Meia-Entrada: R$ 25,00
Vendas:
Bilheteria do Teatro – Fone: (19) 3272 9359 - das 16h às 21h (Terça a Domingo)
Livraria Leitura – Parque Dom Pedro Shopping - Campinas - Avenida Guilherme Campos, nº 500 /Lj SF37B
Livaria Leitura – Campinas Shopping - Rua Jacy Teixeira Camargo nº 940
Pela internet: www.bilheteriarapida.com.br
Call Center: 0800-735 0550 http://www.jornalaltotaquaral.com.br/noticia.php?cod=3084
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sábado, 26 de dezembro de 2015
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