Do que são feitos os sonhos e os homens?
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Um mundo místico e outro de conspirações materiais faz a alquimia da última obra de William Shakespeare, A Tempestade, em cartaz no TUCA a partir desta sexta (21/08). Estrelada por Celso Frateschi, que já foi outro vilão do dramaturgo inglês em Ricardo III, a peça traz a assinatura do experiente Gabriel Villela. Reconhecido e elogiado por outras montagens shakesperianas - Romeu e Julieta (Grupo Galpão), Sonho de Uma Noite de Verão (Cia de Dança Palácio das Artes de BH), Macbeth (Marcello Antony e Claudio Fontana) e Sua Incelença Ricardo III (Clowns de Shakespeare) - Villela traz para perto de si, e do seu balaio mineiro, esta trama escrita em 1611.
As referências à cultura brasileira estão lá. Seja nos figurinos, que imitam a mesma agrúria da terra do sertão, ou no minucioso bordados de Giovanna Villela. Acrestam-se a este universo, potes de barro oriundos de antiquários de Minas Gerais e bolas de murano assinadas pelo artista Shicó do Mamulengo. O resultado? Primor em formas, cores, detalhes e contornos que, somados à trilha sonora executada ao vivo, transpõem a plateia para outra época.
No elenco, Frateschi dá vida ao duque de Milão chamado Próspero. Juntam-se a ele, os atores Helio Cicero (Caliban), Chico Carvalho (Ariel), Letícia Medella (Miranda), Romis Ferreira, Dagoberto Feliz, Marcos Furlan, Rogerio Romera, Leonardo Ventura, Felipe Brum e Rodrigo Audi. Em cena, a história deste duque (Frateschi) que mora em uma ilha longínqua. Depois de ter o poder privado pelo próprio irmão, é chegada a hora de um acerto de contas.
De Próspero parte o plano de colocar a primogênita no poder, valendo-se da sua hábil (e misteriosa) manipulação. Para realizar seus planos, o duque conta o escravo Caliban e Ariel, servo capaz de se transformar em ar ou fogo. Tanto os poderes mágicos de Próspero quanto os de Ariel convocam uma tempestade que atrai para a ilha Antônio, irmão do duque que lhe usurpou a posição hierárquica, e de seu cúmplice, o rei Alonso de Nápoles.
Neste cenário, os planos de Próspero revelam a natureza vil de Antônio, provocando a redenção do rei, e o casamento de Miranda com o filho de Alonso, Ferdinando. Escrita cinco anos antes da morte de Shakespeare, A Tempestade carrega elementos recorrentes como amor, vingança, amor e conspirações, mas também se eleva. Tendo em si o adendo da reconciliação e do perdão. Um acerto de contas que também valeu para o dramaturgo inglês sair, em paz, de cena.
Neste cenário, os planos de Próspero revelam a natureza vil de Antônio, provocando a redenção do rei, e o casamento de Miranda com o filho de Alonso, Ferdinando. Escrita cinco anos antes da morte de Shakespeare, A Tempestade carrega elementos recorrentes como amor, vingança, amor e conspirações, mas também se eleva. Tendo em si o adendo da reconciliação e do perdão. Um acerto de contas que também valeu para o dramaturgo inglês sair, em paz, de cena.
- Tuca - Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes, São Paulo
+ Ver mapa - 21/08/2015 a 22/11/2015
- Sexta, às 21h30; sábado, às 21h; e domingo, às 19h
- R$ 50,00 (sexta), R$ 50,00 e 70,00 (sábado e domingo)
- Classificação: 12 anos
- http://www.obeijo.com.br/eventos/do-que-sao-feitos-os-sonhos-e-os-homens-12769994
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