segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Opiniões sobre A Tempestade







Lucas Sabatini

Hoje, fui arrebatado! "A Tempestade". Ah, Shakespeare... Como consegue?! E os atores? Como conseguem?! Um espetáculo tão lindo, tão poético que quase não pude piscar pra não correr o risco de perder nada de vista. Ao final do espetáculo, quando todos já haviam saído, fiquei olhando para a arena e pensando como coisas mágicas aconteceram e acontecem ali. E não adianta eu tentar expor em palavras porque só estando lá é que se pode ter essa experiência elevada! Parabéns a todos! Especialmente aos queridos Dagoberto Feliz e Leonardo Ventura. Gratidão, Léo!!!



Lindo demais o espetáculo #ATempestade dirigido pelo amado #GabrielVilella! Que honra poder assistir!#gabrielvilella#atempestade

Antonio Petrin Ontem eu e Rosinha assistimos A Tempestade de Shakespeare/Gabriel Vilella. Magnífico. Um prazer inenarrável aos nossos sentidos. Não deixem de ver. Teatro grandioso


Cibele Troyano
Pra turma que chegou agora no fb: Não perca, de jeito nenhum! É lindo, é tudo, e Shakespeare, é Brasil, é Gabriel Villela!

Eudosia Acuña Ver teatro de boa qualidade é uma benção.Chico que trabalho lindo. Parabéns. Bijus.
Espetáculo maravilhoso.Não dá pra explicar, só vendo. Um trabalho excelente meu querido Helio Cicero. Bijus.

Cecília D'Antino lindo demais


Amigo querido e machucado! 😆 vc como sempre ARRASOU @instafurlan #atempestade @ms.carolcazelli



@adreinnechen
vamos repetir mais vezes essas presepadas! #Teatro #ATempestade #shakspeare #singular #incrivel #atoresincriveis #querodenovo



Alexandre Brazil
nçar. Popular e essencial, rica e sofisticada é a versão de Gabriel Villela para a despedida dos palcos deste grande astro da Inglaterra!

Joyce Carolino

🎭 Ensaio aberto de "A tempestade" de Shakespeare com direção de Gabriel Vilela. Hélio Cícero e @chicocarvalho com trabalho impecável! Clow e também o trabalho das vozes dos atores, os recursos usados com os objetos em cena foi espetacular! Será que tem uma Fono por trás dessa fatia?! Rs 😉 Deu para relembrar os tempos de Célia Helena... E deu saudade! 😁😍 #teatroPaixao #voz #ator #preparacaovocal #interpretacao #tucarena #gabrielvilela #shakespeare #aTempestadehttp://easyinstagram.com/tucarena


Guto Carvalho
Hoje eu senti a força de Dionísio na efemeridade do teatro. Entre bordados e fitilhos, "peixinhos do mar" e "cuitelinho", Shakespeare habita o solo do interior brasileiro! Atuações esplêndidas e direção lancinante, "A tempestade " veio para ficar. Evoé!

'A Tempestade': um Shakespeare envolto no mundo mágico de Gabriel Villela

  • E
Como parte das comemorações dos 50 anos do TUCA (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), o Tucarena está recebendo um belo espetáculo: "A Tempestade", considerada a última peça escrita por William Shakespeare, na versão do premiado diretor Gabriel Villela.
O espaço, que poderia dificultar a encenação por ser em forma de arena, ao contrário: foi muito bem adaptado para acolher o espetáculo, na medida em que a cenografia do próprio Villela e Márcio Vinicius junto aos adereços cênicos de Shicó do Mamulengo sob a luz difusa de Wagner Freire se complementam com maestria para criar o universo onírico sugerido pelo autor.
O figurino, também de Gabriel Villela e José Rosa, traz o acabamento perfeito para o estilo mítico do todo. De extremo bom gosto, rico em detalhes, superposições, bordados e brilhos na exata medida —tudo em tons terrosos, marrons, mostarda e magenta. O figurino de "A Tempestade" é um espetáculo à parte. A música ao vivo, um toque de classe.
Já ao adentrar o Tucarena o espectador é envolto pelo clima teatral e fantástico do ambiente. E a magia se instaura desde o ritual de entrada dos atores em cena, demonstrando um evidente espírito de equipe que se consolida na realização a seguir.
O elenco afinado em todos os sentidos, na interpretação e no trabalho vocal por conta de Babaya, que também assina a direção musical ao lado de Marco França, é encabeçado pelo consagrado e talentoso Celso Frateschi (Próspero), e conta ainda com o experiente Hélio Cícero (Caliban), o premiado Chico Carvalho (Ariel), Leticia Medella (Miranda), Marco Furlan, Rogério Romera, Felipe Brum, Rodrigo Audi, os divertidos Dagoberto Feliz e Romis Ferreira e Leonardo Ventura, que marca presença com o seu controverso Rei Alonso de Nápoles.
Alguns estudiosos afirmam que em "A Tempestade" o velho bardo homenageou a si próprio com citações de obras suas anteriores. No espetáculo de Villela nem é preciso ser um estudioso para perceber que o diretor faz menções claras a antigos espetáculos seus de sucesso que permearam a sua brilhante trajetória. "A Tempestade" do Tucarena tem a cara do Gabriel", pode-se dizer em linguagem mais informal. E é uma cara ótima, que esbanja talento e sensibilidade.
Teatro feito por quem ama teatro para quem realmente ama assistir teatro: isso é o que resume "A Tempestade" de Gabriel Villela, em cartaz no Tucarena (SP) até 22 de novembro.

Renato Kramer
Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Veio para São Paulo e ingressou na Escola de Arte Dramática (USP), formando-se ator. Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Fez algumas colaborações para a Ilustrada e, sempre a convite, assinou a coluna Antena, da "Contigo". Nesse meio tempo, fez crítica de teatro para o "Jornal da Tarde" e na rádio Eldorado AM. Mais recentemente foi colunista da Folha.com, comentando o BBB11. Atualmente, além de atuar, cursa Filosofia.
http://f5.folha.uol.com.br/colunistas/renatokramer/2015/08/1674848-a-tempestade-um-shakespeare-envolto-no-mundo-magico-de-gabriel-villela.shtml






Nanda Rovere:
A Tempestade é mais um momento mágico da criação artística do Gabriel Villela. Assino embaixo dos diversos comentários. Ele transformou a arena do teatro num mundo encantado e a maestria desse trabalho se deve a um conjunto de profissionais: talento ímpar e sensibilidade do Gabriel, claro, mas também a competência da produção, dirigida pelo Claudio Fontana, do elenco e de toda a equipe. Sei que para todos foi, e está sendo, um momento especial, e esse contentamento é passado para o público através de uma encenação esplendorosa. Sou suspeita? Sim kkk mas não estou falando com o coração e sim com a razão. Se bem que quando estamos assistindo esse espetáculo, é difícil não deixar que a emoção nos domine!

Fabricio Matheus: Parabéns Chico, o seu Ariel é um encantamento... Eterno e Etéreo como as estrelas . Um raio de Luz.
Gabriel , vc é Genial. A Tempestade e um acontecimento teatral. Obrigado! A sua arte me faz mais humano. Helio Cicero, o seu Caliban é eterno , assim como seu Pessoa , Bibelô e tantos outros personagens q vc c a sua maestria nos doa de alma e magia.
Há peças e peças, há diretores e diretores e há Shakespeare. “A tempestade”, de Shakespeare, é uma obra complexa, em que aparecem vários dos temas favoritos do autor, como aparência e realidade, a presença constante do mal, o bom governo, e em particular o confronto entre o natural e o cultivado, tudo envolto em uma forma de romance aventura e componentes de contos de fadas . A trama é armada em torno da usurpação do ducado de Milão por Antônio, com o duque banido, Próspero e sua filha Miranda, vivendo havia doze anos em uma ilha, onde é servido por Ariel, um espiríto alegre e hábil , e tendo para os serviços pesados Caliban, um canibal domesticado que aprendeu a falar.Uma tempestade mágica traz à ilha , Antônio, o rei de Nápoles, que o ajudou na usurpação, e o filho deste, Ferdinando. Tendo afinal nas mãos os antigos desafetos, como nos outros romances da fase final do autor, os filhos como instrumentos para a paz entre os pais; e Próspero, a fim de voltar a Milão como duque , renuncia a magia, para governar sem recursos que não sejam humanos . ( Barbara Heliodora).A peça tem por título um dos símbolos mais recorrentes no universo shakespeariano, seu enredo é a superação do conflito trágico que movia as peças anteriores , o personagem de Próspero compartilha muitos elementos que o assemelham ao próprio autor, o epílogo trata da metalinguagem e da criação poética.A Tempestade pode ser considerado o testamento artístico do autor. É possível ver em A tempestade uma bela reflexão e homenagem à imaginação, criatividade e ao fazer artístico. Há nela um velado otimismo e um tom sereno, que nos permite vislumbrar a complexa relação do artista e sua arte. Para Harold Bloom, a capacidade de Próspero de governar e manipular todos em sua ilha, o torna semelhante a um diretor de teatro, uma analogia à encenação onde o palco seria a ilha. Próspero, possivelmente inspirado no Fausto de Marlowe, pode ser o autor ou o diretor Gabriel Villela.A encenação de Gabriel Villela, como a peça, traz várias pinceladas de sua trajetória como artista. Eu que o acompanho desde “Você vai ver o que você vai ver”, “Concilio do Amor””Vem buscar-me que ainda sou teu”, ‘Romeu e Julieta”, “A vida é sonho” e todas as outras , vi sua Tempestade, como uma rememoração de seus trabalhos e uma homenagem ao teatro que o influenciou. Sua ilha-sertão é do tamanho do mundo. O sertão-ilha é dentro da gente.Gabriel, que tem nome de santo, como o rei de Nápoles, começa nos embalando com a cantiga de marujos e sua tempestade é pura poesia, é lúdica e azul e já nos faz querer sonhar...Com Villa –Lobos já estamos encantados, e é só o começo. ..Como o Próspero, ele desfila sua magia teatral e faz homenagem ao teatro que o influenciou.Temos um Caliban de Hélio Cicero, canibal, que chega com a deusa dos mares, e têm os pés presos no barro dos potes de Minas. É genial!Hélio Cícero num russo-antunes canta o tema de Romeu e Julieta do Zeffirelli, é uma ”Nova velha história”.Ferdinando é um Nijisnky do Naum. Ferdinando (Marco Furlan)e Miranda ( Leticia Medella) são Romeu e Julieta de Gabriel.Os sons e a música da ilha de Gabriel são únicos. O Ariel de Chico Carvalho é um vaga-lume lanterneiro que risca psius de luzes. O Próspero de Celso Frateschi é imaculado. Como disseram para o Paulo Autran quando o mesmo representou Próspero, cabe aqui; agora falta O Lear.“Representar é aprender a viver além dos levianos sentimentos, na verdadeira dignidade”, nada mais mineiro para os atores e suas vozes veludas, veludosas vozes nos potes de Minas. O eco grave das cavernas.O mistério.Tudo é tão mineiro , tão sagrado, tão universal, tão teatral! Dagoberto Feliz (Trínculo), Romis Ferreira (Estéfano) ,Leonardo Ventura (Alonso), Rogério Romera (Antônio), Felipe Brum (Sebastian) e Rodrigo Audi (Francisco) completam a família mineira em perfeita sintonia e harmonia. Como diria Barbara Heliodora, estão todos preparados para o texto em que a palavra é crucial, e exige um clima tão poético e imaginativo como a própria tempestade.Os músicos atores, Celso Frateschi na flauta, Dagoberto Feliz no piano e no acordeon e Chico Carvalho no violino.Gabriel Villela no seu tutu mineiro, mistura Pena Branca e Xavantinho e Shakespeare e fica lindo, sublime.A direção musical e preparação vocal é de Babaya. A iluminação de Wagner Freire é a água que rodeia a ilha. Os figurinos como sempre é uma obra de arte; os bordados, composições que mesclam cores, crochê, tear... Os adereços e objetos de arte de Shicó do Mamulengo.Gabriel Villela em sua Tempestade dá a exata dimensão que deve ter Próspero e sua trajetória do desejo de vingança para o perdão , e a aceitação de sua condição humana e de governante responsável.Shakespeare sabe que a ambição é parte do homem e que jamais estaremos livres de nós mesmos.Gabriel nos dá o Ouro de Minas, o prazer da Arte.Na coroa do Rei , o Bardo.
Despertamos do sonho da Tempestade de Gabriel Villela e em mares calmos embarcamos com os atores na Jangada de Caymmi. De alma nova, os óio se enche d’água que até a vista se atrapaia....


Temos um trabalho repleto de símbolos e belezas individuais e conjuntas. O elenco surpreende a cada segundo fazendo o que não esperamos deles com graça e ternura. Nunca mais vou ler a peça sem lembrar de Dagoberto Felize de Romis Ferreira. Um elenco onde o destaque é o talento do grupo, todos estão muito bem. As músicas são como o mar e nos levam para onde o diretor quiser. Eu adoraria que esta peça fosse apresentada fora do Brasil, saberiam como podemos ser criativos e alegres em cena. Para que fazer teatro se muitas vezes perdemos a oportunidade de fazer o melhor por nós e pelos outros? O palco é sagrado então devemos trata-lo de maneira especial. Eu veria novamente A Tempestade todas as semanas, porque vejo ali a essência do teatro, ali está o que existe de mais sagrado em nosso ofício e é importante que isso persista. É uma peça que merece ser admirada. Vida longa ao espetáculo! Vamos sonhar juntos! Parabéns Helio Cicero, Rodrigo Audi, Gabriel Villela, Dagoberto Feliz e TODOS da equipe técnica e do elenco. GRATIDÃO!


Com certeza sai do Teatro molhado de alegria. A Tempestade é uma peça maravilhosa e os atores brilhantes que me fizeram viajar na história. Atores: 100% Direção: 100% Figurino: 100% Iluminação: 90% Parabéns a todos e muita MERDA!!!!

Ed Paiva:
A desembarcar na ilha de Próspero. A Tempestade promete ser renovadora e intensa. Muita emoção resistirá após o espetáculo. O testamento de conciliação de Shakespeare em ritmo bufo com a poesia de Gabriel Villela. Elenco com Celso Frateschi, Helio Cicero,Chico Carvalho, Romis Ventura, Letícia Medella entre outros.A ilha de " A Tempestade" é o ponto de encontro e de transformação. Local de vingança e compaixão. Na montagem orquestrada e gerida por Gabriel Villela somos conduzidos pelos encantamentos de Prósp... digo, Shakespeare, em um jogo que nos conduz ao caminho da conciliação. Interpretações memoráveis como o Caliban que Helio Cicero extrai da terra, a iluminação marítima a nos envolver, os figurinos e cenário sugestivos, as canções singelas geraram momentos líricos que me extrairam lágrimas. Lágrimas de plenitude. 
A desembarcar na ilha de Próspero. A Tempestade promete ser renovadora e intensa. Muita emoção resistirá após o espetáculo. O testamento de conciliação de Shakespeare em ritmo bufo com a poesia de Gabriel Villela. Elenco com Celso Fratescki, Helio Cicero, Chico Carvalho, Romis Ventura, Letícia Medella entre outros.
Um mergulho de deslumbramento! A sequência em que cantam fado em ciranda é sublime.












Imaginai! (E Gabriel Vilela logrou mais um Shakespeare…)

Luiz Carlos Merten
http://cultura.estadao.com.br/blogs/luiz-carlos-merten/imaginai-e-gabriel-vilela-logrou-mais-um-shakespeare/
Desde quinta-feira estou tentando arranjar tempo para postar sobre a nova montagem de meu amigo Gabriel Vilela. Mas não é o amigo escrevendo. É o crítico. Ele conseguiu, de novo. Escrevi um texto s0bre teatro e cinema na obra de Gabriel, para um livro que será editado pelo Sesc. Tenho acompanhado, mais ou menos de dentro, por meio de meu amigo Dib Carneiro, o processo criativo de Gabriel. Irrito-me quando leio/ouço simplificações sobre o barroco de Gabriel, como se ele, mineiro, tivesse absorvido suas lições olhando ops altares da igreja de Carmo, onde nasceu. Gabriel ama Shakespeare, Calderón e Pirandello. Imaginai e A vida é sonho são seus mantras. Suas referências no cinema são o melodrama e o circo. Um pé em Visconti e outro em Fellini. E, claro, até por amar tanto Shakespeare, sua estética teatral é impregnado pelo cinema de Kurosawa – mas seu outro mestre é Parajanov, que eu gosto de grafar à portuguesa: Paradjanov. Escrevi, como disse, um texto sobre a produção de Gabriel na última década. Poderia escrever outro texto inteiro só sobre A Tempestade. É uma das últimas, a última peça do bardo. tem gente que não gosta porque, aso invés do banho de sangue habitual, o velho Shakespeare enche-se de comiseração por seus personagens e apazigua seus demônios. Esse apelo ao entendimento de dois grandes artistas, Shakespeare e Gabriel, está na contracorrente da incitação ao ódio no Brasil atual. Havia acabado de ler o novo livro-reportagem de Daniela Arbex, Cova 312. Depois do Holocausto Brasileiro, os crimes da ditadura militar. Nas cadeias, os militantes despediam-se dos companheiros cantando ‘Minha jangada vai partir pro mar…’ Não sabiam, se haveria volta, e para muitos não houve. Celso Frateschi, o Próspero de Gabriel, esteve nas prisões da ditadura, cantou muito a música. Ouviu-a. Não consigo nem imaginar a emoção que representa para ele ouvir de novo. Gabriel funde o texto clássico com suas raízes brasileiras. Muita música. Villa-Lobos, sim. O cancioneiro brasileiro, e mineiro. É totalmente apropriado fazer isso e também se auto-referenciar. Há um momento Romeu e Julieta, com certeza em homenagem ao Grupo Galpão. Também cabe porque a peça é considerada uma súmula, o próprio Shakespeare fez um cozido de outras peças (e cenas). Próspero, ilhado com a filha, vê chegar o momento da vingança contra os que o depuseram. A tempestade faz parte de um plano, mas quando a filha, Miranda, se apaixona pelo filho do inimigo, Ferdinando, essa dupla, esse Romeu e essa Julieta, terão um desfecho diferente. Gabriel, nesse período todo, tem sido o mestre da concisão. Suas peças têm durado em torno de uma hora. A Tempestade tem quase o dobro, 1h40.  Nem senti o tempo passar. É um belíssimo espetáculo de prestidigitação. Imaginai. O momento Paradjanov. A despedida dos marinheiros. O figurino certo, um movimento circular e o fado. O que me encanta em Gabriel é que ele faz cinema com recursos de teatro. Movimenta o ator e, de forma hipnótica, constrói travellings e panorâmicas no palco. Tão bonito, tão profundo que alguns reparos são irrelevantes. Queria misturar um pouco A Tempestade de Peter Greenaway, Prospero’s Books, que no Brasil se chamou A Última Tempestade. Em Real Beleza, Jorge Furtado se aproprias de uma frase da peça, quando Francisco Cuoco diz que sua biblioteca é o reino que lhe basta. Greenaway cria texturas visuais, usa telas múltiplas, tudo para nos fazer viajar nos livros (e nas palavras). E o Próspero de Greenaway é o maior de todos, John Gielgud. Para Celso Frateschi, é o fechamento de um ciclo. Quando Paulo Autran fez Próspero, Frateschi era Caliban. Gostaria, eu, de viajar mais nas associações, mas preciso parar. Tenho de correr para o aeroporto. Daqui a pouco embarco para o Rio, onde amanhã entrevisto Armie Hammer e Henry Cavill, por O Agente da U.N.C.L.E. Quero escrever também sobre o Galileu Galilei de Cibele Forjaz e Denise Fraga, que vi ontem. As duas peça estão no Tuca. Perlo espaço dessas duas montagens, é o templo do teatro em São Paulo, mas vou ter de deixar o Galileu para depois.

Luiz Rocha:
Lindo demais o espetáculo ‪#‎ATempestade‬ dirigido pelo amado ‪#‎GabrielVilella‬! Que honra poder assistir!

Sylvia Moreira:
Realmente um Espetáculo Magnifico !!!!!
Parabéns a todos.
Babaya Morais Francesca della Monica Wagner Freire Alessandra MarquesJoão Caldas Dib Carneiro Neto

Maria Alice Leite:
A Tempestade. Sobre sonhos telúricos.
“Somos feitos da matéria dos sonhos.” (Próspero. A Tempestade. Ato IV – Cena I)
Um leve tecido cor-de-mar-caribenho flutuando o movimento do mar revolto e abraçando a réplica perfeita de uma caravela dão o único toque real de água na montagem de A Tempestade de Gabriel Villela. A partir dai, a ilha de Próspero acolhe todo o terra das terras concretas e imaginárias. Realidade e ilusão desfilam em tons de barro – todos os tons de barro – alternando-se em suas funções de vida e arte. Na ilha de Próspero, vida e arte se definem, contradizem, complementam e potencializam.
A última obra de Shakespeare reúne, de forma genial e harmônica, todas as motivações do ser humano – da mais vil a mais nobre – além de destacar o teatro como catalisador dessas motivações. Uma ilha sem latitude ou longitude e que permite brincar com todos os idiomas, todas as teorias teatrais, todos os elementos de tragédia, comédia e romance que respondem pelos movimentos do mundo.
E com todos esses elementos em suas mãos, Biel mais uma vez se supera e cria um universo que arrepia de tão intenso e emociona de tão lindo! Encenado em palco de arena, a ilha de Próspero se mostra inteira e despida.
O que mais impressiona é a delicadeza e suavidade dos elementos de cenário e figurino que amenizam a crueza do barro predominante. Madeiras mineiras e cristais aquecem e dão leveza. Que combinação feliz! Os detalhes dos bordados e das rendas nos figurinos já são traços predominantes do diretor, mas sempre conseguem surpreender! Destaque para o figurino do espirito Ariel, um verdadeiro sopro de ar na predominância terra. Que artistas talentosos constroem essas obras primas!
Vozes. Sem palavras para o trabalho impecável de vozes. Os jarros de barro remetem ao teatro grego e artificializam as vozes. Sem exagero, com naturalidade.
A música tem sido também personagem constante e de destaque nas montagens do Biel. Em A Tempestade, o cancioneiro popular e folclórico é potente na sua coadjuvância. Outro recurso extremamente eficiente para suavizar o terra predominante. A alternância dos instrumentos musicais ao fundo cria uma sonoridade muito delicada! O violino aparece com um presente aos ouvidos! E quem não se arrepiou com a abertura com Peixinhos do Mar e encerramento com Suite do Pescador???
O elenco está magistral! Celso Frateschi brilha como um dos personagens mais densos da dramaturgia mundial e nos conduz generosamente pelas nuances do ódio e perdão, intuição e ponderação, magia e conhecimento. A caracterização de Caliban, um dos maiores monstros e aberrações do imaginário, está perfeita! Ariel é um presente! Que maravilha espiritual! E a dupla Trínculo/Estéfano responde por grandes momentos de comicidade! Miranda e Ferdinando trazem o lado romântico com toques de muita originalidade não gratuita ou casual; a encenação equilibrista nas pontas dos pés traz Romeu e Julieta também para essa ilha!
O resultado? Uma obra lindíssima e um grande tributo ao Bardo com a assinatura inconfundível do Biel.
O impacto? Potente em todos os sentidos. Uma inesquecível experiência sensorial!
A Tempestade nos oferece um novo conceito de ilha. Passa a ser ilha qualquer pedaço de qualquer coisa cercado de outros pedaços de outras coisas – ou da mesma - por todos os lados. Ilhas se sobrepõem. Vão se complementando e desvendando mundos. Ilha é fora e é dentro. A Ilha de Próspero é aqui e lá, e em Minas, e no nordeste, e em todo o mundo. A Ilha de Próspero é dentro de cada um e como cada um percebe e se relaciona com traição e lealdade, ignorância e sabedoria, perdão e ressentimento, amor e ódio, trágico e cômico, ilusão e realidade.
Mais além, a Ilha de Próspero apresentada pelo Biel é palco de e para atores. E ao colocá-los na arena, construindo cada cena com a mudança sutil de cenário e de função, convida o público a construir conjuntamente sua experiência de emoção e fantasia. Desconstruir sentidos. Embarcar nessa viagem úmida. Sonhar telúrico.
Biel e Claudio Fontana, parabéns por outro belíssimo trabalho!! Sou fã assumida e sempre tocada por tanto talento!

Ed Paiva: Embarque na aventura do teatro. Embarque que as tormentas são de mentira, feitas de tulê, de sopros, de rendas. Feitas de pura sensibilidade. Embarque mas não se esqueça que o eco das emoções baterá verdadeiro no seu peito. Embarque e descubra-se nessa aventura. Outro poeta já dizia: "Navegar é preciso".
A ilha de " A Tempestade" é o ponto de encontro e de transformação. Local de vingança e compaixão. Na montagem orquestrada e gerida por Gabriel Villela somos conduzidos pelos encantamentos de Prósp... digo, Shakespeare, em um jogo que nos conduz ao caminho da conciliação. Interpretações memoráveis como o Caliban que Helio Cicero extrai da terra, a iluminação marítima a nos envolver, os figurinos e cenário sugestivos, as canções singelas geraram momentos líricos que me extrairam lágrimas. Lágrimas de plenitude.
A desembarcar na ilha de Próspero. A Tempestade promete ser renovadora e intensa. Muita emoção resistirá após o espetáculo. O testamento de conciliação de Shakespeare em ritmo bufo com a poesia de Gabriel Villela.

Ivan Parente:
Ferreira, Marco Furlan, Rogerio Romera, Felipe Brum, Rodrigo Audi e Leonardo Ventura. Um espetáculo imperdível. Um elenco imperdível. Parabéns Babaya Morais, Ricardo Rizzo e Claudio Fontana.


Pamela Duncan:
A tempestade!!!estreia em Sampa-Otimos atores sempre é um prazer para a mente e o coraçaõ!!

Joana Prado
m ao Gabriel, muito sucesso! Que Deus os abençoe nesta nova temporada e que vocês colham os melhores frutos deste trabalho duro e árduo. Adorei reencontrá-la, atriz maravilhosa!
Prestigiando o belíssimo espetáculo teatral "A Tempestade". Na foto a lindíssima atriz Letícia Medella. Desejo a você Leticia, a todos os atores da peça e também ao Gabriel, muito sucesso! Que Deus os abençoe nesta nova temporada e que vocês colham os melhores frutos deste trabalho duro e árduo. Adorei reencontrá-la, atriz maravilhosa!

Aloísio Rabelo: A plástica dos espetáculos de Gabriel Villela transformam o mundo onírico numa realidade aos nossos olhos! BRILHANTE!

Janilton Prado; Lindo trabalho, sempre uma inspiração! Parabéns Gabriel Villela e sucesso sempre!

A Tempestade por Rodrigo Araújo Alcobia - Opinião de Peso:
Começo a opinião sobre “A Tempestade” – peça de Shakespeare, com direção do mineiro Gabriel Villela – pela conclusão. É uma das mais bonitas peças vista neste ano. O que você vê, continua contigo pelos dias a seguir.
O texto é considerado como a última peça escrita por Shakespeare. Conta que em uma ilha, vive Próspero, antigo Duque de Milão, com sua filha Miranda, e seres mágicos: o espírito assexuado Ariel e o monstro Caliban. Próspero foi banido de sua terra por ordens do seu irmão, Antonio, que queria o título para si.
Só que em uma viagem de navio, onde está presente toda a corte de Nápoles incluindo o atual Duque de Milão, Próspero usa de mágica, para atrair o navio para sua ilha, com o objetivo de se reconciliar com a sua família e restituir sua filha no poder de Milão.
Há muitas referências à mitologia e simbolismos na peça do bardo inglês; e Gabriel utiliza das suas próprias mitologias para “abrasileirar” o texto.
Para começo, a ilha de Próspero é materializada em Minas Gerais. Uma ilha às avessas. Ao invés de cercada pelo mar, é cercada por terra. Minas é um estado interno do país. Pode-se dizer, que a ilha está dentro de nós.
Mas o poder das águas também tem sua força no estado. É o Rio São Francisco. Um rio mítico, uma fonte de vida e riqueza para 5 estados e 521 municípios. Do ‘Velho Chico’, que vem a lama para ‘pintar’ os atores e elementos do cenário. É uma forma de transmitir a psique dos mineiros para os atores.

Só que o barro também remete a origem de tudo. Afinal, “fomos criados do barro e para ele voltaremos” ao término de nossa passagem por este planeta. Remete a mitologia da criação. E porque não dizer que é um ciclo que se renova, afinal já que é a última peça de Shakespeare – se bem que ele sempre será encenado – seus personagens voltam para o barro criacional.
Deste mesmo barro, que formou as primeiras máscaras do teatro grego, são feitos os vasos utilizados na peça. Eles tem a função de amplificar ou modificar as vozes dos atores durante a peça. Outra simbologia religiosa. O ator ao soprar as palavras dentro dele, faz-se a criação do espetáculo.
As palavras – do texto – foram adaptadas para uma linguagem mais coloquial. Compreende-se mais facilmente o que o escritor quis dizer, mas sem perder sua força original.
E para ajudar a contar esta história, Gabriel utiliza músicas do cancioneiro popular brasileiro, executadas e interpretadas pelos atores em coros – como acontece nas ‘tragédias gregas’. Foram escolhidas canções que tinham como tema o universo das águas doces e salgadas do Oceano Atlântico. Ouve-se Milton Nascimento, Dorival Caymmi, fado, entre outros.
A montagem acontece no TUCARENA. Ou seja, uma outra simbologia. O formato do teatro de arena é um círculo. Onde todos – plateia e público – conseguem se ver. Não há começo, nem fim – há um eterno recomeço.
No final das contas, parece que Gabriel Villela – como uma deidade – dormiu e sonhou. Sonhou com sua infância, com o que já viu e viveu até o momento. E no meio deste sonho, lembrou do texto de um outro sonhador, que viveu antes dele em um outro país. E o que é o espectador vê, durante os 120 minutos, é o seu sonho.
Abre-se um parênteses antes do término da opinião. O trabalho do diretor só acontece por causa do trabalho muito bem feito pelos seus atores e sua equipe de produção – cenografia, figurino, direção musical, preparação da voz, diretor de movimentos, adereços, camareiros, iluminação e maquiagem. É o resultado de um sonho em conjunto.
“A Tempestade”, de Gabriel Villela é uma peça que merece ser vista, revista e sonhada. http://opiniaodepeso.com/2015/08/23/a-tempestade-opiniao/



Gui Martelli Altmayer:
Ontem!
Ontem foi uma daquelas noites que a gente coloca no caderninho de recordações, como uma das melhores do nosso ano (daquela seleção refinada que cabe nos dedos da mão e que você enumera no balanço de fim de ano)...como um belo eclipse ou outro forte fenômeno natural presenciado, ou aquela pessoa especial que você conheceu e fez sua vida virar do avesso... enfim, um momento mágico como é a magia de Próspero... um ontem que se multiplica em hoje, amanhã, e que permanece... aquecendo a alma.
Esse espetáculo causa isso em mim:CALOR À ALMA! Parece um ritual festivo...harmônico...coeso, onde o elenco (precioso) nos chama à sua fogueira generosamente para partilhar; nos arrasta qual jangada, ao seu mar. E mesmo em meio a "tempestade" caótica de emoções que reverbera, ao fim, conseguimos apenas dizer: OBRIGADO !


Marcio Palacios:
Recomendo muito. Fui a pré estréia ontem. Parabéns ao Helio Cicero e sua trupe.

Regina Ricca:
Pra você que gosta de teatro, ou até pra você que nunca vai, só um conselho: não perca a montagem de A Tempestade, do Gabriel Villela. É um deleite para os sentidos, uma hora e quarenta de alegria, atores maravilhosos, em uma encenação em que Shakespeare se funde com Minas e vê seu Próspero tornar-se tão brasileiro.

Maurílio Romão:
Gabriel,salve!
Uma 'tempestade' de sentidos. Leveza, bufonaria e macumbaria. Proximidade e pertencimento. Skakespeare me pareceu um proximo. Eu: Prospero. Uma entrada digna que da o diapasao ,a suspensao mistica do espetaculo. Quanto tempo nao via uma assim! Desarmado na primeira cena. Direcao com assinatura inconteste.
Enfim, um monte de coisas amontoadas em mim. Fui a sampa para assistir,somente para , e volto para Minas embebido de sensacoes.
Grande abraco,luz e enfrentamento.

Mateus Carrieri:
Só queridos, que espetáculo lindo, que elenco talentoso! Sempre mágico Gabriel Villela, Claudinho Fontana meu querido e competente amigo, e Leonardo Ventura criando asas para outras viagens, adoramos!!!!

Cristina Pikielny:
Biel, após "A Tempestade, "vem o estado de graça! Obrigada, noite mágica!

Glicia Cronemberger‎:
Biel,boa noite: ainda encantada com sua sutileza no trabalho de mesclar o trágico com leve deixando transparecer o desequilíbrio das emoções, enfim da vida; gosto muito de ver seus atores desequilibrados nas pontas dos pés, isso me transparece o efêmero , o transitório , mesclado com a dignidade. Parabéns, Biel, e sempre muito obrigada

Marcelo Romoff:
"A Tempestade", um lindo espetáculo com direção do iluminado Gabriel Villela e produção do meu querido Claudio Fontana. Com a virtuosidade da direção e de todo elenco, somando a isso os belos figurinos/adereços/cenários/iluminação/música/canto, pensei muitas vezes que estava assistindo a uma linda e comovente ópera. E no final, aquilo que sempre penso e defendo: amor, perdão e generosidade fazem a grande diferença para um mundo muito melhor.

Samir Yazbek:
Beleza para os olhos e para os ouvidos, que não esconde, mas, antes, revela a verdade. Ao menos a verdade do último Shakespeare, à luz da verdade de Gabriel Villela, há anos forjada em seu teatro. Tudo conduzido pelo jogo dos intérpretes (Celso Frateschi, Helio Cicero, Chico Carvalho, Letícia Medella, Marco Furlan, Dagoberto Feliz, Romis Ferreira, Leonardo Ventura, Rogério Romera, Felipe Brum e Rodrigo Audi), que oscila entre o dramático, o épico e o lírico, embalado pela música e pelo humor. Eis a corda que essa “A Tempestade”, em cartaz no Teatro Tuca (SP), faz vibrar.

Marcello Boffat:
Oh gente ! Coisa mais linda essa tal da " Tempestade " que o Gabriel Villeladirigiu !!! Tem que assistir ! Não será informação pra vida , será formação!

Elenice Ribeiro:
Pré Estreia : A tempestade - W. Shkespeare.
Linda,Lúdica e Encantadora Apresentação.
Falando em Encantadora. Letícia Medella encanta com sua performance de Miranda e sua Simpatia fora dos palcos.
A Produção muito bem feita, o elenco muito coeso e em grande sintonia enchem nos olhos, e ouvidos com as canções e ritmos escolhidos !!

Para Letícia Medella:
Tatiana Lopes
A única mulher no espetáculo! E durante todo ele, fiquei imaginando o peso e a responsabilidade dessa Atriz, e pude notar em 3 minutos de conversa, no pós espetáculo, que não há peso, não há gênero, não há sexo na Arte! Ela simplesmente nasce em forma de pessoas! Letícia Medella, extremamente encantadora, humilde, inteligente e atenciosa! Eu não a reconheceria na Rua! No Palco a incorporação da Miranda é simplesmente perfeita! Uma menina que nasceu ARTE! Parabéns

Adriana Mazzoni:
Celso Frateschi,Helio Cicero, e outros em total sintonia! Fiquei muito feliz em ver um Shakespeare excelente como este, figurino impar, iluminação maravilhosa...sonoplastia ao vivo...IMPECÁVEL... Teatro arena tucca

Um trabalho maravilhoso...Vida longa A Tempestade!


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